11. Bandeira branca

Conto de Luã como (Seguir)

Parte da série O garoto da mesa 09

Oi gente! Estou feliz em dizer que consegui postar esse capítulo antes que eu pensava. É um capítulo interessante na história, e quase não aconteceu. Espero que vocês gostem. Boa leitura!

Fico sem saber o que dizer enquanto o telefone toca na mão dele. Ele atende, as mãos trêmulas.

- mãe?

Então, ele começa a chorar.

- mãe, como você tá?

Onde você tá?

Por que não mandou notícias até agora?

Eu to bem, só to com muita saudade.

Quando eu vou poder te ver?

Tá bom, obrigado por ligar.

Eu também te amo mãe, tchau.

Então, ele volta a chorar, ainda mais. Me sinto destruído em ver ele assim. Chego perto e lhe dou um abraço apertado, na esperança de lhe dar algum alívio dessa situação. Ele me agarra forte, e sinto suas lágrimas molharam minha camiseta. Eu sabia que ele estava sofrendo, mas só agora pode ver a proporção disso. E eu me sinto culpado. Não queria que isso tivesse acontecido. Aos poucos ele se acalma, até que me solta e limpa o nariz na camiseta.

- me desculpa por isso. Não queria que você tivesse me visto assim.

- ei, para com isso. Sou eu.

Acaricio seu rosto e ele fecha seus olhos, agora inchados pelo choro.

- o que ela disse?

- que tá com saudade, mas não tem previsão de voltar.

- quer ir lá em Porto Alegre ver ela?

- não, não agora. Se ela só me ligou agora é porque só agora ela tá começando a se acalmar. Vou respeitar a vontade dela, mesmo que eu sinta muita saudade.

Lhe dou outro abraço, e então vamos para a mesa tomar café. É um momento silencioso entre Felipe e eu. Eu deixo que ele fique quieto, acho que ele precisa disso agora. Quando termino, subo para me trocar e me despeço dele, indo para a floricultura. O bom de trabalhar sábado é que dura só o período da manhã, e passa rápido. Mas minha cabeça não para de pensar na ligação de Paula. Por que só agora? Eu não a entendo.

Humberto precisa sair para resolver algumas coisas, e me avisa que talvez eu tenha que fechar a loja. Eu gosto da ideia, com mais trabalho eu ficaria mais ocupado e não pensaria tanto. Assim como em outros sábados, esse não da muito movimento. Fecho a loja e decido ir almoçar no restaurante. Me sinto estranho entrando como cliente, já que passei muito tempo servindo mesas, e agora eu estou indo para sentar em uma. Ao chegar logo vejo João no caixa e Carlos correndo com a bandeja na mão. Sorrio e os cumprimento, e me bate a sensação de nostalgia. Esse lugar foi palco de tanta coisa na minha vida. Talvez a lembrança mais intensa foi a do dia que conheci Felipe, na mesa 09. Olho para ela e as recordações me invadem, me arrancando um sorriso. Vou até a cozinha, onde minha mãe e minha tia estão correndo e se virando em 10, como sempre. Elas me veem e sorriem, surpresas com a visita.

- oi filho! Que surpresa boa.

- oi mãe, tava com fome e resolvi passar aqui. Acabei de sair da floricultura.

Lhe dou um beijo, e vou até minha tia e lhe dou outro.

- e então Edu, como vão as coisas?

- comigo tá tudo bem mãe. Mas Felipe não está muito bem.

- o que aconteceu?

- a mãe dele ligou hoje de manhã.

- só agora? Onde ela se meteu esse tempo todo?

- ela tá no apartamento deles em Porto Alegre, foi pra lá desde aquela vez. Não tinha ligado pra dar notícias até agora. Felipe está bem abalado.

- eu imagino. Não deixa ele sozinho filho, conversa bastante com ele. Deve estar sentindo muita falta dela. E eu espero que ela tenha se arrependido, e esteja correndo atrás do prejuízo com ele.

- se você quiser convidar ele pra dormir lá em casa, vai ser ótimo Edu. Eu aproveito e conheço ele, e a gente não deixa ele sozinho.

