CAPÍTULO 3

Conto de Marlon como (Seguir)

Parte da série O NOVATO

- Oi, vamos? – Falo meio tímido.

- Vamos. – Responde ele também um pouco tímido.

Fomos uma parte do caminho sem conversar, até que ele decide quebrar o gelo.

- A sua amiga não vai hoje?

- Hoje não.

- Ela é bem bonita não é?

- É sim.

- Você já ficou com ela?

- Não, somos apenas amigos nos conhecemos desde pequenos, a considero como uma irmã não teria coragem de fazer isso.

- Você já ficou com alguma menina?

- Já sim. – Falei com a cabeça baixa.

- Você sabia que sua mãe trabalha no mesmo escritório que o meu pai?

- Sabia sim, ela me falou ontem.

- Ela te disse do jantar que vai ter lá em casa, pra comemorar o sucesso do escritório deles?

- Disse sim.

- Você vai também, não vai?

- Ainda não sei.

- Por quê? Você tem que ir vai ser chato sem você lá, se você não for terei que ficar escutando eles falando sobre trabalho a noite toda, vai, por favor.

- Está bem então, eu vou.

- Que bom, vou gostar muito da sua companhia.

Fomos conversando até chegar ao colégio, quando chegamos na sala a professora já estava, então fomos para os nosso lugares, não consegui prestar a atenção na aula de Biologia fiquei só pensando por que ele queria tanto que eu fosse ao jantar na casa dele e como seria esse jantar, nós nem nos conhecíamos direito. Estava pensando sobre isso quando escuto Fernando me chamando.

- Tá dormindo Davi? Já te chamei umas três vezes e você não escuta.

- Desculpa Fernando, estava pensando em umas coisas aqui.

- Aconteceu alguma coisa?

- Não, não, na hora do intervalo eu te digo o que eu descobri e o que foi que aconteceu.

- Tá okay então.

A aula passou normalmente, até que chegou a hora do intervalo Fernando e eu fomos para o pátio, quando cegamos lá contei que tinha descoberto que o aluno novo que todo mundo e inclusive ele estava cobiçando, estava morando na frente da minha casa e que a minha mãe tinha um escritório junto com o pai dele, contei também sobre a nossa conversa no caminho para o colégio.

- Nossa que sorte em!

- Sorte? Por que sorte?

- Você é vizinho do menino mais bonito do colégio, vai jantar na casa dele e além de tudo sua mãe trabalha com o pai dele, se você gostasse de menino, iria dizer que é o destino tentando juntar vocês dois. – fala ele rindo

- Disse muito bem, se eu gostasse mais como não gosto. Vou ao banheiro e já venho espera um pouco.

- Tudo bem, vai logo que a aula já vai começar.

Me levanto e vou em direção ao banheiro, quando termino de usar o banheiro vou lavar as mãos e quando vou saindo esbarro com o João Pedro e sua “gang” que ia entrando, e caio no chão.

- Presta atenção seu nerd, você é sego? – Ele fala levantando a voz.

- Você que tem que prestar atenção e ser mais educado seu idiota. – Falo me levantando.

- Olha como fala, perdeu a noção do perigo foi!

- Cala a sua boca.

- Acho que alguém está querendo apanhar. – Ele fala olhando para os seus amigos, todos começam a vir para cima de mim. E dois de seus amigos me seguram pelo braço.

- Você acha que eu tenho medo de você, se fizer algo comigo conto para o diretor e ele te expulsa, afinal nem era pra você esta estudando na nossa sala, você não passou de ano.

- Há Há Há, você só vai perder seu tempo seu nerdzinho de bosta, o meu pai pagou para o diretor me passar de ano.

Por um momento tinha me esquecido desse pequeno detalhe, quando disse que iria na secretaria contar sobre essa armação do pai dele com o diretor, ele me deu um soco na barriga que cai no chão do banheiro sem conseguir respirar direito.

- Isso é pra você aprender a não se meter do que não é da sua conta seu bosta, e se você contar pra alguém o que aconteceu aqui eu vou fazer bem pior. Vamos! – Ele sai e chama os amigos dele que o acompanham.

Quando ele saiu demorei um pouco para me recuperar do soco que tinha levado na barriga me deixando sem ar, quando cheguei na sala a aula já tinha começado e quando entrei João Pedro estava sentado com um sorriso de deboche na cara, quando sentei na minha cadeira Fernando me perguntou o que tinha acontecido e por que eu tinha demorado tanto no banheiro, falei que não tinha acontecido nada, que tinha apenas passado um pouco mal mas já estava bem. A aula seguiu normalmente até a hora de ir embora, quando fomos embora me despedi do Fernando e fui andando pra casa e mais uma vez Yan foi me acompanhando, chegando na frente das nossas casas nos despedimos, quando entrei a minha mãe estava deitada no sofá assistindo.

- Oi filho, como foi à aula?

- Foi normal. – Falei tentando disfarçar a dor que estava sentindo.

- Esta tudo bom mesmo Davi!

- Esta mãe, a senhora tá melhor? – Perguntei tentando disfarçar.

- Estou sim meu filho.

- Mãe, ainda posso ir ao jantar com a senhora?

- Claro que pode, mas você não tinha dito que não queria ir.

- Mudei de ideia, não quero deixar à senhora ir só.

- Está certo, pode ir sim.

Fui para a cozinha comer, depois fui pra meu quarto tomei um banho e fui pra minha cama, liguei para Dalila e contei de algumas coisas que tinha acontecido hoje, quando contei que o Yan estava morando na frente da minha casa, ela ficou toda alegre falando que viria todo dia na minha casa, conversamos mais um pouco até que acabei dormindo, quando acordei já era 15:00hr, me levantei e fui para uma praça que tinha perto da minha casa, quando cheguei lá encontrei varias crianças brincando, me sentei em um banco quando do nada chega um menino e se senta do meu lado e começa a conversar comigo.

- Oi. – Fala o menino se sentando no mesmo banco que eu.

- Oi.

- Tudo bom? Você mora por aqui?

- Tudo sim, moro ali atrás, e você mora por aqui?

- Moro três ruas depois da praça, cheguei ontem aqui no bairro.

Ficamos conversando por um bom tempo, até que ficou tarde e fomos embora pra casa, quando cheguei percebi que não tinha dito o meu nome a ele, e nem tinha perguntado o nome dele. Quando entrei a minha mãe veio logo falar comigo dizendo que a Dalila tinha ligado pra mim dizendo que queria falar comigo, subi para o quarto e fui ligar para ela, quando liguei ela atendeu.

- Davi preciso muito falar contigo, tem uma coisa que quero te falar.

- Já estou indo, daqui a uns 10min chego ai.

Disse a minha mãe que iria na casa de Dalila, pois ela queria falar comigo e pela voz dela parecia ser algo serio, quando cheguei na casa dela e toquei a campainha, quem veio me atender foi a mãe dela

- Oi dona Olga, Dalila disse que queria falar comigo, ela está?

- Está sim Davi pode entrar, ela esta no quarto dela com uma amiga, pode subir.

A casa dela era bem grande, tinha uma sala enorme logo na estrada depois tinha outra sala com uma televisão do lado ficava a cozinha e do outo a sala de jantar e encima era os quartos, quando chegue no corredor que abri a porta do quarto dela vi uma coisa surpreendente que me deixou de boca aberta

- Dalila! – Falei tomando um susto e colocando a mão na boca.

CONTINUA....

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