A Vida & Morte De Renato - Capítulo 21

Parte da série A Vida & Morte De Renato

Boa Tarde...

Como sempre, estou passando para postar mais uma parte dessa história, que mesmo tendo sido feita em menos de um mês, foi criada com carinho e atenção, e mesmo contendo alguns erros, faz parte de tudo o que se passa pela minha mente.

Agradeço muito a vocês por ainda estarem acompanhando, e prometo que os próximos capítulos serão cheios de surpresas e diálogos que remetem aos meus pensamentos sobre muita coisa, porque mesmo querendo evitar, sempre acabo colocando um pouco de mim em meus personagens, mas em fim.

Um beijão para todos vocês. Fiquem bem.

-- Nando martinez: Sou muito jovem. Hahahahahaha. Sem barba é claro, porque tem gente que me dá 26 anos, mas é só eu tirar a barba para parecer ter 20. E imaginação é uma ótima coisa para ocupar a mente. Hahahahaha. Os vídeos foram feitos antes. Rsrsrs. Beijão.

Tenham uma ótima leitura. Beijão.

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Em meio ao seu sono, Renato começa a se revirar na cama, de um lado para outro, com seu corpo todo molhado de suor.

Em seus sonhos, o jovem conseguia ver um homem de cabelos castanhos e olhos verdes lhe encarando de perto, e de tão perto, isso só o possibilitava de ver seus olhos, parte de seus cabelos e aquele sorriso incrível. Ele falava alguma coisa para o jovem Maitre, que não conseguia decifrar o que é, e após tentar muito, viu que as palavras que saiam da boca do homem a sua frente totalizavam sete letras, formando a sentença ‘Eu te amo’, e logo após ouvir isso em sua mente, Renato abre os olhos, quatro segundos antes de seu celular despertar. Ele então pega o aparelho, desativa o alarme e tira as cobertas de cima de sua cama.

Antes de ir para o banheiro tomar seu banho, Renato decide descer as escadas e ir até a cozinha preparar algo para comer. Ao sair de seu quarto, ele passa a ouvir um barulho estranho, vindo do andar de baixo, e quanto mais se aproximava da escada, mais o barulho se tornava nítido. Ele vinha da televisão, e não era um simples soar de alguma programação aleatória qualquer, e sim de um filme erótico.

Quando o jovem desce todos os degraus se depara com uma cena um tanto quanto surreal e nojenta, seu pai se masturbando. Como o sofá ficava frente a escada, foi impossível não ver aquilo, aquela situação. Renato conseguia ver claramente seu pai se tocando, sem roupa alguma, em cima do sofá, e a sua volta, garrafas de cerveja vazias.

Diante do choque que sofreu, o rapaz não conseguiu se mover. Estava tão fora de si com o que estava acontecendo que não conseguiu desviar os olhos devido ao total espanto. O homem a sua frente nem ao menos fez questão de parar, de se sentir constrangido ou de o xingar, ele apenas continuou, olhando para o filho, que usava shorts curtos de pijama e se encontrava sem camisa, e ao perceber que estava sendo olhado daquela forma, Renato se abraça, como se tentasse se esconder, e infelizmente não conseguiu sair antes de seu pai ter seu pequeno orgasmo, sujando todo o seu peito.

Já na cozinha, o jovem se apressava para preparar tudo a tempo de seu pai aparecer na cozinha, mas durante o preparo do café, como se não tivesse acontecido nada, ele apareceu, ainda sem roupa alguma.

― Você deveria ter pelo menos um pouco de respeito. ― Renato diz, sem olhar para o homem.

― Se incomodou com o que viu? ― Seu pai para ao seu lado, debochando.

― Sim. ― Renato diz.

― Pelo que percebi, você gostou... ― Seu sorriso era estranho. ― Ficou até o final.

― Fiquei até o final porque estava chocado com o que estava vendo! ― Renato grita.

― Eu sei que você quer de novo... ― Ele tenta tocar Renato, que se afasta. O homem estava claramente muito alterado pelo álcool.

― Pedófilo! ― Renato grita ao se afastar. ― É isso que você é, um pedófilo estuprador! Violentou o próprio filho e agora está se insinuando para ele! ― Ele grita, com lágrimas nos olhos. ― Você é um monstro nojento!

― Eu sei que você quer colocar a boca no pai, pode vir, eu deixo... ― Ele se aproxima, cambaleando e tropeçando nas próprias pernas. ― Vem mamar um pouco...

― Não se aproxime de mim!

