UM DIA FRIO

Conto de phillbecsialmeida como (Seguir)

Parte da série Um Amor da água pro vinho

...flashes de luz como raios invadem meu quarto, a cada flash de luz revela a presença e os traços de alguém em meu quarto, é hipnotizante...

(Triiiiiiiiiiiiiiiim)

7:00hs da manhã... que frio é esse não me lembro de ter uma central de ar no meu quarto. Espera eu não tenho uma. Tá fazendo frio? mais estamos no verão e no verão não faz frio ou faz? - me pergunto confuso.

ótimo eu não mandei concertar o chuveiro como que vou tomar banho? Sem ter muitas opções eu me arrisco na água gelada, tomo um banho de gato praticamente. A água está um gelo, procuro logo minhas roupas de frio no guarda roupa, não tive tempo de arruma-las. Eu nem esperava fazer frio essa época do ano.

- vamos ver o que tenho pra quebrar um galho aqui no meu guarda roupa, huuuum, uma jaqueta cor chumbo, um cachecol branco, uma blusa de manga preta, uma calça jeans escura, um tênis... Ótimo perfeito!

me arrumo e desço a escada...

- Mãe? Hugo? Thomas? Alguém? Cadê as pessoas dessa casa?

- Sairão cedo pro mercado e ainda não voltaram...

- AHHH. - me jogo no sofá ofegante... - que susto menino quer me matar do coração.

- Thomas cai na risada - Achei que você iria se assustar menos, mais foi melhor que a encomenda... (Risos)

- Engraçadinho... bom já que ninguém ta em casa e não tem nada pra fazer pra comer, que tal a gente ir procurar um chocolate quente por ai?

- Sério? já te disse que te amo hoje? - Diz Thomas todo sarcástico.

- Não apenas ouço isso quando te adulo com alguma coisa - Vamos logo antes que eu mude de ideia.

- Sim senhor irmãozão. Vou só pegar um casaco.

- nossa que frio é esse? tá fora do normal.

liguei a TV e olhei se tava passando alguma noticia sobre esse frio. Mas os canais estavam todos fora do ar. pensei em pegar o telefone pra ver na internet mas lembrei, ótimo ele tá quebrado.

- Pronto Thi podemos ir!

- Ok então vamos...

Pego a minha chave de casa e tranco a porta, com certeza minha mãe levou a dela. Saímos andando na rua a procura de algum chocolate quente, nessa época não se faz chocolate quente por aqui, mais com esse frio repentino acho que algum lugar deva ter feito pra ganhar dinheiro.

- Thi depois do seu acidente você anda aéreo de mais o que ta acontecendo.

- Nada Thomas. Coisas que criança não pode resolver.

- Eu tenho 14 anos. Dois anos de diferença não me faz ser mais criança do que você.

- Ta doido pra ficar sem chocolate quente.

- Ok você ganhou.

- O Bom de você ter posse sobre o desejo dos outros? você pode manipula-los... - Pensei rindo..

- Do que ta rindo Thi?

- Nada lembrei de uma piada.

- Olha chocolate quente!

Avistamos uma lanchonete que estavam fazendo chocolate quente, passamos pela porta de vidro e eu não vi que outra pessoa estava vindo do lado de dentro como era automática achei que ela estava abrindo pra nós e eu fui com tudo. Bufo! Bato de frente com alguém e me inclino pra trás tentando me equilibrar pra não cair. É acho que vou cair. Alguém me segura pela cintura olho para pessoa...

- Devemos parar de nos encontrar assim... - Risos

- Christian?

- fiquei parado olhando pra ele... o tempo parece que tinha parado Tic-Toc, Tic-Toc soava lentamente e eu ouvia meu coração bater acelerado, será que foi o susto?

- Ta tudo bem?

- Ta, ta, é eu acho que sim. Ta bom pode parar de me segurar pela cintura ta um clima estranho...

- Opa... desculpa! O que ta fazendo aqui?

- Acho que o mesmo que todo mundo nesse dia frio e fora do normal. Tentando se aquecer e nada melhor que um delicioso chocolate quente.

- Verdade, vim fazer o mesmo.

- É percebi e se o seu copo não tivesse fechado, com certeza o chocolate quente seria eu...

- Acho que irei marcar você com um GPS assim saberei onde você está e poderei avisar de minha presença sem encontros de surpresa.

- Não é pra tanto. Bom deixa eu comprar o meu chocolate.

- Quer que eu espere?

- Pra?

- Sei lá tá um dia frio não tem nada pra fazer, não tem aula achei que teria alguma ideia que eu provavelmente poderia me apossar e fazer também, estou sem criatividade hoje.

