Capítulo X

Parte da série Vibrações

Galera finalmente chegamos no capítulo 10!! Estou gostando muito da história e espero que vocês também estejam... Por ser o décimo, este será um pouquinho mais longo... Abraços e boa leitura!

E não esqueçam de comentar :D

CAPITULO X

Depois daquele beijo só consegui pensar no John, era como eu o tivesse traindo mesmo estando namorando com sua irmã. Voltei à realidade e me soltei dos braços de Matheus que já me envolviam. Me despedi meio sem graça e entrei em minha casa. Notei que meus pais já haviam chego pela rápida arrumação que com certeza minha mãe fez na casa e pela luz do quarto deles estar acesa. Tentei não fazer nenhum tipo de barulho para que não percebessem que eu estava em casa e virem com toda aquela conversa sem fim. Fui para o meu quarto e me joguei na cama, e nesse instante minha cabeça começou a se encher de pensamentos. Minha vida já estava enrolada de mais, não havia espaço para mais ninguém nela, nem alguém como o Matheus.

Comecei a perceber que o que estava fazendo com a Samantha era muito horrível! Além de está-la enganando, era com seu próprio irmão. Quem gostaria de uma decepção dessas? Como eu estava sendo injusto, não queria perder o conforto da sociedade e nem queria perder o sabor de uma paixão, porém já era hora de por um fim nessa história toda! Não iria me assumir, até porque nem ao menos sabia o que realmente sentia por John, mas enganar aquela garota a esse ponto já não era mais cabível! No dia seguinte, com toda a certeza terminaria com esse relacionamento que já durava três anos. Tentei dormir, mas sem sucesso. Olhei para os remédios, pensei por alguns instantes e acabei decidindo por tomar apenas dois. Como em um passe de magica todos os pensamentos começaram a sumir e rapidamente o sono foi chegando até me consumir.

O domingo amanheceu amigável e cheio de boas vibrações, depois de muito enrolar no quarto levantei e fui tomar meu café-da-manha, encontrei meus pais super animados e prontos para saírem.

-Bom dia!

-Bom dia filho!

-Que animação toda é essa?

-Não é todo dia que vamos almoçar com os pais da sua namorada!

-O QUÊ?!?

-Ora Peter... Vai dizer que esqueceu o almoço que você mesmo inventou?

-Eu... Eu... Não vai dar! Acho melhor cancelarmos.

-De jeito nenhum! Olivia já ligou aqui dizendo que está ansiosa para nossa visita.

-Mas mãe!

-Peter deixa de drama... Eu e sua mãe já estamos indo! Depois do hospital o senhor vai direto, ok?!

-Sim senhor!

É verdade, ainda tinha que passar no hospital para finalmente remover aquele maldito gesso. Justo no dia que eu ia terminar com Samantha, eles me lembram da droga de almoço que eu mesmo inventei. Acho melhor adiar por mais alguns dias essa decisão. Peguei meu carro e fui para o hospital, chegando lá logo fui encaminhado à sala do doutor João, o pai de Matheus. Ele como sempre muito serio, quase não conversou e quando retirou meu gesso apenas pegou na minha mão e me cumprimentou, era como se aquilo fosse um alivio, como se eu desejasse não me ver novamente. Ignorei aquele pensamento e fui direto para a casa de Samantha, ah aquele almoço prometeria!

O almoço estava ocorrendo melhor que eu imaginei, meus pais se enturmaram rapidamente com os pais da Samantha, que estava sentada ao meu lado, John estava lindo e estranhamente calado, ainda não tinha descoberto o motivo dele estar tão distante, e parecíamos ate uma grande família de verdade. Até o momento em que Samantha se levantou e propôs um brinde.

-Atenção, por favor! Eu quero propor um brinde a nossa família e a que vou construir com meu Peter, e queria brindar também ao nosso pequeno bebezinho que está vindo... Parabéns amor, você vai ser papai!

