A Vida & Morte De Renato - Capítulo 14

Parte da série A Vida & Morte De Renato

Boa Tarde...

Eu queria agradecer a todos vocês pelas visualizações, comentários e tudo o que estão fazendo por mim. Não vou mentir e dizer que sem seus comentários eu não postaria mais a história porque eu estaria mentindo. Mesmo se não houvesse nenhum eu continuaria postando, porque eu comecei, então irei terminar, então...

Agradeço muito mesmo ao carinho e atenção, e mais uma vez, obrigado.

― diegocampos: Sim, Renato finalmente está acordando para uma nova vida, e pela primeira vez, começa a ficar feliz por estar respirando... Sim, eles são bons e deram a Renato uma oportunidade única e incrível... Sobre Renato e Pedro, quem sabe... Hahahahahahaha. E segunda chegou rapidinho. Rsrsrs. Obrigado por tudo.

― Nando martinez: Hahahahahaha. Entendi, mas o pênis não é um órgão vital, então... Hahahahaha. Sim, ele finalmente começou a acordar, e isso é apenas o começo, porque muita coisa ainda vai acontecer. Sobre a casa, você vai ter que esperar para ver, porque se eu ficar contando tudo, ninguém mais vai ler a história. Hahahahahahaha. Pois é. Dizem que temos que respeitar pai e mãe, mas nem todos eles merecem respeito, e Rodolfo é exemplo vivo disso. Se eu fosse o Renato eu já tinha dado uns tapas no meu pai... Imortal é uma palavra realmente muito forte, e como eu disse, não sei se a usaria para descrever o personagem, mas em fim... Adorei o rejeitado pela morte. Rsrsrs... E não se preocupe, a vida dele vai melhorar com o tempo... No mais, um beijão, e obrigado.

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Quando Clara e Renato voltam, Pedro já estava com todos os novos funcionários na área do restaurante, apenas esperando para que Clara e Renato chegassem.

― Demoramos? ― Ela pergunta, com três sacolas nas mãos.

― Não. A reunião está marcada para daqui a dez minutos. ― Pedro sorri.

― Já estão todos aqui? ― Ela pergunta.

― Sim meu bem.

― Acho que podemos começar então... ― Ela fala. ― Coloque as sacolas no chão Renato. ― Ela sorri.

― Tudo bem.

Então todos se aproximam, fazendo um círculo. Pedro estava ao lado de Clara, e ambos sorriam, assim como os novos funcionários, inclusive Renato, que estava do lado direito de Pedro.

― Bem, para começar, eu estou extremamente feliz por estar começando essa nova etapa em minha vida, por ter conseguido essa nova conquista, conquista a qual não poderia sequer pensar sem a ajuda da minha esposa, Clara, que esteve comigo desde o começo, desde antes do meu primeiro restaurante. ― Ele diz.

― Eu também estou extremamente feliz e realizada por fazer parte da vida desse homem incrível, que apesar de ser ignorante as vezes, é um excelente marido, e um excelente patrão, não se preocupem. ― Os funcionários sorriem.

― Bem, vou ser direito ao assunto e ditar algumas regras. ― Ele para por alguns segundos. ― Todas as seguintes são de extrema importância, então não pensem que a última é menos importante que a primeira, fui claro? ― Ele pergunta.

― Sim. ― Todos dizem.

― Eu não as apliquei no outro restaurante, e me arrependo amargamente por isso. ― Ele fala. ― Para começar, eu não aceito desrespeito, seja entre os funcionários ou entre funcionários e clientes. Para mim, isso é incabível. Outra coisa. Não aceito grosseria, e novamente, seja ela entre os próprios funcionários ou entre vocês e os cliente. Fui claro?

― Sim. ― Todos dizem outra vez, inclusive Renato.

― Qualquer tipo de descriminação ou preconceito, seja ele racial, sexual ou religioso, causará a imediata demissão. Não vou aceitar isso aqui dentro, então, se algum de vocês por um acaso ter a mente fechada e se incomodar com isso, saia, porque se ocorrer comentários do tipo, se eu ouvir algo, será mandado embora na hora. Fui claro?

― Sim. ― Todos respondem outra vez.

