Assunto de Família | Capítulo 04

Conto de Misteryon McCormick como (Seguir)

Parte da série Assunto de Família

Capítulo Quatro

O ÚNICO HOMEM PRA MIM

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Stephen se sentia culpado pela noite em que tirou minha virgindade, mas o que ele não sabe é que eu o agradeço por ter feito aquilo. No momento em que ele enfiou seu membro duro em mim e me fez gozar como uma cadela ele despertou um sentimento em mim. Foi nesse momento que percebi que o amor que sinto por meu pai ia além do amor de filho. Sempre vi meu pai como um herói e um homem bondoso e humilde, mas mais do que isso. Vejo meu pai como homem. O homem que eu queria pra mim. Eu nunca sou visto com mulher porque sou gay, mas também nunca sou visto com homens porque só quero homens quando sito vontade de tranzar. O Único homem que eu gostaria que se interessasse por mim responde quando eu o chamo de pai.

Sim. Quando pequeno meu pai era meu herói, enquanto crescia me lembrei todos os dias do que vi quando pequeno. Vi meu pai fazer Jesse fechar os olhos e implorar por mais. A admiração acabou se tornando algo ao qual eu não entendia muito bem no começo até que eu tive certeza de que eu podia sentir tesão por um parente. Paixão e Tesão. O único homem ao qual eu queria chamar a atenção é ele. Ele é o único homem ao qual eu me renderia sem pensar duas vezes.

Meu pai é um homem charmoso e imagino que na cama é o tipo de homem que te deixa seguro. Sabe ser carinhoso e safado. Ele tem um metro de noventa, cabelos pretos com alguns fios grisalhos que estão sempre penteados para o lado ou desgrenhados. Não existe meio termo. Ele usa uma barba grisalha em seu rosto. Uma barba grossa ao qual ele apara, mas nunca corta. Seu corpo é largo e forte com alguns longos fios de cabelos no peito. Sua barriga trás alguns cabelos que descem até dentro de sua cueca. Meu pai não é bombado e nem sarado, mas é forte de todo trabalho braçal que fez quando jovem. Suas mãos são fortes e seus braços são peludos. Quando estou perto dele sinto o cheiro dos cigarros que ele fuma, da vodca que ele costuma beber toda noite e da sua colônia Euphoria da Calvin Klein. Que é minha colônia favorita desde que ele começou a usar á alguns anos.

O desejo sexual não é tudo o que me atrai nele. Não é apenas seu corpo que me atrai. Gosto da maneira que ele sorri. Gosto da maneira que ele franzi a testa quando faço algo que ele desaprova. Gosto de como a voz dele sempre soa acolhedora mesmo quando está nervoso e brigando. Admiro-o como homem, especialmente porque ele nunca desrespeitou minha mãe. Nunca vi ele dizer palavrões e nunca o vi ser rude com ninguém. Nem mesmo quando uma veia em sua testa saltava mostrando que ele estava realmente irritado e nervoso. Ele é o meu tipo de homem. Meu pai é meu tipo de homem.

Como disse, tenho impressão de que meu pai é o tipo de homem que é carinhoso e safado na cama. Uma pena que nunca vou saber isso porque apesar de ter feito com Stephen o que quero fazer com meu pai eu nunca na vida teria coragem de tentar nada. E foi por esse motivo que decidi aproveitar a vida e fazer sexo ao máximo, mas nada de namoros. Porque não? Porque me sinto atraído pelo meu próprio pai? O que sinto por ele, eu nunca senti por ninguém e peço a Deus que nunca venha a sentir. Sei que é mórbido, mas o que sinto por ele me aquece a noite e me faz companhia nas noites solitárias onde tudo o que tenho é minha mão esquerda e as lembranças de meu pai com Jesse naquela noite.

Nunca pensei em dizer algo para meu pai porque acho que ele faria comigo o que fez com Stephen. Me botaria fora de sua vida e isso é algo que eu nunca suportaria. Por outro lado eu nunca fiz nada em respeito a minha mãe. Sei que ela o ama apesar de não demonstrar muito e apesar de não gostar dela eu a respeito porque ela ama meu pai. Esse é o único motivo dela estar com ele mesmo depois de ameaçar deixa-lo tantas vezes. Pelo menos eu acredito realmente nisso. Todo o casal briga, mas se ama no fundo e por esse motivo eu nunca nem pensei em fazer algo. Meu pai e minha mãe, apesar da conformidade, se ama.

