Apenas mais uma de amor... e sexo - Lucas

Conto de Rodrigo S. M. como (Seguir)

Era um dia chuvoso, cheguei da escola, almocei e me arrumei para ir para o cursinho. Como sempre minha mãe não estava e mesmo se estivesse não me levaria ao cursinho. Desci, peguei um taxi e fui. Apesar de não ser uma distância longa, levei bastante tempo para chegar, o trânsito de BH simplesmente emperra quando chove. Saltei do taxi e segui correndo para a sala. Mas uma vontade incontrolável de fazer xixi me fez dar uma passada no banheiro. Me dirigi a um reservado, nunca me senti a vontade para usar os mictórios, e comecei a mijar. Foi quando ouvi alguém entrar. Era o Lucas, um cara da minha sala muito gostoso. Alto, bem forte, pele branquinha, cabelos pretos que estavam bem curtos, cara de mau e tatuagens no braço e na canela. Lucas entrou apressado e acompanhado de uma menina! Reconheci a garota, uma baixinha até bonitinha da nossa turma. Vi quando Lucas agarrou a garota, eles se beijavam com tanta fome que achei que alguém ia perder um dente. Ele a sentou na pia e sugou um mamilo dela. Ela levantava a camisa justíssima dele e arranhava suas costas. Esse movimento deixava a mostra a cueca do Lucas atrás: branca, de uma marca importada famosa com uma logo dourada. Desde criança cuecas me enlouquecem. Fiquei em silêncio assistindo a cena e sonhando estar no lugar dela. Um barulho assustou o casalzinho, eram dois garotos entrando no banheiro. Lucas e a garota entraram em um reservado. Eu aproveitei e saí do banheiro. Uns 10 minutos depois os vejo entrar na sala e ocupar seus lugares, como se nada tivesse acontecido. Desde esse dia, Lucas se tornou meu crush. Seguia ele com o olhar por todos os cantos no cursinho. Mas tomava o cuidado de não dar bandeira, ela era o típico machão e eu tinha certeza que era homofóbico. Certo dia, descobri um ator pornô, chamado Pierre Fitch, que me lembrava muito o Lucas, baixei todos os vídeos do cara. Assistia aquilo até altas horas da madrugada.

Meses depois, quando o Caio me Disse que o Lucas era high sexual eu pirei. Em casa imaginei mil e uma situações. Fiquei fantasiando que eu ia em uma balada e encontrava o Lucas. Eu ia até ele e via que ele estava chapadão. Então numa troca de olhares eu ia para o banheiro e ele me seguia. No banheiro ele me agarrava como fez com a baixinha do cursinho, mordia meus mamilos como fez com ela e eu alisava a mala dele sobre a cueca. No outro dia no cursinho contei pro Caio essas fantasias.

Caio: Que dia você vai deixar de ser esse virjão punheteiro e vai deixar eu colocar meu plano em ação?

Eu: que plano Caio? Cê tá louco rsrs

Caio: Cê que tá louco! Louco pra tirar a cuequinha do Lucas e fazer uma gulosa no fortão.

Eu: Pior que tô mesmo viu? Mas sem chance, mesmo que ele curta homens, ele deve curtir homens lindos e gostosos como ele. O que ele ia querer com um magrelo esquisito que nem eu?

Caio: Viado, para de se colocar pra baixo. Você é um gatinho, até eu te dava uns pegas kkkkk – Isso de fato rolou um dia, mas isso é assunto para outra hora.

Eu: Sei não. Quem sabe um dia tomo coragem?

Caio: Eu as vezes vejo ele em balada. Foi daí que soube da fama dele. Se você saísse mais, poderíamos sair juntos e de repente até rolava alguma coisa entre vocês.

Eu: Acho que você tá viajando, Caio. Mas quero sair mais sim. Não saio porque não tenho companhia.

Caio: Agora você tem a melhor companhia dessa cidade, a minha. Hoje é sexta e a gente vai ferver kkkkkkk

Eu e Caio combinamos que ele passaria na minha casa às 23:00hs. Saí do cursinho no fim da tarde e fui para casa. Quando cheguei tomei um susto ao ver minha mãe jogada num sofá. Ela nunca estava em casa àquela hora. Pela cara dela, o tempo ia fechar.

Eu: Oi mãe, aconteceu alguma coisa?

Mãe: Aconteceu que eu devo ter feito algo de muito ruim em alguma vida passada. No mínimo fui um general nazista e assei 1 milhão de judeus numa câmara de gás. É a única explicação pra esse inferno astral no qual eu mergulhei.

Eu: Nossa mãe, que negatividade!

Mãe: A loja tá com uns problemas, fui falar com o Eduardo que precisava usar uma parte do dinheiro do seu pai e ele soltou os cachorros, me chamou de dondoca. Disse que precisamos ter uma conversa séria, vê se tem cabimento! Marcamos aqui em casa, to esperando ele.

