Um pequeno foco de esperança

Parte da série O ressurgir da fênix

Eu estava disposto a descobrir mais sobre aquele homem, mas tinha que ser cauteloso, pois embora eu fosse assumido não devia sair contando para todos e sendo uma pessoa promiscua - coisa que acho horrível - portanto eu seria cauteloso. Procurei organizar meus pensamentos, já que sempre fui estrategista, sempre procurei colocar a razão por cima da emoção. Fui para meu apartamento, tomei um bom banho e deitei na cama e fiquei pensando num jeito de me aproximar dele sem serem notadas minhas verdadeiras intenções. Imaginei várias formas até que por fim acabei desistindo, não sabia como chegar nesse rapaz e pelo menos por enquanto resolvi deixar esse assunto para segundo plano, preferi dar prioridade para meus estudos e minha carreira, por fim acabei dormindo.

Ao amanhecer, despertei com o som do despertador e fiz minha higiene normal, ainda era um pouco cedo, pois eu gostava de dar umas voltas antes de ir para a universidade. Peguei minha bicicleta e parti em direção a um parque muito lindo, era ainda inverno, mas por incrível que pareça o dia estava agradável, os poucos raios de sol iluminavam uma pequena lagoa e dava aquela cena um ar de cena de cinema; demorei pouco e fui em direção à universidade, ao chegar coloquei minha bicicleta no mesmo local de sempre e entrei no prédio da universidade, ao entrar noto que aquele que estava provocando meus sentidos estava atrás de mim, senti um arrepio e um frio na barriga, em meu pensamento quis puxar assunto, mas me conhecendo bem sabia que iria pagar mico, além de cometer alguma gafe e com toda a certeza do mundo iria gaguejar, apenas apressei o passo e rapidamente estava entrando na sala. Ao chegar procuro o mesmo local que fiquei na aula anterior e me direciono para lá. Emmile e Bryan já estavam lá, falo com eles e só então noto que o rapaz não havia entrado ainda, fiquei curioso, mas me mantive calmo. O sinal toca e em seguida o professor chega minutos depois o rapaz entra e pede licença ao professor e explica que estava no escritório da universidade acertando alguns assuntos, o professor manda que ele procure seu lugar e ele vem em direção ao meu lado novamente, nesse momento meu coração começa a bater forte, mas procuro me acalmar. Como era possível não conhecer alguém direito e esse alguém mexer dessa forma com seus sentidos? Ele era lindo, mas o que me encantou nele foi mistério que ele emanava, ele não era de falar muito, mas era notável que vinha de berço e que sem duvidas era um dos melhores da turma, esse ar de mistério de certa forma me chamou atenção, era como se esse mistério tivesse alguma forte ligação a mim e eu devesse descobrir o porquê disso tudo.

O resto da aula foi à mesma coisa, ao final fui convidado por Emmile e Bryan para ir para um bar pela noite, aceitei o pedido e fui para casa, ao chegar tomo um banho e vou assistir um pouco de TV, estava passando um programa de talentos, coisa que desde criança sempre me fascinou, assisti até o fim e só então me toquei que estava sem roupas para sair (sempre fui um pouco exagerado, rsrs) e então decidi ir até a alguma loja comprar alguma coisa, acabei comprando um casaco preto, um suéter vermelho, uma calça também preta e um sapato social, fui até um salão e dei uma mudança no visual, repiquei o cabelo na navalha para dar movimento, fiz luzes, estava bem gato, voltei para casa e me arrumei e liguei para Emmile, eles já estavam lá, ao adentrar o bar noto que várias pessoas me olhavam, devia estar bem bonito, pois umas mulheres me olhavam com desejo e até uns carinhas também olhavam, procurei não dar bola, avistei Emmile e fui em sua direção. Ao chegar nos cumprimentamos e começamos a falar:

_ Uau, você está lindo! Se eu não amasse Bryan te daria uns pegas, haha – exclamou Emmile.

_ Nossa! Bom saber que estou lindo, rsrs – falei meio sem jeito.

Nisso conversamos um pouco até que Bryan volta

_ Boa noite Luciano! Nossa tá gatão desse jeito para quem posso saber? Kkk – falou Bryan com brincadeira.

_ Só resolvi me arrumar, kkk – falei super vermelho. Não sabia que Bryan tinha esse tipo de brincadeira.

_ Fica assim não Luciano, meu amor é sempre assim, sempre deixando os outros com vergonha – falou Emmile.

_ Nossa amor! Se eu não tivesse com você eu até pediria uma chance para o Luciano, olha só que gatinho que ele tá, kkk. _ falou Bryan.

Nessa hora me senti um tomate, percebi que ele notou isso e que fazia de propósito.

_ Deixa de ser sem vergonha Bryan, não vê que está deixando o Luciano com mais vergonha – falou Emmile dando uns tapinhas fracos no Bryan.

