Capitulo 4
Parte da série Eu e Carlos
Gunhlopes: Eu tento de verdade ver em ingles, mas não consigo.
XCX1: Muito obrigado seu lindo.
Fran: Ta aí sua resposta.
Hoje é primeiro de junho, meu aniversario (Fato: Primeiro de junho É meu aniversario) e acordei com o pé esquerdo. Depois de duas semanas ainda não me acostumei acordar com esse barulho, era tipo alguma coisa batendo sei lá. Iria perguntar a ele mas desisti, em vez disso sentei na cama com uma cara de cú e o Carlos chegou perto de mim dizendo:
-Lipe disse que hoje era seu aniversário e quero te dar isso -ele pegou uma caixa pequena com tampa e corpo azul e um laço branco, fiquei com pena de abrir estava bonita de mais, mas fui forte e abri.
-Uma camera Polaroid -disse meio desanimado.
-Não gostou?
-Claro, é que hoje não estou muito bem, minha bipolaridade me venceu.
-Não se preocupe seu dia vai ser bom. Ei.
-Oque?
-Feliz aniversário. -e me joguei na cama. Eu fui tomar banho por que sempre que acordo ele já esta vestido (infelizmente) e arrumado. Chegando no banheiro coloquei algumas músicas lentas (não tristes, lentas) porque normalmente nessas musicas da pra perceber o sentimento na voz. Terminei, fui pro quarto e Carlos disse- vamos tirar uma foto?
-Não gosto de tirar foto. Pretendo tirar fotos quando encontrar o amor da minha vida.
-Você não vai tirar foto comigo? -perguntou ele com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudanças.
-Tabom -a foto não ficou lá essas coisas mais ficou legal. Fomos pro refeitório e lá estavam Lipe e Sarah com um sorriso de orelha a orelha.
-Feliz aniversario amigo -disseram em coro.
-É, uhul (em um tom meio que sarcástico).
-Toma -disse Sarah. Era uma caixinha e dentro dela tinha um cordão que tinha dois homens de mãos dadas.
-Obrigado. -dei um abraço nela.
-Toma esse é meu. - era uma embalagem que provavelmente seria roupa, quando abri eram dois suspensórios, uma gravata borboleta e um colete (Esse é meu sonho de consumo, ter os três).
-Obrigado.
-Só obrigado, eu te dei seu sonho de consumo e você fala obrigado, você sabe onde eu tive que procurar para achar essas peças de roupa.
-Tabom Lipe, muito obrigado, te amo, esses presentes mudaram minha vida, nem sei como viveria sem você -ele ficou um pouco com raiva mas sabia como eu era, quando estava "triste". Saímos do refeitório e fomos pra sala, as aulas passaram rápidas. Fomos para o dormitório, eu coloquei minha cabeça no travesseiro e Carlos foi logo perguntando:
-Você está bem?
-Sim -eu disse baixo e em um tom serio.
-A câmera não foi o seu ultimo presente.
-Carlos -disse olhando nos lindos olhos dele e disse- o que eu quero eu não posso ter, não agora.
-Oque você quer.?
-Eu quero o amor da minha vida. Você vai me dar ele? Não. E eu não sei se você sabe mas ele não vai entrar por aquela porta e se declarar pra mim. -assim que disse isso ele saiu e entrou no quarto, colocou teenage dream acústica no celular, pegou minha mão e disse:
-Posso dançar com você. -eu levantei, ficamos mais próximos, coloquei minha mão na dele e começamos a dançar devagar, e ele começou a falar lentamente no meu ouvido- Cada verso dessa musica é uma coisa que sinto por você, cada verso é uma coisa que quero fazer com você. Eu penso em você todas as horas do meu dia, eu só penso em você. Você é o amor da minha vida. Você é o meu amor. Seu corpo suas feições, tudo em você é perfeito. Você é perfeito. -falando sempre lento, quase parando- Quando estou perto de você tenho vontade de rasgar suas roupas e ao mesmo tempo somente te abraçar. Você é a única coisa que eu preciso para viver. Eu sento do seu lado pra poder sentir seu perfume, eu faço questão de acordar cedo só para te ver dormir. -ele se ajoelhou e tirou uma caixinha do bolso- Manoel Pedro, aquele que procurou o amor por dezessete anos, e que só apareceu a três semanas na sua vida. -pegou minha mão, abriu a caixa e disse- esse anel eu comprei com quatorze anos, pra dar ao amor da minha vida. Manoel você deixa eu ser o amor da sua vida?
