DESPEDIDA DE SOLTEIRO – CAPÍTULO 33 – Reencontrando o Amor

Parte 1 – Jonas na na Cova do Leão II

Continuamos cambaleando pelo apartamento, até que eu consegui colocá-lo em cima da cama. Ele me puxou pra junto do corpo dele e disse “eu te amo amigo”.

Eu consegui sair de cima dele e ele levantou-se “Jonas, tira a minha roupa, eu não vou conseguir dormir assim”. Ele se jogou em cima de mim. Eu tirei sua camisa, sua calça e sapatos. Ele ficou só de cueca box e meias. Eu realmente tinha me esquecido como aquele homem era lindo, era impossível não olhar.

Ele veio de novo até mim e disse “Jonas, obrigado por cuidar de mim. Eu te amo amigo, na verdade eu sempre te amei e vou te amar pra sempre”.

Me puxou pra perto dele, colou seu corpo ao meu e me deu um beijo de tirar o fôlego. Tenho que confessar que ele beijava bem e o bofe era uma delícia, nossa! “que é isso? O que eu estou dizendo? E meu grandão?”.

Eu empurrei Brunno e disse “eu sabia que você ia tentar alguma coisa! Você pensa que eu sou idiota Brunno? Eu já saquei teu jogo”. Quando eu estava de saída ele me segurou pelos braços e continuando com a voz embolada me dizendo “desculpe, por favor me desculpe Jonas. Eu não fiz por mal, eu não quero de você fique pensando mal de mim”.

“Então para de fazer isso Brunno. Se você não quer que eu fique com raiva de você e nem que eu pense mal de ti, para de fazer esse joguinho”.

“Sem querer ofender Jonas, eu sei que você sente desejo por mim. Sempre sentiu, mas você não quer dar o braço a torcer. Quando eu te toco eu sinto teu desejo encontrando com o meu. Só que diferente de você eu admito meu desejo. Você é a pessoa que eu mais amo nesse mundo. Boa noite e me desculpe mais uma vez”.

Eu fui embora, envergonhado, me sentindo um traidor, pois por mais que eu não quisesse admitir, sim, eu me sentia atraído por ele. Mas isso não significava que eu trairia meus sentimentos e meu amor por Cláudio, ele sim, era meu homem.

No outro dia o evento começou cedo. Sentei-me e comecei a anotar tudo, fiquei bastante entretido, quando percebo a presença dele. Ele meu deu um bom dia e esboçou um sorriso maravilhoso, com seus lábios carnudos e dentes perfeitos. Seu perfume enebriava o ambiente. Ele me tratou como se nada tivesse acontecido e disse que tinha ficado feliz pela noite de ontem, principalmente por que eu estava usando seus presentes.

No início da tarde eu e Brunno fizemos parte de uma mesa redonda e apresentamos os desafios da comunicação em uma região peculiar como a Amazônia. Ele esteve maravilhoso e esbanjou simpatia. Eu apresentei nossos projetos comunitários e como era o desenvolvimento da TV e rádio da nossa empresa, intensifiquei a produção local e realmente todos ficaram impressionados com nossa performance, principalmente por termos a mesma idade, 26 anos.

Ele parecia uma criança de tão contente e eu confesso que estava nas nuvens com o nosso sucesso. Fui aplaudido e reverenciado pela turma do “bate cabelo”, virei uma espécie de celebridade das bichas e não deixou de ser engraçado.

Continua...

Parte II – Noite e Dia no meu coração

Narrado por Fernando

Ele saiu de minha casa e meu coração estava muito apertado. Eu não poderia mentir pra mim mesmo, sim, eu estava mais apaixonado do que nunca por Cristino. Quando ele me falava coisas de amor minha vontade era de puxá-lo e dizer que eu o amava e que ele continuava sendo meu marido, mas a razão e o orgulho ferido brigavam com a minha paixão.

Ele tinha razão, somos almas gêmeas, nunca amei e nunca amarei ninguém como eu amo Cristiano. Mas o que estava feito não poderia ser mudado. Nesse momento eu tinha coisas importantes para fazer e eu faria.

Fui até a casa dos pais de Sabrina e entrei sem pedir licença. Por que eu fiz isso? Por que a casa não era deles, era minha. Eu cheguei com uns homens preparados para detonar. Eles estavam na cozinha e felizmente os três estava lá.

“Fernando? Quer surpresa em ver você rapaz? Que ventos bons o trazem aqui?”.

“Muito simples Leandro, eu só vim tirar vocês da minha casa. Rapazes podem tirar tudo e colocar no meio da rua”.

“Que é isso Fernando? Você está louco! Nós não temos pra onde ir?”. As mulheres começaram a chorar e eu continuei.

