BRAVO

Conto de Niss_On como (Seguir)

Parte da série PELOS CÉUS

Oieee vim trazer o segundo capítulo de PC. Espero que gostem.

Agradecimento especial à pessoa do user: Chria pelo coment. Beijo queridx!

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Acordei animado, hoje será a minha entrevista. Karina dormiu aqui comigo hoje, vou deixa-la no aeroporto de Congonhas pois ela terá uma palestra agora de manhã na unidade do Rio de Janeiro.

-Bom dia Ka

-Bom dia. -Respondeu com uma cara de sono.

-Iiih! -Resmunguei.- Vamos logo descer, a gente toma café no aeroporto mesmo.

-Beleza! -Sempre puxando o sotaque carioca dela.

Após o banho eu me arrumei de uma forma social e bem aceitável ao meu ver. Karina é claro me ajudou na escolha das peças.

-Tá lindo migo!

-Obrigado -Respondi sorrindo e abraçando-a.

-Tá, vamos logo pra ninguém se atrasar. -Disse se retirando do quarto.

Peguei as chaves, tranquei a porta e quando virei em direção a ela, vi ela secando a bunda do Fernando que trancava sua porta também. Ele estava bem bonito até, uma camisa social azul que destacava bem a definição do seu corpo, a calça justa junto com um cinto mostrava perfeitamente a curva das costas e o bumbum.

-Olha só. -Ele disse me analisando de baixo à cima.- Está lindo! Pronto pra entrevista?

-Ah! Obrigado. Acho que sim. -Quando recebi uma olhada fuzilante da Karina como se dissesse "Cê tá brincado né!?"- Estou preparado sim. -Finalizei com um sorriso mais simpático possível.

-Bom dia. -Disse Karina.

-Bom dia. -Respondeu a ela de forma simpática.

-Então Lorenzo -Disse enquanto entrávamos no elevador.

-Sim -Respondi.

-Tem tempo pro café hoje?

-Ah!... Nem sei, vai depender das cois...

-Ele tem sim. -Respondeu Karina olhando pra ele.- Não vai demorar tanto pra essa etapa, relaxe. -Ela finalizou com uma piscadela.

-Então pronto, pode ser hoje? De tarde ou a noite?

-A tarde é melhor, não achas?

-Perfeito. Às 18 no corredor?

-Tudo bem. -Respondi.

Ele ainda teve a ousadia de me plantar um beijo no pescoço antes de sair rebolando aquela bundinha linda...

-Senhor! -Disse Karina entrando no carro.

-O que?

-Como tu teve coragem de dizer aquilo pra um homem daquele?

Rimos.

-Será que eu vou ter que ficar te empurrando mesmo?

-Ah para com isso. Já vou achar um caminho pra seguir, e outra, não é uma boa hora pra iniciar relacionamentos.

-Mas por que?

-Por que eu posso começar a trabalhar logo!

-Bom... Se tu for pensar nisso...

-Mas é verdade Karina, eu não sei se eu vou conseguir.

-Não pensa nisso agora Glen.

Seguimos o caminho todo em silêncio, e eu me lembrando do ultimo relacionamento. Ah que droga, não é uma boa hora pra pensar nisso, eu tenho uma entrevista pela frente. Fomos seguindo rapidamente até o retorno pra Av. Washington Luís, seguindo para o estacionamento do aeroporto. Saímos rapidamente do carro, ela com sua mala de bordo e sua bolsa, toda atrapalhada digitando algo ao telefone, se não for pra macho é pra alguém do Rio.

Ao passarmos pela porta de entrada avistamos de cara uma tripulação formada, dois pilotos, quatro comissários. Isso fez meu coração se aquecer, trocamos olhares e sorrisos cúmplices. Mal podia esperar pra estar naquele lugar. Logo fomos a uma cafeteria e eu e ela pedimos café e chá respectivamente com dois sanduíches naturais de atum.

-Ai Ka, eu tô tão ansioso.

-Já sabe onde vai ser?

-Sim, vai ser numa agência terceirizada, há uns trinta minutos de carro. E tu o que vai fazer ao certo no Rio?

-Bom, eu escolhi logo o voo das 7hs porque aí da tempo pra organizar as coisas pra palestra que vai ser das 10hs as 13hs direto, daí eu vou passar o resto do dia na praia com a mamãe e volto no voo das 20hs.

-Oh vida hein. -Rimos.

-Nesse ponto é maravilhosa! Poder passar o resto do dia de folga na praia com a minha mãe observando cada "six-pack" que passa pela nossa frente. Nossa! -Disse, suspirando e tomando um gole do seu chá.

-Tá precisando urgentemente de uma mangueira pra apagar esse teu fogo né?

-Oh se tô!

Rimos.

Logo depois do café e de uma conversa agradável ela entrou correndo pro embarque e eu fui em direção a agencia. No caminho eu voltei a me lembrar do maldito relacionamento, foram 4 anos da minha vida pelo ralo, sem contar que é impossível não lembrar dele, eu olho pro céu e automaticamente analiso o tempo, penso na faculdade, nas aulas e naquele maldito.

