A História de Nós Três - 01x03 - "O Acidente"

Parte da série A História de Nós Três

- Gente... apenas gostei da proposta do blog... é um site de Romance Gay... não irei abandonar a casa dos contos... continuarei postando nos dois...

Bom dia moçada... Então ... este conto não acho que não servem para aqueles curtem algo sexual. É um romance, uma história de amor e aprendizado com pitadas de romance gay. É bom relaxarmos e curtimos uma leitura leve. Para entender melhor a história basta clicar no meu nick que está acima e poderá conferir as primeiras partes. Por favor, comentem lá em baixo e dê sua nota aqui em cima. A participação de vocês é essêncial para mim.

"Alguém me ajude?! Liguem para a ambulância. Mas essa agora... será que ela morreu? Moça acorde.."

Ela tentava me dizer algo e eu pedia para ela ter calma que a levaria para um hospital. Falei para algumas pessoas me ajudarem a leva-la ao meu carro. Nem lembro como cheguei ao hospital. Estacionei o carro de qualquer jeito perto da entrada e peguei a menina no colo. Quando cheguei à sala de espera muitas pessoas me olharam, a maioria assustados ao ver uma menina toda ensanguentada em meus braços. Rapidamente dois enfermeiros a levaram para a sala de exames, eu estava coberto de sangue, ainda sem entender muito sentei na cadeira e acabei adormecendo.

- Senhor? Senhor? Acorde.

- Oi? – disse abrindo os olhos.

- Me chamo Doutor Mauricio Elias. Estou cuidando da moça que chegou com o senhor. Gostaríamos de saber algumas coisas dessa moça?

- Doutor na verdade eu não conheço essa menina, a ajudei na hora em que foi atropelada, mas não sei o nome e nem onde mora.

O médico informou que precisávamos encontrar os parentes da tal moça, pois, ela havia perdido o filho, além de estar perdendo muito sangue e precisaria de uma transfusão o mais breve possível. Sem saber o que fazer liguei para o meu irmão, ele não me atendeu. Resolvi ligar para a minha irmã.

- Alô?

- Oi Pati é o seguinte, eu estou no hospital.

- Hospital? Como assim hospital... Pedro? O que aconteceu? – perguntou apreensiva.

- Calma, preciso da mãe e o pai aqui, trouxe uma menina que foi atropelada na rua e estou coberto de sangue, vocês tem que trazer roupas novas para mim. Estou no Elisa Gutierrez.

- Ok. Eu sei onde ficar. Estou indo.

Sentei novamente, encostei minha cabeça na parede e só então me dei conta: “Que médico gato”, o Doutor Mauricio era novo, bonito, alto, branco, cabelos castanhos e olhos castanhos claros, um perfeito exemplar de homem. Eu devia estar muito traumatizado para não reparar nos olhos penetrantes daquele homem. Fiquei pensando na moça tão jovem naquela situação, acabei adormecendo novamente. Acordo com uma gritaria no hospital sabia o que aquele som significava, minha mãe estava na área. Ela correu e me abraçou percebi que toda a minha família estava na sala de espera. Até meu pai todo preocupado comigo. Expliquei a situação e disse que não conhecia a moça e ela precisava de transfusão de sangue.

- Boa noite, são os parentes da moça? – perguntou o Doutor Mauricio.

- Não, são os meus parentes. Doutor existe alguma coisa que possamos fazer? – perguntei.

- Vocês podem doar sangue para a paciente. Pelos exames ela é O negativo. – explicou.

- Eu e meus irmãos somos O-. Podemos doar? – perguntei.

- Claro, me acompanhem. – disse ele entrando em uma pequena porta.

O médico chamou primeiro a minha irmã e a levou para uma segunda sala. Depois de alguns minutos ela voltou e meu irmão entrou. Lá vem meu irmão com uma maior cara de dor, apesar de ser fortão Paulo sempre foi o mais medroso. Doutor Mauricio me chamou e eu entrei na sala.

- Está sendo uma noite agitada não é? – perguntou.

- Sim. Mas quero que acabe bem. Pode tirar. – falei esticando os braços.

- Calma rapaz. Primeiro tenho algumas perguntas a lhe fazer. Você tem que idade?

- 23.

- Orientação sexual?

- Como? – perguntei.

- Pedro, precisamos saber todas as informações possíveis e realizar um exame com o teu sangue. – explicou.

- Eu... eu... sou gay. – falei sem olhar nos olhos dele.

- Ok. Quando foi a última vez que manteve relação com outra pessoa?

- Uns dois meses.

- Ok. Agora coloca o braço aqui em cima. Vou tirar uma pequena quantidade de sangue para fazer os testes. – explicou enquanto atava uma liga no meu braço.

Esperamos alguns minutos e o doutor trouxe os resultados. Os exames mostravam que eu e meus irmãos estávamos aptos a doar sangue. A Patricia me levou para um canto reservado e comentou do médico. Ela disse que ele era um gato e que não havia visto aliança na mão dele, eu ri daquela situação. Minha irmã tinha muitos defeitos, mas o pior de todos é que ela era muito intrometida.

Meus pais e irmãos foram embora, o Doutor Mauricio me levou até o banheiro do hospital para eu tomar uma ducha e trocar de roupa. No caminho fomos conversando sobre algumas coisas.

- Você é um jovem corajoso Pedro. Muitos na sua situação não saberiam como agir. – disse.

