Parte 3 - Uma encrenca chamada de Gabriel

de Luh (Seguir)

Parte da série Tudo começou na piscina

Fui para meu quarto, mas não pude deixar de pensar o porquê daquela crise de ciúmes de Carlos, e de Gabriel ter aparecido àquela hora. Deitei e dormi.

No dia seguinte acordo com Carlos me ligando, eu atendo com um sorriso mega feliz.

_ Bom dia meu amor – falo sorridente

_ Bom dia meu anjo, e então dormiu bem? – Fala Carlos.

_ Bem? Eu dormi maravilhosamente bem meu lindo, vai passar aqui em casa? Que tal aproveitarmos esse sábado para irmos à praia?

_ Que ótima ideia meu anjo, passo ai umas 8 horas.

_ Perfeito, vou me arrumar e te espero ansioso meu lindo, um beijo meu amor.

Desligo o celular e sigo em direção ao banheiro, faço minha higiene matinal e começo a me arrumar, fico de frente ao espelho pregado a parede me admirando. Pensando comigo mesmo e acabo falando: “É, até que não sou de se jogar fora”. Minutos depois eu desço e tomo meu café, sigo novamente para o banheiro para escovar os dentes e mais uma vez me olhei no espelho – Posso não ser um deus grego, mas sou super vaidoso, rsrs - enfim, vi que estava bacana e desci. Fiquei sentado no sofá assistindo TV e esperando meu amor chegar.

Demoraram uns quinze minutos e recebo um sms de Carlos e sigo feliz até a porta, abro o portão e vejo um deus grego na minha frente, nossa como eu tinha sorte de ter um namorado lindo e gostoso assim para mim, pois bem vou descrever como esse gato estava. Ele tava usando uma bermuda estilo surfista, uma regata branca que demarcava todos aqueles músculos, um óculos Ray Ban estilo aviador com armação branca, o cabelo ainda tinha o mesmo corte baixo que dava a ele um ar de homem serio. A minha vontade era de pular naquele homem e encher ele de beijos, mas tive de me controlar, pois tinha gente na porta e não queria dar mais motivos para falarem de mim. Então ele com um sorriso enorme na cara fala:

_ Bom dia coisa linda

_ Bom dia gato, quer entrar ou ir direto?_ pergunto.

_ Acho que minha sogrinha não está, portanto vamos logo.

_ Hum... Já tá assim? Quero só ver falar isso na frente dela, haha.

_Diz que duvida pra ver, haha.

_ Eu não duvido de louco, da ultima vez deu merda, haha. E se bem me lembro, você teve coragem de falar pro Gabriel, quanto mais para minha mãe, kkk.

_ Para você ver, kkk, mas vamos deixar de papo e vamos logo para essa praia que estou louco para dar um mergulho.

_ sim senhor – digo fazendo continência e arrancando-lhe várias risadas.

Partimos para a praia no seu carro, fomos a uma das mais badaladas daqui de São Luis conhecida como Litorânea. Chegando à Litorânea ele estaciona o carro no calçadão e partimos para a areia, sentamos em uma mesa num barsinho e então Carlos resolve ir dar um mergulho. Eu fico sentado só olhando o movimento até que olho para o lado e vejo um carinha me secando, ele também estava no bar e para o meu azar estava de frente para mim. Até que era bonito, devia ter uns 18 anos no máximo, era saradinho e estava só de sunga branca da adidas, tinha os cabelos espetados e um brinco na orelha, tinha também um piercing no nariz.

Ele sorriu para mim, eu apenas olhei para a direção da praia, e quando vejo a visão do paraíso, sim meus amigos, era Carlos saindo da água e vindo à direção do bar, ele usava uma sunga preta que nossa senhora tive de fechar as pernas para tentar conter a ereção, só faltou uma câmera que filmasse em modo Super Slow que daria uma ótima cena de um galã para as telonas de Hollywood. Ele caminhava lentamente, sem pressa alguma, enquanto isso o carinha que me secava vem até minha mesa e com a maior cara de pau puxa uma das cadeiras e senta, não acreditei, mas somente dei um pulo de susto. Ele percebendo meu susto e com a cara mais sínica fala:

_ Calma gatinho, desculpa pelo susto, mas você poderia me dizer seu nome?

_ Desculpas aceitas, mas quem você pensa que é para chegar à mesa dos outros e sentar sem ser convidado? E quanto ao meu nome, creio que não seja da sua conta já que nem te conheço! – falei de forma curta e grossa.

_ Nossa! Já vi que o gato é selvagem, por incrível que pareça eu adoro desafios – falou ele em tom sínico e sedutor.

Quem aquele cara pensava que era? Ô louco meu! Apenas respondi:

_ Cara não me leve a mal, mas caso você não percebeu eu não quero papo e você está incomodando, então, por favor, me dê licença e retire-se, pois se você pensa que vai me conquistar com esse seu papinho é melhor se tocar, mudar o vocabulário e só então tentar algo com alguém, porque comigo você não vai conseguir nada, já que em primeiro lugar você não faz o meu tipo, em segundo não gosto de pessoas metidas a conquistadoras baratas, terceiro que não gosto de pessoas sem noção e sem o mínimo de vergonha na cara, quarto que eu tenho namorado e ele está chegando aí e quinto que ele super ciumento.

Quando termino de falar Carlos chega e pergunta:

_ Luciano algum problema por aqui?

_ Não meu amor, esse rapaz apenas me confundiu com um amigo e por engano veio falar comigo – falei olhando na direção do sem noção.