― Eu sei que você quer Renatinho, vem no papai... ― Seu sorriso escroto ainda continuava.

― Sai! ― Renato pega o batedor de carne no balcão e ameaça seu pai, mas é em vão.

Com o objeto de madeira em mãos, Renato tem seu braço segurado e é imobilizado, sendo pressionado contra o balcão de granito escuro. Ele conseguia sentir o membro duro daquele homem o pressionando, e tentava juntar forças, em meio ao choro, para se livrar dele, e num súbito momento de desespero, ele bate a parte de trás de sua cabeça no nariz de Rodolfo, que cambaleia para trás e empurra Renato com tudo contra o balcão, abrindo um corte enorme na cabeça do rapaz, que mesmo sentindo muita dor, se levanta em segundos se colocando de frente para o homem nu a sua frente.

― Você não pode me machucar mais... ― Tonto, Renato diz para o homem a sua frente a medida que o corte em sua cabeça se fechava, lentamente. ― Você não pode fazer mais nada para me machucar! ― Chorando, Renato grita.

― O que... ― Entre o nariz minando sangue, o álcool no organismo e a visão que estava tendo da testa do filho, o homem ficou atordoado, sem entender nada.

― Eu não sou forte como você, mas eu não posso sofrer mais nada! ― Ele grita, empurrando o peito do pai, que vai ao chão com tudo. ― Fica no chão seu porco imundo! Seu pedófilo! Estuprador de crianças! Eu tenho nojo de você, nojo! Você ainda vai pagar por tudo que fez, e não vai ser com a morte, e sim na cadeia, quando for estuprado por todo mundo e virar a mulherzinha deles! Que ódio! ― Renato grita, extremamente alterado e então sobe as escadas, correndo.

Debaixo do chuveiro, ele esfregava sua pele com a bucha vegetal e sabonete, desejando com todas as forças que o cheiro horrível daquele homem saísse de sua pele. Era visível que ele estava se machucando. Sua pele estava vermelha devido ao atrito, e ele queria se machucar, mas não conseguia, pois sua derme voltava ao normal em milésimos de segundos, e isso o deixou ainda mais desesperado.

― Que merda! ― Ele joga o sabonete e a bucha com tudo no espelho do banheiro, o quebrando em dezenas de pedaços. ― Eu te odeio Caled! Eu te odeio por ter feito isso comigo!

Renato começa a chorar e não consegue parar mais. Seu corpo estava no chão sujo do banheiro, encolhido, tentando raciocinar, encontrar uma solução para tudo aquilo, mas sua mente era incapaz de trabalhar para fazer aquilo acontecer.

Após passar vinte minutos naquele chão imundo, Renato havia se levantado e trocado de roupa. Ainda teria que ir para o serviço, mesmo não estando com cabeça para tal coisa.

Já no ponto de ônibus, era como se ele estivesse desligado, se ausentado do mundo. A vida toda ele procurou respostas para o que acontecia, e nunca as teve, e nesse momento, ele procurava respostas para o que acontecia naquele instante, naquela etapa da sua vida, e ainda não havia encontrado.

Quando parou em frente a porta do restaurante, com a chave em mãos, ele não sabia se estava preparado para um dia de trabalho, mas temendo desapontar Pedro e Clara, ele colocou um falso sorriso no rosto e entrou, dando de cara com alguns dos cozinheiros e garçons, conversando e rindo de alguma coisa.

― Bom dia flor do dia ensolarado... ― Vitor, o garçom gay diz, sorrindo.

― Bom dia... ― Renato força um sorriso, tentando o deixar mais real possível.

― Dormiu bem querido? ― Vanessa, uma das cozinheiras, pergunta.

― Dormi sim Vanessa, e você? ― Renato pergunta.

― Dormi bem também. Pronto pra mais um dia?

― Claro! ― Renato sorri.

No momento em que o restaurante abriu as portas, Renato se pôs a trabalhar como nunca antes fizera. Recebeu todos os clientes com um sorriso no rosto, os encaminhou até suas mesas. Resolveu alguns problemas de horários entre dois funcionários que queriam trocar. Serviu mesas devido ao constante movimento do estabelecimento. Conversou com alguns clientes, os acompanhando porta fora e lhes desejando um ótimo dia. Limpou mesas que se sujaram de comida e/ou suco e água.