Naquele momento engasguei com o que seja lá que estivesse comendo, me faltou o ar e minhas pernas tremeram. Como assim eu seria pai? Eu não tinha cabeça pra cuidar nem de mim mesmo! Era brincadeira... Só podia ser brincadeira! E o pior é que nenhum deles estava surpreso com a notícia, ou seja, eu fui o ultimo a saber. Meu Deus, e agora o que eu faria?

Permaneci em choque até Samantha vir me abraçar, ao contrario da reação que todos esperavam eu simplesmente a larguei e sai correndo. Queria distancia de todos eles. Aquela vadia armou pra mim! Percebeu que já estávamos praticamente separados e resolveu me prender da maneira mais antiga que existe. E foi por isso que John estava diferente comigo, com certeza ele não queria mais interferir em nossa vida agora que teríamos um filho. Mas isso não podia ficar assim, depois disso eu tinha certeza que já não amava mais Samantha, e se ela tivesse aquela criança, eu gastaria até meu ultimo centavo só pra tirar ele de seus braços e ficar somente comigo, o pai!

Peguei meu carro e sai sem direção completamente irado, me sentindo traído. A ideia de ser pai naquele momento não mudava nada em minha vida. Estava tão transtornado que comecei a chorar, meu celular não parava de tocar com chamadas do John, mas até mesmo com ele estava bravo por não ter me contado nada. Varias mensagens começaram a chegar e eu apenas as ignorei. Minha vontade de conversar com alguém naquele momento era somente com uma pessoa, e assim o fiz, peguei meu celular e liguei para Matheus. Em poucos minutos ele chegou onde eu estava e não perguntou nada, apenas colocou minha cabeça em seu ombro e pediu pra mim ouvir somente o som do mar.

Ficamos um bom tempo daquele jeito até Matheus começar a cantar uma canção muito estranha, devia ser alguma coisa infantil, o que me fez dar algumas risadas. Ele contou algumas piadas muito idiotas e em pouco tempo o clima de choro que estava se diluiu, ficando um clima alegre e descontraído. Depois de mais algumas boas risadas ele me perguntou seu eu queria falar a respeito do que estava me afligindo. Tentei explicar toda a minha situação, desde o John e nossos encontros até o anuncio da minha paternidade. Em momento algum ele atrapalhou a minha narração e ao fim se limitou apenas a dizer uma frase.

-Um filho é um presente de Deus!

Aquelas palavras mexeram comigo, eu não estava pensando na vida que estava começando a se gerar, estava novamente sendo egoísta e pensando somente em mim.

-Cara, você vai ser pai! Quantos não queriam estar no seu lugar... E quem disse que você precisa estar casado com ela pra ser um bom pai?

-Eu não sei... Ainda sim, tem o John...

-Se ele tá agindo assim é porque gosta muito de você, tanto que é capaz de abrir mão de tudo para que você tenha uma família.

-Será?

-Acredita em mim... Nada é por acaso! Não vale a pena brigar por bobeira, se ele não te contou talvez ele pensasse que era uma coisa particular entre você e a Samantha.

-Conhecendo bem ele, você pode ter toda a razão. Eu acho que vou me desculpar, agi feito um idiota!

-Vai sim... Vai ver que nem é tão complicado quanto parece.

-Cara você realmente é meu herói! Me salvando de novo, e agora de mim mesmo Hahaha Obrigado!

-Que isso... Vou acabar acreditando Hahaha E não se esqueça, seu filho não tem culpa de nada!

-Pode deixar! Obrigado!

Dei um abraço apertado no Matheus e corri pra casa do John, aquelas palavra me acalmaram que uma maneira que não consigo explicar. Aquele menino era uma boa pessoa. Cheguei em frente ao apartamento do John e toquei a campainha, no momento em que ele abriu a porta eu o agarrei e beijei aquela boca deliciosa, já estava morrendo de saudades. Nossos beijos eram violentos e sem ao menos perceber já estávamos na cama pelados, era uma mistura de paixão com excitação, eu estava louco pra sentir ele todo em mim e dessa vez eu o queria por completo.

