Dreams

Conto de NextToYou como (Seguir)

Parte da série By Chance

Mas aliás, o que são os sonhos? São apenas imaginações que nosso cérebro produz enquanto descansa? Ou são um sinal para o que poderá acontecer?

Talvez tenha haver com nossos sentimentos, que são uma completa fonte de inspiração e nos fazem desejar mais e mais. O que nos faz querer pensar nessa coisa. É como eu disse: O que são os sonhos? É uma coisa inexplicável, e que o homem está longe de descobrir.

Ou não.

Lucky White já chegou a pensar assim em um ponto da sua vida, mas na sua carreira não era permitido sonhar. Era uma carreira dura, realmente tinha que ter sangue frio para poder ser o mercenário mais temido dos Estados Unidos da América. Lucky matava por simples prazer e diversão, assaltava joalherias e bancos como tiraria doces de crianças inocentes e fracas.

White era mal. Na hora de executar alguém, ele não sentia pena em empurrar o gatilho para trás e fazer com que um objeto tão simples mate uma pessoa. Esse era o processo de queima subsônica, puxar o gatilho para matar.

Na maioria das vezes ele usava sua beleza para seduzir as pessoas que ele precisava executar. Suas orbes cinza eram como os olhos da própria Medusa, eram hipnotizantes e lhe transformavam numa pedra, pois quando Lucky olhava diretamente nos olhos das suas vítimas, elas gelavam, ficavam paradas, sem mover músculo algum por causa do medo. Seus cabelos negros sempre penteados como um topete lhe davam charme, pois combinavam com seus olhos neutros e sua pele pálida como a de um vampiro, com sede de sangue humano.

Isso sem contar com seus músculos definidos e com forme a roupa que Lucky usava era possível ver o peitoral e os braços fortes do mercenário.

Lucky estava com alguns amigos em Istambul, na Turquia. A cidade dos balões de ar quente, das cavernas com desenhos com a história de São Jorge. As lindas e maravilhosas Basílicas e os Templos Sagrados davam à cidade uma essência de valiosa e repleta de segredos, muitos ainda abscônditos.

Eles estavam num restaurante no Bósforo, (uma cidade de Istambul, na verdade um estreito que liga o mar Negro ao mar de Mármara) os 4 amigos permaneceram no restaurante Ulus 29. O restaurante ficava numa parte alta do estreito e estava á noite, havia uma vista linda que podia ser vista muito bem, através das enormes janelas. Os 4 amigos vestiam roupas sociais apesar do clima meio abafado. Essa praticamente era uma regra de mercenário, nunca perder a postura séria de um mercenário.

- Bom, Johnny, aonde está nosso alvo? — Perguntou Lucky para Johnny O'Leary, um dos amigos mercenários.

- O nosso alvo é Mesut Eylem, um homem de 44 anos, semana passada o ele teria desafiado nosso chefe, e o mesmo não teria gostado nada disso, ele pediu para que a gente focasse nele e o executasse. Mesut está numa boate que no momento está tendo um desfile de uma agência de modelos americana.

- Mas se é uma boate por que está tendo um desfile de moda? — Perguntou Larry Schuller, também mercenário. Todos ali eram mercenários.

- Então, é uma das atrações da boate, ela tem um contrato com a Infinity Clothes, aí todo mês a agência trás seus modelos, suas novas tendências e algumas roupas turcas. — Falou Johnny. O mesmo pegou uma planta da boate de uns dos bolsos de sua calça.

- Pra que isso? — White perguntou.

Johnny abriu a planta da boate em cima do prato que estava na sua frente.

- Precisamos realizar isso na maneira mais silenciosa que pudermos, lá tem muitos seguranças, qualquer erro. E fode com tudo.

- Tá, mas como vamos fazer para ninguém nos perceber? Temos que entrar na boate como se somente fossemos ver o desfile. — Falou o sábio Billy Reynolds.

- Bom, com a roupa formal nós já estamos, agora é só chegar lá, e esperar Mesut ficar "desarmado". — Johnny gesticulou aspas. - Lucky, sinto muito, agora não é hora de ler revista. — Johnny tirou a revista das mãos de White.

- Olha, esse cara é um dos modelos da Infinity Clothes. — Falou o dono das orbes cinza.