- Ir no cinema? Diz Thomas dando uma ideia..

- Cala boca menino, te chamei pra um chocolate quente não da idéias - falei baixo beliscando ele.

- AI! - disse Thomas.

- O que foi? - perguntou Christian.

- Nada não né Thomas? - falei olhando pra ele com aquele olhar de que se você disser algo eu te esgano.

- É nada não apenas uma câimbra na perna ai, ai, ai... tá vendo já passou.

- Bom deixa pra próxima Christian, minha mãe vai chegar do mercado daqui a pouco e não avisei que iria sair.

- Tudo bem então... cuidado!

- Pode deixar terei com certeza.

Christian sai da lanchonete.

- Porque me beliscou?

- Pra você ficar calado. E outra você é um péssimo ator. Câimbra? de onde você tirou essa ideia? E outra ainda fez as reações em tempos opostos, antes tivesse dito apenas nada.

- Ah Thi foi o que me veio na hora... não sou bom em pensar rápido.

- Bora comprar nosso chocolate quente e ir pra casa, mamãe já deve ter chegado.

compramos o chocolate quente e fomos pra casa se aquecendo no caminho. Nossa uma delicia esse chocolate e bem cremoso, se eu tivesse feito em casa não teria saído tão perfeito, ouço sirenes de ambulância pela cidade o que será que deve ter sido?

Bom Cheguei em casa...

- Mãe?

- Oi Filho onde você tava?

- Ah nesse dia frio fui comprar um chocolate quente. - falei mostrando o copo e sorrindo.

- Aff, nem lembra de mim, irmão ingrato. - Diz Hugo com ciumes.

- Ah HB desculpa eu tive um pequeno acidente acabei nem lembrando. - Desculpa esfarrapas, esqueci mesmo "PENSEI"

- Não venha com bajulações isso é desculpa sua.

- como você sabe?

- Você só me chama de HB quando quer me adular.

- Droga... me pegou. - Sussurrei - Da próxima eu lembro. Disse tentando anima-lo.

- Bom filhos vão arrumando a mesa e preparando a salada vou fazer a comida aqui rapidinho.

Depois de deixar tudo pronto, sentamos a mesa para almoçar as luzes começaram a piscar sinal de uma queda de energia. hora não demorou muito tudo ficou escuro apenas pouca luminosidade vinha da janela devido o tempo nublado. Bom mamãe acendeu uma luminária a bateria e pediu pra não demorar pois a bateria não estava totalmente carregada.

depois de comer e retirar a mesa eu subi pro quarto, nesse dia frio tudo que me restava era dormir. Então eu deitei e descansei até que o sono veio.

- É isso mesmo que você quer Christian?

- É tudo que eu mais quero.

Acordo com raiva, levanto visto minha jaqueta eu estava fumaçando de raiva, vou dar uma volta talvez o clima lá fora esfrie minha raiva, desço as escadas com velocidade.

- Mãe vou dar uma volta não sei que horas eu volto.

- você vai pra onde?

- não sei mãe vou sentir o frio da cidade.

- tudo bem. Cuidado pra não se pegar um resfriado.

- ta mãe.

Bom, minha mãe sempre deixou eu aprender muitas coisas sozinho. Depois que meu pai morreu eu me tornei uma especie de homem da casa, como eu sempre fui um cara com a cabeça no lugar, isso passou confiança pra ela. O que ela não sabe é que no momento minha cabeça... bom, nem sei onde ela está. Acho que vou pra praça la deve ser um bom local pra esparecer.

Queria entender o que está acontecendo comigo não posso dormir que começo a sonhar coisas que eu nunca sonhei e não consigo nem pensar direito no que fazer, o que ta se passando? minha cabeça ta cheio de pontos de interrogação. Muitas vezes eles são os mesmo a cada segundo se repetindo. Olho pra frente e percebo que estou diante da biblioteca, olho pro lado e tem uma rua longa, não vejo seu fim mais é como se algo estivesse me chamando segui ela pra descobrir a final o que poderia ser que estava me induzindo aquilo. Segui aquela rua e depois de uns 200 metros havia uma decida, uma curva acentuada a direita e um portão. Uma entrada enorme e nesse momento um barulho de carro vinha vindo, me escondi atrás de uns arbustos quando o carro apareceu vi que era o Dr. Oliver Pai de Christian. O que eles estão fazendo aqui? Será? eles moram aqui? mas onde? não vejo nada além de um imenso campo verde de grama, algumas palmeiras bem distantes uma das outras e uma estrada bom se ele está aqui é provável que Christian esteja também vou sair daqui antes que eu volte a esbarrar com ele. Corro até chegar na biblioteca e retomo meu caminho até a praça, lá eu encontro uma especie de lanchonete em forma de casa bom vou ver se tem chocolate quente. Ao entrar na lanchonete me vejo surpreso.

