(IN)DIFERENTE-CAP. 16

Parte da série (IN) DIFERENTE

Olá meus queridos, como foi o final de semana de vocês? Bom agora tudo vai melhorar por aí, chegou mais um capituloooo!!!!!! Ebaaaa!!! Ok isso foi meio SBT hahaha.... Anyway... Muito obrigado a todos que me acompanham.

Respondendo aos comentários do ultimo capitulo:

*Luã: Oi amigoo!!! Que bom que estás refletindo. hahahaha eu também já tentei, Exatamente, afinal de contas a vida é curta demais pra gente sair por aí tristonho da vida. Quanto as mortes, bom, eu não sei. Leia e verás, ei, ei ei, espera.. Não esqueça de comentar. Muito obrigado. Kisses, Niss. ;-)

*luan silva: Maldade? Só um "pouco" atrasado? Hahahaha, tá bom kirido... Quanto ao Ben... Não sei.. Leia e saberás. Muito obrigado, e agora sim, Kisses, Niss. ;-)

*diegocampos: Diiiiii, muito obrigado! Sim, és um lacrador gostoso! Hahaha, Kisses, Niss. ;-)

*ToreLindo: Humm, será que o Wey vai ficar bem? Não sei não hein, mas, acho melhor se precupar. Draminha? Hahahaha. Muito obrigado ToreLindo. Kisses, Niss. ;-)

*Itak: Itak primeiramente, muito obrigado. Segundamente e respondendo a sua dúvida: O Lexi, nunca foi hétero ou bi, na verdade ele nunca sentiu atração por garotas, ele apenas as usava pra não ser alvo de chacotas. Até que ele foi crescendo e, as escondidas, ele ficava com homens, e confirmou a sua homossexualidade. Ele não teve coragem de falar para os amigos, por conta do medo de perde-los. Ah mas por que ele não contou pro Daniel? Porque ele tinha medo de iludir o Niel, ele o ama como amigo, e sempre teve esse carinho para com o mesmo, mas, como ele conhece o Niel, e sabe que esse se apega facilmente as pessoas, ele resolveu esconder, e falar somente pra uma pessoa em que ele quisesse ter relações, foi quando o Weyne apareceu, e eles se tornaram amigos, começaram a trocar palavras carinhosas e por fim se declararam e hoje estão aí. Então, ele já tinha esse plano de troca de sexo ok? Mas isso realmente não estava no script da historia. Muito Obrigado Itak. Qualquer coisa estou aqui. Kisses, Niss.

Apreciem a história!

Music suggestion: Vento no litoral-Legião Urbana

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PARTE NARRADA POR WEYNE

Eu já estava ficando sem oxigênio, já haviam se passado uns cinco minutos, eu já havia pego a lanterna e uma chave de roda, os quais eu usaria pra quebrar o vidro e tentar chamar atenção. Eu estava suando, estava me esforçando muito, já consegui fazer com que os air bags disparassem e usaria pra chegar a superfície. Eu tirei toda a roupa que pude, estava apenas de cuecas, o que pode ser fatal se eu estiver abaixo de um navio por exemplo.

Peguei uma foto do amor da minha vida e pus junto a mim.

-Alexandre meu amor! Por você eu faço tudo! Não vou te deixar só nessa. -disse meio a soluços.

Só ele pra me fazer chorar, só ele! Um coração doía tanto. Eu espero que ele esteja bem.

-É agora ou nunca!-disse e quebrei o vidro do carro. Uma quantidade enorme agua gelada e salgada entrou, mal tocou-me o corpo e comecei a tremer. Depois de puxar bastante ar, tentei sair do carro, mas, a quantidade de agua que saia era tão grande e forte que me levou pra dentro dele novamente. Lá eu enchi o meu pulmão com o ultimo oxigênio que restava e saí, tentava abrir o meu olho, mas, a agua era muito salgada, eu não conseguia enxergar absolutamente nada. Parecia ser uma morte lenta.

Me sacudi de tudo quanto é jeito, tentei nadar pra superfície, já agonizava, não conseguia nadar, meus movimentos estavam ficando fracos, meu corpo já não obedecia por conta da temperatura....

