Cap. 11 - A MORTE DE MELISSE

Parte da série O AMOR MORA AO LADO

O tempo foi passando e pra não me sentir sozinho eu aderi a um velho costume de garotas, escrever em diários. E a cada dia que passava eu preenchia as paginas em branco daquele caderno com a minha rotina diária, eu havia me afastado literalmente das pessoas. Eu ia pra escola mas era como se não existisse mais ninguém na sala, a natação era uma parte minha que se perdia cada vez mais nas águas eu nem sabia porque ainda estava ali, meu desempenho caiu muito e eu não estava mais cotado a competir mais mesmo assim o novo professor insistia que eu continua-se na esperança que eu voltasse ao meu normal até que eu larguei de vez, o meu trabalho eu abri mão eu nem conseguia ter novas ideias pra minha tia então falei com ela e pedi as contas. Meu quarto era o meu esconderijo secreto era onde eu chorava, onde eu sorria, onde eu gritava enfim era onde eu coloca meus sentimentos pra fora.

quase um ano havia se passado desde que Jonathan tinha partido e eu não achei que iria demorar tanto vê-lo novamente e já se passava em minha cabeça se eu iria realmente vê-lo outra vez.

- Bom Dia Sra. Mel. - Depois de um tempo comecei a chamar a Mãe de Jonathan de Sra. Mel, abreviando o Melisse e combinava com ela pois apesar de tudo que houve ele não me culpou de nada pelo contrario ela até me falou mais de como havia achado uma criança com asas num beco de uma cidade pequena sobre uma enorme chuva e como a diferença dos dois e o fato dele ter asas não havia atrapalhado ela de gostar daquela criança. Eu até cheguei a ver meu exemplo o fato de Jonathan ser diferente não me impediu de me apaixonar por ele. Ela sempre me dava uma maça e por sinal deliciosa todas as manhãs.

Em uma outra manhã a Sra. Mel não estava limpando a frente de sua casa eu percebi que dentre as folhas secas no chão havia algo diferente e quando olhei mais de perto, tirei dentre as folhas secas era uma pena preta de inicio pensei que fosse de Jonathan mas era de um preto fosco como a do Assassino. Meu coração encheu de medo e mediante aquele sentimento eu soltei aquela pena no chão se o que Jonathan me falou sobre as penas captarem emoções o dono dessa sabia onde eu estava e sabia o que eu havia sentido.

- Sra. Mel! - A chamei esperando ouvir ela responder.

Cheguei próximo a porta e estava apenas encostada a casa estava bagunçada toda revirada e quando subi ao quarto de Jonathan a Sra. Mel estava lá estirada no chão sem sinal de vida

- Sra. Mel! Sra. Mel! O que fizeram com a senhora. - Não tinha mais o que fazer, ela já não respirava mais e a forma como esse Lumin matava era diferente ele não dividia as pessoas em pedaços, ele as sufocava. Liguei pra policia pois sabia que dessa vez eu corria realmente perigo.

Quando falei sobre o que era a policia não demorou muito pra chegar, lógico era interesse deles eles quase se teletransportaram pra cá. Logo o local ficou cercado e eu tive que me explicar pra policia o porque que eu estava novamente envolvido em um caso com anjos.

- Olha eu sei que é estranho eu estar de novo envolvido nesse caso, mas eu todo dia pela manhã falo com a Sra. Mel quando vim aqui fora a frente estava suja e foi quando encontrei a pena preta.

- Olha rapaz você precisa dizer onde está o rapaz o tal de Jonathan.

- Ele não tem nada haver com isso.

- Olha como é o seu nome mesmo?

- Enzo.

- Olha Enzo a policia já investigou e descobriu que o cara do vídeo é o tal de Jonathan nas filmagem mostra a tatuagem igual a do seu amigo e como ela sai de seu corpo.

- Eu, não sei do que o Senhor está falando eu sinto muito.

- Ah você sabe sim...

- Olha, mesmo que eu soubesse as asas do cara da tatuagem aquela noite era de um preto furta-cor e essa pena é de um preto fosco não é ele e já faz um ano que não tenho um sinal de Jonathan a unica pessoa que me lembrava ele era a sua mãe e agora ela esta morta.

- Tudo bem rapaz...Você pode ir deixa que cuidamos do resto.

Depois do que havia acontecido antes, o Padrasto do Jonathan largou a Sra. Mel, então eu me aproximei mais dela pra que não se sentisse sozinha, nesse momento eu acho que ela não tinha ninguém então falei com minha mãe e arrumamos um dinheiro, mesmo sendo pouco dava pra pelo menos dar um enterro mais descente a ela. Recolhi algumas rosas do seu jardim e fiz um buquê digamos que bastante lindo sentimentalmente... não deu pra fazer muito com as especies de flores que ela tinha mais eu sabia que ela amava o seu jardim. No enterro havia bastante gente a maioria era pessoas querendo saber do tal anjo até alguns repórteres estavam presentes pra caso acontecesse algo. De conhecidos mesmo só estava duas vizinhas que ela tinha amizade, Matheus, minha Mãe e Eu.

No fim do Enterro um voz atrás de mim dizia.

- Obrigado pelo que você fez pela minha mãe, eu vou cuidar do responsável por isso.

- Jonathan? - Sussurrei

Olhei pra trás mas não havia mais ninguém, ele estava ali eu sei. Eu senti ele bem próximo.

Depois disso eu fiquei pensativo e quando cheguei em casa meu quarto estava bagunçado como se alguém o tivesse revirado e meu diário estava aberto numa pagina onde estava escrito

"Eu estava apaixonado por um anjo de asas negras de um brilho furta-cor incrível."

Alguém tinha lido meu diário e não era o Jonathan... O vento levantava as cortinas da janela e o frio de um repentino cair de noite invadia meu quarto...