A CARTA

Parte da série Um Amor da água pro vinho

O livro grande, guardava dentro de seu interior folhas em branco e passando suas folhas velozmente, uma carta caiu sobre mim.

> A Família Guiaro não é confiável e a unica coisa que eles querem é poder, não importa o que esteja em seu caminho, eles destruirão a sangue frio. Cuidado pra quem se meter em seus planos.

- Sério isso? Meu Deus vou devolver essa porcaria pra biblioteca.

pego a mochila e desço as escadas.

- Mãe vou na biblioteca deixar um livro que tava na minha mochila volto logo.

- venha antes do jantar.

- ta ok Mamãe.

chegando na biblioteca entrego o livro no balcão..

- Aqui, eu vim entregar esse livro da biblioteca que eu sem querer levei da ultima vez que eu estive aqui e não sei como ele foi parar na minha mochila...

- Desculpe garoto, mas esse livro não pertence a biblioteca. Não há registros dele e mesmo que tivesse o que eu iria fazer com um livro em branco?

- Mas ele veio daqui, eu lembro que eu tava na sessão de historia da cidade eu peguei ele na mão e...

- E? - Pergunta a moça olhando pra mim desconfiada.

- Eu não me lembro só sei que o Rapaz que tava comigo chegou e fomos pra casa, mas não lembro como o livro sumiu da minha mão. Não lembro de ter devolvido a prateleira.

- Bom eu tô muito ocupada agora só sei que o livro não é daqui pode ficar tranquilo..

- E o que eu faço com ele agora?

- O que você quiser garoto.

- Bom me desculpe atrapalhar seu trabalho.

Saio da biblioteca, a mesma é cercada por banquinhos de madeiras e arvores bem podadas formando uma espécie de cobertura sobre toda a calçada. sentei em um dos banquinhos de madeira e pensei no que iria fazer com esse livro. O mais intrigante disso tudo é que não tenho ideia de como isso foi parar na minha mochila... uma cena na rua me fez lembrar de algo... Um carro parou em frente a biblioteca um rapaz desceu do carro e já ia saindo quando o motorista do carro buzinou e o rapaz voltou, o mesmo havia esquecido sua mochila...

- Logico como eu não pensei nisso. Eu esqueci minha mochila no carro de Christian naquele dia. Só pode ter sido ele que colocou esse livro na minha mochila... O imprecionante que agora ele poderia aparecer de surpresa pra me exclarecer isso. bom tenho uma ideia acho que vou aceitar aquela solicitação dele e mandar um e-mail pra ele... isso, isso mesmo! é isso que vou fazer. - Pensei olhando a sena do garoto a minha frente

Chegando em casa...

- mãe cheguei...

- ainda ta cedo a comida não ta pronta ainda filho...

- Tudo bem mãe vou subir pro quarto preciso resolver uma coisa e depois eu desço.

- ok.

- Os viciados ai poderia ajudar a mãe a arrumar a janta daqui a pouco, não acham. desgrudem um pouco dessa TV.

- Estamos acabando aqui não se preocupe que a gente vai fazer isso. agora deixa eu me concentrar aqui porque to no meio de uma guerra aqui... disse Hugo.

- vícios... - lastimei olhando pro teto.

Chegando no quarto ligo o computador e acesso o meu e-mail e a solicitação ainda estava lá... Pensei bem na hora de aceita-lo, sabia que isso poderia trazer ele de volta pra minha vida. Porém eu estava querendo saber como aquilo foi parar na minha mochila. Se foi ele? por qual motivo havia feito aquilo? Um dos meus defeitos não gosto de deixar assuntos com lacunas eu poderia muito bem jogar o livro no lixo e esquecer isso mais eu queria descobrir o que estava acontecendo... Lembrei do velho ditado "A curiosidade matou o gato"... mais o gato aqui ainda tem suas sete vidas.

> Você aceitou a solicitação de Christian Botti

Bom vamos lá... por onde eu começo?...

> Christian...

- Espera ai... eu vou perguntar se ele colocou um livro na minha mochila? Se for ele mesmo que tiver colocado, ele pôs e não me disse nada. O que quer dizer que ele não queria que eu soubesse que foi ele e vai dizer que não foi. Se realmente não foi ele, ele também vai dizer que não foi ele, porque simplesmente não foi... isso não é algo pra se falar por e-mail.

