CAPITULO 9 – UM DELICIOSO JANTAR
Parte da série AMENO
Já passava das sete horas, eu olhava no relógio constantemente. Ainda não havia acreditando na maluquice de ir jantar com um bilionário, somente por que ele esbarrou em mim, gente rica tem umas manias bestas. João avisou-me por mensagem que um motorista viria me buscar já que era noite e minha mãe em hipótese alguma me deixaria sair sozinho. Passados alguns minutos escuto uma buzina em frente minha casa, corri para a janela e confirmei que realmente tinha um carro me esperando, saí de casa com os avisos da minha mãe e entrei no automóvel. Para minha surpresa quem estava dirigindo era o Afonso, o motorista grandão que nos abordou na entrada da ultima vez que estivemos na mansão. Fomos conversando o caminho inteiro, e a cada cinco palavra que ele falava, duas citavam meu amigo Rafael. Não sei o que aqueles dois tinham aprontado, mas parece que foi muito satisfatório. Em vinte minutos estávamos em frente ao portão de acesso á casa, e Afonso nem mesmo parou para que o reconhecessem. Lá dentro, fui novamente recepcionado pelo mordomo assustador, que me direcionou a sala de jantar (tenho que confessar, fiquei MARAVILHADO com o tamanho da mesa e a quantidade de comida que havia ali). João que estava sentado me aguardando, levantou-se e veio ao meu encontro. Depois de um abraço um pouco constrangedor, já que ele demorou algum tempo, fomos jantar.
A conversa fluía tranquilamente quando resolvi o questionar a respeito da sua corrida dentro de uma biblioteca.
-Mas porquê você estava correndo feito louco naquele dia?
-Pressa... Tenho uma vida muito corrida!
-Imagino, mas e aquele livro? – no momento em que perguntei João quase teve um ataque, engasgou e tive que me levantar e socorre-lo.
-Obrigado! É... Aquele livro... Não era nada! Apenas um livro de muitas histórias – Ele falou tentando parecer firmes em suas palavras.
-Histórias de magia? – o questionei ainda curioso.
-O quê?! Como sabe sobre isso? O que você viu? – João estava incrédulo.
-Aquele livro tinha imagens na capa que pareciam com os que o meu amigo Rafael coleciona, ele tem essas psicoses com o sobrenatural e etc. bobeira da parte dele.
-Eu não diria isso... – Ele me respondeu agora mais calmo.
-Vai me dizer que você também acredita nessa paranoia de coisas do além?! – dessa vez eu que fiquei boquiaberto.
-Existem muitas coisas das quais a maioria das pessoas desconhecem, ou apenas ignoram e seguem sua vida sem se importar. Otávio, o mundo é bem maior do que se imagina. – João estava procurando as palavras certas para conduzir aquela conversa.
-Talvez, mas eu prefiro não acreditar!
-Isso é uma escolha sua, mas não procure saber o que não gostaria de descobrir!
Naquele momento meu corpo se arrepiou, pois eu juro que vi atrás da janela a sombra de um homem de olhos vermelhos que me encarava fixamente. Fiquei branco como papel, e João ao perceber meu assombro, olhou rapidamente para o local em que meus olhos estavam apontando. Mas quando ele virou, já não existia mais nada ali além de uma tempestade que agora começava a ficar feroz.
O Clima da nossa cidade sempre foi propicio a chuvas com trovoadas e quedas de granizo, o sol não tem poder suficiente para deixar nossa região calorosa, ele cede seu espaço a densas nuvens que encobrem o céu e a constantes tempestades que nos obrigam a ficar em casa. Após o jantar fomos para a sala assistir um filme, a pedido de João, enquanto a chuva não passava para eu poder voltar pra casa. Tínhamos fugido do assunto pesado de sobrenatural, e agora discutíamos sobre literatura.
-Quer dizer que o senhor é apaixonado por vampiros? – João ria da minha cara.
-Sim! Não! Quer dizer... Eu gosto mais desse tipo de leitura, mas também adoro uma mitologia grega. – tentava não demonstrar meu constrangimento por estarmos tão próximos.
-Eu já prefiro terror! Morte, sangue, corpos...
-Você é doente!
-Um maluco talvez! Hahaha.
Um trovão ecoou no céu aquele momento, fazendo com que eu me assustasse e me abraçasse a João. Quando me dei por mim, ele me encrava com aqueles lindos olhos cor de mel, e por uma fração de segundos enquanto nossos olhares se cruzavam, sua boca veio de encontro a minha. Graças aos céus meu celular começou a tocar e me livrei do quase beijo, era minha amada, maravilhosa, heroína e salvadora da pátria, mãe, que havia me livrado de um sufoco sem perceber. Expliquei a ela que estava chovendo muito e ela pediu pra falar com João, ainda sem entender passei o telefone pra ele que se afastou e foi conversar com ela. Minutos depois ele veio sorrindo em minha direção e me entregou o celular.
- Sua mãe está preocupada com você e disse para não permitir que você volte nesse temporal, ou seja, ela quer que durma aqui! – ele falou entre sorrisos.
- O quê?! Ela não disse isso... – Mas eu sabia que ela havia dito, minha mãe é tipo super-protetora.
-É sério, e eu também não queria que fosse. Quero que fique aqui comigo!
Antes mesmo que eu pudesse responder algo ou demonstrar minha indignação com tudo aquilo, João agarrou-me e me deu um PUTA beijo de tirar o folego. Meu corpo estremeceu todo ao sentir o seu, sem ao menos perceber João já me carregava em seus braços e me levava ao seu quarto. Ao contrario do que imaginei (graças a Deus), não foi para transar. Ele retirou minha camisa e minha calça e fez o mesmo com suas roupas nos deixando apenas de cueca, e subiu em cima de mim, começando a me beijar. Ficamos naquilo por HORAS (literalmente), quando finalmente toda aquela maratona de beijos acabou, ele se posicionou atrás de mim e dormimos de conchinha.
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