A Vida & Morte De Renato - Capítulo 35

Parte da série A Vida & Morte De Renato

Boa Tarde Gente...

Então, hoje serei ainda mais breve que da última vez...

Eu respondi todos os comentários hoje pela manhã, já que acordei mais cedo para isso, e desde que cheguei no serviço eu só tive tempo durante o almoço, que é quando escrevi esse pequeno recado. Mal sentei desde que cheguei e quando eu voltar vai ser ainda pior, então vou ficando por aqui porque o tempo é curto.

Um beijão pra você, e mais uma vez, obrigado por tudo.

Obs: O próximo capítulo será postando amanhã, provavelmente mais cedo, por volta do meio dia, então fiquem atentos. Um beijão.

― joseph: E eu fico feliz por saber disso, muito feliz. Rsrsrs. Uai, procure, quem sabe você encontra, não com as mesmas habilidades especiais, mas talvez você encontre alguém tão bom quanto eles... No mais, obrigado mesmo pelo comentário, e mais uma vez, um beijão e um abração.

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Já dentro do carro de Yan, a caminho do restaurante, Renato permanecia calado, assustado com a visão da noite passada.

Ele rebobinava tudo, inclusive as outras visões que já tivera com Yan, até mesmo as visões de Caled, que jurou ter um homem de nome Yan no futuro de Renato, e tudo aquilo lhe deixou atordoado, sem ter ideia alguma do que estava acontecendo.

― Você se lembra das visões que eu te falei? ― Renato resolve abrir o jogo. Aquilo estava deixando sua cabeça cheia de mais.

― Sim... ― Yan continua dirigindo.

― Me fala sobre elas, só para eu ter certeza.

― Você me disse que Caled teve visões com você desde o começo, desde que ele se tornou imortal, renascente, quero dizer, e que essas visões viam o seu futuro, viam o quanto você ajudaria o mundo. ― Yan estranhava o que estava acontecendo.

― E porque ele teve essa visão? ― Renato queria saber se ele realmente havia entendido tudo naquela conversa que aconteceu quando Yan presenciou seu renascimento.

― Porque você era o escolhido, sei lá...

― Yan, me responde...

― Porque você era o escolhido. Caled só teria visões com o escolhido, e era esse escolhido que teria de morrer por suas mãos.

― E como eram essas visões?

― Você me disse que eram em tons de azul...

― Sim, você se lembra... ― Renato estava muito confuso.

― Porque está me perguntando isso? ― Yan diz ao finalmente parar o carro no estacionamento do shopping.

― Porque eu estou tendo visões.

― O que? ― Yan diz, aflito. ― Renato, não... ― Ele faz com que Renato o encare. ― Você não pode ter isso agora, não posso te perder... Eu sei que você vai morrer quando fizer o que tem de fazer... ― Yan estava realmente aflito.

― Yan, olha pra mim... ― Renato preferiu falar tudo de uma vez e dividir as dúvidas e problemas com Yan. ― Eu ando tendo visões há alguns dias... ― Ele estava com medo.

― Desde quando meu bem? ― Ao ouvir Yan lhe chamar de meu bem, seu coração se cortou, fazendo com que lágrimas viessem a seus olhos.

― Desde quando te vi... ― Renato diz, chorando.

― Eu não entendi... ― Yan continuava a segurar suas mãos.

― Eu... ― Renato não sabia como falar. ― É você nas visões Yan...

― O que? Eu? ― Ele se assusta.

― Sim... ― Renato lamenta, sentindo seu peito apertar.

― Como assim Renato?

― Eu estava em dúvida desde o começo. Naquele dia que te vi pela primeira vez eu tive a primeira visão, o vendo no futuro, só que você era diferente lá, seu olhar era diferente, então eu preferi esquecer, até que você tem aquela recaída, e foi naquele dia que eu vi os seus olhos, os mesmos olhos do homem da visão.

― Renato, para de brincadeira.

― Eu tive outra quando você desapareceu... ― Renato confessa. ― Foi através da visão que eu te achei, não por eu ter te procurado feito doido pela cidade, a visão me mostrou onde você estava. ― Ele olha o olhar chocado de Yan. ― E ontem eu tive mais uma, e nela eu estava com você, debaixo de você, e eu podia te ver sorrir, me perguntando o que a gente faria para comemorar nossas bodas de ouro.

