Snoopy & Woodstock - PILOTO

Parte da série Snoopy & Woodstock - Piloto.

OIii gente! Tudo bom com vocês? Essa série de contos aqui vai ser mais que especial por alguns motivos. É uma história ficcional, que conta um romance entre mim e uma pessoa que eu gosto, que me pediu pra escrever algo sobre nós. Espero que você goste, passarinho. Beijos, Snoopynho.

*******************************************

quarta-feira, 18 setembro de 2013.

Naquele dia eu acordei mais cedo do que o costume. Costumo acordar depois das dez, mas acordei quase as seis da manhã, pra poder fazer algumas coisas antes de ir pra faculdade, que tomava todo o meu tempo. Tinha pego uma gripe forte. Na verdade, nem devia ter saído. Mas era pra fazer o que eu mais gosto de fazer... SEXO! hehehe.

Nessa quarta, eu sentia algo diferente, como se tudo na minha vida fosse mudar de repente. O dia tava estranho, mas não um estranho ruim. Um estranho bom. Por mais estranho que isso possa parecer. E eu também não estava muito feliz. O meu parceiro de curtição tinha me deixado rodado e se mudado pra uma cidade do interior. Tudo tinha ficado foda sem ele.

Diego era meu vizinho da frente e melhor amigo. Eu podia contar com ele pra tudo. Ele sempre me arranjava umas gatinhas pra passar o dia. Aquele ali era um tarado de primeira... e eu dizia: SAI DAÍ QUE EU SOU PIOR... hahahahaha...Toda manhã eu atravessava a rua e ia fumar um beck legal com ele, antes de sair pra facul... até hoje ainda tenho saudade daquele viadinho... Ele tinha vendido a casa e voltado pra casa da mãe. Um grandecíssimo filho da puta... mas, deixa ele. Na hora que eu pegar ele, vai ver. Eu tinha 18 anos, e acabado de começar na faculdade. Fazia biomedicina junto com ele. Odiei o curso no começo, mas hoje em dia, amo o que eu faço.

Cerca de uma oito da manhã, eu ouvi algo parando em frente de casa. Era um caminhão-baú imenso, e dois carros. Um SUV preto e um Citroen Sara Picasso. Eram os novos donos da casa.

Do SUV, saiu uma mulher de cerca de uns 30 anos, cabelos pretos e longos, totalmente social (terno e gravata. Uma segurança, descobri depois). E do Citroen, saiu a família. Um homem meio careca, grisalho, de bigode e óculos escuros, com calça Jeans ridícula (opinião minha), e uma camisa amarelo-mostarda, que não combinava em nada com os sapatos marrons; uma senhora bonita, (muito gostosa. Mas como eu sei que certa pessoa vai ler, digo que é só bonita), alta, cabelo castanho claro, calça de lycra preta beem justa (Deus é justo, e aquela calça é mais) e uma blusa tomara-que-caia rosa (rezei pra cair mesmo. Tava doido pra ver aqueles peitos...); uma menina de cerca de 12 anos, cabelo vermelho-fogo, bermuda de funkeira (aquele tipo: MAMÃE EU QUERO DAR, sabe?) e uma blusa de meio ombro, com cara de birra. De principio, não gostei deles. Pareciam esnobes, metidos a ricos. Não fui com a cara de nenhum. E saiu do carro, um garoto, com cerca de 17 anos, branco, óculos escuros, camisa amarela estampada, bermuda jeans, gorro preto, tênis all star preto , com meias brancas e fones de ouvido. Nem sequer olhou pros lados quando saiu do carro.

Tentei não fazer pré-conceitos deles. Atravessei a rua, e me ofereci pra ajudar a descarregar o caminhão. Fui barrado pela segurança, em posição de ataque.

—solte o garoto, Rosanah. — disse o homem careca. (o pai, pra ser mais exato)

—mas ele pode ser perigoso, senhor. —disse a segurança

—acabamos de chegar. O que ele teria contra nós? Deixe de paranoia e vá verificar a casa.

—sim senhor. Me perdoe, senhor.

—tá certo. — respondi. — quer ajuda pra descarregar?

—Obrigado rapaz. Pelo visto, seremos vizinhos. Você mora nessa casa ae em frente? — perguntou o pai.

—é. Meu nome é Luis.

