Tempestade...
Parte da série Mundos Paralelos
Hi guys, estou de volta depois de uma semana bem conturbada aqui em casa hehe. Bom primeiro vou perguntar a você a mesma coisa que perguntei em outros sites. Vocês acham que a série já está grande de mais, e que já está cansativo le-la? Já estamos no cap 27 e parece que não vai ter como finaliza-la no cap 30 como eu pretendia quando comecei a escrever. Não coloquei boa parte do que eu queria e parece que ela ainda vai se estender bem mais além do que o que eu havia imaginado. Por isso queria saber de vocês, se é melhor acabar logo, ou vocês preferem que ela se prolongue? respondam nos comentários, é muito importante pra mim saber.
Respondendo aos coments...
Anderson P: Mas você tá apressado kkk, ainda tem coisa pra acontecer.
B Vic Victorini: Que bom que você gosta do Caio, a maioria odeia o coitado.
dodo: Fofos *-* rsrs, aqui está a continuação.
hugo : Você se empolgou assim com um beijo imagina quando acontecer outras coisas, isso se vier a acontecer né. hehe.
Felipe16: Olhaaa , meu fã número um, *-* ai que tudo, tenho um fã número um, hehe, to até bobo agora.
Rodhy: Também sou assim, kkkk essa característica da Luh de não sair da cozinha foi inspirada em mim. E o Caio? Só o tempo vai dizer o que vai acontecer com ele.
Bom gente... vamos ao cap de hoje hehe... espero que entendam...ops.
Mundos Paralelos cap 27
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Tempestade
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Música para acompanhar o cap de hoje: Stand In The Rain. Superchick. Link (http://www.itemvn.com/song/?s=6942D9A302).
Obs: As traduções desse cap foram feitas com algumas adaptações.
“Levantei minha cabeça e olhei para ele. Nossos rostos estavam muito próximos, toda aquela agitação interior de poucas horas atrás havia voltado. Meus pensamentos se embaralharam, tudo ficou confuso quando senti seus lábios tocarem os meus calmamente. Um beijo calmo e sutil. Não sabia porque estávamos nos beijando, só sabia que era muito bom”
Um beijo calmo, mas que não fazia nenhum sentido, era bom, mas aquilo era errado, nós éramos apenas amigos e nada mais do que isso. Além disso outras coisas me afligiam, considerando que eu estava beijando outro garoto, sabendo que eu tenho namorado, isso fica caracterizado como traição. E eu odeio traição, repudio qualquer ato parecido, então, um certo sentimento de repulsa tomou conta de mim.
Guh, que já segurava minha camiseta, me puxando pra mais perto dele parecia não se importar. Mas eu sim, então segurei seu braço, tirei da minha camisa e me afastei dele.
- Guh, o que é isso, nós... nós somos... nós somos apenas amigos. - Eu estava muito nervoso e não consegui falar.
- Mas... –antes que ele tentasse se justificar, eu interrompi.
- Mas nada Gustavo, olha, o que aconteceu aqui foi coisa do momento, a gente se confundiu, a gente é só amigo e vai continuar sendo, eu tenho o Caio e você o Leo.
- Eu não tenho nada com o Leo.
- Mas devia, você não namora faz tempo, aí quando fica carente fica assim, beijando qualquer um.
- Como é que é Alex, olha aqui, primeiro que eu não estou carente, segundo que eu não beijo qualquer um, a única pessoa que eu beijei foi você, o que eu não acho que seja qualquer um. E você me ofende falando desse jeito. Eu não namoro porque eu não quero e você sabe disso.
- Isso não importa Gustavo, o que aconteceu aqui não significa nada, você é meu amigo e isso não vai se repetir. É melhor assim.
- Eu não estou entendendo o que você está querendo.
- Eu não quero nada, eu só quero esquecer o que aconteceu aqui.
- Mas porque você quer esquecer? Você não gostou?
- A questão não é que eu tenha gostado ou não, a questão é que você é apenas meu amigo, nada a mais que isso.
Ele abaixou a cabeça, e virou-se para o outro lado. Provavelmente estava magoado comigo, mas era melhor assim. Eu também estava mal, aquele beijo foi algo bom, mas estranho e principalmente, errado. Eu nem sei como explicaria isso para o Caio, se eu tivesse coragem pra contar a ele.
- Vamos embora, eles já devem estar preocupados. - falei.
Ele não expressou reação, apenas levantou e seguiu andando o caminho de volta. Eu o seguia, já estava escuro o suficiente pra gente se perder, mas o Guh conhecia aquela floresta muito bem. Seguindo naquela escuridão calados e já com frio, ouvíamos apenas o som das folhas que balançavam frenéticas por causa do vento forte que anunciava a tempestade que logo chegaria, sim, maldita tempestade. Nós andávamos e andávamos, mas não chegávamos a lugar algum, era como se estivéssemos andando em círculos.
- Gustavo, nós não já passamos por aqui?