― Bodas... ― Yan fala, se afastando um pouco.

― Cinquenta anos Yan, e isso não faz sentindo! ― Renato grita, apavorado e chorando. ― Não faz! Se você é o escolhido e eu tenho que te matar com minhas próprias mãos, o que ocasiona minha morte logo depois, como eu estarei com você?

― Renato... ― Yan tinha lágrimas nos olhos. ― O que a gente vai fazer?

― Eu não sei meu bem, eu não sei...

― A gente pode assistir a todos os vídeos que o Caled te deixou, a gente assiste junto com atenção para ver se ele deixou alguma coisa implícita neles.

― Pode ser, pode funcionar...

― Não fique assim, por favor... ― Yan se aproxima ao notar o estado de Renato. Ele também estava surpreso, se sentindo estranho, mas ao ver que Renato precisava dele, Yan se esqueceu de si mesmo para ajudar o jovem a sua frente.

― Eu não sei o que faço...

― Vem cá...

Yan tira o cinto de Renato e se aproxima dele, o beijando com carinho e ternura, sentindo o gosto daquele jovem a sua frente. Ele acaricia os cabelos do rapaz enquanto lhe rouba vários beijos, lhe dando carinho e atenção. E a medida que se envolviam, os beijos ficavam ainda mais intensos, mas não a ponto de partirem para o próximo nível, apenas os deixando um pouco acesos, os deixando saber que algo acontecia entre eles, algo extremamente belo, mas esse beijo fora estragado por duas leves batidas no vidro do carro, e no susto, ao se separarem, quase tiveram um ataque do coração, os dois, ao mesmo tempo.

― É, a gente... ― Diz Yan após abrir o vidro, completamente sem graça e sem noção do que fazer em seguida.

― Bom dia pra vocês... ― Diz Pedro, os encarando.

― Está tudo bem? ― Clara pergunta, tentando conter o riso.

― Está... ― Renato estava completamente constrangido.

― O que estavam fazendo? ― Ela provoca, quase não se aguentando mais.

― A gente estava... ― Yan não sabia como encontrar as palavras.

― Se comendo dentro do carro, a gente viu. ― Pedro é extremamente direto. ― Estávamos parados aqui há trinta segundos, não acreditando no que via. ― Ele não parecia alterado.

― Eu fiquei abismada quando vi.

― Vocês viram? ― Renato pergunta.

― Sim, nós vimos Renato. ― Pedro os encara.

― Desculpe, é que...

― Não se desculpe. ― Pedro finalmente coloca um sorriso no rosto. ― Quer que a gente saia para vocês terminarem o serviço ou vão entrar com a gente? Já está na hora. ― Renato sente sua cara cair.

― Meu Deus... ― Yan sai de dentro do carro. ― A mãe já lhe pediu para ser mais discreto e vigiar o que fala. Porque não está surpreso?

― Porque eu estaria? ― Pedro o encara.

― Sei lá. Eu estava com o Renato e... ― Yan é interrompido.

― Yan, isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Se não fosse o Renato, seria outro homem. Eu estou de olho em você tem muito tempo rapaz, toma tenência

― Pedro! ― Yan chama a atenção do irmão.

― Não me enche vai. Já está quase na hora de abrir o restaurante. Vamos entrar, depois vocês continuam.

― Meu Deus... ― Renato ouvia a conversa, extremamente constrangido.

― Ei... ― Clara o chama quando os dois irmãos começam a andar. ― Agora somos meio que cunhadas. ― Ela começa a rir.

― Não tem graça... ― Renato sorri.

― Estou feliz por você. ― Ela sorri. ― Genética maravilhosa. ― Ela disse a última palavra a separando sílaba por sílaba.

― Não entendi... ― Renato diz.

― Você sabe muito bem do que eu estou falando. ― Ela começa a rir.

― Senhor... ― Renato fica ainda mais vermelho.

― Deixa de bobeira Renato. ― Ela puxa o rapaz pelas mãos. ― Vamos entrar.