- Nossa, você fala como se fosse mais velho do que eu. – falei rindo.

- Tenho 26 anos. Não sou tão velho, mas mesmo assim seu ato de coragem salvou uma vida.

- É eu sou assim mesmo. Salvo a vida de todos menos a minha. – pensei.

- Aqui é o banheiro, pelo o que eu vejo sua mãe trouxe tudo o que você precisa. Deixa eu ir checar meus pacientes. – disse ele.

Não existe nada melhor na vida do que água quente. Relaxa todo o nosso corpo, fiquei uns 20 minutos debaixo do chuveiro sem me mexer, apenas sendo massageado pela água. Me enxuguei e troquei de roupa. Eu não imaginava que o hospital fosse tão grande, eu literalmente me perdi. Uma enfermeira muito gentil perguntou se eu estava perdido. Fiz sinal positivo com a cabeça e ela me levou até a sala de espera.

Novamente o Doutor Mauricio apareceu e me levou até o quarto da moça. Ele me explicou que eu podia dormir melhor já que o lugar era silencioso. Agradeci e ele saiu do quarto. Cheguei perto da cama e pude conhecer a menina desesperada.

Realmente tive que dar o braço a torcer, ela era linda, não havia outra palavra para pensar. Loira, a pela branca, se eu não fosse homossexual me apaixonaria por ela. Havia no quarto uma cadeira muito confortável, peguei o cobertor que a minha mãe trouxe e dormi. No meio da madrugada escuto aquela voz baixa me chamando. Como estava em um hospital, tive medo de abrir meus olhos. Quando juntei coragem e olhei era a moça que havia despertado.

- Oi. – falei me levantando. – Tudo bom? Você não deve estar entendendo nada. Você foi atropelada hoje à tarde.

- Onde... onde estou? – perguntou.

- Você está no hospital Elisa Gutierrez. Como eu disse você foi atropelada e eu lhe trouxe até aqui. – expliquei.

Saí do quarto para chamar o Doutor Mauricio. Ele me acompanhou até o quarto e conversou com a moça. Eu não fiquei para ver a conversa, mas vi o momento em que ela virou o resto e as lágrimas simplesmente desciam pelo seu rosto. Ele segurou a mão dela, disse algumas palavras e saiu.

- Nossa. – disse ele com uma expressão séria.

- Não deve ser fácil. – eu disse.

- Os livros nos ensinam como agir em todos os momentos, mas apenas a vida nos ensina como realizar. – disse ele se despedindo.

Entrei no quarto nas pontas dos pés. E sentei na cadeira da forma mais desconfortável que alguém poderia sentar.

- Keila. – disse a moça. – Ela se chamaria Keila. Hoje à tarde eu estava contando ao pai dela que eu não faria o aborto. Eu lutei contra tudo e todos para ficar com a minha filha. E o que aconteceu? – continuou.

- Olha moça. Sei o que é isso. Lutar por algo que acredita. Mas as coisas acontecem por alguma razão. Tenha fé em Deus. – falei me aproximando e limpando a lagrima no rosto dela.

- O Doutor Mauricio me disse o que você fez por mim hoje. Acho que nem em um milhão de anos vou poder te recompensar. – ela disse.

- Você poderia me recompensar agora, me dizendo seu nome. – falei rindo.

- Luciana Flanstein. E o nome do meu herói, qual é?

- Pedro Augusto. Olha Luciana, ainda precisamos fazer algumas coisas. Um funeral para sua filha. Avisar seus pais ou familiares.

- Meus pais me expulsaram de casa, quando souberam da gravidez. Eu estava morando de favor na casa de uma amiga. – disse chorando.

- Calma. Eu e a minha família vamos te ajudar. Amanhã meus pais passarão aqui para visitar você. Agora vamos tentar dormir um pouco. Tivemos um dia agitado e você precisa mais que tudo descansar. – falei, me sentando na cadeira.

Quando o dia clareou minha mãe e meu pai chegaram ao hospital. Foram ao setor administrativo para saber o que deveriam fazer para realizar o enterro do feto. Depois de resolver a parte burocrática eles conversaram com o Doutor Mauricio para saber se a Luciana poderia participar do funeral. Ele autorizou e pediu para ir conosco caso acontece alguma coisa. Minha mãe sempre falou que a coisa que nunca deve acontecer é um pai enterra o filho. “Essa não é a ordem natural das coisas”.

O dia estava nublado e o vento forte soprava para todos os lados. O enterro foi rápido e logo estávamos no hospital. Expliquei a Luciana que ela passaria mais uma noite em observação e no outro dia iria pega-la no hospital e a levaria para minha casa. Ela chorou muito e agradeceu. Quando eu cheguei no estacionamento escuto alguém chamar meu nome. Era o Doutor Mauricio.

- Pedro... eu. – falou ele ficando vermelho.

- Esqueci algo doutor? – perguntei olhando para a minha mochila.

- Caramba... – disse respirando fundo. – Não tem uma forma fácil de fazer isso...

- Fazer o que?! Foi a coleta de sangue!! Eu tenho alguma doença doutor?!!!

"Fala logo Doutor... eu tenho alguma coisa?!! Isso não pode estar acontecendo"

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

Se tiver dúvidas ou comentários podem enviar para o email:

contosaki@hotmail.com

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2013-01-11 22:31:39
Vc pode me encontrar no meu face: "dill seixas" otima história!!...