Capítulo 3: Conversa

Parte da série Do jeito que tinha que ser

Gente, me perdoem pela demora... Juro que estou fazendo o que posso :(

Felipe - Então seremos colegas de classe? Que... interessante. - Ele me lançou um olhar enigmático e então se virou para encarar Milla - Sou Felipe. E você, gatinha, como se chama? - Ele sorria pra ela.

Milla - Me chamo Camilla. Mas pode me chamar de Milla. Todo mundo na turma me chama assim - Ela também sorria pra ele, ainda abraçada a mim.

Felipe - Milla então.

Bené – Qual é a dessa reunião aqui fora, negada? Fugindo dessa palestra chata? – Bené perguntou enquanto se aproximava – eu sou Bené, cara. E você? – ele estendia a mão para Felipe.

Felipe – Felipe. Prazer, cara – ele apertou a mão do Bené e eu me surpreendi por ele não ter apertado a minha quando eu ofereci.

Gustavo – Meu Deus do céu. Vai todo mundo sair do auditório mesmo? Vamos entrar antes que os calouros saiam de lá também. A coordenadora vai ficar uma fera se isso acontecer. Você vem, Felipe?

Felipe – Hahahahaha... Vou passar essa, mas valeu pelo convite – ele pegou o celular e se sentou novamente enquanto nós voltamos para o auditório.

Milla e Bené ficaram no auditório para assistir o resto da palestra e eu me dirigi aos bastidores para conferir o material da gincana que viria a seguir. Com o passar do tempo me dei conta de que havia conferido três vezes o mesmo material e decidi me sentar um pouco para relaxar. Aquele garoto não saia da minha cabeça, eu me pegava pensando nas frases que ele tinha me dito, imaginando o que ele teria feito fora do país. O que estava acontecendo? Não era como se eu tivesse me sentido atraído por ele, certo? Claro que não. Era apenas coisa da minha cabeça, eu tinha certeza.

Depois de acabar o que eu estava fazendo eu voltei para o auditório bem a tempo de ver a coordenadora se despedindo e então todos os organizadores colocaram os calouros em posição para dar início à gincana. Olhei para o lado de fora pela janela e não vi mais Felipe, teria ele partido? Decidi deixar pra lá e continuar com meus afazeres. Aquela manhã passou muito rapidamente, os calouros disseram ter se divertido muito e prometeram voltar para a programação da tarde e eu fiquei muito contente com o resultado do nosso trabalho. Procurei Milla para almoçar e a encontrei conversando com Bené nos bastidores. Convidei ele para ir junto, porém ele recusou dizendo que seu pai já estava a caminho para lhe buscar, então eu e Milla seguimos para o meu carro a fim de encontrar um restaurante.

Após acharmos um restaurante e fazermos nossos pedidos Milla ficou me encarando e mordendo levemente o lábio inferior, ela só fazia aquilo quando estava querendo me dizer ou perguntar algo e não sabia como.

Gustavo – Milla, você tá mordendo o lábio, vai acabar se machucando. Pode falar, meu amor. O que tá rolando na sua cabecinha? – falei fazendo carinho na bochecha dela e olhando em seus olhos.

Milla – A gente já se conhece tão bem que nem precisamos mais falar como estamos nos sentindo. Parece que tudo fica escrito nas nossas testas pro outro ler. É exatamente isso que eu quero dizer – ela pegou minha mão e beijou – o que aconteceu com o Felipe antes de eu chegar? Vocês brigaram? Tava evidentemente um clima super estranho quando eu cheguei.

Gustavo – Que nada, amor. Impressão sua. Eu só fiquei confuso porque ele não parecia um calouro e perguntei, ele me esclareceu pra mim o porquê. Foi só isso, nada mais. Hahaha.

Milla – Parecia que tinha mais alguma coisa, mas deve ser impressão minha mesmo. Você não mentiria pra mim – ela me beijou, e durante o beijo meus pensamentos viajaram. Eu não havia mentido pra Milla, mas porque eu estava sentindo como se o tivesse feito?

Milla – Mas então, o que você achou dele? – ela questionou quando paramos de nos beijar.

Gustavo – Acho que a gente tem que se dar bem de um jeito ou de outro. Nossa sala ninca teve brigas e não é agora que vai passar a ter. Tenho certeza de que a gente vai se dar bem.

Milla – É verdade, é bom vocês se darem bem mesmo. De mim eu sei que ele gostou, ele não parava de me olhar. Hahaha.

Gustavo – É, eu reparei também. Será que ele não notou que você é minha namorada? A gente nem falou nada também.

Milla – Não sei se ele notou, mas da próxima vez que nos virmos nós deixaremos bem claro, ok? Não quero ser a causa da confusão se ocorrer alguma.

Gustavo – Eu espero que ele não dê uma de espertinho pro seu lado. Mas mesmo se ele ficasse interessado em você, quem poderia culpa-lo? Olha só pra você! Até hoje eu não sei como tive tanta sorte.

Milla – Ah. Para, Guto. Tá me deixando com vergonha – ela disse, corando.

Gustavo – Só estou dizendo a verdade.

Nossos pratos chegaram e nós comemos e conversamos, mas passando a falar somente da semana do calouro. Ainda teríamos muito trabalho pela frente e eu estava ansioso pro que essa semana tinha para nos oferecer.

Gente, me dê dicas de como posso melhorar, afinal é meu primeiro conto. Ansioso pelos comentários de vocês...