CAPITULO 28 – AMENO I (O PACTO)

Conto de Puckerman como (Seguir)

Parte da série AMENO

Ameno dori me – Ameniza minha dor

Otávio

Estávamos na casa de João, ele se contorcia de dor. Aquilo era terrível até para mim, a forma com que ele estava sofrendo era muito doloroso, suava frio, estava tendo alucinações e era como se seus ossos estivessem se partindo ao meio.

Já fazia mais de dois dias que aquilo havia começado. Primeiramente um sinal em forma de triangulo, bem pequeno apareceu em sua testa, depois disso os sintomas começaram a surgir. João já sabia que havia chegado a hora, seu pacto se cumpriu e agora ele iria morrer. Já havia chorado muito, mas não em sua presença. Deveria permanecer forte para dar ao meu amor toda a força que ele precisava.

Era madrugada quando João acordou assustado e gritando de dor, primeiro vi seu corpo ser jogado no ar e suas pernas irem de encontro a cabeça, quebrando suas costelas. Eu gritei desesperadamente e ele também. João logo em seguida foi arremessado para o chão e seus olhos se arregalaram com algo.

JOÃO

Eu estava no canto do quarto vendo aquele terrível monstro olhando para mim, gritei para que Otávio saísse dali e que fosse embora, mas ele não me ouviu, parecia que não estava vendo a fera. Um cão do inferno gigante estava me encarando com um desejo mortal na cara, era como se ele quisesse me devorar inteiro.

O maldito cão avançou em cima de mim, e iria me matar se não fosse por uma lamina que arrancou para fora de seu corpo sua cabeça. Olhei assustado para saber de onde aquela espada veio, e quando percebi de quem se tratava meu coração acelerou ainda mais. Era ele, era Uriel que veio me salvar. Otávio estava surpreso com a presença daquele homem ali, ainda mais por ele ter interferido em assuntos do próprio diabo.

-Uriel... O-Oque faz aqui?

-Eu não poderia deixar que esse desgraçado te matasse!

-Eu... Você não pode se meter! Ele é seu chefe...

-EU NÃO RECEBO ORDENS DE NINGUÉM! Vem, vamos embora comigo que te protegerei de qualquer um que se meter contigo!

-Uriel me desculpa, mas eu não posso... Eu amo o Otávio! O que existia entre nós acabou...

-Não, você não o ama! Só ficou com ele pra me ferir!

-Nós sabíamos que nosso sentimento não seria eterno, você só estava cumprindo ordens!

-Mas o meu é real! Eu não estou mais servindo ninguém, e ainda sim estou aqui...

-Desculpa, mas eu amo o Otávio e é com ele que vou ficar!

Um ódio sobrenatural possuiu Uriel quando abracei Otávio naquele quarto, era como se seu coração estivesse sido despedaçado. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. Fiquei muito triste com aquela situação, mas já estava decidido. Asas negras surgiram das costas de Uriel e tomaram por escuridão metade do meu quarto. Quando ele iria despejar palavra de ódio em cima de mim, uma figura se materializou na nossa frente, a mesma figura que eu vi há cinco anos quando fiz o meu pacto, era ele o Deus das trevas.

-Vim buscar o que me pertence! – disse tranquilamente.

-Só por cima do meu cadáver! – Gritou Uriel.

O momento de tensão que dominou aquele lugar foi interrompido por uma chegada inesperada.

-Parados, todos! Uriel você está preso por homicídio a três pessoas, incluindo o filho do governador, tentativa de homicídio a um agente federal e por explodir minha casa seu desgraçado!

-Chegou bem na hora pra participar da festinha delegada!

Comentários

Há 1 comentários.

Por UdoliBoy em 2015-05-10 04:02:34
Omanare imperavi emulari... Eu tô tremendo, quer dizer que além da história ser foda, o autor ainda curte 'eRa' ?