John foi beijando cada centímetro do meu corpo, subindo dos pés a cabeça. Parou no meu pau e começou a chupa-lo, fez um rápido movimento e em segundos estávamos fazendo um 69. Sem muita cerimonia me virei e deixei que ele passasse a língua no meu cú, um lubrificante natural e ele percebendo a minha intenção fez bem o seu trabalho. Depois de já bem lubrificado ele começou a colocar um dedo pra eu ir me acostumando já que era a minha primeira vez como passivo, depois colocou mais um e em seguida enfiou seu pau em mim, a principio lentamente até me acostumar, depois de alguns minutos entre beijos e mordidas ele começou um vai e vem que transformou a dor que eu sentia em puro prazer, cara como era gostoso tê-lo dentro de mim, era uma sensação nova e incrível. Depois de um tempo fiquei na famosa posição de frango assado, onde senti suas bolas encostarem, estava tudo dentro. Eu olhava para sua cara de prazer e ele ao mesmo tempo batia em meu rosto e falava palavras safadas ao meu ouvido, no segundo eu peguei meu pau pra me masturbar, gozei. Ele saiu de dentro de mim e passou a língua em toda a minha barriga lambendo minha porra, depois mandou que eu o chupasse e gozou na minha boca. Uau! Foi uma foda e tanto. Caímos na cama exaustos.

-Peter me desculpa! Eu deveria ter contado a você...

-Tudo bem, eu sei que você não quis se meter.

-Ela chegou toda animada e contou para nós no jantar de semana passada, falou com seus pais e pediu segredo até ela fazer o exame e ter certeza.

-Nossa pra quê tudo isso?

-Pra vocês casarem!

-Hein?

-Isso mesmo, agora vocês vão ter que se casar. Meu pai não vai aceitar uma filha gravida e solteira!

-Mas em que século seu pai vive? Hoje é o mais comum, vou assumir meu filho mas não irei me casar com a Samantha.

-Você está com um problemão agora, e só tem uma solução...

-Qual John?

-Que a gente se assuma!

-Mas assuma o quê? Que ficamos?

-Não!

-Não estou entendendo...

-Assuma que somos namorados!

-Você esta louco? Não namoramos...

-Bem, eu esperava fazer isso mais pra frente quando você se resolvesse de uma vez com a minha irmã, mas Peter você quer namorar comigo?

-Eu... Eu...

-Ficou vermelho... E então?

-Desculpa John, mas não!

-Oquê?!

-Eu não posso, não sabemos ainda o que sentimos um pelo outro.

-Mas Peter...

-John, me desculpa!

-Eu acho melhor você ir!

-John, por favor!

-Quando sair feche a porta.

John simplesmente ficou perplexo com minha resposta, ele esperava que eu aceitasse seu pedido, mas ainda não estava pronto pra namorar um homem. Eu seria pai e que exemplo daria ao meu filho? E eu não poderia ter algo serio com ele, sendo que talvez nunca ouviria um EU TE AMO! Era uma situação realmente muito complicada para mim, e Matheus agora não saia do meu pensamento. Suas atitudes estavam me surpreendendo cada vez mais, e novamente segui seu conselho indo atrás de Samantha para me desculpar pela maneira que agi e explicar minha nova situação. Não sei como ela iria reagir ao fato de que sou bissexual e que gosto de caras, nem como reagiria quando lhe contasse que não iriamos nos casar e formar uma família. A única coisa que eu sabia é que não poderia contar pra ela que estava com seu irmão.

Parei o carro em frente à casa de Samantha e a telefonei, como já tinha avisado que sairíamos para conversar, ela já estava pronta a minha espera. Fomos em meu carro no mesmo barzinho que Matheus havia me levado na ultima fez (gostei muito do lugar), praticamente não conversamos nada dentro do carro, eu estava muito serio e ela também. Quando chegamos ao local, escolhi uma mesa afastada e nos sentamos, e depois de feito o pedido ao garçom, começamos a conversar.