― Para não cometer a mesma merda de antes, para não causar desconforto e não gerar comentários preconceituosos, eu fiz questão de expandir meu leque de escolhas, então podem ver que vocês têm companheiros de trabalho das raças mais variadas possíveis, de sexualidades que diferem da sua, de religiões que não são as suas, e eu exijo extremo respeito quanto a isso. Não estou fazendo isso para ficar bem aos olhos dos outros, estou fazendo isso porque não suporto mais a situação do meu outro restaurante e não quero que isso aconteça aqui, de jeito nenhum. Estão entendendo?

― Sim. ― Todos dizem.

― Agora para os garçons... ― Ele olha para algumas pessoas no círculo. ― Saibam o seu lugar diante do cliente. Sei que há muita pessoa má educada nesse mundo, que há pessoas mesquinhas e aquelas que desdenham do próximo, mas eu não quero, em nenhuma circunstância, que vocês faltem com respeito a essas pessoas, mesmo elas sendo idiotas. Se tiverem problemas com um cliente, comuniquem a Renato que ele cuidará disso. ― Pedro olha para Renato, que disfarça o nervosismo. ― Um recado para as pessoas que trabalharam na cozinha, sem gritaria, por favor. ― Pedro olha para elas. ― Sei que a cozinha é um ambiente estressante para vocês, mas, por favor, mantenham a harmonia entre si, e sem levantar a voz. ― Ele olha para outros funcionários. ― Aos demais funcionários, seja você responsável pela limpeza do local ou pelos vinhos, tenho certeza que sabem como desempenhar bem a sua função, então não há nada a declarar. Alguma pergunta?

― Não. ― Todos respondem.

― Ótimo. Todos vocês já se conheceram, já se familiarizaram, mas o Renato ainda está de fora... ― Ele coloca uma de suas mãos no ombro do jovem. ― Ele trabalha comigo há mais de um ano. Estava em meu outro restaurante, como garçom, e por ele ser de confiança, resolvi o trazer pra cá. Digam oi para ele.

― Oi Renato. ― Todos dizem, sorrindo, e Renato achou estranho o fato de todos serem tão verdadeiros e simpáticos.

― Oi. ― Ele diz sorrindo.

― Ele será o Maitre do restaurante, o responsável pelos garçons, pela cozinha. Será responsável por, junto com o gerente, organizar o horário de vocês, e claro, receber e acompanhar os clientes até a porta. E também será ele que irão procurar caso tenham algum problema, seja ele com um cliente ou com um outro funcionário. Tudo bem? ― Todos respondem juntos. ― Ótimo.

― Eu sei que todos nós iremos fazer um trabalho incrível, nos tornando, quem sabe, o melhor restaurante da cidade. Sonhar nunca é de mais né. ― Clara sorri, assim como os outros.

― Ela está certa. Eu sei que todos vocês são capaz, inclusive de cumprir minhas regras, então eu tenho a total certeza de que o nosso trabalho, os seus trabalhos, farão desse restaurante o melhor. Posso contar com todos vocês?

― Pode. ― Todos dizem, sorrindo.

― Maravilha. ― Pedro diz.

Depois de tudo isso, Pedro deu espaço para que os funcionários se conhecessem. Todos eles se juntaram e começaram a conversar, trocando nomes, idade, em que bairro moram, e por incrível que pareça, todos se deram muito bem, e logo começaram a se tornar íntimos um do outro.

― Oi, meu nome é Vitor, tenho vinte e dois anos, sou gay e serei um dos garçons. ― O jovem de pele negra se apresenta, recebendo sorriso de todos.

― Oi Vitor, é um prazer. ― Todos dizem.

― Então, meu nome é Vanessa, sou casada há oito anos, tenho duas filhas lindas e serei uma das cozinheiras. ― A mulher diz, recebendo sorrisos de todos também.

― Meu nome é Roberto, tenho trinta e cinco anos, sou casado há quinze, três filhos, sou um dos cozinheiros e acho que isso está parecendo uma reunião dos alcoólicos anônimos. ― Todos começam a rir, inclusive Renato. ― Sim, eu já fui em algumas. ― Ele sorri.

― Bom dia... ― Uma mulher de aparentes cinquenta anos diz. ― Meu nome é Dulce e serei uma cozinheira também. Recentemente perdi o meu marido para o câncer.

― Oi Dulce... ― Todos dizem.

