Capítulo 22: Constrangedor

Conto de Misteryon McCormick como (Seguir)

Parte da série Paixão Secreta | 5ª Temporada

Depois de tudo o que aconteceu eu decidi esquecer o passado. Eu não tocaria mais nesse assunto e nem no nome dele. Se ele foi embora, ele foi embora. Não faz diferença pra mim. Já que esqueci Larry de vez eu senti que devia incluir Ray em minha vida. Afinal ele é meu pai. Para começar nós fomos até o prédio onde ficava o apartamento que eu iria comprar. Esse passeio me fez ver que nós dois temos muito em comum. Meu pai também, achou que o lugar era muito exagerado. As vezes menos significa mais.

- e então pai? Me diz a verdade. O que achou?

- é um pouco exagerado pra mim. quer dizer…

- eu também pensei a mesma coisa sabe. Muito extravagante para mim, mas eu quero um lugar que eu possa passar o resto da vida.

- você deve ter vendido bem seu livro – falou meu pai falando sobre o valor do apartamento.

- sabe pai… eu estava inseguro sobre gastar o dinheiro.

- que dinheiro?

- Quando Adam morreu eu ganhei 5 milhões do seguro de vida.

- Cinco! Cinco milhões?

- sim.

Meu pai ficou em silêncio por um tempo.

- o senhor está me assustando pai.

- é que cinco milhões é muito dinheiro.

- é provavelmente mais afinal está a mais de um ano rendendo juros no banco.

- eu não conseguiria guardar todo esse dinheiro – falou Ray – eu penso em comprar tantas coisas.

- eu também pensava assim pai, mas quando você ganha o dinheiro da forma que eu ganhei você começa a achar injusto ter esse dinheiro. É como um prêmio que presenteia a dor.

- o que te fez mudar de idéia? Quando você passou um tempo lá em casa você estava mal você até…

- sim. Eu me lembro de ter tomado aquele remédios, mas já passei dessa fase. Eu já não quero mais morrer e não tenho ideias suicidas.

- a quem devo agradecer por essa sua melhora?

- Jerry.

- Jerry é seu namorado?

- é sim.

- fico aliviado em saber que você começou a viver novamente, mas será que você está mesmo bem? quer dizer… eu não… eu tenho medo de ter que passar pelo oque passamos.

- eu não se matar pai. Eu estou bem.

- eu sei, mas é que quando você passar pelo oque passou você pode ter problemas em se envolver com alguém. Ter dificuldade em ser íntimo.

- eu sou intimo de Jerry. Nós já… tranzamos.

- olha isso não é ser íntimo vai por mim. Intimidade é muito mais do que sexo. Você pode fazer sexo muitas vezes com alguém e mesmo assim não ser íntimo.

- eu estou bem pai. Prometo. Eu sou íntimo de Jerry.

- tudo bem, se está dizendo eu acredito.

- ótimo.

Meu pai e eu olhamos o apartamento por quase toda a manhã. Nós andamos por todo o condomínio conhecendo o lugar e tudo o que ele oferecia e depois fomos almoçar.

Depois que nós almoçamos ficamos um pouco no restaurante e meu pai ligou para minha mãe e me colocou para falar com ela ao telefone afinal ela estava preocupada comigo e ficou feliz de ouvir a minha voz dizendo que eu estava bem.

Depois do almoço, por volta dás duas da tarde meu pai e eu passamos no hotel onde ele estava e nós fomos embora para o apartamento de Jerry. claro que ele ficaria hospedado lá. Já estava na hora de Jerry ser apresentado.

- bem vindo ao apartamento do Jerry – falei assim que abri a porta e nós entramos.

- quando é que eu vou poder conhecer esse tal de Jerry?

- em breve. Ele chega do trabalho geralmente por volta dás seis de meia.

- ótimo.

- vou levar o senhor até seu quarto – falei levando ele para um dos quartos de hospedes.

- tem certeza de que ele não Vai se importar que eu fique?

- claro que não.

- vou tomar um banho – falou meu pai tirando a camisa.

- fique a vontade – falei fazendo menção de sair do quarto, mas ele me chamou a atenção.

- vocês estão juntos a quanto tempo mesmo?

- vai fazer cinco meses eu acho.

- você pensa em se casar? – perguntou meu pai tirando a calça.

- claro que não.

- eu não estou dizendo agora e nem com Jerry. independente de quando ou com quem, eu quero saber se você pensa em se casar outra vez.

- eu nem pensei nisso… quer dizer – falei me sentando na cama – eu até pensei nisso, mas não sei se posso.

- porque não? – perguntou meu pai abrindo a mala e pegando uma toalha e se enrolando.

- não sei. Acho que até hoje eu choro e imploro por algo que nunca vou ter. Eu vivo um dia de cada vez assim como me disseram pra fazer, mas eu ainda espero algo que me faça querer viver de novo. Tipo, eu fico esperando chegar no limite até não ter nenhuma maneira de sair ou voltar atrás e então eu vou perceber outra vez que eu estarei perdendo algo que eu não tenho. Não mais. É um ciclo que se repete.

- porque você não se muda para outra estado?

- o problema não é o lugar pai. Sou eu. Onde eu estiver eu vou me sentir aqui. San Diego, Havaí ou Brasil. Seja lá pra onde eu for, vou me sentir do mesmo jeito que estou aqui.

- eu te entendo. Você está certo. A solução não é fugir.