Já dentro do restaurante, os quatro conversavam sobre o estabelecimento, e foi a deixa para Renato passar a Pedro a placa que ele havia criado para colocar nas mesas reservadas, o que Pedro adorou, já que evitaria mais futuros problemas.

Eles, juntos com alguns funcionários, passaram alguns minutos conversando e pedindo a opinião dos mesmos funcionários sobre como estava tudo, se havia alguma reclamação por parte deles, e ao constatarem que não, Pedro pede para que voltem ao serviço, já que estava quase na hora do restaurante abrir as portas.

Por volta das duas da tarde, quando o movimento do restaurante diminuiu um pouco, Renato parou para almoçar, assim como Yan, então se trancaram na sala do homem de olhos verdes e comeram em paz, durante vinte minutos.

― Está tudo bem? ― Diz Yan ao colocar seu prato vazio sobre a mesa.

― Sim. ― Renato sorri.

― Fico feliz em saber disso... ― Yan se levanta e trás Renato para o sofá no canto da sala. ― Renato, quantas visões você já teve?

― Eu não me lembro... Umas três? Quatro? ― Ele realmente não se lembrava.

― Caled teve cinco visões, você me falou que foram cinco, então ainda temos mais duas ou uma para ver o que realmente vai acontecer.

― Sim...

― Então tenha calma meu bem. ― Ele acaricia Renato. ― Vai dar tudo certo, você vai ver, independente do que acontecer.

― Tomara que esteja certo...

― Eu sempre estou certo. ― Yan sorri outra vez.

― Bobo. ― Renato lhe dá um beijo. ― Agora eu tenho que ir, ainda tenho coisas pra fazer.

― Eu também. ― Yan se levanta e o agarra, o beijando com força, quase que machucando Renato, o deixando sem ar. ― Não poderia deixar você sair sem isso.

― E agora eu vou ter que sair com isso. ― Renato mostra pra ele sua ereção por cima da calça.

― Eu posso acabar com o problema rapidinho... ― Yan começa a desabotoar o cinto de Renato, que bate em suas mãos.

― Yan! ― Ele diz, fazendo com que o homem ria.

― Estou brincando. ― Ele levanta as mãos, se rendendo.

― Não estava. ― Renato sorri.

― Não, eu realmente não estava. ― Ele sorri.

― Eu sabia. ― Renato ri, já se acalmado. ― Agora eu tenho que ir. ― Renato lhe dá um selinho.

― Até daqui a pouco...

Saindo da sala com um sorriso estampado no rosto, Renato dá de cara com Pedro, o que o deixa completamente constrangido.

― Tudo bem Renato? ― Renato conseguia sentir o divertimento de Pedro ao o fazer ficar constrangido.

― Tudo sim... ― Renato abre um sorriso tímido.

― O Yan está na sala dele?

― Sim...

― E ele está vestido? ― Pedro abre um pequeno sorriso.

― Sim... ― Renato fica ainda mais vermelho. ― Só almoçamos juntos.

― Se você diz...

― É sério... ― Renato tenta se explicar.

― Eu estou brincando Renato. ― Pedro sorri. ― Pode voltar pro seu lugar, e não se esqueça de ir até os garçons. Tem dois que estão querendo trocar de horário.

― Tudo bem, eles já me falaram. Vou conversar com eles e ajeitar tudo.

― Tudo bem.

Depois que Renato voltou para a frente do restaurante, ele chamou os dois funcionários que queriam trocar suas folgas e combinou com eles de maneira correta, fazendo a alteração na tabela dos funcionários que estava em seu balcão, e quando eles saíram, Renato passou a organizar todos os pedidos feitos até o momento, fazendo um pequeno balanço do que os clientes mais pediam no restaurante.

Por volta das oito da noite, enquanto Renato estava para lá e pra cá recebendo clientes e os colocando nas mesas, Pedro, Yan e Clara o param no meio do caminho, um pouco aflitos.

― Está tudo bem? ― Ele pergunta, ao olhar para os três.

― Sim. ― Yan diz. ― Minha mãe sofreu um pequeno acidente de carro e está no hospital.

― Nossa! Está tudo bem com ela? ― Renato pergunta, preocupado.

― Sim, foi só um susto. Ela machucou o braço e sofreu pequenos arranhões, nada grave. ― Pedro responde.