Sem opção, me entreguei absolutamente. O ar dos meus pulmões saíram, dando lugar a uma água amarga e gelada, só senti isso, era muito ruim tentar puxar ar e sentir agua entrando. Querer tossir, e não conseguir ar, senti a agua entrar minhas narinas acima, uma dor insuportável na cabeça, parecia que o meu cérebro estava sendo frito, uma queimação, um frio, e esse contato fez com que eu abrisse os meus olhos, não vi nada, consegui forças e tentei mexer os meus pés, mas, só senti uma superfície lisa, dura, gelada e parecida com ferrugem... Apaguei...

Parece que eu estava flutuando, mas, eu me levantei e olhei pra frente. Eu estava em cima de uma montanha, estava nevando, era de noite, ventada, mas, não era frio. Olhei para trás e vi uma tela enorme, tão grande que logo tive a sensação de estar dentro dela.

Me vi rodeado de pessoas, todas estavam me aplaudindo, de alguma forma eu me sentia suspenso, só então olhei pra cima, vi meu pai, sorrindo, minha mãe, meus irmãos. Olhei pra frente eu vi um bolo branco, com tiras vermelhas e azuis e uma vela 4, meti o dedão, e lambi. Senti o gosto doce, aquela sensação nostálgica do bolo da minha avó. E por falar nela, ali estava acenando pra mim, minha avó!

Logo eu estava na rua da minha casa, estava aprendendo a andar de bicicleta, e o meu pai me segurando, dizendo que não era pra eu mexer o volante, que qualquer coisa ele estava alí, foi então que eu senti, a sensação já vivida há anos atrás, me lembro bem da primeira vez em que andei sozinho de bike, e sem rodas auxiliares.

Depois eu fui levado pra minha escola, eu estava no corredor caminhando com as minhas coisas embaixo do braço. Estava indo pra sala de ciências, quando sinto uma coisa muito quente descer pela cabeça, senti cheiro de chá, olhai pra trás, e vi antigos colegas de classe.

-Bicha cozida á venda!!-diziam rindo de mim, e me colando etiquetas de preços.

Senti alguém tocando os meus ombros, era a Íris, minha melhor amiga. Oh Íris, quanta saudades. Ela me levou as coisas, puxou-me as pressas pra minha mãe, essa que chorava, soluçava fortemente dizendo que não iria mais acontecer.

Passado uns dias, no auge dos treze anos de idade, eu estava na aula de natação, havia começado em poucos dias. Começando as corridas de aquecimento, corremos ao redor da piscina, mas acabei escorregando e indo parar lá dentro, no lado fundo, só não me afoguei por causa dele, meu primeiro amor. Rick era novo na vizinhança, ele me salvou, e eu me apaixonei. Convidei-o para um jantar em minha casa, ele foi com os pais, que eram os nossos vizinhos da frente. Rick e eu nos tornamos íntimos em pouco tempo, já estávamos começando a dormir um na casa do outro, até que em uma noite ele me acorda, e me beija. Então começamos a namorar, de forma escondida, nos beijávamos sempre, no banheiro da escola, embaixo d'água na natação, atrás das arvores do quintal...

Cheguei em casa preocupado, Rick não havia ido a escola, nem havia sequer falado comigo desde a noite anterior quando saí de sua casa. Passo pela cozinha, entro na sala, e vejo Rick chorando, com o pai e a mãe ao lado, meu pai esbravejando, minha mãe chorando. Eles haviam descoberto... Nos separaram pela primeira vez. O via na escola e na rua, mas, ele não falava comigo. Foram três meses de sofrimento, até que em uma tarde, estava chegando em casa e ele me abraça chorando. O pai dele havia traído a mãe, e ido embora de casa, então passei um bom tempo consolando ele. Meses depois, os meus pais e a mãe dele já haviam aceitado a "relação", e por fim pudemos assumir.