Daí eu percebi que seriamos grandes amigos, mas o que o Bryan me falou me deixou intrigado, será que era só brincadeira? Poderia jurar que senti uma ponta de verdade no que ele falou, mas deixei de lado, vai ver era só paranoia minha.

_ Nossa Bryan, não sabia que você curtia kkk, mas quem te ilude que eu te daria uma chance? - falei desafiando e entrando na brincadeira.

_ Vish, toma logo o seu doce Bryan, apoiado Luciano, esse daqui se acha, kkk – falou Emmile se matando de rir.

Nessa hora deu até pena do Bryan, o bichinho ficou todo vermelho, kkk.

_ Ah fica assim não galã, é que realmente você não faz o meu tipo –falei dando tapinhas no seu ombro.

Emmile ria muito, o clima era pura descontração.

_ Gente eu estou amando a amizade de vocês e por esse motivo vou falar uma coisa que quase ninguém sabe de mim – falei dando um sorriso.

_ Ah me deixa ver, você é gay, acertei? – falou Emmile.

Nessa hora fiquei de boca aberta, como será que ela havia descoberto? Nossa como eu pude ser tão previsível, apenas concordei e perguntei como ela havia descoberto.

_ Ah poxa né Luciano! Depois daquela cena que você fez depois que o Rafael chegou atrasado, até cego enxerga né? – falou ela de uma tom tão natural.

_ Nossa! Não sabia que tinha dado tanto na vista, mas você acha que ele percebeu? – perguntei curioso.

_ E você ainda tem duvida? Claro né Luciano – falaram os dois ao mesmo tempo.

_ Ai gente como eu pude ser tão burro, meu Deus ele deve está pensando que eu sou um idiota.

_ Acho que não – falou Emmile.

_ Como assim acha que não? Me explica história Emmile – falei.

_Bem por onde posso começar, pelo pouco que conheço o Rafael de vista sei que ele é do tipo de cara que não curte muito ser o centro das atenções.

_ Oh que descoberta – falo interrompendo ela.

_ deia eu terminar seu bobo – falou ela sorrindo.

_ Claro vai – falei rindo também.

_ Continuando, bem por ele não gostar de ser o centro das atenções é mais que notável que ele é super na dele e coisa e tal, mas soube de boatos anteriores que ele veio do Brasil também e que ele tinha uma relacionamento lá.

_ Sim, mas o que tem isso haver com o caso em questão – falo interrompendo ela novamente.

_ Mas você é apressado hein garoto? – fala ela rindo.

_ Desculpas, mas vai lá continua.

_ Pois bem, pouca gente sabe, mas me falaram que ele também é gay e que ele tinha um relacionamento gay lá no seu país e que por este motivo seus pais que por sinal são muito ricos mandaram ele para cá, para se afastar desse relacionamento.

_ Não creio nisso! – falei surpreso.

_ Pois acredite meu bem.

_ Não acredito que ele seja gay, ele nem aparenta.

_ Você também não aparentava até a seguinte reação que você fez em sala.

_ É verdade! Mas isso é uma ótima noticia, quer dizer que tenho chances.

_ Já nisso eu não posso te dar certeza, pois ele já está aqui há um ano e nunca se relacionou com ninguém, só soube disso por um amigo que era amigo dele. Mas que infelizmente teve que ir embora para Londres e desde então o Rafael ficou sozinho e sem nenhum amigo – falou Emmile.

Nessa hora quase não escutava nada, apenas tinha esperança que tinha chance com ele, pois só o fato dele também ser gay já era meio caminho andado. Mas o que me intrigava era que se ele percebeu a minha reação, porque não se afastou, porque ele se aproximou de mim? Mesmo que essa aproximação não tenha sido notória? Será que eu chamei sua atenção? Se passavam mil coisas em minha cabeça e do nada sou despertado por Bryan e Emmile.

_ Alo! Terra chamando Luciano. O que estava pensando? Posso saber? – falou Emmile.

_ Hã, ah oi, bem eu estava pensando em uma coisa que fiquei de fazer – falei tentando despistar.

_ Aham! Sei muito bem que coisa é essa, mas vamos deixar de lado por enquanto, vamos até uma boate, estou louca para dançar.

_ Vamos – falamos eu e Bryan.

Seguimos em direção à boate, dançamos muito, curtimos muito, foi perfeito. No fim saímos de lá umas 03h00min e no caminho tomei um taxi. Já dentro do taxi indiquei meu endereço e no caminho me pego pensando:

“Minha nossa, então quer dizer que seu nome é Rafael, ele é do Brasil e além de gato é gay? Não poderia ser melhor, agora sim tenho motivo para me aproximar”. Cheguei em casa tomei um banho e fui dormir super feliz.

Continua...

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Há 10 comentários.

Por em 2013-05-26 15:50:31
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Por em 2013-05-26 15:50:29
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Por em 2013-05-26 15:50:28
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Por em 2013-05-26 15:50:27
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Por em 2013-05-26 15:50:13
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