Ele parou, e observou o local.
- Mas que droga – disse ele.
- Você sabe mesmo pra onde está indo? – perguntei.
- O que você acha, eu conheço essa floresta.
- Você conhece a floresta de dia, não a noite.
- E qual a diferença?
- A diferença é que você conseguiu fazer a gente se perder, e logo vai começar a chover – Falei irritado, já trovejava forte e caia alguns pingos de agua.
- Eu não mandei você me seguir, você veio porque quis.
- Como é que é? Eu confiei em você, porque você disse que sabia o caminho.
- Eu nunca disse isso.
Eu olhei para ele, uma raiva incontrolável me tomava por completo. Como ele era idiota e conseguia ser tão irritante ao mesmo tempo. Eu tentei me acalmar, e pensar de forma racional.
- Olha é melhor a gente procurar um lugar para ficar, e esperar a tempestade passar, com certeza meus pais e os seus devem estar procurando a gente, então será mais fácil depois da chuva.
- Você pode fazer o que quiser, eu vou para casa.
- Gustavo é perigoso, você não vai conseguir achar o caminho, e tudo vai ficar pior quando começar a chover.
Ele não me ouviu, e começou a andar.
- Se você quiser vir, pode vir, se não, fique aí.
Aaaaaah, se eu pudesse eu matava ele. Com toda certeza se eu fosse com ele seria pior, e só Deus sabe o que poderia acontecer. Mas eu não ia ficar lá naquela floresta sozinho, então o jeito era arriscar.
A chuva veio forte e impiedosa, sem nenhum pudor ela atravessava a nossa proteção, a floresta, e atingia nossa pele com o fervor de uma bala. Os pingos doíam e o frio era intenso. Mas não doíam tanto quanto a dor que afligia minha mente e meu coração, como um dia tão bom poderia acabar de uma forma tão desesperadora assim. Minhas forças foram cessando, eu me concentrava no Gustavo na minha frente, não poderia me perder dele. Começava a sentir meu corpo dormente, minhas pernas tremiam juntamente com meus braços por causa do frio. Minha vista começou a ficar embaçada. Eu não conseguia enxergar direito, via um vulto do Gustavo e flashes de luzes pelo céu, provavelmente eram os relâmpagos. Eu só queria estar na minha casa, na minha cama, me cobrir com meu edredom e dormir tranquilamente, mas aquele pesadelo não acabava nunca. Eu já não conseguia andar, tudo escureceu e eu cai ali mesmo.
- Guh.. – Minha voz saia fraca e rouca.
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“Ele nunca desacelera
Ele não sabe por que
Mas ele sabe que quando ele está sozinho
Parece que tudo tá se desmoronando
Ele não vai se virar
As sombras são longas
E ele teme se ele chorar aquelas primeiras lágrimas
As lágrimas não vão parar de cair
Então, fique na chuva
Fique firme
Levante quando tudo estiver caindo
Você resiste a dor
Você não vai se afogar
E um dia o que está perdido pode ser encontrado
Fique na chuva
Ele não vai fazer nenhum barulho
Sozinho nessa batalha contra ele mesmo
E os medos sussurrando
Se ele ficar de pé, ele vai cair
Ele quer ser encontrado
A única maneira é através de tudo
Que ele está fugindo
Ele quer desistir e deitar
Então, fique na chuva
Fique firme
Levante quando tudo estiver caindo
Você resiste a dor
Você não vai se afogar
E um dia o que está perdido pode ser encontrado
Fique na chuva
Então, fique na chuva
Fique firme
Levante quando tudo estiver caindo
Você resiste a dor
Você não vai se afogar
E um dia o que está perdido pode ser encontrado
Fique na chuva
Então, fique na chuva
Fique firme
Levante quando tudo estiver caindo
Você resiste a dor
Você não vai se afogar
E um dia o que está perdido pode ser encontrado
Fique na chuva” Stand In The Rain. Superchick.
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Minha mente apenas recordava esta música, e quando ela acabava, voltava ao início e ficava se repetindo eternamente. Nunca pensei que a ouviria novamente. Depois daquela fase tão difícil que eu passei, em que escutava essa música incessantemente, ela resolveu voltar a minha mente logo agora.
Depois de sair de meus devaneios, eu acordei, estava deitado no quarto da sede, não tinha ninguém lá, eu levantei devagar e observava ao redor. Estava um pouco tonto, mas conseguia andar, fui até a porta e abri. Não havia muito barulho, tudo estava quieto. Eu saí do quarto e fiquei na porta olhando pros lados. Escutei passos subindo a escada e esperei para ver quem era.
Caio trazia uma bandeja, recheada de comida e se equilibrava como podia.
- Ei rapazinho, quem mandou você se levantar da cama hem? – Perguntou ele.
- Eu... eu..
- Eu nada, vai logo pra cama, que você tem que jantar.
- Eu não vou comer tudo isso.
- Você não precisa, agora vai logo. - disse ordenando.