― Pelo menos isso.

― Nós estamos indo pra lá agora... ― Clara já estava com sua bolsa no ombro.

― Você fecha o restaurante sozinho? ― Pedro pergunta.

― Claro, não se preocupe. ― Renato o tranquiliza.

― Se eu sair de lá cedo, passo aqui e te pego. ― Yan se aproxima de Renato quando Pedro e Clara esperam na porta.

― Não se preocupe meu bem. ― Renato sorri.

― Eu sempre me preocuparei com você. ― Yan sorri e sem perceber, toca seus lábios nos de Renato, que se assusta.

― Yan! ― Ele fala baixinho.

― Desculpa. ― Yan sorri e dá outro selinho em Renato, que fica vermelho quando nota que alguns garçons e clientes tinham visto. ― Você me promete que volta pra casa bem?

― Prometo. ― Renato sorri. ― Agora vai.

― Tchau. ― Yan sorri e então sai.

Com o tempo passando diante de seus olhos, Renato se ocupou das tarefas de Yan e passou a desempenhar ambos os trabalhos quando um dos fornecedores do restaurante chegou com mercadoria e ele teve que receber, conferir e assinar as notas que lhe foram entregues, e após mostrar aos homens onde deveria colocar as caixas, ele os acompanhou até a saída e os agradeceu pela eficiência.

Voltando ao seu posto, já com o tempo mais tranquilo, Renato descansava um pouco, olhando para o tempo, situação que não durou muito, já que ele teve que recepcionar outro grupo grande de empresários que haviam reservado a ala adjacente do restaurante para uma reunião, o que fez com que Renato selecionasse dois garçons para cuidarem do grupo de vinte pessoas e finalmente voltar para o primeiro piso, onde cliente não para de entrar.

O clima só se acalmou por volta das dez da noite, quando todos já haviam ido embora, deixando apenas dois casais no restaurante, casais que não demoraram a pagar a conta e sair.

Depois de se despedir de todos os funcionários e fechar as portas, Renato começa todo o seu sistema outra vez, corrigindo o caixa, arrumando as mesas, colocando as louças na cozinha e apagando todas as luzes, para finalmente, as dez e cinquenta da noite, sair do restaurante, completamente cansado.

Após fechar a porta de entrada e conferir, Renato caminha pelo shopping até encontrar a saída, onde se despede do segurança e segue rumo ao ponto de ônibus.

No caminho durante o estacionamento, Renato coloca seus fones de ouvido e seleciona uma música em seu celular, deixando com que o som entre em seus ouvidos com calma.

Não querendo ter que dar toda a volta no estacionamento enorme do shopping até chegar no ponto de ônibus, Renato opta por passar em um canteiro central repleto de árvores grandes, caminho que lhe pouparia cerca de quase cinco minutos de caminhada, e tomando essa decisão, ele entrou no canteiro pertencente ao shopping, caminhando com calma, e entre a quase escuridão, entre um passar e outro, ele sente alguém o agarrar por trás, com muita força, e em seguida, algo em seu nariz começa a ser respirado para dentro de seu organismo, e ao se debater, um dos seus fones acaba caindo de seu ouvido, lhe possibilitando, durante a luta injusta, que ele ouvisse as palavras de quem lhe segurava.

― Renato... ― A voz estava muito próxima de seu ouvido. ― Eu andei te observando hoje cedo, e eu sinto muito pelo seu namorado. Prometo que mando flores e condolências para ele depois.

Ao som de uma risada baixa, ele vai perdendo as forças em suas pernas, e sem seguida, em todo o seu corpo, lhe fazendo estar a mercê de uma situação extremamente perigosa, situação que só ocorreu por ele ter pegado um simples caminho errado, e tal situação não poderia ser desfeita, nunca poderia.

Renato agora estava nos braços de um homem forte, a caminho de um porta malas apertado, e ele não sabia naquele momento por estar desacordado, mas estaria prestes a conhecer alguém extremamente perigoso.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Nando martinez em 2016-04-27 20:25:29
Oiiiii nossa eu fiquei mais de dois dias so com café acordado e to morrendo sw sono ai ai ai so passei pra te falar que esta ótimo que n pude comentar a anterior bons sonhos.... Ahhh