- verdade e não adianta eu tentar apressar minha melhora. Quando eu participava do grupo de ajuda eles diziam que cada pessoa encara o lute de uma forma diferente e passam pelos estágios de uma forma diferente.

- vou tomar um banho, depois continuamos a conversar.

- tudo bem – falei saindo do quarto e indo para a cozinha preparar algo para comer. Enquanto meu pai tomava seu banho eu preparei um lanche para nós dois e enquanto eu preparava a porta se abriu e Jerry entrou.

- boa tarde – falou Jerry com um sorriso.

- olá. Chegou cedo.

- cheguei – falou ele me dando um selo.

- porque veio tão cedo pra casa?

- eu tenho novidades. Eu consegui encontrar alguém para participar da nossa noite.

- sério?

- sim.

- eu tenho novidades também.

- quais?

Nesse momento meu pai fez barulho dentro do quarto.

- que barulho foi esse? – perguntou Jerry confuso.

- Mike vem aqui pra gente continuar – falou meu pai de dentro do quarto.

- continuar? – falou Jerry olhando pra mim – você está me traindo?

- não Jerry.

Ele foi rapidamente até o quarto e abriu a porta pegando meu pai só de cueca vestindo o resto da roupa. Jerry foi pra cima do meu pai.

- Jerry não – falei correndo pra cima de Jerry que me empurrou para trás me fazendo cair do chão.

- a quanto tempo estão juntos? – perguntou Jerry olhando pra mim.

- ele é meu pai. Não é meu amante – falei tentando me levantar – você é um péssimo jornalista.

- seu pai? – falou Jerry tentando se acalmar.

- muito prazer – falou Ray nada contente vestindo o resto da roupa.

- me desculpa eu não sei o que deu em mim.

- você é muito ciumento hein? Achou mesmo que eu ia te trair embaixo do seu teto? – falei me levantando.

- me desculpa Mike, eu nem sei o que…

- pai eu posso conversar com Jerry em particular?

- vai lá – falou meu pai parecendo irritado.

- me desculpa – falou Jerry quando saímos do quarto.

- você é louco? Acabou de atacar meu pai.

- eu esqueci que você tinha dois.

- eu não tenho dois. Só tenho ele.

- como assim? E o Larry?

- desapareceu e disseque não é pra mim procura-lo.

- ele fez isso mesmo?

- esquece – falei respirando fundo – eu não te entendo. Você disse que acabou de encontrar um homem pra fazer sexo comigo enquanto você assiste e você quase mata meu pai pensando que era meu amante. Acho que não vai dar certo.

- me desculpa Mike, é que pensei que…

- eu sei o que pensou. Por isso acho que não vai dar certo.

- vai sim. Eu pensei que ele fosse seu amante. É por isso mesmo que eu escolho a pessoa e não fosse. Você não pode conhecer e nem ter relacionamento. entendeu?

- acho que sim.

- a noite ainda está de pé?

- está sim, agora eu só lamento por você.

- porque?

- aquele é meu pai e ele não prece nada contente. Você precisa reconquistá-lo. A primeira impressão é a que fica, trate de mudar a sua primeira que é quase socando a cara dele.

- OK – falou ele respirando fundo – me desculpa por isso.

- não se desculpe comigo.

- vou lá – falou ele entrando no quarto para conversar com meu pai.

Depois que eles conversaram um pouco os dois saíram do quarto.

- e então? Vocês se entenderam?

- mais ou menos – falou meu pai saindo primeiro do quarto.

- por favor pai, não se faz de difícil. Foi um engano.

- eu sei é que eu ainda estou um pouco irritado por ter um homem em cima de mim tentando me bater.

- porque você não me deu um soco – falou Jerry – bem que eu merecia.

- porque eu sabia quem era você.

- eu realmente sinto muito – falou Jerry envergonhado.

- não esquenta essas coisas acontecem – falou meu pai.

- sério? – perguntei rindo – com que frequência um homem entra em seu quarto quando o senhor está seminu e pula em cima de você?

- não força – falou meu pai – eu só estou tentando ser compreensível.

- obrigado pro entender – falei entregando um sanduiche para meu pai .

- espero que não se importa de eu ficar aqui – falou meu pai para Ray.

- claro que não. O senhor é bem vindo o quanto quiser.

- não se preocupa. Eu só fico até sexta de manhã eu preciso ir embora. Estou aqui desde antes do natal.

- mas já pai?

- sim. Eu preciso voltar para o açougue.

- então, o que o senhor faz aqui todo esse tempo.

- é uma longe história – respondo.

- e qual de vocês vai me contar – falou Jerry.

Sei que foi tenso o que aconteceu, mas foi engraçado ele querendo bater no meu pai pensando oque é meu amante. Ainda bem que ele não tinha uma arma porque se não seria tragédia. Depois de uma cena dessa o que nos resta é apenas rir da situação. Jerry precisa se esforçar muito para fazer meu pai rir.

Comentários

Há 2 comentários.

Por ell em 2015-02-17 12:02:40
Amando!
Por Ryan Benson em 2015-02-15 15:04:09
E eu achando que o Jerry era calmo... Não entendi essa atitude, ele convence o Mike a transar com outro homem, mas explode ao ver o Mike "traindo" ele. Fora isso, eu gostei dos capítulos, Jerry, apesar de ser ciumento como eu vi aqui, é muito fofo. Abraços, continua!