CAPITULO 5 – ALEJANDRO

Conto de Puckerman como (Seguir)

Parte da série AMENO

-Amor quando ficarei rico novamente? – Perguntei a Uriel ainda envolto por seus braços. Estávamos deitados em sua cama, seu quarto já era bem familiar para mim.

-Tenha calma que tudo vai dar certo! Não pensou que em um passe de mágica apareceria rico e em Paris não é?

-Não! Mas é que...

-Não seja bobinho, somos demônios não fadas madrinhas!

-Seu chato!

-Não fique bravo, dê-me um beijo.

Tinha ficado chateado ao saber que ainda dependeria de fatores externos para ficar rico, pensei que apareceria alguns milhões na minha conta. Mas Uriel me explicou que tudo tem que ter uma explicação para o mundo exterior, afinal como eu explicaria se ficasse rico da noite pro dia?!

Estávamos a caminho da fronteira para conhecer um “amigo” que me ajudaria a voltar as minhas origens, a reestabelecer o padrão de vida que eu tinha antigamente. O local era afastado, dentro de uma grande floresta se escondia uma enorme mansão cercada por capangas que a vigiavam todo momento. Fomos parados logo no portão e tivemos que nos identificar, Uriel apenas escureceu seu globo ocular para o chefe da segurança que imediatamente lhe abriu passagem. Fomos acompanhados até o escritório da mansão e aguardamos o tal amigo.

Ele era alto, forte, tinha uma pele dourada e um bigode pontiagudo nas pontas (confesso que achei ele muito gostoso, mas o bigode era brochante!), seu sotaque lembrava os espanhóis, algo bem charmoso. Alejandro era o maior exportador de drogas do país e era um dos homens mais influentes mundo a fora, o curioso é que ele se sentia como um Deus, invencível! Muito arrogante de sua parte.

-A que devo a honra cavalheiros? Vejo que estás muito bem acompanhado Uriel!

-Vim tratar de negócios Alejandro!

-Negócios hein?! Ansioso para escutar o que tens a me dizer...

-Quero que ajude o João a ficar rico.

-Hum... És belo garoto! Por que não se deitas com um desses políticos sugadores de alma e suga-lhes a vida?

-Porque eu não permitirei! – João respondeu ficando visivelmente irritado com o comentário.

-Então és o declínio dele? És tu quem o levarás a morte?

-Ele fez um pacto e terá que cumpri-lo! Não ouse nos recusar ajuda, já sabe que tem que cumprir sua sentença!

-Acalma-te Uriel, tenho muito que ensinar a este rapaz! Mas antes o quero em minha cama em alguns instantes. Devo apreciar quem tomara meu lugar brevemente.

Fiquei perplexo com toda aquela conversa, eu voltaria a ser rico, mas para isso deveria ser um contrabandista? Para quem namora um encapetado isso não deveria ser tão ruim. E sobre o fato de ter que transar com Alejandro? Era PERFEITO para mim, mas Uriel me fuzilava com o olhar, porém não me impediu que fosse.

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