CAPITULO 13 – PESQUISAS

Conto de Puckerman como (Seguir)

Parte da série AMENO

João Pedro

Eu já havia lido aquele maldito livro do começo ao fim, e não encontrei nada que pudesse me ajudar. A princípio ele parecia um livro comum de ficção e monstros, mas olhando mais a fundo, pude perceber que se escondiam magias, encantamentos, pactos e outras coisas. Era um livro que merecia ser estudado, mas após dias com ele, nada que me livrasse dos malditos sugadores de alma havia parecido ali.

Lembrei-me de Otávio ter dito algo a respeito do seu amigo conhecer muito sobre ocultismo e dele possuir uma grande fé. Ligue para o garoto, que prontamente veio ao meu encontro. Ele estava mais pálido que a ultima vez em que nos vimos, e também possuía uma feição triste que estava escondendo com aquele jeito pervertido que possuía.

-E então senhor João Pedro Bittencourt! Um milionário, gatoooo e muito gostoso! O que deseja de mim? – Rafael perguntou com um tom provocante.

-Eu gostaria muito da sua ajuda! – disse normal.

-E o que seria exatamente? – ele me encarava curioso.

-Otávio me disse que você crê em certas coisas, e isso me chamou atenção!

-Então você também acredita que há demônios espalhados por toda a terra? – Ele perguntou com um tom de deboche.

-Pra ser sincero sim, e sei que também acredita nisso! – falei firme.

-Eu realmente acredito... Sabe, desde os meus sete anos que vejo algumas coisas que pessoas normais não entenderiam! Está preparado? – seu tom passava agora a misterioso.

-Pode falar!

-Eu converso com espíritos senhor João Pedro! E não é a minha imaginação, eles vagam sim aqui pela terra, e estão onde menos imaginamos. Sabe durante o banho? Sempre tem algum! Na hora de dormir? Também! Há espíritos que nos acompanham até mesmo no trabalho, eles nos vigiam e alguns vingativos, até tentam fazer com que soframos algum tipo de acidente. Essas coisas do acaso? Geralmente são eles que provocam, um cortezinho aqui, uma queda ali, isso tudo vem deles! – Rafael estava sério nesse momento. – eu sei que você não vai acreditar em mim, mas...

-Eu acredito! – disse prontamente

-Mas assim? Sem nem ao menos me chamar de louco? Quando contei isso a Otávio, ele ficou preocupado comigo e me mandou ir ao psicólogo urgentemente. Mas ai ele se acostumou e ignora esses assuntos!

-Rafael, agora eu tenho que te contar uma coisa muito séria, isso vai explicar o porquê preciso da sua ajuda! – disse ainda em um tom serio.

-Diga!

-Rafael eu acredito em tudo isso, porque eu também já os vi. Não somente espíritos, mas os piores deles, demônios. Eu fiz um pacto com o mestre deles a alguns anos atrás, por isso o motivo de toda a minha fortuna.

-EU NÃO ACREDITO! – disse incrédulo o garoto.

-Sim, eu realmente fiz isso! E agora, sinto que meu prazo está chegando e que breve eles me levarão. Por isso que necessito que me ajude a encontrar uma saída! Não posso morrer agora, não depois que encontrei Otávio.

-Espera! Eu tenho que assimilar tudo ainda... É muita coisa pra minha cabeça! Você fez um pacto com o diabo e esta prestes a morrer?! Só que agora não quer mais morrer porque encontrou Otávio, isso quer dizer... AI MEU DEUS! VOCÊ ESTÁ APAIXONADO PELO MEU AMIGO?

-Sim, estou perdidamente apaixonado por ele, e justamente por isso que quero lutar até o fim! – respondi seguro de minhas palavras.

-Viado! Além de tudo ainda conseguiu pegar o milionário! – Rafael disse baixo, mas perceptível ainda. – Vocês já transaram?

-NÃO! Ainda não! – respondi surpreso com a pergunta – Mas enfim, você vai me ajudar ou não?

-É claro que vou! Acha que perderia esse babado todo? JAMAIS!

Fiquei muito feliz ao saber que poderia contar com a ajuda de Rafael, afinal, duas cabeças pensam melhor que uma só. Fomos para o meu quarto e o mostrei o livro que havia pego na biblioteca, começamos estuda-lo e em algumas horas descobrimos coisas muito importantes que ajudariam a me salvar. Como passaram-se horas desde que começamos toda a pesquisa, havia ficado tarde e resolvi eu mesmo deixar Rafael em casa. Fomos conversando o caminho inteiro, e nos divertindo muito. No principio não havia reparado que aquele garoto era tão leal assim, tinha visto o como um gay afeminado e cheio de pretensões, mas agora descobri que aquilo era somente uma mascara que ele veste para esconder essa pessoa maravilhosa que é. Quando chegamos á frente de sua casa, e eu o acompanhei até a porta, tivemos uma GRANDE surpresa ao ver Otávio sentado na calcada esperando o amigo. A cara que ele fez quando nos viu, me deixou em pedaços. Sem que algum de nós pudesse falar qualquer coisa, ele sumiu.

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