Depois que Stephen foi embora com o dinheiro que lhe dei eu voltei ao trabalho. Apesar de tudo o que tinha acontecido, envolvendo a vigilância o resto da noite foi bem tranquila. Sem confusões. E quando pensei que pudesse cochilar um pouco, por volta dás três da manhã recebi uma mensagem no meu celular. Era Joe.

Boa noite – Joe

Você outra vez? – Kyle

Não gosta de falar comigo? – Joe

Você não dorme? – Kyle

Eu perguntei primeiro – Joe

Não, eu não gosto. Eu sou educado demais pra te dar um fora – Kyle

Ótimo porque mesmo que você me desse um fora eu não aceitaria – Joe

Sua esposa sabe de você? – Kyle

Essa é uma pergunta idiota, é claro que ela não sabe – Joe

Não se sente mal por fazer ela de idiota? Aposto que quando ela se casou ela jurou a sí mesma que você seria o homem da vida dela. Um homem amável e você está aqui falando comigo tentando conseguir uma chance – Kyle

Chance de que? – Joe

Vai me dizer que não quer nada comigo? – Kyle

Palavras suas, nãos minhas – Joe

Se não quer nada comigo, porque continua me enviando mensagens? – Kyle

Vou continuar conversando com você ate que você esteja implorando por isso… – Joe

Esperei alguns minutos e em seguida recebi uma foto do pênis de Joe. Estava duro e os dedos na cabeça me mostravam que estava melado de esperma. Não sei se existe pênis bonito, mas o dele era bem elegante com a cabeça rosada e o corpo branco.

O que é isso? – Kyle

O pênis que você vai chorar para ter quando eu fizer você se apaixonar por mim – Joe

E você acha que vou me apaixonar por alguém que envia a foto do pênis depois de mais palavras trocadas? – Kyle

Na verdade eu estava na esperança de você me enviar fotos do ânus que vai engolir meu pau, mas tudo bem. – Joe

Você é engraçado. Diz que eu vou me apaixonar por você e depois diz que vou engolir seu pau. Você é tão romântico – Kyle

Nunca quis ser romântico e além do mais duvido que você não se apaixone por mim no momento em que meu membro traçar caminho para dentro de você – Joe

Me desculpe, mas eu já estou apaixonado por alguém. Você não tem chance – Kyle

Enquanto nós dois estivermos conversado, eu tenho uma chance. Do contrário você já teria me bloqueado – Joe

Digamos que você é o meu “plano B”. Você é o mais próximo de um pretendendo que eu tenho ultimamente – Kyle

Ótimo. Não quero saber de você trocando mensagens com outra pessoa além de mim, OK? Nem mesmo com esse cara que você é apaixonado – Joe

Você faz o tipo ciumento? – Kyle

Sou casado á dez anos com uma mulher que eu não amo, sou carente e me apego fácil. Então, sim. Sou ciumento – Joe

Você não deve ter ciúmes do que não é seu – Kyle

Atualmente você é meu plano A – Joe

E você é meu plano B – Kyle

Você faz sexo com o plano B? – Joe

Só se eu tiver certeza de que o plano A não terá resultados – Kyle

É o suficiente para mim  – Joe

Posso te fazer uma pergunta? – Kyle

Quantas você quiser – Joe

Joe é apelido para Joseph ou Joel? – Kyle

Joseph – Joe

Nome bonito – Kyle

Já que eu te respondi á uma pergunta, você respondi uma minha? – Joe

Respondo – Kyle

Você vai ser sincero? – Joe

Vou responder com a mesma sinceridade que respondi todas as suas perguntas até agora – Kyle

Sei que nós nos vimos pessoalmente durante alguns minutos, apenas uma vez, mas com que palavra você descreveria o que viu? – Joe

Fofo, você parece um ursinho de pelúcias – Kyle

Viva! – Joe

Depois de quase uma hora conversando com Joe, por volta dás quatro da manhã decidi me despedir dele e cochilar um pouco. Cochilei até ás seis e meia da manhã. Geralmente espero até ás sete da manhã para poder ir embora, dessa forma eu tenho certeza de que todos do turno do dia apareceram, mas hoje decidi ir embora mais cedo.

Peguei meu carro e fui para casa. Cheguei pouco antes das sete. Estava tudo silencioso. Todos ainda estavam dormindo. Ao entrar na sala decidi pegar uma revista para ler enquanto tomava café da manhã. Em cima da mesa de centro da sala tinha várias revistas de várias editores em um monte. Peguei uma do meio e quando fiz isso alguns envelopes saíram de dentro da revista e caíram no chão. Me abaixei pegando as cartas e vi que todas elas eram destinadas ao meu pai e todas eram do banco. A carta que o banco envia todos os meses com o extrato da conta com todos os detalhes.

