Nosso netinho é Garoto de Programa - II

Conto de nando couto como (Seguir)

Os minutos posteriores À abertura da porta do quarto daquele motel pareceram uma eternidade. Eu, Marta e o nosso neto ficamos como que congelados, inertes, paralisados, completamente sem ação. Quem disser que um encontro desses não causa um torpor, um susto, uma vontade de sumir do universo, está mentindo, mesmo com a cara cheia de bebida como estávamos eu e a Marta.

A ficha caiu, finalmente e então começamos a rir. Eu e a minha nobre amiga en-quanto Mateus parecia não saber onde enfiar a cara, nitidamente envergonhado, olhando par ao chão... Por incrível que pudesse parecer, eu e a Marta começamos a rir, mesmo sem saber o real motivo: nervosismo, incredulidade, surpresa, pena de ver nosso netinho daquele jeito, ou uma mistura de todas essas sensações.

Acabamos convidando Mateus para entrar. Ele resistiu, parado em frente à porta e antes que fizéssemos o segundo convite, levantou a cabeça e nos olhou, rápido, de cima a baixo: estávamos ambas de cinta liga, como havia dito.

__ Entra logo, Mateus, ou vai esperar passar algum conhecido no corredor ? __ A Marta sugeriu entre nervosa e alegre, colocando a mão livre na cintura.

Nosso neto cruzou o batente como se estivesse se dirigindo para a guerra. Da cama eu percebi que ele tremia da cabeça aos pés.

__ Vem __ Marta o pegou pela mão depois que fechou a porta atrás de si __ Vem sentar aqui com a gente.

Ele se deixou ser guiado e também se deixou cair sentado sobre a cama. Eu e Marta cruzamos nossos olhares, cúmplices, buscando amparar uma à outra diante daquela situação e não deixar transparecer para Mateus o quão estávamos abaladas.

Ficamos sentadas, cada uma de um lado, de Mateus. Vai saber porque continuamos com nossas cintas ligas, sem nos cobrir. Talvez estivéssemos mais preocupadas em consolá-lo, e obviamente, descobrir o que ele estava fazendo naquele mundo.

Depois de um bom tempo, descobrimos que ele, o Mateus, decidiu embarcar na-quilo como uma aventura, confessou que tinha tesão em receber dinheiro pra transar. Ok. Só conseguimos tirar isso dele depois que o convencemos a beber alguma coisa, afinal, ele já estava ali e ir embora, como ele sugeriu, não ia adiantar nada. Ia somente nos deixar ainda mais curiosas e a oportunidade de conversamos ficaria mais difícil.

Aos poucos ele foi ficando mais solto, e nós duas também. Ate que chegamos ao ponto de falarmos sobre a conversa que tínhamos tido na sala de bate papo.

O clima foi ficando mais tranquilo, ele ria do nosso “desespero” e “curiosidade” em tentar arranjar um garoto de programa, e nos encheu de perguntas para tentar entender essa necessidade.

__ Ué __ Marta sempre mais direta, disparou __ O seus clientes também não buscam a mesma coisa?

Mateus ficou desarmado, mas ainda tentou argumentar.

__ Mas sei lá... __ deixou os olhos irem pro chão __ Vocês são minhas avós... Sabe como é...

Marta se levantou e deu uma rodada em torno de si e falou depois que voltou a ficar de frente pra gente:

__ Somos de carne e osso, menino... Umas gordurinhas, mas de carne e osso...

Ele riu. Um riso gostoso, meio que se rendendo, mas sem deixar de esconder o nervosismo que estava sentindo.

Eu olhei pra Marta, por cima dos ombros de Mateus, e tentei entender o que ela estava ou ia fazer...

Marta ofereceu mais um pouco de bebida e tomamos. Eu estava sentindo cheiro de que coisa boa não ia acontecer. Dito e feito. Ela contou o episódio daquela manhã, quando o vimos só de cueca na cama e de pau duro.

Sim.

Ela usou essas palavras: DE PAU DURO.

Mateus olhou pra nos duas e perguntou se tínhamos gostado do que tinha visto. Eu gaguejei, disse que sim, e então a Marta completou, imediatamente.

__ Aquilo não foi nada comparado ao que vimos na câmera.

Pronto.

Silêncio.

Mateus voltou a olhar pro chão. Pareceu pensativo até que se levantou.

__ Vocês não vão contar, vão, pros meu pais?

Eu olhei pra ele e naquele momento o vi novamente como um menino, indefeso, com medo.

Marta riu e disse que nunca, até porque nossos filhos, além de pais, eram evangélicos, então ou iriam enfartar ou mandá-lo par ao inferno. Mateus, naquele instante, pareceu que tinha recuperado o fôlego.

O silencio voltou. Aquele instante onde nada mais tem pra ser dito.

__ Acho melhor ir embora... __ Mateus voltou a sugerir.

__ Antes podemos ver de perto o que vimos na câmera? __ Marta pediu na lata.

Eu quase enfartei, assim como Mateus, claro.

__ Marta, pelo amor de Deus... __ tentei intervir

__ Ué, qual o problema? Vimos ele nu na câmera, alias, vimos ele nu desde pequeno, então qual a diferença agora, ao vivo? E além do mais, não ia acontecer isso, caso ele não fosse quem fosse e nós sermos suas avós?

Nos dois ficamos pensativos por uns instantes até que Mateus abriu a braguilha da calça jeans, devagar, rindo, de lado, nitidamente nervoso.

__ Isso não ta acontecendo __ ele repetiu umas três vezes até deixar a cueca aparecer.

__ Nós vimos mais do que isso menino __ Marta falou firme, olhando ele nos o-lhos,

Confesso que toda aquela situação me deixou com certo tesão. Mesmo. Me senti culpada, mas ao lembrar o Mateus pelado na câmera, aquele corpo lindo, comecei a me esforçar para deixar de lado toda aquela culpa.

Mateus tirou o pênis pra fora. De início ficou olhando pra baixo, não sei se pro próprio órgão ou por chão.

__ Nossa. Tá molinho, né? __ Marta observou, rindo.

Mateus então levantou a cabeça e devolveu o riso, mas travado.

__ Ok. Nós entendemos __ Marta tentou salvar a pátria.

Mesmo flácido, o pênis do nosso neto estava nos deixando desesperadas. Eu com certeza e Marta, era impossível não estar.

__ Acho melhor eu ir, então __ Mateus disse fazendo menção em fechar a calça, mas a mão de Marta o impediu, segurando o saco dele.

__ Você se depila sempre ou só por causa do trabalho? __ Ela perguntou, alisando o saco do menino e desviando o olhar dele e se virando para mim.

Mateus nada respondeu. Engoliu em seco.

__ O que está esperando, Olga? Vem pegar também.

__ Acho melhor eu ir embora...

Marta pegou minha mão e colocou sobre o pênis de Mateus.

__ Calma menino. Somos suas avós. Como disse, as coisas não iam acontecer se não fossemos quem fossemos?

Mateus calado. Eu também, mas não tirei a mão de cima do pênis dele.

__ Mas agora já sabemos quem somos, né? __ ele respondeu, gaguejando.

Marta então apertou o saco dele.

__ Que tal falarmos de negócios? __ ela perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

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