-Sim.
-Manoel, com esta aliança iniciamos uma nova vida, não existe mais eu e você só nós. Eu te prometo que seremos felizes e nunca viraremos um casal clichê. Sua vez.
-Carlos -disse pegando a aliança e colocando-a na mão dele- com esta aliança eu prometo fazer você feliz e te amar ate o fim dos meus dias.
-Agora você pode me beijar.
-Eu nunca beijei.
-Vem cá que eu te ensino. -disse ele me puxando e colando seus lábios nos meus. Eram doces e maravilhosos, sua boca envolvia a minha e sua lingua descansava em minha boca. Quando acabou ele disse- para quem não sabia beijar você foi muito bem.
-Eu nem acredito, ainda.
-Então vamos registrar esse momento -ele pegou a câmera e tirou a foto- toma vê se ficou legal.
-Ficou sim mas ta faltando uma coisa -pequei uma caneta permanente preta e escrevi embaixo da foto "Eu e o amor da minha vida"- Agora sim ficou legal. Vamos tomar banho, porque vamos encontrar o Lipe e a Sarah no refeitório.
-Posso tomar banho com você? -perguntou ele.
-Hoje não, que tal outro dia...
-Vou cobrar.
Fui tomar banho e enquanto ele tomava o dele eu usei alguns dos meus presentes. Usei o colete de Felipe e o cordão da Sarah.
-Você está mais bonito do que quando te vi pela ultima vez.
-Foi a seis minutos atrás.
-Pra mim foi uma eternidade -e nos beijamos de novo, ele tinha saído do banheiro com uma calça jeans preta e uma gola V azul escura.
-Você também esta lindo. Vamos. -quando chegamos lá, Lipe ia chegando perto de mim para dar um selinho como de costume e eu o afastei.
-O que foi? -disse ele sem entender nada- Foi o que eu falei de manhã?
-Não, é porque eu estou... eu estou namorando.
-Com quem? -perguntou a Sarah e eu segurei a mão de Carlos.
-Ownt, que lindo meu amiguinho ta crescendo. -disse Lipe apertando minhas bochechas.
-Para. Você não vai ficar com ciúmes não?
-Um pouco, mas fique sabendo senhor Carlos, que eu cheguei primeiro
-Tabom. -nós nos servimos e sentamos na mesa. As mesas eram redondas e cada mesa tinha quatro cadeiras então Carlos sentou do lado da Sarah e do Lipe e eu do lado do Lipe e da Sarah.
-Vocês estão juntos a quanto tempo? -perguntou a Sarah.
-Desde quarenta e três minutos atrás.
-Tem uma coisa na sua boca, -disse eu olhando pro Carlos e passando o dedo um pouco a baixo de seu lábio inferior- deixa eu tirar.
-Vomitei -disse o Felipe- se beijem logo.
-Estou me segurando pra não fazer isso -disse o Carlos.
-Você sabe que não podemos nos beijar -disse ao Lipe.
-Por que? -ele perguntou.
-Primeiro estamos no Brasil, segundo nosso diretor é quase homofóbico e em terceiro e em terceiro metade dos alunos são.
-É mesmo, então façam assim jantem, vão pro dormitório, rasguem a roupa um do outro menos o colete que foi um presente meu e comecem a foder. Fácil. -assim que ele disse isso a Sarah ficou boquiaberta.
-Gostei da ideia. Disse Carlos e Sarah colocou a mão na cabeça dizendo:
-Deus o que eu fiz para merecer isso?
-Ué conheceu a gente. -eu disse, e começamos a rir. Terminamos, Lipe e Sarah foram embora, eu e Carlos fomos pro dormitório e ele andava nos corredores me agarrando nem ligando pras pessoas. Chegamos e ele perguntou:
-Sei que nós só estamos namorando a uma hora mas queria saber se...
-Se oque?
-Que tal nós reformarmos o quarto? Juntarmos nossas camas e formar uma cama de casal, já que agora somos um casal -disse ele chegando mais perto de mim.
-Esta bem -juntamos as camas, mudamos os criados mudos de lugar e deitamos eu de pijama e ele de cueca. Nós ficamos cara a cara e ele vendo meu sorriso disse:
-Você está feliz?
-Sim.
-Por que?
-Porque sabia que você chegaria um dia, e você chegou. -Ficamos conversando por muito tempo e dormimos de conchinha.