- Como sabe?

- Veja o rodapé da página. Aí tem o site da empresa e o seu logotipo. — Lucky sorriu para Johnny e ele entendeu o gesto do amigo.

- Acha que conseguimos algo com esse aqui? Qual o nome dele? — Johnny não tirou os olhos do modelo.

- Andrew Taylor, modelo da empresa há 5 anos, começou a carreira com 15 anos. E tem grana, alvo perfeito para um sequestro, dinheiro da família e da empresa. — Disse o sábio Billy de novo.

- Pra quem é novo nos negócios, Billy você está bem experiente. — Argumentou Larry.

- Tá, mas antes disso, vamos comer. Não podemos executar tudo isso de estômago vazio. — Os outros 3 concordaram com Lucky e pediram um prato.

Eles comeram rapidamente, não sabiam quanto tempo iria durar o desfile. Eles tinham de ser rápidos.

Johnny teve de dirigir na velocidade mais rápida que o carro suportava, eles praticamente chegaram no final do desfile. Todos ali estavam vibrados nas roupas lindas e bem desenhadas e claro, nos modelos que por aquela passarela passavam.

Os dois alvos estavam ali. Mesut estava sentado em uma mesa perto da passarela, com ele estavam duas garotas super bem arrumadas. Mesut estava entretido com o desfile, seria fácil pegar ele, mas em questão ao modelo, ele sempre ficaria ao lado dos outros modelos e com o pessoal da agência. Seria uma missão e tanto.

Eles se sentaram em uma mesa distante de Mesut e do palco, eles precisavam de um lugar mais reservado para poderem elaborar um plano. A mesa aonde eles estavam era basicamente meio isolada, estava ótimo.

- Tudo bem, nossos dois alvos estão aqui. Eu, Billy e Larry cuidamos do Eylem, Lucky você fica com o modelo, pode ser? — Perguntou Johnny.

- Pode claro… mas quero saber como vamos pegar esse cara. — Falou o mesmo, White, apesar de ser temido por todos, de alguma maneira, teria medo de falar com um cara estilo Andrew.

- Eu já pensei num plano. — Falou Larry. - Enquanto estavámos no carro, eu dei uma olhada naquela planta que Johnny trouxe, aqui tem um sistema de tráfico de pessoas. Tem uma ala com um quarto para os prisioneiros, tanto homens quanto mulheres. Nós podíamos fazer com que o modelo Taylor ficasse como um deles.

- Porra, e eu vou gastar a minha grana com um cara? — White se indignou.

- Se acalma, talvez você possa tirar outro proveito com ele. E também, olha pra ele. — Larry apontou para Andrew desfilando. - Andrew Taylor, o loiro dos olhos azuis, forte e cheio de charme. Você poderia tirar outro proveito disso.

- Mesut levantou, vamos. — Johnny se levantou e chamou os outros. - Seja sutil okay? E pelo amor de Deus, não machuque esse garoto. Aí nós estaríamos fodidos de verdade.

- Tudo bem né. — Os 3 saíram dali, Lucky não sabia como iria executar o que Larry falou. - Do que adianta ser o mercenário mais temido sendo que eu não dou ordens.

White esperou Andrew dar sua última troca de roupa e ir até o camarim do garoto dos olhos azuis. Lucky sentia medo, mas mercenários tem medo de alguma coisa? White tinha medo desse sequestro acabar virando outra coisa além de negociações e dinheiro, pois Andrew tinha cara de ser um cara sensível, e Lucky não iria aprisioná-lo no seu porão.

Por dois motivos, o primeiro: Lucky não conseguiria ser tão mal com um cara sensível desses

E o segundo: Andrew era extremamente bonito, também não conseguiria aprisionar uma coisa linda dessas.

Lucky estava com sua atenção virada ao desfile e claro, para Andrew. Quando o modelo deu sua última volta, ele estava com uma sunga vermelha com uma modelo ao seu lado com um biquíni também vermelho. O desfile estava quase no fim quando White se levantou e foi até o camarim do modelo.

Lá, Taylor mexia em seu celular, White veio sorrateiramente atrás do dono das orbes azuis. Ele estava com uma seringa em mãos, como Taylor estava sentado, seria injetada a anestesia em seu pescoço.

