Capítulo 7: Reunião de Amigos

Conto de Misteryon McCormick como (Seguir)

Parte da série Paixão Secreta | 5ª Temporada

Tio Roger foi embora no domingo antes quem eu pai chegasse. Eu não disse que ele veio e eu não me interessava em como tinha sido a confraternização. Vanessa tentava conversar comigo, mas eu não dava muita atenção. Eu não queria ter mais contato com eles. Eu queria ser apenas um hospede. Nada mais do que isso. Era quinta-feira, inicio de um novo mês. As semanas se estenderam como nunca. O dia passava rápido porque eu dormia, mas as noites de trabalho estavam tão monótonas.

Acordei ás cinco da tarde para me arrumar para ir ao trabalho. tomei meu banho e desci ás escadas para comer algo e eu tive o desprazer de encontrar Larry.

Não falei nada ao entrar na cozinha. Fui a geladeira e peguei o leite e enchi um copo de bebi rapidamente. Meu pai tinha chegado do trabalho, como sempre, e estava ainda com a roupa do trabalho. Vanessa provavelmente não tinha chegado ainda.

- você não vai falar comigo nunca mais?

- você quer falar com a ‘bichinha chorona’?

- eu já pedi desculpas á você no dia que chegamos. Eu te pedi perdão meu filho. Pedi perdão de joelhos e você continua me ignorando.

- eu desisti pai. Você me trata tão mal. O que eu fiz pra você?

- não é nada, é que ando tão estressado do trabalho.

- eu vivo estressado do trabalho e nunca xinguei ninguém dentro dessa casa. Se eu não te conhecesse eu não acreditaria que um dia você me amou de verdade e disse que faria tudo por mim.

- eu quero voltar a ter esse tipo de relacionamento com você.

- nós nunca vamos ter esse relacionamento outra vez pai. Nunca mais. Não podemos voltar atrás, o senhor não pode retirar tudo o que disse e eu nunca vou esquecer de como eu me senti todas as vezes que você me disse. E eu estou com a consciência limpa porque eu te perdoei inúmeras vezes e você continuou me ferrando constantemente.

- eu prometo reconquistar seu amor e seu perdão.

- boa sorte – falei saindo da cozinha.

Cheguei no restaurante ás seis horas. Bati o ponto e fui direto para trás do bar. Era horário de pico dos trabalhadores saírem cansados depois de mais um dia de trabalho e ir para o bar beber. Era uma puta quinta-feira então trabalharia bastante apesar de não ter dormido quase nada.

Limpei o balcão e servi algumas bebidas. Tocada uma música agitada e alguns jovens chegaram ao local. Servi algumas batidas e uma das garotas com esses jovens veio até mim com algo na mão.

- Mickey! – falou ela com um sorriso.

- sou eu, vai beber o que meu bem?

- uma batida de frutas – falou ela se sentando.

- uma batida frutas tropicais! – gritei olhando para trás.

- será que eu posso? – falou ela colocando uma cópia do meu livro no balcão.

- quer um autógrafo?

- será que você não levará uma bronca por isso?

- claro que não.

- tem certeza? Eu não quer que você se dê mal por um capricho meu.

- tenho certeza. Você quer um autógrafo ou não?

- por favor – falou ela me entregando uma caneta.

- para quem eu devo dedicar?

- Rebecca – falou ela com um sorriso – Rebecca Fisher.

Escrevi uma dedicatória pra ela e em seguida assinei meu nome.

- prontinho – falei fechando o livro e deslizando no balcão para ela.

- obrigada – falou ela abrindo e conferindo – sabe seu livro me ajudou a passar por um momento difícil. Você passou por tanta coisa e ainda sim está aqui.

- é por isso que o livro de chama “Todo o Caminho Até Aqui” – falei brincando.

- sabe, não leve essa critica pro lado pessoal, mas depois de ler o livro a primeira vez eu senti que faltava algo e depois de ler pela segunda vez eu descobri o que falta.

- o que você acha que falta?

- Romance. você não teve ninguém que valeu a pena incluir no livro?

Nesse momento senti uma pontada no peito.

- eu também não entendi a frase que escreveu no final. O que são nove dias?

- é que… me desculpe eu preciso ir lá entro, mas foi bom falar com você – falei tentando ser o mais educado possível.

- obrigado – falou a garota.

Por alguns momentos deixei o bar sozinho e entrei na cozinha onde faziam o drinque a garota. Respeitei fundo por alguns segundos.

- está bem Mickey? – perguntou um dos rapazes na cozinha.

- estou sim, só estou tomando um ar.

- terminei o drinque tropical.

- leva pra mim por favor.

- claro – falou ele levando o drinque e para minha sorte a garota pegou ele e foi logo se sentar com seus amigos.

Tinha me arrependido de colocar essa frase no fim do livro. toda alma que leu sempre que me encontra pergunta o que significa. A única coisa que me deixa mais calmo é que eu tenho certeza de que Adam tenha lido. Sei que valeu a pena coloca-la por causa disso. ele morreu sabendo que eu ainda o amava apesar de na época achar que ele tinha estuprado Marisol.

Voltei ao trabalho e servi alguns drinques. Por um momento não ficou ninguém sentado no balcão e isso na minha visão é má noticia porque sempre que aquele balcão fica vazio significa que muita gente vai chegar e foi o quer aconteceu, mas foi pior do que imaginei.

- olá – falou Vanessa entrando no bar ao lado de Gray e Wilfred, o novo sócio da empresa.

