Capitulo 2

Conto de N T N como (Seguir)

Parte da série O lorde da vingança

Aquela campainha irritante tocava a cada cinco minutos, não tinha um momento de paz. Era um fino e agudo que ressoava no fundo da alma, meu assistente insistia em toca-la a todo o momento, acho que era somente para me irritar pois ele estava somente a uma parede de mim, bastava abrir a porta e me chamar.

Havia uma pilha de papeis sobre a mesa, eram vários casos para resolver, e somente eu naquela delegacia. Sob a mesa estava o distintivo e a pistola carregada, também tinha o jornal do dia, só falavam das mortes recentes e outros assassinatos. Era meu dever achar o culpado desses casos, mas ultimamente eles iam ficando cada vez mais enigmáticos. Tomei um longo gole de café do copo a minha frente, era uma manhã amena naquele escritório, acho que poderia investigar paz por algumas horas e adiantar alguns casos.

A porta da sala de abriu e dela meu assistente surgiu. Ele trazia um telefone sem fio que piscava em uma luz azul, devia ter varias mensagens ali. Ele sorriu e acenou para mim.

- É o comandante – ele disse.

- Mais um caso? – perguntei.

- Perfuração na garganta. Os outros investigadores abandonaram o caso pois não havia como soluciona-lo.

- E o comandante quer que eu o assuma certo?

- Sim senhor – ele disse. – E acharam mais um corpo hoje, o quinto no mês.

- O mesmo modus operanti?

- Perfuração na garganta e, como as outras vitimas, o sujeito era processado por crimes – ele falou - Nesse caso em particular, aliciava menores para prostituição.

Peguei uma folha qualquer na mesa e comecei a anotar. Depois da quinta vitima, todos os olhos estariam voltados para esse caso e agora eu tinha que resolve-lo logo. Se o corpo foi achado hoje, a área estava inalterada, poderia chegar lá antes da pericia e fazer a minha analise.

- Receio que o senhor vai até a cena do crime.

- Não comente nada com a imprensa até eu voltar e pegue a ficha de todas as outras vitimas ou casos parecidos.

Peguei o distintivo e a arma, tinha de ser rápido antes que tivessem todas as redes de tv sobre mim. Sinceramente eu gostava desse trabalho, ganhei uma boa reputação resolvendo os mais complexos assassinatos e esse será somente mais um. Peguei o sobretudo e o vesti, o tempo podia mudar a qualquer momento, logo o celular tocou sobre a mesa e o recolhi rapidamente. Era o comandante.

- Investigador Duncan? – ouvi uma voz rouca do outro lado.

- Já estou indo senhor.

- A pericia irá demorar uma hora para chegar e eu vou distrair os urubus da mídia, quero que resolva isso já que é a ultima esperança.

- Sim senhor – respondi.

- Já passei os dados para o seu assistente e você tem 24 horas para me apresentar um relatório e falar com a imprensa – ele desligou.

Não tinha muito tempo a perder então. Acho que isso já poderia ser tratado como um serial killer, de uma forma indireta era um pouco assustador estar lidando com um assassino. Peguei o carro e sai em direção a cena, meu assistente disse que ficava à cinco minutos, logo chegaria. O transito estava caótico, acho que demoraria mais.

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O limbo era magnifico de uma certa forma, admito que o vazio e o silencio era um tanto triste e depressivo, mas também dava um sensação de liberdade, ao menos para mim.

Sem gravidade, os espectros apenas flutuavam sem rumo, boa parte ficavam inconscientes ou olhando para o vácuo, poucos sabiam o que fazer. Quando entrei na área, um espectro de uma alma logo flutuou em minha direção. Era uma adolescente, uns 15 anos, seu rosto era pálido e tinha um olhar triste, devia ser muito bonita enquanto viva. Vitória foi morta em um centro de prostituição de menores, havia sido sequestrada e foi obrigada a usar seu corpo por traficantes, ela morreu quando não havia conseguido dinheiro o suficiente em uma noite e um idiota a espancou até a vida de esvair.

- Eu vi a alma dele ao longe – ela disse.

- Agora ele terá o que merece – falei.

- Obrigada Kinley, te agradeço por tudo.

Eu assenti e sorri. Sentia pena dela, havia morrido tão jovem e te uma forma tão fútil. Por mim, faria um acordo de vidas, a do assassino pela a da vitima, mas não tenho esse poder.

Ela flutuou para o longe, acho que teria paz e logo iria ao céu. Mas eu ainda tinha trabalho a fazer, todos precisavam de paz... todos procuravam a vingança.

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Era um beco frio e úmido, tinha uma leve garoa sobre mim que deixava tudo mais tenso. Me aproximei do corpo, ele tinha uma expressão de horror no rosto. Havia um hematoma em seu queixo, devia ter levado um golpe forte e bruto que foi o que o derrubou no chão provavelmente. A perfuração no pescoço era funda e aberta, podia ter sido usada uma faca ou espada, algo com uma ponta e lamina bem afiada, seja o que fosse havia estraçalhado a carne e fez o sangue jorrar já que havia uma poça vermelha em volta do pescoço.

Eu me agachei próximo a ele, havia um revolver perto do corpo, não havia balas nele e parecia haver resíduos de pólvora na mão, e como sempre, tinha a numeração raspada. Tirei fotos da arma e do corpo, não podia alterar nada para a pericia. Ao lado da cabeça havia quatro buracos, três do lado esquerdo que parecia ter derretido o concreto e um do lado direito que parecia ter congelado e quebrado o solo. Seria algum ritual do assassino, rapidamente registrei tudo e anotei para comparar com as outras vitimas.

Eu me levantei e fiquei na frente do corpo, me virei de costas e vi a parede negra a uns 100 metros. O revolver estava sem balas então ele havia disparado contra o assassino, o beco era estreito então algum tiro tinha que ter acertado o alvo. Empunhei uma arma imaginaria e apontei para frente.

- Seis tiros – disse – Provavelmente a vitima estava nervosa e deve ter vacilado a mão, então deve haver seis buracos.

Caminhei em direção a parede, havia furos distintos que se separavam por uns três ou cinco centímetros. Com uma pinça retirei uma das balas, ela não estava muito amassada como outras regularmente, então ela havia sido desacelerada e se chocou contra algo, mas também não havia vestígios de sangue. Não havia outra coisa se não fosse o alvo para se chocar e ser desacelerada, e se havia se chocado com o assassino deveria ter levado ao menos um pouco sangue ou causado algum ferimento. Recolhi a bala para analisar, tinha que ter algum vestígio, depois explicaria para a pericia.

- Não mais nenhuma pista – falei em um suspiro – Já vi que terei muito trabalho.

O celular tocou, peguei ele em um dos bolsos e atendi.

- Aqui é o Duncan.

- Senhor? – era meu assistente.

- O que deseja Bruno?

- Achei as fichas que o senhor pediu e mais – ele falou. – Esse caso não único aqui, se espalha por varias cidades e até países sendo que está na lista de não resolvidos da Interpol. Por acaso o senhor entende coreano?

Por países? As possibilidades aumentavam e muito, agora então eu poderia estar lidando com um grupo internacional de assassinos. Eles matavam somente criminosos aparentemente, estariam fazendo a sua própria justiça?

- Senhor? Vou ter que fazer hora extra hoje?

- Sim Bruno, vamos ter muito trabalho.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Ryan Benson em 2015-01-23 11:41:28
0/ ta muito foda cara!! A história tomou um rumo mais de ação, adorei. Mal posso esperar pela próxima cena de morte rsrs... Continue logo, abraço!