- eu tenho certeza que ele ia adorar tia. Eu vou convidar ele. E obrigado pelo apoio.

Me sinto feliz em ver todos da minha família engajados e preocupados com Felipe. O pai dele deve retornar só na terça feira de viagem, e eu não quero deixar ele sozinho.

Vou pegar meu prato e me sirvo. Só o cheiro da comida já me abre ainda mais o apetite, e me faz lembrar o quão bem minha mãe e minha tia cozinham juntas. Meu pai deve chegar só mais tarde do taxi, mas elas estão se virando bem. Almoço rapidamente, e me despeço de todos, indo para casa começar a arrumar minhas coisas pra voltar pra casa dos meus pais. Nesse pouco tempo em que morei com a minha tia, senti que nossa união melhorou, apesar de ela quase não estar em casa. Era gratificante o sorriso dela ao ver que tinha alguém em casa quando ela chegava do trabalho, e podia conversar um pouco, dividir a mesa pro jantar pelo menos, já que nas outras refeições eu as fazia sozinho. Sou grato a ela pelo apoio e por me ajudar na hora que mais precisei. Mas agora é hora de voltar pra casa. Começo a colocar meus livros e CDs em uma caixa de papelão, e quando estou quase fechando, vejo o porta retrato que Felipe me dera no meu aniversário. Coloco ele no topo das minhas coisas na caixa, e então a lacro com cuidado. Minhas roupas que quase não uso eu já guardo na mala, e deixo apenas algumas roupas pra eu usar até o dia da mudança. Depois que termino, ligo pra Felipe pra saber como ele está.

- Lipe?

- oi Edu. Como você tá?

- eu to bem, e você?

- também. O que tá fazendo?

- acabei de encaixotar algumas coisas minhas pra mudança. E você?

- eu to aqui no meu quarto, olhando TV.

- isso parece depressivo. Quer vir pra cá ficar comigo?

- parece uma ótima ideia.

Sua voz já melhora consideravelmente.

- mas traz roupa junto, você vai passar a noite aqui.

- mas e sua tia?

- ela que deu a ideia. Quer te conhecer e eu não quero te deixar sozinho ai nessa casa. Me avisa quando tiver chegando. Vou fazer brigadeiro de panela e separar um filme bom pra assistir.

- já to indo. E obrigado. Eu te amo.

- eu também te amo. Vem logo.

Desligo e já vou pra cozinha começar a preparar as coisas. Deixo o brigadeiro esfriando e vou tomar um banho. Vou até um site de filmes e escolho “Hoje eu quero voltar sozinho”. Nunca assisti, mas muitos falam bem. Não demora muito até que Felipe chega. Abro a porta e o recebo com um abraço caloroso, e um beijo breve, mas intenso.

- você tá melhor? – pergunto enquanto vou até a cozinha pegar o brigadeiro.

- agora eu to.

Ele me abraça por trás e beija minha nuca. Não gosto de ver Felipe assim, triste, abatido. Não o Felipe que eu conheço.

Conecto o cabo HDMI no notebook e na televisão e me aninho no sofá com Felipe, com o pote enorme de brigadeiro e duas colheres. O filme é lindo. Uma história de amor entre dois garotos, um deles cego, mas que não se faz de vítima por causa da deficiência. Muito pelo contrario, ele busca a independência. Tem uma história simples e envolvente. Olho pra Felipe que está com o olho fixado na TV, e eu fico feliz por ele estar se distraindo. Quando os dois dão seu primeiro beijo de verdade, no final do filme, eu e Felipe vibramos juntos no sofá, comemorando. Quando o filme termina, decido preparar o jantar.

- alguma sugestão?

- eu to doido pra comer cachorro quente.

- precisamos ir no mercado então.

O mercado não fica longe daqui, e agradeço que a sugestão de Felipe não tenha sido algo complexo demais. Alem do mais, eu amo cachorro quente também. Estamos quase chegando no mercado, quando vejo alguém na calçada, cabeça baixa entre os joelhos, provavelmente chorando. Me aproximo pra ver quem é, e tomo um susto.

