Não vou desistir #2x01
Parte da série Paixão ao desconhecido
Ryan: Não ouse parar de postar entendeu, e nem comentar. E gostei disso que você falou; que tem certas coisas na nossa vida que a gente só sai ganhando. Vou começar a aplicar isso na vida, sem se lamentar.
Boa leitura ae pessoal. =D
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Minha cabeça e todo o meu corpo doía, estava jogado no chão duro e frio.
O que era aquilo?
Parecia uma casa, uma espécie de cabana. Eu estava amarrado e amordaçado jogado no chão, minhas mãos e pés formigavam, eu não sabia onde estava. Eu via somente uma silhueta a minha frente.
Era um homem alto, não parecia muito forte, ele estava sentado em uma cadeira de frente para mim. Atrás dele eu via a porta que deveria dar do lado de fora e entre nós havia uma caixa de madeira e um pequeno toco de vela sobre uma mesa que a chama queimava viva e ascendente.
Era Rodrigues. Ele estava como da primeira vez que eu o vi, mas mantinha uma expressão séria e assustadora. Ele começou a caminhar em minha direção e se agachou na minha frente, ele levantou me obrigou a levantar o rosto.
- Por que você é tão egoísta – perguntou?
Seus olhos me fitavam com raiva e eu não aguentava olha-los. O que ele queria e que estava fazendo? Ele me segurou pelo pescoço e me sufocava, ergueu meu corpo e me colocou de pé contra a parede. Uma mão ainda me sufocava enquanto a outra virava meu rosto para forçar a olha-lo. Satisfeito, ele me soltou e eu caio no chão.
- O que esta fazendo? – perguntei respirando ofegante enquanto o ar voltava aos meus pulmões.
Ele se virou e se sentou na cadeira novamente. Ignorou completamente a minha pergunta e voltou a me fitar, ele se pôs ereto na cadeira e cruzou as pernas.
- Você é egoísta a ponto de pensar somente em você e não pensar em quem te considera um amigo – ele disse - Você merece mesmo tudo que esta passando.
- Você que esta se afastando – respondi – Não tenho culpa.
- Tem sim. Você que forçar seu amigo a te amar, você dispensou as pessoas que estavam do seu lado para te apoiar em busca de um amor tolo. Você é um idiota mesmo.
- Eu sei o que estou fazendo.
- Não – gritou – Você não sabe de nada.
Ele estava chorando. Lagrimas escorriam pelo canto dos olhos e deixando uma marca úmida em seu rosto. Eu me sentia culpado, mas ele somente reforçava o que eu já sabia.
- Me perdoe – pedi.
- Isso não basta – ele respondeu - Você era meu melhor amigo sabia? Como vou ficar perto da pessoa que me ama sem eu me sentir culpado. Por que você quer insistir em mim ainda?
- Eu sinto muito.
- Seu amor é cego.
Ele voltou até mim e se sentou no chão na minha frente. Ele alisava meu rosto com os dedos, percorria cada parte de forma suave e leve, ele se aproximava cada vez mais. Eu não sabia o que fazer, ele me segurava pelo braço e eu não podia recuar, mas também não queria fugir mesmo estando com medo.
Sua mão percorria meu corpo, eu agonizava com a sensação, seus toques me arrebatavam e me deixavam desorientado. Sentia seu calor em mim, sua respiração sobre mim. Ele ficou a poucos centímetros do meu rosto.
- Se você tivesse esperado mais – ele disse - Talvez no futuro.
Seus lábios me tocaram e sua língua invadiu minha boca, eu não oferecia resistência tanto por que estava imobilizado e mercê dele. Eu apenas gemia em resposta a tudo.
Eu não queria que parasse também, buscava cada vez mais e mais. Era um momento que eu sempre sonhei.
Qual era intenção dele com aquilo? Me fazer sentir-se culpado?
Bom, ele estava conseguindo também.
Ele então parou e se jogou ao meu lado ofegante por alguns segundos, ele respirou fundo e se levantou limpando a roupa. Eu estava em êxtase, alucinado com a sensação de prazer que eu senti.
- Você não merece isso – respondeu limpando os lábios.
Somente assenti sem palavras. Queria mais, desejava mais, mas eu estava a sua mercê. Tentei me soltar das cordas que me amarravam, eu precisava de mais.
- Pare de se mexer – ordenou.
Ele voltou a se sentar na cadeira, esticou as pernas e relaxou colocando os braços atrás da cabeça.
- Ah, o amor – riu – Você falhou e agora entra em desespero. Qual a sensação de ver tudo o que você deseja desmoronando na sua frente? Não responda, eu sei. É agonizante.
- Me surpreende sabe que é tão sádico – respondi.
- Você foi movido por amor e agora estará sem o que tanto buscou. Tolo.
- O que eu tanto busquei está bem na minha frente – resolvi atiça-lo.
- E oque acha que eu devo fazer então?
- O que você quiser – respondi com um sorriso maldoso – Estou amarrado e imobilizado, totalmente a sua vontade. Faça o que desejar comigo.
Ele me olhou de forma que me devorava com os olhos, havia entendido o que queria. Logo e pegou a caixa que estava sobre a mesa e colocou no colo.
- Eu concordo – respondeu – Vou fazer o que você deseja então.
Ele abriu a caixa e de lá tirou uma arma e sem hesitar ele a apontou para mim. Recuei assustado e somente encontrava a parede fria e áspera, eu tentei me soltar novamente, mas as cordas pareciam apertar mais.
Não queria que aquilo acabasse assim.
- Prometa que irá desistir! – ele gritou – Prometa agora!
- Eu não posso, pois eu te amo. – respondi. – Já é difícil aceitar que eu me apaixonei por alguém que eu já conheço, por alguém que foi e é meu melhor amigo, por alguém que eu convivo e vejo todos os dias e não posso fugir. Eu não vou desistir de tudo que lutei, sofri e fiz por amor.
- Então eu posso acabar com seu sofrimento de amor.
Ouvi o estopim e fechei os olhos.
Me levantei assustado da cama. Estava suando e agonizando, minhas cobertas estavam no chão longe da cama e o travesseiro havia sido jogado sob ela.
Foi tudo um sonho. Tão real.
Fui até o banheiro e lavei o rosto. Fitei meu reflexo e refleti. Até meu subconsciente tentava me enganar.
- Eu não vou desistir de você Rodrigues. Não vou!