Fiquei curioso porque havia pelo menos seis cartas. Porque elas estariam ali? Decidi abrir uma delas ver do que se tratava. Me sentei no sofá e ao abrir peguei a carta que tinha umas dez folhas com todos os detalhes. Olhei de cima até em baixo em todas as folhas e em seguida abri outra carta e fiz o mesmo. Fiz isso com outra e mais outra. Abri quatro cartas e de repente comecei a ver um padrão em todas as quatro e imagino que o padrão continuasse nas outras.

Todos os saques e depósitos eram aleatórios em todas as cartas com valores diferentes. As transações também não seguiam padrões de valores ou datas, mas havia um padrão. Todas as quinta feiras da semana eram feitos saques de três mil. Era doze mil dólares por mês em todas as cartas. Todos na parte da manhã.

Abri as outras cartas e como eu suspeitei o mesmo vinha acontecendo em todas elas. O que mais me intrigou não foi o fato desses saques todas as quinta feiras no último ano, mas que as cartas pareciam estar escondidas. Escondidas do meu pai que provavelmente é tão ocupado que não liga muito para o que acontece na conta. Ele ganha tanto quanto gasta então doze mil não faz muita diferença pra ele durante o mês. Peguei a revista novamente e percebi que era a Fashion’s Attitude. A revista que minha mãe é editora chefe. Ela estava enfiada com outras revistas e eu provavelmente não encontraria se não tivesse escolhido a de baixo para ler.

Pensei em ir direto ao meu pai, mas se minha mãe estivesse fazendo algo errado ela conseguiria dobrá-lo. Meu pai é humilde e acreditaria. Decidi investigar o que estaria acontecendo e depois de analisar ás opções eu só tive uma. Minha mãe estaria roubando meu pai.

Não consegui pensar em outro motivo para aquelas cartas estarem escondidas dentro de uma das revistas de minha mãe. Foi então que decidi investigar o que poderia estar acontecendo. Porque minha mãe roubaria 12 mil dólares por mês do meu pai se ela ganha mais do que isso trabalhando como Editora chefe na Fashion’s Attitude?

Essa foi a primeira questão que veio á minha mente e essa seria a primeira coisa que eu investigaria. Peguei ás cartas e coloquei elas de volta na revista e arrumei tudo como se eu ainda não tivesse chegado em casa. Ao chegar lá fora saí com meu carro e deixei ele estacionado do lado de fora. Apenas esperando minha mãe sair com o carro dela. Esperei por quase uma hora e foi quando o carro cinza saiu pela garagem. Era minha mãe.

Liguei meu carro e a segui de longe. A rua não estava muito movimentada e eu pude manter uma distância considerável dela. Dirigimos por uns vinte minutos e o mais estranho de tudo não foi a distância, mas o local onde ela estacionou. Em frente ao Gilford Hotels. Uma das redes de hotéis mais caros de Los Angeles. Porque ela sairia de casa tão cedo para vir a um hotel.

Estacionei o carro do outro lado da rua a uma distância consideravelmente longe onde eu obtinha uma visão ampla. Foi então que ela saiu do carro e ela entregou a chave para o manobrista que levou seu carro para o estacionamento do hotel. Ela ficou lá parada em frente ao hotel com o celular na mão. Ela conversava com alguém. Os minutos se passaram e ela continuou parada na calçada olhando de um lado para o outro. Depois de uns quinze minutos um carro parou e um homem saiu do carro entregando a chave para o manobrista. Em seguida ele se aproximou de minha mão e eles deram um beijo. Eles se abraçaram e se beijaram novamente na boca antes que o homem, se mostrando um cavalheiro, deixou minha mãe entrar no hotel primeiro.

Aquilo tinha sido estranho, mas nada fora do normal. Eu sempre soube que minha mãe traia meu pai, mas isso não explica os doze mil. Talvez eu estivesse enganado sobre as cartas escondidas. Isso tudo era paranoia minha afinal eu não me dou bem com minha mãe, então fico procurando motivos para odiá-la mais ainda. Especialmente depois dela ter dito na frente do meu pai e seus amigos que ela nunca me quis e tentou me abortar. Peguei meu carro e fui embora para casa tentando tirar isso da cabeça. Era só bobeira minha.

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