Depois revivi a minha primeira vez, com o Rick, ele estava tão lindo nesse dia. Ele me buscou em casa, me levou pra dele, no seu quarto tinha um coração no meio da cama. Lá nós nos deitamos, cada prazer que eu tive naquele dia, cada toque cada cheiro pude sentir novamente...

Logo me vi em um tempo nublado, com um terno e guarda-chuva pretos, rever a minha avó num caixão foi horrível, me lembrei bem das ultimas palavras dela: "Meu querido, lá de cima estarei torcendo por você, que irá passar por diversas coisas ainda, nunca desista dos seus objetivos, eu te amo, sempre te amarei.".....

Aí eu me vi aos catorze anos na Disney, brincando dentre os diversos lugares e brinquedos por lá. Meu pai comprando sorvetes pra mim, me abraçando, minha mãe também. Meus irmãos.

Depois me vi no meu aniversário de quinze anos, onde o Rick me pediu em casamento. Sim, foi emocionante, estavam todos da família ali, fazíamos dois anos de namoro, mas depois fui pro dia mais trágico da minha vida.

Vivi aquela manhã, em que acordei com o meu celular tocando, uns caras me falaram barbaridades, e tornei a ligar pro Rick, quem atendeu foi uma mulher, mas, nem esperei ela dizer nada. Imaginei se fruto de uma despedida de solteiro, mas, não sei onde estava com a cabeça, se o meu noivo era gay. Depois caiu a ficha, liguei novamente, e soube.....

Rick foi gravemente agredido e morreu em 28 de junho de 2011, no dia do orgulho gay, no dia do nosso casamento.

Revivi as primeiras semanas sem ele. Fui participar de um grupo pra tentar voltar a ser como era antes, pessoas que haviam perdido os seus entes, graças a eles, eu pude superar, não completamente, mas, me ajudou muito.

Relembrei a manhã em que acordei com uma chamada da Íris, era 02 de janeiro de 2014. Eu fui deixa-la no aeroporto, ela iria pra Paris, Rio de Janeiro, Manaus, Dubai e Nepal. Visitar a Torre Eiffel, o Cristo Redentor, a Amazônia, o Burj Khalifa e o Monte Everest. Foi a ultima vez que a vi.

No dia 18 de abril de 2014 Íris Beckham morreu no monte Everest, com um grupo atingido por uma avalanche.

Foi então que me vi no aeroporto de São Paulo, havia acabado de chegar de Londres. O ví pela primeira vez. Estavam chamando por Alexandre, e o Lexi saiu gritando que era ele. Foi engraçado, o ver todo atrapalhado. O voo tinha como destino Manaus. Por um momento de loucura eu pedi pra ver o nome dele, a moça não queria me mostrar, mas, eu vi mesmo assim. Procurei ele nas redes sociais, e encontrei, foi tudo obra do destino. Ele me aceitou! Fiquei muito feliz. Comecei falando sobre a minha amiga que havia ido a cidade dele, depois ele me falava dos dias na escola, daí nos fomos tendo mais intimidades, ele me disse que era gay e disse que eu era o primeiro a saber, me apaixonei mais ainda, já rolava uma química. Conversamos sobre tudo, e dali iria começar algo maior que uma amizade, um amor!

Logo estávamos no final de fevereiro, tendo uma conversa pela webcam, ele estava deitado na cama, e me falava dos planos da cirurgia de mudança de sexo, quando eu ouvi um homem gritando, a câmera apagou, e eu continuei a ouvir gritos, de homem, do Lexi e de uma mulher.

Depois fui pra março de 2015, onde eu o vi nos olhos pela primeira vez. O nosso primeiro beijo na minha casa, depois da minha exposição de maquete... A nossa primeira vez... Quando ele foi agredido.. E por fim, ele chorando em um lugar, eu não consigo identificar, aparece ele chorando, deitado, aos berros pros céus. Aí essa tela apagou, e eu também. Isso tudo me fez chegar a uma conclusão, o sentido da vida é não ter sentido, vivemos em um mundo diferente, onde tudo, tudo, é imprevisível.

Vivam as suas vidas como se fossem morrer, amanhã!

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CONTINUA

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Pensem e comentem!

Obrigado!

Kisses, Niss.