Depois de uns bons minutos dirigindo, avisto um pequeno prédio branco com o logotipo da agência bem grande na frente, parecia estar bem movimentada.

Encontro uma vaga disponível no estacionamento, desligo o carro, respiro fundo e saio. Ao abrir a porta de vidro da agência, o vento frio do ar condicionado da me fez arrepiar, o local não era tão aconchegante. As paredes eram brancas e tinham detalhes em marrom escuro e em madeira. Sento-me em uma cadeira e logo vem um rapaz.

-Entrevista da cia?

-Isso.

-Tudo bem. Não viu a placa?-Perguntou.

-Como assim?

Daí ele me aponta uma placa perto do balcão que dizia sobre a entrevista da companhia, na sala 04.

-Oh! Me perdoe a falta de atenção. -Mas que porra! Pensei.

-Tudo bem, eu não avalio isso agora. Vai logo.

-Obrigado. -Eu disse, tendo como resposta uma piscadinha do olho direito.

Fui em direção a sala. Nesta, haviam umas quinze pessoas, todos em seus trajes formais. Me olharam assim eu entrei, tentei disfarçar a vergonha e corri pra cadeira. A mesa do professor ou sei lá quem estava vazia, logo presumi que entrando de surpresa eles tivessem imaginado ele.

Me sentei na décima-sexta carteira, a única vazia na sala. Fiz exercícios de respiração, relaxei o maximo que pude, quando pela porta aquele mesmo carinha.

-Bom dia tripulação, eu sou David, serei seu avaliador nessa etapa.

-Bom dia. -Respondemos num uníssono.

-Hoje vocês apenas se apresentarão e farão a redação, coisa básica, 15 a 20 linhas. Perfeito, vamos começar pela ordem das cadeiras, o primeiro por favor. -Ele disse me olhando, e automaticamente todos da sala.

Passaram uns poucos segundos, e eu me levantei, e fui até a frente da sala.

-Bom dia, meu nome é Lorenzo Glenmark, eu tenho 24 anos de idade, sou natural de Cascavel no Paraná.

-Bom dia Lorenzo. -Ele disse, e logo todos disseram também. -Pode se sentar, obrigado. Próximo por favor. E assim foi seguindo até todos estarem apresentados

Daí, ele passou nos dando um papel que explicava tudo sobre a redação. Fiz algo bem bacana ao meu ver, utilizei todas as 20 linhas prescrevidas, letra bem legível e linguagem leve, mas não tanto informal. Bem básico como ele disse. Depois de quase uma hora, todos entregamos as redações.

-Perfeito pessoal. Pela manhã chegará um e-mail a cada um de vocês com seus resultados. Muito obrigado, tenham um bom dia.

Saí de lá tremendo nas bases, mas agradecendo por ter sido mais fácil que eu pensava. Chego ao estacionamento, observo as flores de decoração, e procuro a chave do carro, o coração acelera por não acha-la em meu bolso, mas acalma após vê-la na bolsa. Entro no carro, dou a partida e vou pra minha casa, logo eu ligo pra Karina pra contar como foi, mas ela não atende, daí me lembrei da reunião, mais tarde eu ligo. Ao chegar em casa, me deito e durmo um tantinho. Acordo 12h em ponto, procuro meu celular pra falar com a Lorena. "Devo ter esquecido no carro". Logo desço, pego o celular, e mando uma mensagem pra ela, que me responde estar com um cliente. Então eu resolvo ir comer, afinal de contas, já está na hora. Procuro rapidamente a carteira pelo carro, daí resolvo subir e procurar na minha bolsa, mas não está lá. Eu me lembro de ter pagado o café hoje pela manhã e eu ter colocado no bolso da calça, mas não estava lá. Um número desconhecido me liga.

CHAMADA DE DESCONHECIDO:

-Alô?

-Lorenzo Glenmark?

-O próprio.

-Sou eu David, seu avaliador na prova de mais cedo -O coração dispara, pensei que havia acontecido algo em relação a entrevista.

-Olá sr. David, aconteceu alguma coisa?

-Ainda agora eu achei uns documentos em seu nome na sala junto com uma carteira.

-Nossa! -Ri de alívio- Eu já estava mesmo procurando, como faremos?

-Se voce não puder vir buscar agora, venha quando puder.

-Então eu vou logo agora, pode ser?

-Claro.

Volto pro carro e dirijo o mais rápido possível pra agencia, bateu uma fome daquelas, não vejo a hora de comer. Estaciono rapidamente o carro, e entro na agencia, ao abrir a porta de entrada não sinto mais o vento frio, está um pouco mais quente e abafado.

-David? -Chamo.

-Aqui na sala, pode vir.

Adentro a sala 04, vejo 'um David', bem mais a vontade sentado todo esticado em sua cadeira e com os braços atrás do pescoço e um sorrisão.

-Com licença.

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E ai? O que estão achando?

Fiquem a vontade para comentar.

Brigadan!!

Niss ❤

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