Capítulo 12: Tudo Errado

Conto de Misteryon McCormick como (Seguir)

Parte da série Paixão Secreta | 5ª Temporada

Uma dor tinha me pegado noite passada. Passei a madrugada no sofá chorando por Adam, chorando porque ter conhecido outra pessoa é como admitir que ele não vai voltar. Por mais que seja verdade dói admitir. Me deitei por volta dás seis da manhã e pensei que estaria acordado quando Jerry se levantasse, mas a verdade é que eu apaguei. Finalmente consegui dormir. A noite passa foi boa. Quanto tempo não fazia que eu tinha uma noite tão agradável e divertida quanto a que tinha tido? Mentira. Eu consigo sim me lembrar. Foi com Adam. Fiz sexo antes de Adam, fiz sexo depois de Adam, mas ninguém nunca me trouxe os sentimentos que sentia com ele. Jerry foi o primeiro. Ele era espontâneo e divertido assim como Adam. Depois de tudo o que passei desde aquele fatídico dia eu nunca mais pensei que iria me divertir outra vez.

Me espreguicei com a luz do sol em meu rosto. uma brisa me arrepiou e eu percebi que o ar-condicionado estava ligado e as janelas abertas. Procurei pelo meu celular e vi que ele estar em cima do criado mudo junto com um papel. O celular marcada quase nove da manhã e o papel estava escrito a mão.

Infelizmente tenho que trabalhar. Queria muito estar ai quando você acordasse. A noite passa não sai da minha cabeça. Aproveite a piscina e o apartamento. Te vejo a noite.

Beijos. Jerry.

Me espreguicei com a luz do sol em meu rosto. uma brisa me arrepiou e eu percebi que o ar-condicionado estava ligado e as janelas abertas. Procurei pelo meu celular e vi que ele estar em cima do criado mudo junto com um papel. O celular marcada quase nove da manhã e o papel estava escrito a mão.

Voltei a me deitar na cama e respirei fundo. Que bom que ele não conseguia tirar a noite passada da cabeça porque eu também não pensava em mais nada.

Antes que pudesse me levantar e pensar no que iria fazer o interfone do quarto tocou. Vesti rapidamente uma bermuda que estava no cabide e fui atender.

- bom dia.

- bom dia – respondi animado.

- tem uma garota aqui em baixo. Ela disse que te conhece.

- o nome dela é…

- Vanessa.

- Vanessa? Como diabos ela sabe que eu estou aqui?

- o senhor virá aqui ou posso autorizar a entrada dela?

- eu vou descer. Não deixe ela entrar.

- sim senhor – falou o porteiro desligando o telefone.

- como ela sabe que estou aqui? – falei voltando ao quarto e procurando algo para vestir.

Mesmo que eu não acredite na teoria que meu tio Roger disse, eu comecei a ficar pensando a mesma coisa. Será que Vanessa não é o que parece? Afinal aparentemente meu pai e ela são um casal amável, mas realmente quem vê um casal não sabe o que acontece entre eles dentro de um lar. Eu sou a prova disso.

Não encontrei minhas roupas e fui até o quarto de Jerry e vi elas lavadas e dobradas. Jerry as tinha lavado pra mim.

- esse são os benefícios de ter uma lavadora e secadora – falei vestindo a roupa e em seguida saindo do quarto e descendo pelo elevador.

Tocava uma música agradável que me acompanhou pelo caminho do prédio até a portaria.

- bom dia – falei olhando de um lado para o outro procurando Vanessa.

- bom dia – respondeu o porteiro.

- onde ela foi?

- não sei, ela estava aqui a um segundo.

- Vanessa? – falei saindo da área do prédio procurando por ela, mas na verdade quem estava lá não era Vanessa e sim Rebecca. A fã histérica da noite passada.

- Mike – falou ela com um meigo sorriso.

- que susto. Rebecca? O que está fazendo aqui? Como você me achou?

- eu te segui ontem a noite.

- você passou a noite toda aqui?

- isso é um insulto. Não sou idiota. Eu te segui e depois de ver onde estava eu fui para casa. E agora estou aqui.

- você é louca, se você não se afastar de mim eu vou chamar a policia e pedir uma ordem de restrição contra você.

- por favor, não faça isso – falou ela mais uma vez com meu livro na mão. Me parece que era como uma bíblia pra ela.

- tem algum problema? – perguntou o porteiro – quer que eu chame o segurança.

Olhei para Rebecca uma última vez e respirei fundo.

- eu estou bem. Não precisa chamar o segurança.

- obrigada – falou Rebecca.

- eu converso com você, mas não vou te chamar pra entrar.