—Prazer, Luis. Sou Jaderson.

—prazer, seu Jardeson.

Ajudei a carregar uma mesa, cadeiras, camas, geladeira, freezer, e muitas coisas que estavam no caminhão. E o garoto, ficou só observando, com um daqueles óculos que espelha até a alma da pessoa. Nem sequer se moveu pra ajudar. Fiquei muito puto, e praguejava pra mim o tempo inteiro.

—Moleque metido da porra... —pensei, sussurrando. — deve bem ser daqueles filhinhos de papai que pensa que pode comprar o mundo.

Voltei pra dentro de casa. Fiz meu almoço normal, e comi. Sozinho. Minha mãe trabalhava o dia todo, e não podia vir nem pra almoçar. Meu pai, já tinha morrido a muito tempo. E pra mim nunca fez a mínima diferença. Nunca gostei dele. Era um bêbado, idiota, metido a valente, que acabou morrendo com um tiro na cara. Bem feito pra ele. Quem mandou querer ser o fodão sem aguentar o tranco? Até hoje, ainda acho que ele devia ter levado mais um oitos antes, só pra doer. Mas já foi.

Tomei banho, me arrumei, vesti minha roupa de trabalho (calça, camisa, tênis e jaleco branco), peguei meu carro, recém-ganho de presente por ter passado no Enem e entrado na faculdade, e fui pra faculdade. E no caminho, comecei a pensar naquele moleque que seria meu vizinho, junto com a família. Ele era super-presença e devia chover mulher na horta dele. Chover não, alagar. Hehe. Eu ia tentar fazer amizade quando chegasse à noite. Cheguei na faculdade. Tive prova prática surpresa. Devia fazer incisões em três pontos que o professor ditasse. Chegou a minha vez, e eu ainda pensava naquele garoto branco e marrento. E perdi totalmente a concentração. Matei meu paciente morto e reprovei. Acertei nada.

—porra, meu! Prestenção! Tá estragando a peça, caralho!

—desculpa, ‘fessor. Hoje tá foda pra mim.

—Zero! Sai fora daqui, vaza! Vê se estuda, e presta mais atenção! Olha que merda... estragou o bíceps desse, o grande dorsal e o gastrocnêmio daquele... porra... ainda bem que já tão morto...

—foi malz ae...

Voltei pra casa, e me atirei na cama. Tinha algo errado comigo. Como eu pude errar aquilo? Eu sabia como fazer e onde fazer, mas aquele moleque me tirou a concentração toda. Que merda estava acontecendo comigo?

Levantei, tomei um banho, “tracei” um pacote inteiro de bolacha com suco, e caí de novo na cama. Pus um filme hentai, e bati uma legal. Gozei litros ali, vendo a mistura das duas coisas que eu adoro: putaria e animes. Dormi com o pau na mão, duraço feito pedra. Acordei uns poucos minutos depois, com batidas fortes na porta. Levantei. Devia ser a mamãe que esqueceu de levar a chave. Tentei me limpar daquela porra seca, mas desisti. Ela sabia que eu gosto de uma punheta bem batida... hahaha. Abri a porta. Não era a mamãe. Era toda a nova família, que havia acabado de se mudar. E eu só de cueca.

—boa noite! Chegamos em boa hora? —perguntou seu Jardeson, com um bolo na mão. (eu acho isso muito demodée, mas não achei ruim, não. Eu lá vou desprezar comida?)

—desculpa, achei que fosse a minha mãe... deixa eu vestir um calção. Sentem-se, favor.—eu disse, muito constrangido.

Corri, vesti uma bermuda e uma regata, correndo.

—é pra mim esse bolo? —perguntei.

—é. É sim. Minha mulher, Marilda quem fez. Ela é ótima na cozinha. (devia ser ótima de cama também, nem quero pensar...)

—eu imagino. Me permitam levar pra cozinha. Já volto.

—sim, sim. É só um jeito de agradecer pela ajuda com as coisas, e poder apresentar a família toda.

—puxa, que legal!

Voltei pra sala, e sentei no sofá. Ele me apresentou cada um.

—Bom, como eu já disse, meu nome é Jardeson, e eu sou advogado. Minha mulher, Marilda é médica pediatra. Como eu acho que você não tem filhos, não deve precisar ainda. Hehehe. Essa aqui é minha filha Raquel, aquele é o meu enteado, filho da Marilda, Jonas. E a garotona aqui atrás é a nossa segurança, Rosanah.

