O menino da casa abandonada Pt3

Parte da série O menino da casa abandonada

O menino da casa abandonada Pt3

-Pois bem, como eu disse meu nome é Juliano tenho 15 anos e fugi de casa depois que minha mãe faleceu.

-E seu pai ou avôs? Desculpa se não quiser não responda.

-Meu pai me batia muito e meus avôs e parentes também nunca ligaram para mim. Depois de sofrer tanto nas mãos de meu pai resolvi fugir de casa, passei dias, semanas e quase meses caminhando por ai, até que cheguei naquela casa abandonada, lá tinha mais alguns meninos que me batiam me obrigavam a procurar comida para eles e não me davam nada e só me batiam mais.

-E onde eles estavam? Já que não vi ninguém na casa, quando eu ia você sempre estava sozinho?

-Eles se escondiam a hora que você chegava, eles sabiam que você chegava sempre na mesma hora ai quando você sai eles pegavam a comida e me batiam ainda mais, por não fazer o que eles mandavam.

-Porque não me falou nada, eu tinha tentado te ajudar.

-Eles ficavam cuidando, mas ontem eles saíram não me falaram onde fora, mas dissera que se quando eles chegassem não tivesse comida para eles, iam me fazer sangrar.

-Esquece isso tá bom. Vou te ajudar.

-Posso te perguntar uma coisa, falou Juliano timidamente.

-Pode sim você já me contou muita coisa.

-Por que... Vo... Você estava... Esquece!

-Por quê? Vai fala logo, não me importo...

-Por que estava chorando aquele dia lá na casa abandonada.

-Há, minha mãe, ela prefere mil vezes o trabalho do que a mim, fica semanas ou até meses sem vir em casa, ela trabalha em uma cidade vizinha, e eu fico sozinho aqui.

-Você não tem nenhum parente por aqui?

-Só em outro estado e depois gosto muito daqui, lembra-se da minha infância e sem falar que das poucas coisas que lembro do meu pai, foi aqui. Falei com algumas lagrimas nos olhos.

-Desculpa, falou preocupado.

-Mal o conheci quase não me lembro do seu rosto, vivo aqui sozinho sem neguem, sem nenhuma companhia. Pai, cadê você, me ajuda. Falei caindo em prantos.

-Calma, realmente não sei o que falar. Fala Juliano me abraçando por traz comigo sentado na cama.

-Deita aqui na cama comigo. Falou Juliano me puxando para cima e surpreendentemente me fazendo deitar em seu peito, eu imóvel não sabia o que fazer, mas ali fiquei ainda chorando um pouco, até ele começar a alisar meus cabelos.

-Espero que não ache isso muito gay, falou ele.

-Hehehe, dormiu...

Mais tarde quando acordei eu ainda estava deitado em seu peito, mas ele também estava dormindo, fui me levantando devagar para não o acordar, contudo sem sucesso.

-Acordou o Dorminhoco.

-Acho que sim, falou Juliano.

-Pode me chamar de Ju, mano, ou a... Amigão... Hehehe.

-Você também pode me chamar do que quiser, mas Pedro Henrique, não tem muito apelido não, falei entristecido.

-Pedrin, Pedrão, Henry, Rick. Rick! Gostei desse.

-Haha, meu “amigão”. Chega de bobagem, esta com fome?

-Não estou com fome, falou Juliano se levantando da cama com certa dificuldade.

-Esta se sentindo bem? Fala Pedro Henrique.

-Estou sim, vou ao banheiro.

-Ok, vai lá, enquanto isso vou colocar lasanha pronta no micro-ondas para nos comer.

Então fui para a cozinha e coloquei 15 minutos no micro-ondas, arrumei a mesa e chamei pelo Ju só que não me respondeu, deve estar no banheiro ainda, então fui ate o quarto para perguntar se ele queria mais algumas coisa para a janta além da lasanha, mas o encontrei caído no chão perto da porta o banheiro.

-Juliano, Juliano, gritava desesperado colocando sua cabeça em meu colo, Juliano, julianooooooo... O agarrei e levei para a cama e peguei o celular precisava ligar para um medico, o medico da família, se eu ligasse ele viria rápido me atender.

-Alo? Doutor Fernando?

-Sim, quem fala?

(...)

Depois de uma rápida conversa no telefone e após saber quem era minha mãe ele aceitou atender Juliano, e disse que por sorte esta passando perto do meu prédio e em alguns minutos já estava chegando.

(...)

Vamos o levar para o hospital agora fazer alguns exames agora, vou levar no meu carro.

(...)

Dias depois...

Ele estava ali deitado calmamente naquela cama de Hospital, parecia mais forte e mais corado, por causa do Soro que o injetavam na veia, eu como não podia ficar de noite, chegava bem cedo no Hospital e apenas saia depois do anoitecer.

Já fazia mais de quatro dias que ele estava dormindo, e eu sempre ao seu lado segurando sua mão.

-Vai Juliano, acorda, melhora, melhora logo para nos... Ha, por que! Mas eu confio em Deus ele sabe o quanto você é especial para mim, ele sabe como de uma maneira tão rápida se tornasse uma pessoa insubstituível em minha. Você despertou em mim uma coisa que nunca havia sentido por ninguém, nem por mulheres e nem por homens, essa paixão essa vontade de... De lhe ter para mim. Vontade de cuidar de dar carinho, sobre tudo amar. Nunca diria que conheceria alguém tão especial assim na minha vida, e ainda mais em uma casa abandonada, mas eu apareci naquela casa abandonada e conheci um menino lindo, que já era lindo mesmo todo sujo e ficou ainda mais lindo depois de um banho, corte de cabelo e roupas. E que neste quase um mês que nós conhecemos não tiro você da cabeça, nem por um instante se quer, então peço que Deus o abençoe que essa Anemia não seja avançada e que ele melhore logo, preciso dele, ele a única pessoa que já me faz companhia e me ajudou muito a minimizar a solidão.

Algumas lagrimas Rolavam pelo meu rosto nessa hora, mas eu não iria limpa-las, minhas mãos estavam firmemente agarradas nas de Juliano.

Uma lagrima desceu sobre seu rosto e aos poucos foi abrindo os olhos, e recobrando a consciência. Fui correndo chamar as enfermeiras que vieram rápido examina-lo, mas também vieram com o resultado do exame que eu esperava. O resultado poderia dar diversas coisas inclusive uma anemia avançada ou ate leucemia.

-Não importa o resultado eu vou estar com você, sempre. Falei entre meus pensamentos.

Pode falar Dona enfermeira.

-O Juliano, pelo que você me disse Sr. Pedro Henrique, passou muita fome quando ainda estava na rua, e com isso ele foi com o tempo adquirindo uma avançada...

Continua.

Tenho que agradecer a todos os comentarios muitaas deculas, n vou responder agoraa por que a situação aqui ta feia, eu moro no Rio Grande do Sul e como podem ver na tv e na internet a situação ta feia por causa das chuvas e aui onde mora tabem, mas felizmente consegui posta pelo meu celular, amo você e ate breve