1- Desilusões X Atos Heroícos

Conto de Rickh como (Seguir)

Parte da série Um novo amor.

E ele entrou em seu quarto e chorou à noite toda até cair no sono. Ouvir palavras tão desagradáveis da pessoa que ele mais amou não fora nada bom. Lúcio se lembrava com muito pesar do momento em que viu seu namorado na pracinha da cidade com uma garota. Ele só olhou e virou-se para ir embora... Mais tarde, Érico ligou para ele dizendo que aquilo foi uma brecha que ele deu e que não rolou nada. Lúcio desacreditou e esperava uma explicação bem clara, pois se tratava da garota mais “piriguete” da cidade. O pobre insistiu tanto que:

-Ok, você quer uma explicação? Simplesmente eu enjoei de transar com você, você é afeminado pra caramba e eu odeio quando você acha que eu tenho que ficar do seu lado bancando o ramanticozinho, poh, você acha mesmo que eu iria viver sem uma garota que pode me dar muito mais prazer, e que eu iria conseguir viver de comer viado todo dia? Se toca.......

Aquilo foi a gota da água, Érico nunca se importou em ser companheiro, só queria sexo e mais nada, realmente ele não via seu companheiro como um parceiro, mas como um objeto de sexo, nunca se importou mesmo , Lúcio nunca via o seu lado rum, sempre foi o “bobinho bom”, na verdade Lúcio sofreu tanto por depositar suas forças em um toco podre.

Deitado e trancado em seu quarto, chorou o que nunca chorara antes. Na verdade ele nunca foi de chorar, mas esse acontecimento foi o pior, até pior que comparado a surra que levou do seu pai quando este soube que o seu filho era gay. Lúcio atualmente mora com a mãe, que é separada do pai, ela está sempre do lado do filho e sempre buscou ouvir o seu lado materno, ajudou-o e o deixou morar com ela.

-Filho? O que houve?

-Terminei meu namoro, aliás... Ele terminou comigo... Na verdade eu não sei, mas depois que ele me traiu, não tem mais volta...

-Complicado, ele não sabe o que ele fez, mas meu filho ele te traiu com quem?

-Com a Maria, a vizinha dele, mãe, a senhora pode me deixar sozinho?

-Claro meu f ilho, daqui a pouco eu venho te chamar para o jantar...

-Ok... Eu vou dormir um pouco.

Dormiu. Sua mãe preferiu o deixar dormindo a acordá-lo e fazer o filho lembrar-se e sofrer mais ainda. Ela foi até o quarto, e notou que o celular de Lúcio estava vibrando com uma chamada, pois estava no perfil silencioso, cuidadosamente ela pegou o celular e verificou que Érico estava ligando, mais do que depressa ela saiu com o celular na mão e atendeu.

-Pronto?!

-Oi Dona Cláudia, eu... Eu... O Lúcio está?

-Não, ele não está rapaz, e eu se fosse você não se fazia de sonso e parava de ficar atrás do meu filho achando que ele é um objeto sexual, eu vou pedir gentilmente que você o deixe em paz, ou eu vou ter que ir até a sua casa e conversar com os seus pais, que pelo o que eu sei não sabem que você é gay...

-Não faça isso, mas, por favor, me deixa falar com ele.

-Ele está dormindo, pensa no que eu te falei, se eu souber que você se aproximou dele, seu pai e sua mãe vão saber de mim, que você está longe de ser esse machinho metido a Dom Ruan... Sinto muito ter que ir tão baixo, mas você foi mais ainda.

Após falar isso, a mãe desligou o celular e o colocou aonde o tivera encontrado após apagar a chamada de Érico. Deitou-se ao lado do filho, pois viu que ele estava muito abalado e o protegeu como uma boa mãe...

-Filho, acorda... Hoje é dia de prova, você não pode faltar na aula.

-Ta bom mãe, eu vou tomar meu banho e depois tomo café da manhã.

Lúcio jurou pra si mesmo que se esqueceria do ocorrido e que não tocaria nem no assunto com ninguém, simplesmente decidiu viver mais para si mesmo do que para uma pessoa que o odiava por ser quem ele era.

Aquele banho levou todas as angustias ou de certa forma trancou à sete chaves os sentimentos de um adolescente tolo....

Dona Cláudia levou o filho de carro até a escola e se despediu:

-Tchau filho, boa prova, se concentra bastante. Eu te amo. E não se deixe levar por esses últimos acontecimentos...

-Pode deixar mãe, também a amo muito.

Como de costume Lúcio foi até o banheiro se olhar no espelho e foi surpreendido por um beijo sufocante de Érico, ele tentava se soltar, mas Érico não o largava, ele o forçava contra seu peito, afobado e insaciável... Mas Lúcio lutava mais ainda ao se lembrar do ocorrido, foi como se a raiva viesse toda de uma vez, ainda assim foi em vão o sentimento de raiva, mas alguém que saiu de um dos banheiros vendo a luta do rapaz mirou um murro no rosto do agressor e o desconcertou completamente, consequentemente este desmaiou. Lúcio correu assustado achando que Érico estava morto e o anjo da guarda levou o rapaz até a diretoria e relatou todo o ocorrido.

Depois de determinado tempo, Lúcio foi até o rapaz agradecer pelo o que ele fizera.

- Não tem pelo o que agradecer, qualquer um faria o mesmo... prazer, Ricardo.

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