Foi um dia tão movimentado que Renato se assustou quando olhou para o relógio na parede e viu que já eram seis da tarde. Ele nem sequer havia parado para almoçar, havia se esquecido por completo. O jovem estava ausente para tudo naquele momento, exceto o trabalho, que ocupava toda a sua mente e tempo.

― Renato... ― Pedro chama ao ver que o jovem está pra lá e pra cá como um doido. ― Renato. ― Ele chama quando Renato passa ao seu lado, sem ao menos ver, com um prato de comida em mãos. ― Renato. ― Ele para na frente do jovem, que tromba em seu peito forte.

― Pedro? Oi, desculpa... ― Renato se ajeita e encara o chefe.

― Está tudo bem? ― Ele pergunta, preocupado.

― Está sim, não se preocupe.

― Problemas em casa? ― Ele pergunta, e Renato demora a responder.

― Sim, mas não se preocupe com isso, você sabe que eu consigo trabalhar, sempre foi assim. ― Renato só queria naquele momento continuar com a correria.

― Sim, eu sei que consegue, mas não quer dizer que deve trabalhar.

― Eu sei, mas eu prefiro ocupar minha cabeça com o trabalho.

― Por mais que você esteja fazendo um excelente trabalho, é bom descansar um pouco. Vai tomar uma água, almoçar...

― Não, não precisa, sério mesmo. ― Renato sorri.

― Renato, você larga serviço as oito hoje, para não fazer tanta diferença em seu horário. ― Ele olha para o relógio em seu pulso, que já marcava sete e meia.

― Não Pedro, eu dou conta.

― Eu sei que sim Renato, mas você vai largar as oito e não vai reclamar. Eu fecho o restaurante.

― Pedro... ― Renato tenta argumentar.

― Pare de reclamar. ― Pedro deixa o jovem falando sozinho e sai.

Voltando o trabalho, Renato continuava correndo de um lado por outro, suspirando enquanto fazia tudo o que conseguia em curto espaço de tempo, e foi quando Pedro estreitou os olhos para ele que Renato soube que era a hora de parar.

― Vai embora. Não quero mais ver sua cara aqui hoje, é serio. Você precisa descansar um pouco. ― Pedro se aproxima, com os braços cruzados.

― Aonde ele vai? ― Pergunta Yan ao se aproximar, e aqueles olhos verdes ainda deixavam Renato extremamente confuso.

― Pra casa. Renato só volta amanhã. ― Pedro diz, sem olhar para o irmão.

― Você pode aproveitar e ir a igreja comigo. O culto começa em meia hora. ― Yan fala, fazendo com que o irmão o olhe com cara de interrogação.

― Culto Yan? ― Pedro pergunta.

― Eu estou indo aos cultos agora. O pastor disse que é importe para a minha recuperação.

― Se você está dizendo... ― Pedro diz. ― Fora. ― Ele sorri para Renato, apontando o dedo para fora.

― Até amanhã. ― Renato sorri.

― Até. ― Pedro também sorri.

― Me espera, vou pegar meu celular e as chaves do meu carro. ― Yan sai.

― Sendo sincero com você, eu prefiro meu irmão como ele era antes, não esse acéfalo ambulante que só fica falando de igreja. Deus que me perdoe, mas isso é doença... ― Pedro diz e depois vai conversar com um dos clientes que havia o chamado, deixando Renato sozinho.

― Pronto? ― Yan pergunta, sorrindo.

― Não sei se eu devo ir Yan. ― Renato fala.

― Você vai gostar, eu tenho certeza. ― Yan sorri, e Renato não via verdades naqueles sorrisos, e sim algo falso, algo que forçava Yan ser daquela forma.

― Tudo bem.

O único motivo pelo qual Renato aceitou aquela proposta é por saber que Rodolfo estava de folga, desse modo, quando ele chegasse em casa, cedo, iria se deparar com o homem, e não queria ter que enfrentar tudo naquele momento. Ele precisava ficar fora de casa, e não tendo alternativa, acabou por aceitar o convite, mesmo tento quase certeza que não gostaria, resolveu ir, para pelo menos ter algo para firmar seu pensamento sobre a igreja evangélica, algo que até agora ele não tinha.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Nando martinez em 2016-04-01 21:02:19
Vc usa barba? Kkkk parece mais velho? Me imagino vc com uma barba meio longa e camisa xadrez :P é até engraçado! Mas sobre o capitulo de hoje vc se superou com aquela cena na cozinha <3 eta esse três ai parece uma bundinha kkkk mas ta! E esse Yan? Ta muito estranho isso! Ai vai e é um culto satânico (brincadeira)