Capítulo 1: O Incidente

Parte da série Higway

Olá. Meu nome é Alex, moro em Brasília e tenho 25 anos. Na época em que essa história aconteceu eu morava com a minha família, mas estava de casamento marcado com uma garota chamada Mayane, na qual eu era apaixonado desde os 16 anos.

Apesar de gostar muito dela, foi quando eu completei 18 que nós dois finalmente começamos a namorar, e desde então não falávamos em outra coisa a não ser na nossa futura vida a dois.

Já tinhamos comprado a nossa casa, que seria em uma região até valorizada da capital. Foi um sufoco, tivemos que financiar o imóvel por mais de 10 anos, mas estávamos felizes.. Afinal, nada como morar no que é seu.

Faltava pouco mais de um mês para o casamento quando aconteceu algo muito inesperado, que mudou completamente o rumo da minha história.

Naquele dia, a May estava em uma correria louca com alguns preparativos para o casamento e eu, como qualquer homem normal faria, fugi... Não estava aguentando aquele extresse todo e fui na casa do Robson, o nosso futuro padrinho e meu melhor amigo.

- Ê Alex, ainda tá em tempo de desistir - Brincava o Robson - Falta um mês ainda.

- Não meu amigo. Não desisto dessa mulher por nada na vida!

Nós ríamos muito. Eu sabia que depois do casamento teríamos poucas oportunidades para sair, jogar uma sinuca, tomar uma cerveja, enfim... É o preço que se paga por decidir se casar.

Quando começou a ficar mais tarde eu fui embora. No meio do caminho a May me liga. Por um segundo eu me distraí e bati em cheio na traseira de um Voyage.

Foi aquele alvoroço. Eu fiquei assustado, desliguei o telefone na cara dela e desci do carro. O dono do Voyage logo desceu do carro também. Puto da vida.

- Ou cara - Disse ele visivelmente alterado - Você tá maluco cara? Chapou na minha traseira velho.

O cara era muito bonito. Olhos azuis bem escuros, cabelo preto, barba cerrada bem aparada... Corpo bem definido... Muito atraente.

Mas naquela hora eu não reparei em nada daquilo. Tudo o que eu conseguia ver era a frente do meu carro arrebentada, e o prejuízo que eu ia ter arrumando o carro dele, já que eu estava errado na história.

- E aí cara? Como eu fico?

- Cara - Eu disse meio nervoso - eu sei que eu tô errado... Mas não adianta a gente resolver nada agora com a cabeça quente.

O cara continuou reclamando.

- Você tem merda na cabeça cara? Você podia ter machucado alguém sério.

Eu estava com muita vergonha. Pra completar chega o DETRAN pra averiguar o incidente, e tome multa!

Bom. Eu já estava puto da vida, mas fazer o quê? Quando o DETRAN foi embora eu fui conversar com o cara.

- Olha amigo. Me desculpa mesmo pelo incidente. Eu vou dar um jeito de pagar a despesa. Manda o carro pro mecânico e me fala quanto vai ficar que eu pago.

- Tudo bem cara - Disse ele mais calmo - Só me deixa o seu telefone pra eu entar em contato.

Ele anotou o meu e me deu o cartão dele, pra caso eu precisasse. "Doutor Eduardo", dizia o cartão. "Advogado trabalhista".

"Puta que o pariu", eu pensei. Tinha que bater logo na traseira de um advogado?

- Bom cara, então é isso - Disse ele apertando a minha mão. Engraçado. Quando nossas mãos se tocaram o meu corpo inteiro se arrepiou. E eu percebi que ele também tinha ficado um pouco sem graça. Na hora eu não entendi o que aconteceu. Só sei que nós soltamos as mãos muito constrangidos (pelo menos eu estava).

Cheguei na casa da Mayane, e ela estava com "aquela" cara. Eu já tinha contado sobre a batida, mas mesmo assim ela ficou com raiva.

- Amor, não vamos deixar isso estragar a nossa noite - eu disse. Tinhamos reservado uma mesa em um restaurante, e de lá íamos provavelmente para um motel.

- Ta bom Alex. Mas promete que vai resolver esse negócio do carro antes do casamento.

- Ok, ok. Eu prometo. Amanhã mesmo eu ligo pro cara.

O jantar foi bom. Conversamos bastante, principalmente sobre o ocorrido, afinal, eu teria que tirar um bom dinheiro da minha poupança para pagar o prejuízo, e ele ia fazer falta no nosso orçamento.

Problemas à parte, fomos para o motel de sempre. Já começamos o amasso dentro do carro, e logo estávamos muito excitados. Fomos subindo pra suíte, eu já tinha tirado a blusa dela e o meu cinto quando chegamos ao quarto.

Estava muito bom. Eu tirei o sutiã e fiquei brincando com os peitinhos dela. A May estava indo ao delírio. Assim que teve oportunidade desabotoou a minha calça e começou a brincar com o meu pau, que já estava duraço.

- Amor, fica de 4 vai? - Eu disse bem no ouvidinho dela.

- Pra que? - Perguntou com uma voz bem sensual.

