parte 12
Parte da série Snoopy & Woodstock - Piloto.
Ela me deu o seu amor, eu tomei
No dia 16 de maio, viajei
Espaçonave atropelado, procurei
O meu amor aperreado
Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar
Bela linda criatura, bonita
Nem menina, nem mulher
Tem espelho no seu rosto de neve
Nem menina, nem mulher
Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar
Pela sua cabeleira, vermelha
Pelos raios desse sol, lilás
Pelo fogo do seu corpo, centelha
Belos raios desse sol
Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar
Permaneço de olhos fechados. O orgasmo parece se prolongar minutos a fio. Ondas de prazer percorrem meu corpo ininterruptamente.
— isso foi intenso... — é o que consigo pronunciar. E sinto seu sorriso de vitória. Sua vingança, seu prazer, seu amor e seu ódio. Aquele foi o seu modo de me punir e se sentir meu dono.
Sentir que meu corpo pertence a ele, e que tudo em mim é dele. E È.
Toca Ballade pour Adeline (sim, eu conheço musicas clássicas.), e eu consigo por fim abrir os olhos, e conversar com ele.
— o que achou? — ele me pergunta, feliz e com a boca suja. Rs
— muito bom. Vem cá. Tá sujo aqui.
Ele se levanta, e vem. Eu o beijo do modo mais romântico, apaixonado, feliz, sensual e sexual que eu o posso. Eu o amo, e nada mudaria isso. Nunca. Nunca.
Passamos o resto daquela tarde abraçados, aos beijos, e conversando sobre nós.
Pela noite, resolvemos jogar futebol no Play.
— vaaaaaaaaaaaai pato! Eu sabia que você ia perder, seu ruim! — ele gritava pra mim, depois de uma derrota meio humilhante, que, eu, obviamente, deixei.
Estar apaixonado é tão bom, e tão ruim ao mesmo tempo... me deixava feliz ver meu lindo sorrindo, exultante da sua vitória humilhante, de 15 a 2, o que era a parte ruim. O filho da mãe sabia me distrair e fazer me perder nele. Ainda bem que não apareceu nenhuma gostosa em campo, se não a seleção estaria fodida. (sim, eu to falando da copa).
As 22h, depois de muita humilhação da parte dele, o que me rendeu mais uns beijos bem quentes, ele me ajudou a tomar banho (ele de cueca, eu nú) e foi embora. Não que eu não quisesse que ele ficasse, mas o que eu poderia fazer? Ainda não conseguia andar direito.
Eu já estava em casa mesmo, então nem me preocupei em me vestir. Fiquei pelado mesmo.
Duas semanas depois, bem depois de muita diversão, tinha de voltar ao médico.
— anda, vida! — Pierre me gritava da porta.
— calma! Isso demora, sabia?
— quer ajuda?
— se quiser...
Levei uma queda porque resolvi tomar banho sozinho. Mereci, mas eu queria minha liberdade de volta. Nem que fosse assistida.
Rosanah me levou, minha mãe tinha de trabalhar, então eu fui com ela.
— bom dia, Luis. Como estamos com essas perna?
— melhorando. E então, já posso andar de novo?
— poder, já podia. Mas vai ter de ficar de muletas durante algum tempo. Ok?
— certo. Obrigado, doutor.
— nada.
De volta pro carro, fui comemorando. Cantei todas as musicas que eu sabia, comi feito condenado, dormi pra caralho, toquei minha guitarra, fiz tudo que eu quis.
— amor, dorme comigo hoje? — pedi
— não sei. Vou ver se você vai merecer. Rs Sério, não posso.
— porque? Deixa disso. Dorme comigo hoje.
— não dá, Luis. Não posso. Eu só to esperando você se recuperar. Eu vou embora do país. — pela primeira vez, eu o vejo chorar. E sinto uma dor me tomar.