“Pensassem nisso antes de mexer comigo. Você esqueceu que eu comprei todos os seus bens pra pagar suas dívidas de jogo? Agora R-U-A”.

“Isso não vai ficar assim. Você não pode fazer isso. Eu vou chamar a polícia”.

“Chama, chama a polícia, chama a imprensa, chama a puta que te pariu, chama. Velho safado, eu sei que você estava atrás do golpe pra me separar do Cristiano”.

Sabrina tomou a frente do pai e disparou “Fernando você não pode nos colocar no olho da rua, eu sou tua mulher, eu tenho direitos”.

“Isso quem vai decidir é a justiça. E você não é minha mulher, você é um carma na minha vida”.

Então eu gritei olhando pra todos “agora rua....”. Eles ficaram parados, eu subi até os quartos e comecei a jogar as roupas deles pela janela e Sabrina gritou “você pensa que é quem? Deus?”.

“Não. Deus seria misericordioso, teria piedade de e vocês, coisa que eu não tenho. Agora se vocês não quiserem sair por bem, irão sair na base da porrada. R-U-A”.

Leandro numa tentativa de me enfrentar puxou uma faca que estava na cozinha. Eu com um simples golpe, dei um chute e a faca caiu longe “mais alguma ideia brilhante, velho safado?”.

Confesso que não me senti nada orgulhoso por estar fazendo aquilo, mas eles precisavam saber com quem estavam mexendo. Eles foram saindo de casa e foi impossível não chamar a atenção dos vizinhos, já que era uma área nobre da cidade. Saíram humilhados e foram vistos por muita gente, patrões e empregados.

Fiquei com pena, pensei em voltar atrás, mas não poderia. O que estava feito, estava feito e eles eram pessoas que não tinham pena de ninguém, pessoas desse tipo só aprendem apanhando, eles não valorizavam a solidariedade e a dignidade das pessoas, eles eram incapazes de olhar o próximo com amor e alteridade, só lição de moral na adiantava para fazê-los mudar.

Eu também me vinguei do tal de chefe da agência Zênite. Com a ajuda de Mattos, bolamos um flagrante de corrupção de menores e descobrimos que o desgraçado usava adolescentes (meninos e meninas) em programas e isso acontecia com estrangeiros, um dos policiais de Mattos se disfarçou de estrangeiro e o chefe foi pego no flagra, com filmagem e tudo. Ele saiu algemado do escritório de consultoria que ele usava como fachada. Fiquei imaginando como tantos adolescentes devem ter sido aliciados por aquele canalha. Com essa vingança minha alma ficou lavada, pois seria menos um canalha por aí a solta.

Sobre Jonhy, esse foi mais fácil ainda, ele ficava plantando drogas próximo de colégios e já estava sendo vigiado pela polícia, também foi pego em flagrante, foi algemado e baixou penitenciária. Esse eu fiz questão que ele soubesse que eu estava metido em sua prisão, quando foi pego eu fiquei na frente dele. Sua cara ainda tinha marcas na surra que havia levado de Cristiano. Menos um safado por aí.

Devo dizer que todos os dias eu olhava fotos do Cristiano. Ele não saia da minha cabeça. Eu mandei imprimir todas as que eu tinha dele e umas em que estávamos juntos. Pode parecer idiotice, mas todo dia eu falava com ele, beijava suas fotos e cheirava umas roupas dele que estavam comigo.

O amor que eu tinha era só meu, não me importando que ele não estivesse comigo fisicamente, meu ninfeto continuava fazendo parte da minha vida, mas eu não iria voltar atrás da minha decisão, pensava comigo mesmo “um dia esse amor passa”.

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Em uma noite eu havia cumprido esse ritual e acabei adormecendo. Quando eu acordei ele estava em pé, me olhando dormir e me disse “eu não resisti e vim te ver amor, eu ainda tenho as chaves, não me manda embora, por favor”.

“Eu estava morrendo de saudades Cris. Você me faz tanta falta amor”.

Ele deitou a meu lado. Ficamos deitados de lado, olhando de frente um para o outro. Ele fez um carinho em meu rosto e seus olhos se encheram de lágrimas “Eu te amo meu porô. Eu vim pra ficar contigo, nunca se esqueça que nós somos almas gêmeas e não conseguiremos nos separar, eu estou usando as duas alianças” e me mostrou os dedos da mão direita.

Eu aproximei-me de seu rosto e dei um beijo cheio de ternura. Ele fechou os olhos e abriu sua boca. Num impulso rápido ficou nu em pelo e eu vibrei vendo aquele corpo que eu tanto desejava. Também tirei minha roupa. Ele puxou meu corpo pro seu e ficamos colados um no outro, nos saboreando com um beijo de língua.