-Escuta Samantha, eu lhe devo desculpas pela maneira como agi. Fui um completo idiota! Não sabia como reagir a noticia, e me assustei... Saiba que eu vou estar ao seu lado no que precisar e quero acompanhar passo a passo a formação do nosso bebê. Eu até já comecei a pensar em alguns nomes como: Mary ou Jenna se for menina ou Maicon se for menino...

Samantha continuava calada e quando falei os nomes, ela começou a chorar de uma maneira descontrolada. Assustei-me com aquela reação e comecei a ficar preocupado.

-Samantha? Amor? Fala comigo... Não chora! Amor... Fica calma, eu to aqui!

-Eu... Eu... Não posso!

-Eu sei que ta brava comigo, mas eu to aqui! Vamos cuidar do nosso filho!

-Peter, amor... Por favor, me perdoa!

-Perdoar o quê? Eu que devo te pedir perdão por ter agido como um babaca!

-Foi tudo tão de repente... Eu fiquei desesperada! Meus pais iam me colocar pra fora de casa se descobrissem...

-O que? Do que você esta falando Samantha?

-O bebê! Não é seu...

-Hein??? Como assim o filho não é meu?

-Ele não é seu... Eu menti!

-Mas você disse... Que... Era meu!

-EU MENTI!!! O filho não é seu...

-E de quem é então?

-É do... Do... Oscar!

-O quê?! Você ta me dizendo que o bebê que você está esperando é do seu professor de matemática?

-Sim... Eu estava ruim na sua matéria e ficaria de DP, e pra me ajudar ele propôs que fizéssemos uma troca: eu dava um beijo ele e em troca ele me daria as respostas do teste. Um dia depois da aula ele me deu as respostas e pra cumprir com o combinado eu o beijei, mas a situação saiu de controle e acabamos transando.

-Eu não to acreditando no que estou ouvindo... Como você pôde fazer isso comigo? E porque jogou a paternidade pra cima de mim? Por que simplesmente não contou a seus pais que transou com seu professor de matemática para ganhar nota?

-Ele foi embora! Eu contei a ele, mas simplesmente me ignorou e falou que nunca assumiria filho nenhum...

-Então jogou pra cima do trouxa aqui!

-Por favor, me ajuda! Você me deve isso...

-Eu te devo isso? E por quê?

-Porque está me traindo com o imbecil do meu irmão!

-O quê?! De onde você tirou essa idéia absurda?

-E você acha que sou burra? Eu vi o jeito que vocês trocam olhares desde que o John voltou pra casa. E eu vi vocês dois se beijando no quarto do meu irmão no jantar que fizemos lá em casa.

-Eu...

-Não estou brava! Confesso que fiquei, mas estou mais desesperada que qualquer coisa... Preciso que você assuma meu filho! Não posso dar essa decepção para o meu pai!

-Confesso que agora você me pegou! Eu realmente não sei o que fazer a respeito, quanto a mim e John, nos iríamos te contar. Mas não será mais preciso!

-Peter, por favor! Por todo o carinho que você já sentiu por mim... E pai é quem cria!

-Tudo bem Samantha, eu assumo seu filho! Ou melhor, nosso filho! Mas não me casarei com você...

-É claro que não! Não quero um marido bicha...

-hahaha e nem eu uma mulher vadia!

Depois de toda aquela conversa nos abraçamos forte e compartilhamos um momento muito sincero e bonito. Confesso que não gostei do fato do filho não ser realmente meu, mas eu o amaria do mesmo jeito. Fiquei bem aliviado de Samantha não dar muita importância a traição que ela sofreu por parte de mim e de seu irmão, mas ela tem um bom coração e não guardara magoas, assim espero.