- Eu quero experimentar uma coisa nova dessa vez.

A expressão dela mudou na hora.

- Alex, eu já te disse que não gosto disso.

- Poxa May? Por que?

- Não amor, isso é nojento. Dói. Só é bom pra você. Eu não curto.

- Puxa vida! Eu sempre tento inovar, tento fazer coisas diferentes, e você nunca dá uma colher de cha?

- Alex. Eu não gosto e pronto. Não acredito que você vai estragar a nossa noite por uma coisa assim.

Apesar de saber que ela estava certa, eu era orgulhoso demais pra admitir.

- Pode ser besteira pra você. Mas pra mim é importante.

Aparentemente eu disse a coisa errada, pois ela levantou e começou a se vestir.

- Amor... Desculpa vai? - Eu disse levantando e abraçando ela por trás. Ela se esquivou.

- Não adianta Alex. Você já conseguiu estragar a minha noite.

Fazer o que? Nos vestimos e fomos embora. Aquele silêncio mortal no carro. Quando chegamos na casa da mãe dela, a May saiu tão furiosa que nem sequer se despediu de mim.

Fui pra casa muito chateado, mais comigo mesmo do que com qualquer outra coisa. Cheguei em casa e já fui direto pro meu quarto. Precisava bater uma pra extravasar.

Estava pensando na May, como seria se eu tivesse comido a bundinha dela. Mas sem eu perceber eu estava pensando no Eduardo. Não conseguia tirar ele da cabeça. Achei aquilo muito estranho... Mas mesmo assim gozei pensando nele.

Fui dormir muito preocupado com tudo o que tinha acontecido, o dia tinha sido realmente cheio, e eu ainda tinha que resolver o problema do carro no dia seguinte.

Pela manhã trabalhei normalmente. Eu era contador, e pelo menos naquele dia os números serviram para me distrair um pouco.

A tarde o meu telefone toca.

- Alô?

- Oi. Alex?

- É ele.

- Quem fala aqui é o Eduardo, o dono do Voyage, lembra de mim?

- Oi Eduardo, claro que lembro. Viu quanto ficou o concerto do carro?

- Vi sim. Tem como você passar aqui no escritório pra gente conversar melhor?

Ele me falou onde ficava, combinamos o horário e na hora marcada eu fui. O escritório dele era bem arrumado. Logo ele me atendeu.

- Oi Alex, tudo certo? - Disse ele apertando a minha mão.

- Tudo cara. Como ficou o concerto do carro?

- Senta aí. Fique a vontade.

Por mais que eu tentasse, eu não conseguia ficar a vontade na frente dele. Não conseguia entender por que ele mechia tanto comigo.

- Alex, é o seguinte. Pode deixar que eu pago essa despesa.

Eu fiquei incrédulo. Não entendi o por quê ele estava fazendo aquilo.

- Cara - Eu disse - a culpa foi minha. Eu tenho que arcar com essa dívida.

- Alex, eu vou fazer isso por dois motivos. O primeiro é por que eu sei que você vai casar. Deve estar cheio de despesas.

Eu não estava entendendo. Como ele sabia? Percebendo a minha cara de dúvida ele foi logo esclarecendo.

- Eu sou advogado da Fátima!

- Ah sim... - A Fátima era uma amiga da minha família.

- Mas como você ligou uma coisa à outra?

- Bom, hoje de manhã ela veio aqui resolver um problema e acabou vendo o seu cartão em cima da minha mesa e perguntou quem era. Quando eu contei ela disse que te conhecia.

- Olha Eduardo. Eu te agradeço muito mesmo. Mas não precisa...

- Considere um presente de casamento da minha parte.

- Mas você disse que eram dois motivos.. - Eu disse me lembrando. - Qual é o outro?

- É que eu senti uma coisa muito estranha ontem quando você apertou a minha mão. E decidi que queria te deixar com a melhor impressão possível minha.

Nossa, eu fiquei muito vermelho quando ele disse aquilo. Mas ao mesmo tempo eu me senti bem.

O Eduardo levantou e deu a volta por trás da cadeira. Colocou as dua mãos no meu ombro.

Eu levantei na hora. Não sabia o que pensar daquilo.

- Cara, você tá maluco?

- Só se for por você. - Ele disse baixinho, aproximando o corpo do meu e me beijando.

É isso gente. Espero que vocês gostem da história. Esse capítulo foi mais para testar o novo site mesmo, mas se vocês gostarem eu posto o resto. Abraços.

Comentários

Há 6 comentários.

Por em 2013-01-25 03:30:12
Kara seu conto é show de bola!! Gostei muxo...parabens espero o proximo conto...:)
Por em 2012-10-08 04:58:39
Pefeito ! Posta logo o próximo, por favor !
Por Will em 2012-10-07 01:56:54
Parabéns.Ansioso pelo próximo cap.
Por em 2012-10-07 01:55:18
D++++++++
Por diiegoh' em 2012-10-05 04:04:31
adoreiii
Por em 2012-10-05 04:02:28
mtu bom...