Eu obedeci, já que não estava com muitas forças pra discutir, e nem queria, e também estava morrendo de fome.
Eu entrei novamente no quarto e me sentei na cama. Caio trouxe a comida e separou uma quantia em um pratinho.
- Vamos, abre a boca – disse ele, esticando a colher.
- Eu não sou um bebê.
- Não discuta e abra logo essa boca kkkk- disse rindo.
Eu novamente obedeci. A comida estava ótima, ele me deu tudo na boca e depois que acabei ele levou pra cozinha. Quando voltou, tomou um banho, vestiu uma roupa e se sentou na cama comigo. Depois se deitou e eu coloquei minha cabeça sobre seu peito.
- Que horas são? – perguntei.
- Bom, segundo aquele relógio de parede ali, são 02:49 da madrugada. – disse apontando pro relógio de parede ao qual eu nuca tinha notado.
Eu me calei por alguns segundos.
- Você está se sentindo bem?
- Estou... mas como eu cheguei aqui no quarto? – perguntei, essa curiosidade já me consumia.
- A gente não pode falar disso amanhã? – retrucou ele.
- Não – falei - eu quero saber.
- Tudo bem, vou contar do começo. Depois que nós percebemos que vocês tinham saído, não estávamos tão preocupados. Passou a tarde toda e vocês não tinham voltado, e sua mãe já começou a ficar aflita. Quando já estava quase escurecendo, seu pai organizou uma “equipe” e nós saímos pra procurar vocês, nós andamos em quase todos os lugares e nada de encontra-los, eu não demonstrava mas já estava desesperado. Pensar que você poderia estar sofrendo, com frio, e fome, perdido naquela floresta. Cada segundo que passava, mais meu coração se apertava. Quando a tempestade chegou nós voltamos pra sede, contra minha vontade, mas voltamos. Nós procuramos alguns equipamentos como capas de chuva e outras coisas pra voltar a procurar por vocês. Quando a gente estava quase entrando na floresta de novo, a gente viu o Guh, Nós corremos pra perto dele pra poder ajuda-lo. Ele trazia você nas costas, e também estava muito fraco, quase não conseguia andar direito. Quando nós chegamos até ele, foi que percebemos que você estava desmaiado, seu pai te colocou nas costas e eu juntamente com o Leo ajudamos o Guh a chegar em casa.
- E onde ele está agora? – perguntei.
- O guh?
- Sim.
- Ele está dormindo, ele fez muito esforço, deve estar cansado. Aliás, o que deu em vocês pra sair assim desse jeito sem avisar ninguém?
- Eu queria fazer alguma coisa pro Guh se alegrar, então resolvi levar ele em um lugar que a gente ia quando era criança. Mas parece que não deu muito certo.
- Não se preocupe amor, agora está tudo bem.
- Sim, está.
Deitado em seu peito, observava a tempestade que lá fora caia de forma severa. Raios, relâmpagos e trovões, assustavam até o mais corajoso dos homens. Mas toda aquela ferocidade da tempestade natural, não chegava nem perto da tempestade interior que ocorria dentro de mim. Por que eu havia beijado o Guh? Por que nós havíamos brigado? Por que ele me salvou? Por que o Caio é tão bom pra mim? Por que esse dia tinha que acabar desse jeito? Por que eu não consigo para de pensar naquela droga de beijo? Por que tantos “porquês”? Por que eu não posso apenas dormir e acordar no outro dia como se nada tivesse acontecido? Mas espera... sim eu posso, posso e vou. Com esses pensamentos tortuosos eu adormeci no peito de Caio.
No outro dia, acordei primeiro que Caio, mas não levantei fiquei deitado junto com ele, ele estava me fazendo bem, apesar de que eu não conseguia me livrar da sensação de que estava sozinho nesse mundo. Eu me movi um pouco pra ficar mais perto dele e ele acabou acordando.
- Já acordou amor? - Perguntou.
- Já – falei.
- E não foi tomar café?
- Eu preferi esperar você.
- Awn, então vamos, eu estou com fome.
- Espera... fica aqui comigo um pouco.
Ele já ia se levantando quando puxei seu braço.
- O que foi amor, aconteceu alguma coisa?
- Não... é que eu só estou precisando de um pouco de carinho... carinho do meu namorado.
- Então vem aqui.
Ele me abraçou, e se deitou novamente comigo. Fazia-me um cafuné delicioso. Suas mãos acalmaram a minha agitação interior. Ficamos assim por vários minutos, ele beijava minha testa as vezes, enquanto acariciava meus cabelos loiros. Até que ele diz:
- Posso te perguntar uma coisa? – falou.
- Pode. – Respondi.
- Aconteceu alguma coisa enquanto vocês estavam na floresta?
Tinha chegado a hora, e agora? Eu contaria ou não ao Caio que tinha beijado o Guh.
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É isso, não se esqueçam de dizer o que eu pedi no início, Ok, beijos e até a próxima semana...