- Alexandre?

Ele levanta a cabeça, os olhos avermelhados e inchados de chorar.

- o que aconteceu?

- nada.

Me sento em seu lado, e coloco minha mão em seu ombro, num gesto de apoio.

- você tá chorando, me fala o que aconteceu.

- meu pai.

- o que houve?

Eu já penso no pior. Por favor, que ele não tenha morrido.

- o médico acabou de sair daqui. Nem conseguem mexer meu pai da cama. Se ele não fizer a cirurgia logo, ele pode ter um infarto a qualquer hora e morrer.

Então, ele começa a chorar ainda mais. Eu não posso ficar sem fazer nada.

- eu posso vê-lo?

Ele me olha sem falar nada, tentando controlar o choro.

- por que você se importa?

- eu imagino como deve ser difícil a situação que você tá passando, e eu não quero que aconteça algo com seu pai. Eu sei que você não é o que demonstra ser lá na escola. E eu sei que você age assim pelos seus problemas, Alexandre. E eu me importo com isso. Só me deixa ver ele.

Ele faz que sim com a cabeça e levanta, batendo as mãos na calça pra limpar a sujeira da calçada. Eu também me levanto e eu e Felipe o seguimos pra dentro de casa. Chego no quarto do pai de Alexandre, e quando ele abre a porta, eu fico horrorizado. Seu pai está na cama, uma cama feita de cimento, certamente pra aguentar seu peso. Ele deve estar na faixa dos 180 kg. Apesar de tudo ele apresenta bom humor.

- ei filho. Quem são seus amigos?

- oi pai. Esses são Eduardo e Felipe. E esse é meu pai, Luiz.

Alexandre fica visivelmente sem jeito pela expressão “amigos”, já que isso não é nem de longe o que somos.

- prazer, Luiz. Como você está?

- vou indo, filho. Não dá pra desanimar, não é mesmo?

Eu sorrio tentando esconder meu sofrimento ao ver sua situação. Olho para Alexandre, que também tenta lutar contra as lágrimas ao ver seu pai assim.

Me sento ao lado da cama e começo a conversar com Luiz. Logo descubro o quão positivo ele é perante seus problemas. Ele me da um breve resumo de sua vida, e me dá vários conselhos para eu me cuidar e cuidar da minha saúde.

- eu fiquei assim por não me cuidar. Sempre comi por compulsão. As vezes eu comia até passar mal, vomitava e comia de novo. Subsisti a comida por muitos sentimentos. Ela acabava preenchendo o vazio que eu tinha em mim mesmo.

Sinto o quanto ele está arrependido, e sei que se ele tiver essa segunda chance, ele vai fazer direito. Estamos entrosados, mas nossa conversa é breve. Eu preciso ir.

Saio do quarto e vou até a sala, que assim como o resto da casa, é bem simples. Me sento no sofá ao lado de Felipe e de frente pra Alexandre.

- de quanto vocês precisam pra fazer a cirurgia?

- mais ou menos uns 15 mil.

- e vocês já conseguiram alguma quantia?

- muito pouco, não chega nem a mil. A família ajuda como pode, mas ninguém tem condições. Meu pai tá na fila de espera há quase um ano, e até agora nada.

- é uma quantia muito alta, mas a gente pode tentar alguma coisa. Fazer alguma campanha, pedir algum empréstimo, não sei.

- Eduardo, eu ainda não entendo por quê você se importa com isso. Eu fiz sua vida um inferno nos últimos meses. Era pra você não dar a mínima pra isso.

- é, você fez mesmo. Mas não significa que eu não queira te ajudar, ajudar seu pai. Família é família Alexandre, e eu sei como é sofrer por alguém da família. O Felipe também sabe. Família é a base de tudo, e seu pai precisa de ajuda. O que eu puder ajudar, eu vou ajudar.

Ele fica sem palavras, apenas nos olhando, com uma expressão ainda abatida.

- bem, se você insiste, eu não vou impedir. Só que fique claro que eu não estou pedindo nada.

- eu sei, sou eu quem quer ajudar.

- bem, obrigado.