Eu perdi todos os meus pudores e me entreguei à paixão. O virei e fiquei em cima de seu corpo. Ele estava de pau duro. Eu voltei a beijá-lo e ele delirava. Passei a língua por sua orelha e fiz movimentos circulares, ele se contorcia de prazer. Eu fui beijando seu pescoço, seus mamilos, os quais eu mordi e chupei. Desci pra seu ventre e abocanhei seu pau. Chupei meu melhor sorvete, ele foi se mexendo também e acabou abocanhando meu pau. Foi o melhor 69 de toda a minha vida. Eu passei a lamber seu anelzinho que se abria pra mim.

Ele deitou-se e abriu as pernas pra mim e disse “vem amor, faz comigo o que só você sabe fazer. Me dá prazer, eu quero te sentir dentro de mim”. Eu levantei suas pernas, lambuzei todo o seu anel, ele se abriu pra mim e eu meti sem camisinha.

Fiquei em cima dele e o comi de papai e mamãe. Ele delirava e beijava minha língua. Ele começou a rebolar muito pra mim e a arranhar minhas costas. Eu estava nas nuvens e muito excitado, pois fazia muito tempo que eu não transava. Ele apertou meu pau com seu anel, pois estava gozando. Eu gozei também e desfaleci de prazer dentro dele. Tirei meu pau e o esperma escorria. Eu lambi tudo e beijei sua boca.

Ficamos deitados assim, juntinhos, até que ele quebrou o silêncio e disse “amor, eu preciso ir embora, já está tarde e eu tenho que ir pra minha casa”.

“Não Cris, essa aqui é tua casa amor. Você não vai mais embora. Não me deixa mais por favor, eu não sei viver sem você”.

“Oh meu porô, você ainda não entendeu? Eu não sou mais desse mundo. Depois que eu saí daqui naquele dia, eu morri, morri de amor, eu não posso mais ficar com você”.

“Não, não é verdade, você está aqui comigo, nós acabamos de fazer amor”.

“Por que você me chamou, mais eu não posso ficar muito tempo. Mas olha, eu vou ficar sempre com você. Um dia nossas almas gêmeas ainda irão se encontrar. Adeus meu amor”.

E ele foi aos poucos desaparecendo diante de mim, era como se uma luz o levasse pra longe e eu comecei a gritar “Cristiano volta, eu te amo meu amor, não me deixa pelo amor de deus”.

“Cris, Cris, não me deixaaaaaaaa”.

“Cris, Cris, não me deixaaaaaaaa”. Acordei chorando e todo suado, sujo de esperma, pois tive uma polução noturna. Tudo foi um sonho e eu fiquei realmente com medo, de um dia nunca mais ver Cristiano “Obrigado meu Deus, obrigado por ter sido só um sonho”...

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E finalmente chegou o dia de saber quem era meu pai biológico. Já havíamos feito exame de DNA anteriormente. A juíza era uma mulher bastante rígida e daquelas que gostava de agilidade, com a inteligência e ação de Noé (meu advogado), tudo se tornou muito rápido. Quando cheguei ao fórum, já estavam lá Horácio, Olavo e Jurema. Todos estavam nervosos, inclusive eu.

Eu fiquei num canto esperando, quando veio falar comigo Olavo e Jurema, ele me disse “Nando meu filho, seja qual for o resultado, nós sempre seremos sua família”.

“Não se preocupe Olavo, eu gosto de vocês. Meu problema é com aquele ali”, falei apontando pra Horácio.

Jurema falou “Aconteça o que acontecer, nós amamos você Fernando, sempre lembre disso”.

Horácio quando percebeu nossa proximidade veio até nós, de nariz empinado, como se estivéssemos falando dele “você ainda vai me pagar por essa humilhação seu moleque. Você já tem nosso nome. O que mais você quer? Dinheiro você não vai ter”.

Eu não perdi a pose, enfiei o dedo na cara dele e falei “deixa sair o resultado e você vai ver”.

Olavo tomou as minhas dores “por favor, Horácio, você não acha que já fizemos Fernando sofrer muito? Ele só está procurando o direito dele”.

Ele saiu de perto e logo depois fomos chamados pra audiência. A juíza fez um discurso sobre a importância da família e todos contaram sua versão dos fatos. Ela se mostrou muito solidária a mim e falou coisas muito bonitas. Eu vi que eu tinha feito a coisa certa.

Depois de algum tempo e de muita ansiedade, ela abriu os dois envelopes e quis saber quem era Olavo e quem era Horácio. Depois das devidas identificações, ela entregou os envelopes para mim e finalmente eu tirei a minha dúvida e descobri a verdade, quando abri os envelopes olhei os dois ao mesmo tempo e disse pra mim mesmo “então é ele o meu pai...”.

Continua...

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