Ele apenas gaguejou algo, ficou todo vermelho e saiu de fininho, minha vontade era de dar muitas gargalhadas, mas me controlei. As horas se passaram e então resolvemos pedir um almoço e ficamos mais um tempo ali curtindo tudo, até que olho na direção do calçadão e vejo Gabriel vindo em nossa direção, nessa hora quase engasguei. Carlos ao perceber a chegada de Gabriel fecha a cara e olha para mim, eu apenas fiz um olhar de “para com isso seu bobo, eu te amo e deixa de ciúmes bobo, rum”. Ele então vem e nos cumprimenta.

_ Luciano! Que bom te ver por aqui.

_ Gabriel! Digo o mesmo de você, mas e ai o que faz por aqui?

_ A cara eu estava em casa quando resolvi dar um mergulho e vim para cá.

Nisso eu pensei, puta que pariu, São Luis é uma ilha e há várias praias porque ele tinha que escolher justo a que eu vim? Fora que tinha duas praias mais perto do nosso bairro para ele ir. Eu sei que vocês devem está pensado, Luciano é um sem noção, o carinha foi até essa praia por acaso, e quem é ele para proibir o garoto de ir a outras praias sem ser perto do bairro e tals, mas é que eu percebia que de certa forma o Gabriel mexia com o Carlos, o fazendo ter atitudes inesperadas, a ultima foi ele revelando para Gabriel que éramos namorados, por esse motivo eu pensei isso, mas enfim voltando ao conto. Carlos se mexeu na cadeira e cumprimentou Gabriel, até convidou-o para se juntar a nós, Gabriel desconversou e no fim aceitou, mas que primeiro iria dar um mergulho. Assim que Gabriel saiu Carlos me olhou e falou:

_ Nossa eu convidei só por educação, não sabia que ele iria aceitar.

_ Amor se convidou agora aguenta e vê se para de ciúmes seu bobo.

_ Ta bom meu lindo, mas vou te contar tem cada pessoa cara de pau nesse mundo.

_ Carlos meu amor menos né, te esqueceu que foi você que convidou? Agora para com isso que já já ele ta vindo aí.

Depois de um tempo Gabriel vem com um sorriso no rosto, puxa uma cadeira e se senta.

_ Que água boa! Nossa muito boa mesmo. Luh você não vai cair não?

Fiquei besta, nunca ele havia me chamado dessa forma, mas levei de boa e olhei para Carlos que me lançou um olhar do tipo: “Quê que foi isso”? Eu olhei de volta e sorrindo para Gabriel respondi:

_ Ah eu não, já basta o sol que pego todo santo dia na piscina, melhor ficar aqui mesmo!

_ ah que isso, esse sol nem se compara com o dos dias que nós treinamos, vamos lá, vem eu vou contigo.

Nessa hora Carlos me lançou um olhar do tipo: Eu vou matar esse moleque.

_ Valeu mesmo Gabriel, mas eu to de boa.

_ Você que sabe, não sabe o que tá perdendo. E você Carlos já deu um mergulho?

_ Já sim, realmente a água tá ótima – falou Carlos de uma forma educada, mas que no fundo queria pular no pescoço de Gabriel, kkk.

_ Nossa achei super legal esse namoro de você, já tem quanto meses? – perguntou Gabriel.

_ Vai fazer oito semana que vem! Né meu amor? – disse Carlos pegando na minha mão.

_Nossa tudo isso, pelo visto é firme mesmo – falou Gabriel.

_ Põe firme nisso – falou Carlos.

_ Ah eu também estou à procura de uma amor assim – falou Gabriel olhando para mim.

_ Tenho certeza que você vai encontrar, só não sei se vai ser tão sortudo ao ponto de achar uma pessoa que nem eu achei para mim. Não é meu amor? – falou Carlos sorrindo para mim. Ai gente ele é muito fofo.

_ Nossa seria ótimo se fosse igualzinho mesmo, você tem muita sorte, espero ter essa mesma sorte – disse Gabriel cheio de segundas intenções e olhando para mim.

Nessa hora Carlos pigarreou e ficou nitidamente irritado e falou:

_ Pois é né Gabriel, sinto dizer, mas acho que Deus fez e jogou a forma fora, portanto esse é único e já possui dono, o máximo que você tem que fazer é torcer para ser parecido, já que igual você não vai ter.

Nessa hora vi que o clima fechou e tratei logo de dizer:

_ Nossa a conversa está ótima, mas tá ficando tarde e precisamos ir, não é amor?

_ Pois é meu anjo! Gabriel foi um prazer, mas agora realmente temos que ir, até qualquer hora.

Nós já estávamos levantando, quando Gabriel disse:

_ É realmente está ficando tarde, eu acho que também já estou indo, será que vocês poderiam me dar uma carona?

Não acreditei, porra Gabriel queria me quebrar, apenas olhei para Carlos que falou:

_ Poxa cara até dava, mas é que vamos pro meu apartamento agora e ele fica no Calhau (gente Calhau é o nome do bairro, que por sinal é onde mora a maioria dos classe média alta daqui de São Luis) e acho que vai ficar meio longe para você.

_ Que nada é até melhor, eu estava indo para essa bandas. Mas claro só se não for muito incômodo.

Nessa hora não tinha mais desculpas acabou que falamos:

_ Não que isso, então vamos?

E assim foi, pagamos o bar e subimos em direção ao carro, nessa hora Carlos destrava o carro e ambos entramos, eu no banco do carona, Carlos no do motorista e Gabriel atrás de mim. No fundo só rezei para que a conversa não chegasse ao ponto que chegou. Carlos deu partida e fomos.

Continua...

Comentários

Há 3 comentários.

Por fozzi em 2013-09-28 03:48:02
muito bom parabéns
Por wteens em 2013-09-19 12:07:14
muito bom o seu conto
Por Fernando em 2013-09-18 19:49:17
nossa muito boa sua história!