- Ué aqui não é uma lanchonete ou não parece com uma como parece do lado de fora.

- Porque não é uma lanchonete senhor. Diz uma voz doce mais num tom rápido

- AI! - que susto moça... - Digo com a mão no peito e o coração acelerado.

- Desculpe senhor não foi minha intenção. Deixa eu me apresentar meu nome é Lívia Inoue.

- Prazer Thiago. O que é esse estabelecimento mesmo?

- É uma casa de chá temos todos os tipos de chá quentes e frio porém não estamos fornecendo chá frio.

- É de se esperar e nem iria vender com esse tempo.

- Verdade. Mais você deseja algo.

- Bom até poderia, mas não creio que um chá resolverá meus problemas.

- Bom se eu soubesse qual o seu problema talvez eu poderia ajuda-lo não acha?

- Sonho Ruim. acha que um chá resolveria?

- Sim. temos um chá pra sonhos ruim, ele acalma e tira toda impureza que tenha em seus pensamentos que possa estar te levando a esses sonhos ruins...Sonhos são lembranças ou sentimentos que nos são revelados enquanto dormimos..

- Ótimo quero um com urgência.

- não seja por isso vou preparar. Enquanto isso você pode se senta e esperar.

- Tudo bem.

Me sentei perto da janela onde eu poderia olhar para a praça, fiquei olhando como o tempo a deixará linda, nunca tinha visto ela com esse efeito azulado...

- Aqui Moço seu chá.

- Obrigado.

Tomei o chá encostado no sofá que ficava de lado com a janela e fiquei olhando a praça e saboreando e tentando decifrar os sabores daquele chá pois tava uma delicia, sem perceber eu cai no sono.

Ouvia um barulho de tempestade, chuva forte, raios e relâmpagos, era um quarto escuro e sua porta se abria.

- Nossa de onde veio essa chuva? disse Christian.

- Realmente foi de uma surpresa e tanto não acha?

Sentamos na cama e ficamos olhando um para o outro.

- Thiago?

- Diz!

- Eu não sei você mas desde que nos conhecemos anda acontecendo tanta coisa não acha?

- Concordo que minha vida se transformou da água pro vinho, assim do dia pra noite.

- Eu sei como é. A minha também e eu não sei ao certo o que está acontecendo mais eu queria descobrir.

- Se você descobrir me diga preciso urgente saber...(risos)

- Verdade. Mas eu tenho uma ideia do que seja, mas preciso tirar a prova disso pra ter certeza. mesmo que eu tenha medo das consequências que isso possa nos trazer.

- E o que ta esperando pra fazer isso? Eu quero saber não importa o que aconteça. não creio que isso traga consequências tão drásticas

- Você permiti que eu o faça?

- Faça! também quero saber..

Christian se aproxima de mim e me beija.

- O que você esta fazendo? digo em tom alto me levantando da cama.

- Você permitiu que eu o fizesse eu fiz.

- Não, isso que você fez não, isso é? é? não é certo!

- Será Thiago? Você sabe que você sente isso por mim. Veja sua reação. E eu também sei o que to sentindo por você mesmo eu tendo uma namorada, eu tô me arriscando em experimentar o que meu corpo tanto me pede e eu sei que o seu também pede.

- Não posso... eu não sei o que isso pode nos levar.

- Eu também não, mas se tentarmos... Eu vejo como me olha, quando eu apareço e seu olhar invade meu consciente eu sei que não é justo eu te pedir isso ou força-lo, mas se você sente e eu sei que sente tente.

- Não posso sozinho. - digo me virando de costas pra Christian

O silencio para por alguns segundos e Christian tira a roupa ficando só de cueca sem que eu perceba eu estava de costa e com o pensamento onde isso poderia nos levar. O silêncio se quebra.

- Então deixa eu te ajudar. disse Christian indo até mim.

Nesse momento Christian já havia tirado a camisa e a bermuda e foi com a mão de encontro com a minha cintura e começa a me ajudar a tirar a blusa, depois eu tiro a bermuda de vagar e Christian com suas mão segura minha cintura e começa a beijar o meu pescoço, eu me viro e pergunto.

- É isso mesmo que você quer Christian?

- É tudo o que eu mais quero...

Acordo desesperado...

CONTINUA....

Comentários

Há 1 comentários.

Por Niss em 2015-07-27 22:50:41
Nossa, o que diabos de chá ele tomou?? kkkk - A historia está bem interessante Phill, ja me inscrevi no seu perfil. (Até rimou kkk) Bjs, Niss.