Eduardo é meu tio, irmão mais velho da minha mãe. Minha mãe tem 3 irmãos, todos eles são advogados. Meu tio Eduardo é o mais velho, é advogado especialista em empresas, seu escritório representa muitas empresas grandes. Ele tem 2 filhos: João Pedro, que tem 22 anos e também é advogado na firma do pai e Marcella, 20 anos, a única prima que eu gosto. Ela faz Letras para o desespero do meu tio e a esposa dele, tia Sara. Os outros 2 tios são mais novos que minha mãe. Tio Saulo, advogado e procurador do município, também é casado e tem um filho de 19 anos, Saulinho, que faz faculdade de Direito. O mais novo é o tio Cláudio que mora nos EUA e eu o vi poucas vezes na minha vida.

Tio Eduardo administra as finanças da minha mãe depois que meu pai morreu. Ele ficou responsável pelos bens que meu pai deixou. Até aquele momento não fazia idéia de como era nossa situação financeira. Sei que moramos num ótimo apartamento em um bairro excelente, estudamos em um excelente colégio e nunca me faltou nada, é tudo que eu sei. Meu tio chegou quando eu estava lanchando na mesa da copa, que fica no mesmo ambiente da sala, não achei necessário deixá-los a sós.

Eu: Oi tio.

Tio Eduardo: Boa tarde, filho. Como você está?

Eu: Tudo bem, tio.

Tio Eduardo: Você precisa aparecer mais, parece que não gosta da família. O Nick, seu irmão, não sai lá de casa. Ele, o João Pedro e o Saulinho não se desgrudam, dá gosto de ver a união entre os primos. Se aproxime mais do seu irmão e seus primos.

Eu: Tá bom, tio. Vou aparecer sim.

Mãe: Eduardo, vamos direto ao que interessa. Eu tive um problema com um fornecedor e preciso de capital só pra garantir essa entrega, senão fico sem material para um projeto importante que to finalizando. Não é possível que não possa usar alguma coisa do que o Antônio deixou.

Tio Eduardo: Maria Cândida, que bom que o César Augusto está aqui. Assim ele me ajuda a colocar um pouco de juízo na sua cabeça. Vou explicar para os dois qual é a situação de vocês. O Antônio era um homem muito relaxado com as finanças dele e acostumou todos vocês muito mal. Agora será necessário mudar alguns hábitos.

Eu: Como assim tio?

Tio Eduardo: Seu pai não poupava dinheiro, César Augusto. A herança que ele deixou se resume a este apartamento, os direitos autorais sobre os livros que ele publicou e a pensão da sua mãe.

Mãe: A gente tá na miséria, é o que você está dizendo Eduardo?

Tio Eduardo: Como miséria, minha irmã? Este apartamento vale uma pequena fortuna e já é uma garantia para futuro dos meninos. E a pensão que ele deixou é mais que suficiente para manter vocês 3. Os livros também são uma ótima fonte de renda.

Eu: Então tá tudo bem né?

Tio Eduardo: Estaria se sua mãe não fosse a dondoca lunática que é. E nem comece a protestar Maria Cândida. Seus gastos pessoais são exorbitantes e a loja está no vermelho irremediavelmente. Se fecharmos as portas agora evitamos maiores prejuízos.

Mãe: Não vou fechar a loja, aquilo é minha vida. Está fora de questão.

Tio Eduardo: Mais 3 meses operando no vermelho, você precisaria vender este apartamento para sair do buraco, Maria Cândida.

Eu: Então tá decidido, tio. Tome as providências para a venda e segunda eu passo no seu escritório para acertar tudo.

Mãe: Quem você pensa que é garoto? A loja é minha, faço o que eu quiser com ela. Além do mais você é menor de idade não pode tomar providência alguma.

Eu: A loja é sua, mas essa família é minha também. E eu não vou permitir que você destrua o futuro meu e do meu irmão com sua mania de grandeza.

Tio Eduardo: seu filho está certo, Cândida. Infelizmente ele tem que se proteger e proteger o irmão também. E eu vou ajudá-lo. Se necessário eu o ajudo a se emancipar judicialmente.

Mãe: Vocês estão loucos, só pode.

Eu: Tio, segunda-feira passo no escritório. Agora vou me arrumar porque vou sair com um amigo.

Fui para o meu quarto, enquanto tomava banho tentei esquecer aquela conversa e me concentrar na diversão que estava a caminho, mas era impossível. Eu ia começar uma guerra com a minha mãe. Não ia ser fácil. Como eu queria que meu pai estivesse aqui! Pouco depois das 23:00hs Caio me avisou no whastapp que estava em frente ao meu prédio. Saí pela entrada de serviço para não cruzar com a minha mãe, mas ouvi as vozes dela e do meu tio vindas da sala, os ânimos pareciam exaltados ainda. Mas a noite estava só começando e eu estava disposto a aproveitar…

Comentários

Há 0 comentários.