O menino da casa abandonada Parte 06
Parte da série O menino da casa abandonada
Juliano: Calma, também não tenho ninguém, dede quando eu... quando eu... Desde que tudo aconteceu.
-Aconteceu o que? Diz Pedro.
-Esquece, não e nada demais não.
-Certeza, se não fosse nada de mais, você com certeza estaria bem longe daqui.
-Desculpa, mas não quero contar, pelo menos por enquanto, tenho medo da sua reação, ainda mais eu aqui morando de favor.
-Vai ser melhor para você desabafar, não vou de colocar pra fora daqui, por nada.
-E que tocar nesse assunto, me faz mal, voltar ao passado, ver o quanto sofri quando aconteceu tudo aquilo e ter que ir morar nas ruas, passando frio, fome, sem falar nas diversas surras que levava. Fala juliano, com lagrimas nos olhos.
-Só quero que confie em mim, assim como confio em você, mas entendo. Entendo que não faz nem um mês que nos conhecemos, e que, ninguém passou tanto tempo comigo, eu sempre fui o excluído, o estranho da sala, aquele que ninguém quer conversar, eu não sou assim e nem quer me dar a oportunidade de mostrar quem realmente sou. Fala Pedro Henrique.
-Eu... Fala Juliano, mas e cortado por Pedro.
-Se em troca eu tivesse uma mãe e/ou um pai em casa que fosse presente e me desse amor, carinho... As vezes me pego olhando pela janela e pensando –Fala se aproximando da janela- ia ser uma queda feia não acha?
-Nem pense nisso, nunca.
-Você não acha que seria bem mais fácil para todos, minha mãe ia poder ir morar de vez na cidade onde ela trabalha, vender esse apartamento e esquecer que um dia eu existi, se é que ainda lembra.
-Você é importante para alguém e esse alguém ia sentir sua falta.
-Ninguém ia sentir falta de mim, olha o que eu sou, um nada, um resto de gente. E quando descobrirem o que talvez eu seja... seja...
-Seja o que?
-Se você souber, vai se afastar de mim, e eu vou voltar a ficar sozinho.
-Não vai ficar sozinho eu não me importo pelo o que você seja, confia em mim?
-Como vou confiar, se nem você confiou em mim para contar sobre o seu passado?
-Desculpa.
-Não precisa, nem eu confiaria em mim mesmo.
-Você tem que se amar como você é, talvez depois disso consiga se entrosar e conhecer novos amigos.
-Você acha que eu não me amava, eu era feliz, no entanto eu fui vendo que ninguém se importava e me ignoravam mesmo assim.
-Mas...
-Mas nada, o mundo e assim, uns merecem e outros só merecem viver na merda.
-Não fala assim, se você esta assim deve ter algum motivo, talvez Deus esteja reservando algo melhor para você mais para frente, quem sabe não encontre uma namorada bem bonita e que te amo como você é.
-Quem disse que procuro uma namoraDA...
-Como assim, não quer uma namoraDA?
-Não quero namorar, já vi que meu destino e viver sozinho, ou não viver.
-Pedro, eu sei que você não quis dizer isso.
-Então o que eu quis dizer em? Se você sabe tanto. Fala Pedro Henrique em um tom bravo.
-Juliano começa a chorar.
-Desculpa, desculpa Juliano, não queria descontar em você.
-Mas descontou, você fica ai, mas tem uma casa para morar e pelo menos sua mãe vem às vezes aqui, e seu pai morreu. Os meus estão bem vivos e me expulsaram de casa a pauladas, mas antes me deram uma surra bem dada, eu era muito estudioso sempre fui um bom filho, mas parece que só em ser .............. destruiu o bom filho em que eu era.
Olá gente, desculpa não ter postado ontem, então vou dividir em Duas partes. Vou postar essa agora e a outra amanha, então vou deixar para responder os comentários do conto anterior no fim da segunda parte, sem esquecer dos comentários deste, que espero que apareçam também, então ate daqui a pouco mais, beijos e comentem. Há não esqueçam de comentar o que seria os pontinhos, de suas opiniões, comentem. Até a 00:00.