As apresentações continuam. Os outros garçons se apresentam, assim como as pessoas responsáveis pela faxina e o homem responsável pelos vinhos do restaurante. Todos se pronunciam, deixando Renato por último, e mesmo estando com um pouco de vergonha, sabia que deveria se apresentar.

― Oi... ― Ele diz, ainda tímido. ― Meu nome é Renato, tenho dezoito anos e serei o Maitre aqui do restaurante. É... ― Ele faz uma pequena pausa, tomando coragem, pois seria a primeira vez que ele falaria isso pra alguém. ― Sou gay, e recentemente perdi alguém de muita importância na minha vida. ― Ele se lembra do Leandro, fazendo seus olhos brilharem.

― É um prazer te conhecer Renato. ― Dulce, a cozinheira que perdeu o marido o cumprimenta.

Depois que todos se apresentaram e se conheceram, Pedro os dispensa, deixando apenas Renato ali, que ainda tinha algumas coisas para aprender sobre sua nova função, e foi Clara a responsável por isso.

― Você sempre ficará aqui. ― Diz Clara ao se posicionar atrás de um pequeno balcão de madeira. ― O cliente entrará por aquela porta e você irá sorrir para ele. Sei o quão difícil é sorrir quando não se está em um bom dia, mas as pessoas não tem culpa disso, esteja ciente desse fato.

― Tudo bem. ― Renato diz.

― Você os receberá com um sorriso no rosto e os acompanhará até a mesa disponível. Iremos trabalhar com reservas também, então você terá um telefone nesse mesmo balcão e será responsável por marcar tais reservas e as anotar em uma agenda, e então, quando o cliente chegar e dizer que tem reserva, procure na mesma agenda o nome dele e o encaminhe até a mesa. Entendeu?

― Sim. ― Renato sorri.

― Ocasionalmente, quando não houver um cliente para entrar, você fará uma ronda por entre as mesas, sondando se está tudo bem, e perguntando aos clientes, aqueles que estão de boca vazia, se precisam de alguma coisa, e se precisarem, comunique ao garçom para que o pedido seja atendido.

― Pode deixar.

― E outra coisa Renato, sempre de cabeça erguida, sem olhar para os pés. Você deve se manter confiante o tempo todo. Você será a entrada do restaurante, você será a primeira pessoas que os clientes irão ver, então sempre se mantenha bem apresentável a eles, sempre sorria, sempre os trate com educação e seja cordial.

― Tudo bem.

― Não é tão difícil, é? ― Ela pergunta.

― Não muito. ― Renato sorri. ― Estou tendo mais dificuldades em decorar o cardápio e os nomes dos funcionários.

― Isso você faz com o tempo, mas o que eu te disse aqui você precisa estar dominando logo na inauguração. Acha que consegue?

― Eu consigo. ― Renato estava confiante.

― É muito bom saber disso. Pedro estava certo, você é perfeito para essa função, e se um cliente safadinho cantar você, saia da situação com classe viu. ― Ela gargalha, deixando Renato sem graça.

― Pode deixar. ― Renato sorri.

― Ótimo. Agora vou te passar para o Pedro outra vez. ― Clara diz.

Depois que Renato e Pedro começam a acertar os últimos detalhes, o tempo parece fluir ainda mais rápido. Eles conversavam sobre os horários, sobre o cardápio, sobre os funcionários e tudo parecia ir muito bem, e estava indo.

― Então Renato, eu vou te passar os cardápios para você ir estudando e te passarei também a lista de funcionários, com fotos em anexo, assim você aprende o nome e função de todo mundo antes da inauguração.

― Até lá já vou ter aprendido tudo, não se preocupe.

― Se puder, se atente aos preços também. É bom decorar pelo menos algumas coisinhas, assim você transmite segurança e confiança ao cliente.

― Tudo bem Pedro.

― Já ia me esquecendo. Como você mora mais próximo ao shopping, vou ter que trocar o seu cartão de passagem, já que a linha de ônibus que você irá utilizar agora é local.

― E quando eu receberei o cartão?

―Agora. ― Pedro sorri. ― Já dei aos outros funcionários, só faltava você.

― Obrigado. ― Renato sorri.

― De nada... ― Pedro se levanta, e Renato também. ― Eu tenho que dar uma saída com a Clara agora. Um de nossos fornecedores quer nos encontrar para uma última reunião, e como meu irmão está para chegar, eu preciso que você fique aqui.

