CAPÍTULO 17 - JULIANE

Conto de Puckerman como (Seguir)

Parte da série AMENO

18 de Março de 2015

Estava pronta para mais um dia de trabalho, aquela delegacia já era minha segunda casa. Há meses estávamos a procura de uma solução para um dos maiores casos policiais que já aconteceu naquela velha e pacata cidade. Dois terríveis assassinatos que ocorreram na mesma época, há três anos trás. Uma jovem de seus 18 anos de idade, Michelle Valentina Gusmão e a segunda vítima um comerciante muito influente, Juliano Pereira de 32 anos.

Desde que os corpos foram encontrados em diversas partes da cidade, que um caos policial começou. A mídia como sempre procurando explicações e nós sem saber o que apresentar. Foi algo muito bem feito, sem impressões digitais, sem movimento suspeito, sem qualquer objeto que identificasse o assassino. Naquela tarde, tudo mudou!

- Doutora Juliane!

-Diga Frederico! Que houve pra toda essa euforia?!

-Finalmente encontramos algo que talvez possa nos ajudar!

-Do que se trata?

-Doutora, em um raio de 20 km de distância do local onde encontramos o corpo da vítima número dois, existe uma cabana que fica escondida dentro da floresta. Fomos investigar essa cabana e ela se encontra abandonada!

-Sim, e ai?

-Só que nela morava um senhor, e o povo da redondeza contou que ele desapareceu!

-E o que isso vai mudar em nossa investigação Frederico? Fala logo que você já está me deixando impaciente!

-Doutora, há vestígios da morte do velho em todo lugar! Manchas, sangue, e até esperma seco! Ao que parece, ele foi assassinado e o feitor não teve o mesmo cuidado em limpar o local!

-Você está me dizendo que o tal velho pode ter sido morto pelo mesmo assassino? Se isso for verdade muda toda nossa investigação! Serão no total três vitimas e com esses vestígios poderemos encontrar nosso psicopata!

-Já mandei as amostras para o laboratório doutora, amanhã teremos mais informações que nos ajudará a desvendar esse crime!

-Vou agora mesmo para esse local, quero ver tudo com meus próprios olhos. E Frederico você vem comigo!

-Sim senhora!

Depois daquela reviravolta no caso, meu coração se encheu de excitação e alegria em saber que estávamos finalmente no caminho para descobrir quem fora o autor de todas aquelas mortes. Meu faro de criminalista não me deixava enganar, tínhamos algo grande nas mãos.

Quando cheguei na cabana, um calafrio percorreu o meu corpo. Era como se um sentimento ruim me alertasse que deveria parar, mas minha mente jamais me permitiria algo assim. Aquele lugar estava completamente abandonado e com um forte cheiro de enxofre, as áreas nas quais os vestígios do crime estavam, foram circuladas e bloqueadas para que ninguém atrapalhasse a investigação e contaminassem as provas. Observei atentamente tudo o que existia ali, e me dirigi ao galpão que ficava ao fundo da cabana. Fechei meus olhos e um flash de pensamentos e intuições invadiram minha cabeça, quase que desmaiei. Ao abri-los, minha visão me levou direto a uma pequena tira de pano, que com uma luva peguei e levei para o laboratório, mas antes de sair do local, as portas de repente se fecharam e as luzes começaram a piscar. Meu corpo tremia e sentimentos de dor e tristeza se apoderavam de meu corpo. Quando finalmente parou, corri dali e me surpreendi ao perceber que uma forte tempestade se aproximava. Deixamos rapidamente o local.

JOÃO PEDRO

Chovia bastante naquela tarde, e estávamos na sala assistindo televisão. Otávio que estava cochilando em minhas pernas resmungava umas palavras sem sentido, na verdade, era como se ele estivesse falando em outra língua. Há alguns dias que vinha notando um comportamento estranho da parte dele, desde o dia em que me viu junto com Rafael. Eu sei que ele entendeu toda a situação e nos perdoou por não compartilhar certas informações, mas Otávio estava diferente, não parecia mais o mesmo. Como eu amava aquele garoto, e o simples pensamento de perdê-lo me doía muito.

O barulho da chuva caindo lá fora, o calor da lareira e as repetitivas imagens que passavam na televisão também estava me causando sono, acho que cochilei por alguns instantes. Quando um barulho ensurdecedor de um raio me despertou de sobressalto e a imagem de Uriel surgiu na minha frente, meu coração acelerou. Foi tudo tão rápido que quando Otávio acordou também ele já não estava mais lá! Fiquei muito preocupado, afinal, aquilo só poderia indicar que minha morte estava próxima e eu não queria aquilo. Agarrei-me com todas as minhas forças em Otávio e comecei a chorar, não poderia abandoná-lo jamais, nem que pra isso eu fosse até o fim do mundo para tentar descobrir uma forma de vencer o diabo e acabar com aquele maldito pacto. Eu abriria mão de toda a minha fortuna para ter aquele garoto ao meu lado para sempre!

URIEL

Eu estava ali. Na verdade eu sempre estive ali, por ele, pra ele! Vi João se reerguer e se tornar um dos homens mais influentes do mundo, ele teve tudo o que sempre quis menos o amor que esperava de mim. Eu o amava, mas seu destino já estava selado, eu não poderia interferir, minha missão era apenas ajuda-lo no começo e depois deixar que cada um dos nossos desenvolvesse seu papel. João não era um mortal comum, ele sempre foi especial! E por essa razão sua alma é tão importante, a ponto do próprio Deus das Trevas ir pessoalmente fazer o pacto. Tudo é predestinado, menos o fato de estar perdidamente apaixonado por uma alma condenada. Ver João com aquele garoto me fez deseja-lo de volta ainda mais, e farei o que for preciso para ter o que desejo, até mesmo livrá-lo dessa maldição, não importam quais forem às consequências!

ENFIM, ESTOU DE VOLTA GALERA \O/ MUITA COISA BOA VEM POR AI NOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS! :D

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