E Lucky assim fez.

Com força, ele injetou a anestesia em Andrew, que rapidamente foi perdendo a noção, até que finalmente estivesse desmaiado.

Lucky o pegou no colo e foi até a ala aonde ficavam as pessoas traficadas e deu de cara com quem ele realmente precisava.

David Tuinfort.

O chefe dos negócios, ele que cuidava de quem vinha e de quem ia. De quem seria comprado e de quem permaneceria prisioneiro.

O homem o olhou assustado pois sabia que aquele era Andrew Taylor.

- Ei! O que você está fazendo com esse cara? — Perguntou David quase tendo um ataque.

- Você é um homem de negócios, também sou. Preciso de um favor, preciso que você deixe ele aqui, como se fosse um dos seus prisioneiros. — Falou Lucky.

- Não, esse é um modelo exclusivo da Infinity Clothes. Ele iria dar falta no primeiro minuto. — Falou o homem, gesticulando muito.

- Se desse tanta falta, ele já estaria sendo procurado. É só uma noite, e também… — White entregou uma maleta à David. - Tenho um bilhão de euros aí. Mais do que você vai ganhar na sua vida toda. Cuide bem dele, não deixe que mais nenhum cara toque nele essa noite, trate ele bem... Ou, eu pego essa maletinha e te tiro outra coisa além do dinheiro. Aonde deixo ele?

- No quarto a sua frente. — Tuinfort engoliu em seco.

Lucky adentrou no quarto, era um quarto mais reservado, não havia ninguém nem nada. Apenas uma cama, aonde ele deixou o modelo dormindo como um bebê, sua fofura era sem limites, as bochechas estavam rosadas, a boca meio entreaberta... White gostou do que viu e sorriu de leve, mas acordou do transe e saiu do quarto.

- Ouviu o que eu disse. Sem machuca-lo. — White deu dois tapinhas de leve na cara de David e saiu dali.

- Um obrigado seria muito educado sabia? — Falou David sínico.

- Mercenários precisam de educação? Não responda, resposta óbvia. Até. — Lucky saiu do corretor voltando o salão da boate.

Andrew acordou sentindo fortes dores de cabeça e tonturas frequentes. Ele se sentia desconfortável, aquela cama não era nem um pouco confortável, aquele travesseiro parecia um papel de tão fino. Ele procurou seu celular na sua, cintura mas não achou.

Lucky tinha pego.

O modelo se levantou, suas pernas estavam meio bambas, ele caminhou lentamente até a porta, logo ele viu que tinha um segurança armado enfrente a porta. O mesmo chamou pelo segurança, mas não obteve uma resposta.

- Ei! Moço, você tá surdo porra? — Perguntou o loiro já sem paciência.

- Com licença. — David entrou no quarto. - Senhor Taylor, como está?

- Bem mal, não sei aonde eu tô, e aliás… aonde eu tô?

- Bom, não posso dizer aonde você está mas… o senhor White vai vir busca-lo logo logo. — O homem sorriu.

- Branco quem?

- Aah meu Deus, como esses modelos são burros. — Falou David. Andrew se sentiu ofendido com isso, e mostrou o dedo do meio para o mesmo. - Lucky White.

- Não conheço. O que ele quer comigo?

- Não sei, mas ele virá te buscar, chega de perguntas! Aah, ele chegou. Senhor White.

- Tratou ele bem? Te trataram bem? — Perguntou Lucky.

- Nossa, melhor impossível. — Falou o louro na ironia.

- Toma. — White entregou a maleta à David. - Agora solta ele.

- Claro. — Tuinfort abriu a porta, dando passagem ao modelo.

- Muito obrigado. E você é quem? — Perguntou Taylor à White.

- Eu sou Lucky White e você Andrew Taylor. — Lucky, de novo, anestesiou o loiro.

- O senhor quer matar ele? — Perguntou David.

- Cala a boca ou tiro o dinheiro de você agora. — White pegou Taylor no colo e foi até a porta dos fundos da boate.