- oi Vanessa. Não vai embora não?

- desculpa – falou ela rindo e se sentando – acabei de chegar e você quer que eu vá embora?

- não é isso é que vocês me pegaram de surpresa. Não vejo vocês aqui no bar faz tempo.

- decidimos vir te visitar – falou Gray.

- que bom, fico feliz que tenham vindo – falei tentando forçar um sorriso. Eu mal conversava com Vanessa e agora ela me aparece com essa? Ela ficava tentando forçar o relacionamento entre meu pai e eu.

- você já conhece o Will?

- na verdade não.

- esse é o Wilfred Farlow. Ele é um dos novos donos.

- verdade, seu nome não me é estranho.

- é um prazer conhecer “O” Mike.

- como assim “O” Mike?

- você é meio que uma lenda lá na empresa. Você devia nos visitar de vez enquanto. Adam pode não estar mais aqui, mas a empresa funciona sob a politica que ele criou. Nós respeitamos muito o legado que ele deixou na empresa. Ele foi um grande empresário e conseguiu tirar a empresa do buraco várias vezes.

- Obrigado pelo convite, quem sabe um dia eu não vou lá visitar…

- vamos todos estar aguardando – falou ele apertando minha mão.

- o que vocês vão querer?

- cerveja pra todo mundo – falou Will jogando uma nota de cem em cima do balcão hoje tudo é por minha conta.

- falou e disse – falou Gray.

Peguei os copos e coloquei cerveja e os servi.

- obrigado Mike – falou Vanessa.

- pena você não poder beber com a gente – falou Will.

- pois é – falei ficando próximo a eles e conversando – eu não beberia nem se eu pudesse.

- por que? Vai dar uma de puritano?

- não é que tive uma péssima experiência com bebedeira e decidi parar de vez.

- deixa de bobeira. Existem experiências boas e experiências ruins, você não pode levar em consideração só as ruins.

- meu deus, o que aconteceu? – perguntou Vanessa.

- isso é uma coisa que nenhum de vocês nunca vai saber.

- dramático –falou Vanessa.

- e ai Mike? Como anda a vida? – perguntou Gray.

- estou levando.

- que bom, fico feliz que esteja tudo bem. Adam ficaria feliz em saber que você seguiu com a vida. Seria o que ele mais queria.

- também acho – falei triste.

- um brinde a Adam – falou Gray levantando seu copo e Vanessa e Will brindaram com ele.

Respirei fundo e deixei eles lá para poder atender a outros clientes. Eu queria sempre tentar pensar em outras coisas que não fosse sobre Adam, mas tudo voltava a ser sobre aquele assunto. Agora eu tinha Vanessa e Gray bebendo e falando sobre isso. Essa seria uma longa noite de merda.

Assim que voltei a atende-los eles mudaram de assunto. Parece que meus pedidos foram atendidos. Já era difícil trabalhar pensando em Adam, era pior ainda trabalhar quando todos só falavam sobre ele.

A única coisa boa que essas conversam proporcionam são algumas lembranças que eu tinha de Adam. Muitas vezes eu duvidei de Adam e do amor que ele sentia por mim, eu sempre pensei que eu fosse só uma aventura e que ele não gostava realmente de mim.

Eu não sei se outros casais passam por isso, mas eu duvidei do amor dele mesmo depois de um ano casados. Eu parei de duvidar o dia em que ele chegou em casa do trabalho, tirou os sapatos rapidamente e se sentou ao meu lado no sofá.

Ele beijou meus lábios lentamente e enquanto eu perguntava porque ele estava sendo tão carinhoso naquela noite ele apenas disse que sentiu minha falta o dia todo. Não conseguiu trabalhar direito porque estava pensando em mim. Esse pequeno ato por mais que pareça insignificante foi pra mim o momento em que percebi que éramos feitos um para o outro. Foi um pequeno ato, mas foi espontâneo, não foi programado. Ele queria apenas chegar em casa e passar um tempo com a pessoa que ele amava.

Viu só porque não gosto de falar sobre Adam? Ao mesmo0 tempo que gosto de lembrar de coisas boas o sentimento que vem depois é aquele sentimento de quando você sabe que nunca terá esses momentos outra vez.

Parei de pensar nesses momentos e voltei a trabalhar. Era o melhor que eu podia fazer essa noite.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Ryan Benson em 2015-02-09 15:07:26
Eu tinha te prometido que iria reler PS, a primeira temporada, e cara, demorou mas terminei hj. Eu adorei saber que terei o prazer de ler a 5 temporada de Paixão Secreta, fiquei muito feliz ao ver o nome da série na página inicial do site e, claro, vim conferir. Não imaginava que o Mike ia se separar do marido e agora está solteiro. Não esperava aquela cena dele com o Xavier... muito menos que ele trabalharia num bar. Uma coisa que eu sempre percebi na vida do Mike, é que ele sempre diz que "finalmente está feliz e que agora aquela felicidade nunca mais iria acabar", é mais ou menos assim. E no final das contas ele sempre acaba infeliz de um jeito ou de outro. Eu me senti triste com a morte do Adam, e mais ainda com as atitudes do Larry, fala sério véi, eu não entendo o porque dessas atitudes, afinal o Mike não fez NADA. Bem, indo ler a segunda temporada de Paixão Secreta! Continue assim, autor, surpreendendo a gente 😊✌
Por BielRock em 2015-02-09 02:13:16
Adorando , que bom que PS voltou . Continua .