― Tudo bem.

― Caso não se lembre, eu o coloquei como gerente aqui, uma fase de teste, e se ele aparecer por aqui antes de eu chegar, o coloque a par do que já falei aqui hoje. Pode ser.

― Claro que sim.

― Ele tem a chave do restaurante, então não se assuste se ele já chegar entrando sem nem ao menos se pronunciar.

― Tudo bem Pedro.

― Agora eu vou... ― Diz ele ao encontrar Clara olhando algumas coisas no balcão.

― Daqui a pouco a gente volta Renato. ― Clara diz.

― Até daqui a pouco. ― Renato responde.

Depois que os dois saem, Renato volta a se sentar e a analisar o cardápio e os nomes dos funcionários.

Realmente, para Renato não estava sendo um bicho de sete cabeças.

Sobre a questão de decorar nomes, pratos e preços, realmente era menos complicado do que se tornar uma pessoa mais confiante que não olha para os pés a todo o momento. Isso para ele que era difícil, não o trabalho em si.

Dando um tempo longe dos cardápios, Renato passeia pela cozinha, se familiarizando com o ambiente. Fuçou gavetas, mexeu nos armários, ascendeu e desligou os fornos e fogos no fogão, abriu e fechou geladeiras e freezers. Ele fez questão de conhecer tudo para pelo menos ter uma ciência das coisas ali.

Com a medida que o tempo passava, Renato se sentia ainda mais familiarizado com o lugar. Já havia entrado no banheiro, na dispensa, na cozinha, na adega, na área dos funcionários, Renato já havia ido a todos os lugares daquele restaurante e decorado todos os ambientes, assim como os nomes dos funcionários, que não eram tantos.

Quando ele estava voltando para a frente do estabelecimento, Renato leva um susto ao se deparar com um homem parado ali. Ele devia ter por volta dos vinte e cinco anos. Trajava uma calça jeans preta e uma blusa de manga comprida. Os pelos castanhos no seu peito podiam ser vistos através da gola aberta de sua camisa branca de algodão. Ao longe se podia notar seus olhos verdes e seus cabelos castanhos, e devido a semelhança com Pedro, Renato julgou sendo o irmão de seu chefe, e passado o susto, ele se aproximou, sorrindo, com uma certa timidez estampada em seus olhos.

― Oi, meu nome é Renato... ― O jovem estende as mãos.

― É um prazer Renato, meu nome é Yan. ― O rapaz de olhos claros e voz firme aperta a mão de Renato, que se vê perdido.

Tudo é muito rápido. No momento em que o homem de cabelos castanhos e olhos verdes toca a mão de Renato, tudo se torna azul. Era como se a visão do jovem tivesse entrado em um túnel do tempo, onde ele passava por uma espécie de ciclone infinito rumo ao desconhecido, e quando ele viu com mais clareza, estranhou a situação.

Naquele filtro azul, Renato conseguia se ver na companhia de um homem, ambos sorrindo em meio a muita gente. Eles pareciam importantes por ali, já que várias pessoas os procuravam, já que várias pessoas lhe pediam ajuda, e sorrindo, sem nada a cobrar dos desafortunados, ambos os homens ajudavam, e no momento em que o jovem Renato virou o rosto naquela bela sépia azul, ele conseguiu enxergar o rosto do homem ao seu lado, o homem que o ajudava a cuidar de algo que ele não conhecia, o homem que ele acabara de conhecer, o homem que atendia pelo nome de Yan. Era aquele belo jovem de olhos verdes quem estava ao lado de Renato naquela visão, naquela espécie de visão que ele estava tendo, o que ele ainda não compreendia ou acreditava ser real, até porque, o jovem jurou ser fruto de sua imaginação, o que ele descobriria mais tarde não ser nada daquilo que ele estava pensando.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Nando martinez em 2016-03-17 00:39:40
Poise ,eu sei que o pipi n e um orgao vital ,Claro que é!! Kkkkk tudo bem ,to com fome ,e o Renato ja vai entrar tão rápido num relacionamento? Vai dar merda !
Por diegocampos em 2016-03-16 22:03:17
Nossa que final doido kkkk amei, estou ansioso para saber mais sobre esse yan vamos ver se ele é bom pro Renato kkkk.