> Christian preciso que você passe aqui em casa mais tarde umas 20:00 hs...chegar aqui te falo o que é.

Enviando...

Ótimo acho que olhando pra ele vou saber se ele estará mentindo pra mim...

- Thiago desce a janta ta quase pronta... - Grita mamãe por mim.

- Tô descendo mãe...

> "VOCÊ TEM UMA NOVA MENSAGEM" - Dizia aqueles recados de voz do computador...

- Oi Thiago. Eu tava começando achar que não iria mais lhe ver... Tudo bem eu vou sim... te encontro as 20:00 na sua casa.

- O que eu fiz? - Me pergunto olhando aquela mensagem e uma sensação que deixava meu coração a palpitar e as mão gelavam e esse arrepio que tomava conta do meu corpo..

- Anda Filho já vou por a mesa..

- Tô descendo... - Digo desligando o Computador.

Aqui eu mãe...

- sente-se sua comida já ta na mesa...

- Obrigado mãe

como um tanto apreçado pois já quase 20:00hs e o Christian já deve ta quase chegando. Terminando de comer me levando vou escovar os dentes e desço...

-Filho ta acontecendo algo?

- Não mãe ta tudo normal... (risos) - Droga esqueci o livro lá em cima...- sussurrei..

Volto pro quarto pra buscar e um carro buzina na frente da minha casa. É o Christian.

- Droga ele tinha que buzinar... Agora minha mãe vai atender ele, pedir pra entrar sentar no sofá... AFF'

Chegando na sala minha mãe já estava pedindo pra que ele entrasse quando eu impedi..

- Não, não precisa a gente já está de saída né Christian?

- É?

Dei uma encarada com um olhar nada amigável..

- Sim, sim, agente já ta de saída Sra. Azzo. - Diz Christian todo atrapalhado

- Vocês andam muito estranhos...

- Coisa da sua cabeça mãe apenas pedi que ele vinhe-se buscar um livro..

- Que livro?

- É porque não sitei o livro na conversa apenas pedi que você vinhe-se. Agora vamos, tchau mãe... fui o mais rápido que pude pra sair daquela situação.

- Onde estamos indo?

- Me leve só até a praça aqui do lado, porque você fez questão de avisar a sua presença aqui. Então não da pra conversar com você aqui em frente se não minha mãe vai ficar me perguntando porque eu não conversei la dentro ou no meu quarto, então vamos, é logo ali na frente..

Chegando na praça Christian para o carro e conversamos ali mesmo.

- Eu queria te perguntar se foi você que pôs esse livro na minha mochila aquele dia que esqueci ela em seu carro. Foi você? Perguntei olhando em seus olhos...

- Não, logico que não e porque você ta me perguntando isso? - Disse Christian tão surpreso quanto eu, no momento em que vi o livro na minha mochila.

- esquece não foi você era só isso que eu queria saber...

- Espera você me chama só pra isso?

- Bom, sim. Porque?

- Nada achei que... Esquece!

- Pode falar.

- Não realmente não é nada mesmo. Vamos irei te levar até a sua casa.

Christian liga o carro e da uma curva como nos filmes onde os ladroes estão fugindo de algo..

- Calma Christian! - Digo assustado com sua reação no volante. Mas parece que ele não me ouviu ou fingiu não ouvir.

Seguiu rápido em direção a minha casa foi quase um tele trasporte até lá. chegando ele destravou a porta do carro e eu desci antes que eu dissesse algo ele se deitou sobre o banco do passageiro puxando a porta e fechando. Saiu tão rápido quanto o vento e eu fiquei olhando sem entender sua reação. entrei dentro de casa e fui pro quarto, Hugo tava deitado, mexendo no telefone..

- Aconteceu alguma coisa Thi?

- Não nada apenas tentando entender as pessoas..

- A relaxa todo mundo tem seus momentos difíceis. Uma hora tudo se resolve.

- É, quem sabe tudo se resolva mesmo... Bom to muito cansado vou dormir. Boa noite Hugo!

- Boa noite Thi.

...

> Não adianta agir como se tivesse vendo um filme de ficção quando tudo que sente é Real... - Dizia uma voz em meu consciente e tudo que eu via era... nada além de preto.

(Triiiiiiiiiiiiiim)