Lucky entrou no carro que estava esperando por ele, Johnny estava no volante e Billy no banco do passageiro. White se sentou e arrumou o modelo deitado em seu colo, dormindo como antes. As bochechas rosadas, a boca meio entreaberta... Lucky olhava para o modelo e ficava entretido vendo essas imagens. Johnny olhou na retrovisor e viu que White não tirava os olhos do loiro.

Johnny já tinha visto Lucky se dar mal nessas coisas do coração, muitas vezes, eles eram amigos há anos, desde o ensino fundamental, o ensino médio e os dois foram pro mal caminho. Eles não tinham uma vida financeira de alta renda, o jeito mais fácil de sobreviver teria sido matar por dinheiro. Coisa que os dois fazem muito bem.

Mas também eram seres humanos, tinham sentimentos como qualquer outro. E os sentimentos de Lucky eram á flor da pele.

Era muito fácil para Lucky se apaixonar, se apegar à alguém por conta de sua carência extrema. Por isso Johnny o alertava sempre que alguém bonito entrava no caminho de Lucky.

Mas quando Lucky se apaixonava, sua personalidade mudava. Ao envés de ser aquele mercenário maldoso, sem medo de nada, sem medo das consequências dos seus atos, ele ficava cuidadoso, e com muito medo de qualquer coisa que fizesse de errado, acabasse com o seu relacionamento.

E era isso que acontecia na maioria das vezes.

Por esse motivo também ele é muito rude com aqueles que ele não conhece. Pois bem, ele não conhece Andrew e mesmo assim não seria rude com ele nem se quisesse.

Se apegar rápido as pessoas é uma coisa tão ruim. Isso nos deixa mais frágeis e sensíveis, não importa quem seja. Amar tem os seus efeitos colaterais.

Johnny e Billy deixaram Lucky em sua casa provisória em Istambul. White levou o loiro até o seu quarto e arrumou o mesmo em sua cama. Taylor estava coberto até o seu cóccix, o mesmo ainda estava com a sunga vermelha do desfile da noite anterior.

Lucky fez um café da manhã para Andrew, torradas, café e ovos com bacon. Ele colocou o café da manhã numa mesinha de cama, e a deixou na sua escrivaninha. Ele sentou na beira da sua cama e olhou o loiro dormir serenamente.

Passaram-se alguns minutos que White estava olhando Taylor dormir e o louro acordou completamente assustado com tudo.

Andrew se levantou com tudo, estava assustado, seu coração batia muito rápido, com uma velocidade sem igual.

Lucky se levantou e foi até o dono dos olhos azuis. Taylor olhou para o mercenário de cima a baixo, como se estivesse avaliando o mesmo.

- Relaxa, eu não vou fazer nada — Falou o homem que praticamente teria sequestrado o modelo.

- Como eu posso confiar em você? Nós não nos conhecemos. — Andrew tentou se afastar do mesmo, que se aproximava cada vez mais.

- Estamos juntos por um acaso. — Disse o homem de terno, que deixava Taylor assustado com cada passo.

- Que acaso? Você me sequestrou. Acha que isso é um acaso. — Falou o loiro que não tinha mais pra onde ir, já tinha encostado na parede.

- Depende do seu ponto de vista. — Lucky parou de se aproximar. Ele percebeu que sua vítima estava assustada. - Desculpa se te assustei. — O mesmo coçou sua nuca.

- Que tipo de sequestrador pede desculpas à sua vítima?

- Bom, eu acho que sou um sequestrador bonzinho. — Os dois sorriram. Andrew viu nos olhos do mercenário que ele não queria machuca-lo. Então desencostou da parede e deu um leve passo para frente.

Boom, lembrando que essa é a minha primeira vez aqui nesse site, e resolvi postar a minha série que também posto no Social Spirit aqui, pois MUITAS pessoas me recomendaram este site. Bem, espero que gostem :3

Comentários

Há 1 comentários.

Por Fagner em 2014-12-27 23:07:20
Gostar?? Tu esta de brincadeira né.. Cara eu vou amar... Ja me considere teu fã numero 1... E pode ter certeza que ainda me verá muito aqui.... Rsrs.... Ja adorei o começo disso tudo.... Vejo paixão proibida e não correspondida, escolhas difíceis e muita morte..... Adoro..... Bom, parabéns pela escrita.... Um abraço do teu novo fã...😊