—prazer em conhecer vocês. Se eu precisar de um advogado, já sei que posso correr na sua casa. Rsrsrs. Prazer, dona Marilda. Prazer, Raquel. Prazer, Jonas. Prazer, Rosanah. Querem tomar algo? Uma água, café, chá...?

—não, brigado. A gente já tá indo. Quando a sua mãe estiver, está convidada a ir lá em casa pra tomar um café e conversar um pouco. Ter conversa de mulher. —disse, D. Marilda.

—sim, claro. Digo a ela. Não querem mesmo tomar nada?

—não, não brigado. Estamos indo mesmo.

— tudo bem então. Eae Jonas, não quer ficar pra jogar um PS comigo?

—eu posso, mãe? — ele disse, com uma voz calma e mansa.

—pode, filho. Mas não vá voltar tarde, nem abusar da bondade alheia, viu? Estamos indo. Até mais.

—até, gente.

—ai mãe... sempre fazendo vergonha... Luis, prazer em conhecer. Mas hoje nem vai dar... outro dia eu venho, ok? —disse Jonas.

—fica ae pow. Não vai incomodar em nada. Ou isso é medo de levar uma peia no Play?

— eu? Eu sou mestre no Play... tá me tirando é? Depois eu vou mãe. Deixa só eu dar uma lição nesse patinho aqui...

—boraa ver quem é o pato... chega aqui.

—bota um Bomba Patch ae...

—Bomba Patch é mó fanta... pode ser o Fifa?

Jogamos horas seguidas, e fomos conversando sobre ele. Descobri que vinham do interior do Mato Grosso , de uma cidade chamada Sinop, e que ele tinha deixado uma namorada lá, e que não gostava dela, apesar da mãe quer que eles tivessem se casado.

—eu ainda tenho 16, pow. Só porque ela casou cedo, quer que eu case também. Ah, vá! Eu ainda tenho muito pra curtir, muita mina pra pegar. E a propósito, tem muita gostosa aqui?

—um monte, ó. Se tu quiser, te levo comigo pra uma boate qualquer dia desses.

—fechou. To afim mesmo de pegar um monte!

Minha mãe chegou, e paramos de jogar pra ir receber ela. Afinal, ela era a dona da casa e precisava saber quem eu levava ali.

—Mãe, esse aqui é o Jonas... —eu apresentei.

—Jonas Woody. Prazer, dona. Sou o vizinho da casa em frente. Mudei hoje com a minha família. —ele tomou a frente, e parecia um daqueles metidos a educados.

—Prazer Jonas. Você me parece um rapaz direito. Espero que vá ser um bom amigo

pro meu filho. Porque, ele andava com um ae que não era peça boa não...

—mãe, para. Tá fazendo vergonha na frente da visita... Vem Jonas. Boraa voltar pro jogo. Ou já amarelou?

—eu? Never! Se prepara pra apanhar, patinho. Mas eu tenho que voltar antes das dez pra casa. Que horas são?

—vão dar nove. Ainda dá tempo pra uma revanche.

Voltamos pro quarto. De repente, não sei como, ele escorrega e cai em cima de mim, quase me beijando. Senti sua respiração ficar mais rápida, e pela primeira vez, notei que ele tinha olhos pretos, brilhantes, muito bonitos. E uma pele branca, macia, que cheirava a um perfume importado delicioso. Tudo isso em um milésimo de segundo. E voltamos à realidade.

—eeehhh... brigado. Te machucou?

—não, não. Tá beleza. E tu, tá bem?

—to sim. To legal. É... tá tarde. to indo.

—vai não, pow. Fica ae. Vem dormir aqui. Tem um colchão de sobra no outro quarto.

—nem vai dar, oh. Outro dia, falou?

—beleza, beleza. Ae a gente vara a madru jogando Play.

—falou. Te mais. Valeu ae. Na próxima, te dou uma revanche —ele disse, saindo, e dando uma piscada pra mim.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Thiago em 2013-11-12 15:33:06
Legal!! Continua a postar :)
Por König em 2013-11-12 00:44:49
Wow, gostei Posta mais