CAPITULO 11 – SURPRESA AGRADÁVEL

Conto de Puckerman como (Seguir)

Parte da série AMENO

Eu sei que você deve estar se perguntando, espere Otávio, você não era hétero?! Exatamente, eu sou hétero e continuo sendo, não foram algumas horas de beijo com outro cara ou dormir de conchinha com ele que vai mudar minha opção sexual! Ora, a quem eu quero enganar? Devo ser realmente gay, porque já se passaram uma semana desde que ficamos, e até hoje estou morrendo de saudades de João. Mesmo que conversemos quase todos os dias por mensagem, ainda não tínhamos voltado a nos encontrar, e eu não sabia se realmente queria aquilo. Sou filho único e seria um tremendo desgosto para minha mãe se me tornasse gay.

Naquela noite tive uma grande surpresa quando desci para jantar, assuste-me ao perceber que havia mais alguém além de minha mãe me esperando para a refeição. João Pedro Bittencourt estava sentado á mesa e conversava alegremente com minha mãe. Mas o quê?! Conversava alegremente com minha mãe? Que diabos estava acontecendo?

-Que faz aqui João? – perguntei curioso.

-Otávio não seja grosseiro meu filho! – minha mãe tentava corrigir minha súbita falta de educação.

-Vim conhecer sua mãe pessoalmente! – disse João fazendo uma cara de bom moço.

-O quê?! – estava confuso.

-Prometi a ela que viria jantar com vocês pra que ela me conhecesse, já que você dormiu lá em casa.

-Ora mãe, não precisava disso! João é meu amigo e ponto! – disse incomodado.

-Tinha que conhecer o namorado do meu filho! – ela disse rindo.

-O quê?! – Naquele momento um pedaço do frango que eu estava comendo voou e quase a acertou. Não sei se fiquei roxo de vergonha, vermelho de raiva, ou verde com o enjoo que me deu.

-Eu contei a ela que estamos namorando! – João disse tranquilamente.

-Mas não estamos namorando! Você é louco? Tem algum problema mental? – gritei, mas ambos não me deram atenção. Só então percebi que estavam combinados. Que coisa suja da parte de minha mãe, a odiaria para sempre.

-Calma querido, era só uma brincadeira que João propôs!

-E a senhora aceitou humilhar seu filho dessa maneira? – estava furioso.

-Para de drama Otávio! Bem que eu queria que João fosse meu genro, um rapaz tão educado e bondoso como ele!

-Mas mãe... – eu realmente não havia ouvido aquilo.

-Querido há dois meses eu lhe disse que você era gay! As mães sempre sabem dessas coisas! – minha mãe foi doce e sincera ao dizer aquelas palavras.

-Eu vou me retirar, com licença! – disse saindo batendo os pés. Quem eles pensavam que eram para querer controlar a minha vida? Que ódio que eu estava dos dois.

Pena que minha raiva durou pouco, pois quando a porta do meu quarto se abriu e eu mandei minha mãe me deixar sozinho, senti um corpo se aproximar do meu. Não precisei me virar para ver quem era, eu já sabia, eu o sentia. João estava deitado comigo, e dessa vez eu o puxei e beijei aquela boca que me consumia por diversas noites em meus sonhos. Não me importei com o que minha mãe diria no dia seguinte, apenas quis que ele estivesse ali comigo.

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