- não tem problema, você vai me agradecer depois de conversar comigo.

- é isso que veio fazer aqui? Conversar comigo?

- sim, eu preciso te mostrar algo.

- tudo bem, mas promete não ficar me seguindo depois que eu ver tudo o que você me mostrar.

- prometo – falou ela me entregando um jornal.

- pelo amor de deus – falei devolvendo o jornal.

- você nem viu – falou ela surpresa.

- eu sei que são más noticias. Toda vez que alguém diz “veja essa noticia” ou me entrega um jornal eu descubro um segredo e eu fico mal por isso.

- tem certeza que você não quer ver?

- é noticia ruim?

- infelizmente – falou ela me mostrando a data do jornal. Era de mais ou menos dois meses atrás.

- o que tem essa data.

- ontem quando aconteceu toda aquela confusão eu tive essa coisa na minha mente. Eu sabia que tinha algo errado. Eu vi Jerry e fiquei com ele na cabeça e eu coleciono jornais e eu procurei por casa reportagem.

Ela abriu a página e eu vi a foto de Jerry recebendo um prêmio.

- Jerry recebendo um prêmio?

- vê só o nome? Jeremiah Carpenter Ortíz. Jornalista do San Diego Diary. Ele está recebendo um prêmio por uma reportagem que ele fez ao The New York Times a poucos meses.

- Jeremiah Ortíz?

- sim.

- Jerry deve ser um apelido – falei encarando a foto grafia – ele é jornalista?

- sim. Ele não te contou, certo?

- não. Ele disse que trabalha como contador em uma empresa de seguros chamada ‘Griffin Security’.

- você precisa tomar cuidado com ele. Eu sei o que os jornalistas fizeram a você antes.

- eu sei – falei baqueado. Tinha sido um choque.

- você está bem Mike?

- estou sim é que…

- é difícil né? Descobrir que a pessoa que você gosta está te enganando?

- é sim – falei cabisbaixo – puxa vida Rebecca, eu não… não acredito que fui enganado outra vez.

- vou deixar você em paz, OK – falou ela se afastando.

- obrigado mesmo por isso e me desculpa por ter te tratado mal ontem. Eu realmente não costumo ser tão grosseiro.

- não tem problema. Eu te entendo – falou ela indo embora se despedindo.

Olhei para o jornal e não acreditei que aquilo estava acontecendo. Outra vez. Scott me enganou uma vez e nós fizemos sexo. Ele acabou gravando o sexo e liberando na internet. Ele era um espião. Agora Jerry. Eu devo ser apenas uma matéria de primeira página pra ele. Depois de tudo o que eu disse, depois que me abri com ele. Ele sabe de tudo sobre mim, sobre Adam… tentei não me importar e fui para o apartamento pegar minhas coisas e cair fora daquele lugar.

- o senhor está bem? – perguntou o porteiro quando estava entrando.

- a próxima vez que ela vier eu vou chamar o segurança novamente, OK?

- não precisa – falei ao longe. Eu nem tenho certeza se ele ouviu eu responder. Eu nem ligava, só queria pegar minhas coisas e ir embora.

Voltei ao apartamento de Jerry e peguei minha mochila e peguei meu celular e ao chegar na sala parei por um momento. Era difícil ser enganado uma vez na vida, mas duas vezes… eu não podia acreditar. Antes de sair pela porta peguei meu celular e liguei para Jerry.

Tinha manias de não deixar essas coisas para trás. Eu podia muito bem sair por cima, mas não. Eu tenho essa necessidade de querer tirar tudo a limpo.

O telefone chamou e Jerry atendeu.

- olá.

- oi Jerry.

- Mike? Que bom que ligou.

- você está no trabalho agora?

- estou sim.

- se eu te perguntar uma coisa você me responde com sinceridade?

- claro.

- você é jornalista?

- Um longo silêncio se seguiu e eu só ouvia barulhos no fundo. Fiquei calado esperando a resposta.

- sou sim – falou ele depois de um tempo de demora – como descobriu?

- não importa, eu estou indo embora a cópia da chave que você deixou comigo vai estar na portaria.

- Mike não…

Desliguei o telefone e sai do apartamento. No elevador tocava a mesma música, mas por alguma razão ela já não parecia ser tão boa quanto antes.

Atravessei a área livre até a portaria. Passei pelas piscinas e ao chegar lá entreguei a chave para o porteiro.

- você não vai voltar? – perguntou o porteiro.

- não – falei saindo da portaria e seguindo pela calçada procurando por um ponto de ônibus. Essa é a parte que mais odeio em minha vida. Já até virou rotina ser enganado. Eu já devia ter me acostumado.

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