Ele suaviza sua expressão, e eu me alivio. Será que estamos finalmente levantando a bandeira branca?

Saio com Felipe e retornamos nosso caminho ao mercado. Estamos um tanto calados, até que no meio do caminho Felipe quebra o silêncio.

- como você pretende ajudar?

- eu ainda não sei. É muito dinheiro.

- eu também quero ajudar.

Eu o olho e sorrio, incrédulo.

- mas mesmo assim se juntarmos dinheiro, não chega no que ele precisa.

- bem, isso é algo que precisamos pensar.

Depois de comprarmos as coisas, voltamos pra casa debatendo como poderíamos juntar o dinheiro. Decidimos então pedir pra nossas famílias, e o restante fazer um empréstimo. É uma ideia ainda de se amadurecer, mas não ia desistir. E teria que começar o quanto antes. Luiz precisa de ajuda imediata.

Estou terminando de fazer os cachorros quentes quando minha tia chega.

- boa noite crianças.

Ela coloca sua bolsa em cima do sofá e vai até a cozinha nos cumprimentar. Depois de me dar um beijo no rosto, ela se apresenta pra Felipe.

- prazer em te conhecer Felipe. Eu sou Fátima, tia do Edu.

- o prazer é meu Fátima. E obrigado por me receber.

Então, nos juntamos à mesa e começamos uma conversa interminável sobre os mais variados temas. Felipe tem o dom de encantar qualquer pessoa com seu carisma. Minha tia parece ter adorado ele, e eu me sinto feliz por isso. Após jantarmos e lavarmos a louça, nos sentamos na sala pra assistir televisão. Logo começa a passar um filme, e minha tia anuncia que olhar filme sem comer pipoca não é olhar filme. Ela levanta e corre pra cozinha novamente, enquanto passa os comerciais. Não demora muito para o milho começar a estourar na panela, e o cheiro se espalhar pela casa. Isso me faz sentir fome de novo. Ela volta com a pipoca bem em tempo de não perder nada importante. O resto da noite foi assim, calma. Estava sentindo uma sensação de paz incrível, estando apenas ali com eles. Depois que o filme termina, minha tia nos dá boa noite e vai pro seu quarto. Eu e Felipe vamos para o meu. E estranhamente, quando me deito na cama e Felipe me abraça por trás, isso é o suficiente pra mim. Sem segundas intenções, sem desejos, sem sexo. Apenas um abraço e uma noite de sono ao seu lado já me basta. Sua respiração em meu pescoço, ficando mais calma aos poucos, me revela que ele dormira antes que eu. Pelo jeito o sono não vai vir pra mim tão cedo. Preciso pensar em algum jeito de ajudar Luiz. Felipe também vai, e eu sei que ele tem mais condições que eu. Mas eu vou tentar fazer o máximo que eu puder.

O dia mal amanhece e eu já levanto da cama disposto a tentar achar uma solução pra essa história. Eu tenho muito pouco em minha poupança, mas esse dinheiro agora já tem outro destino. E na escola eu vou tentar fazer algum tipo de campanha irá arrecadar mais. O dia das bruxas está chegando, e seria uma temática perfeita pra uma festa onde o lucro iria para a cirurgia.

É segunda feira, e eu vou primeiro até Alexandre saber o que ele acha da ideia.

- eu não sei. Vai ser muita exposição pro meu pai. Não sei se isso é bom.

- não vai ser exposição nenhuma, Alexandre. O pessoal não vai ajudar por pena, vai ajudar por consideração. O povo da cidade é unido, ainda mais pelo tamanho daqui, quase todo mundo se conhece.

Ele então, após relutar, acaba aceitando a ideia. Então eu vou direto ao diretor pra saber se posso organizar a festa, junto com o Grêmio estudantil da escola.

- é claro filho! É uma causa muito nobre. Fico orgulhoso de você.

- obrigado diretor. Eu vou conversar com o pessoal ainda hoje!

E como planejado, o projeto da festa ganha vida. O evento será na próxima semana, então temos que correr pra organizar tudo.

Estou na floricultura trazendo algumas flores do estoque para a loja, quando Felipe me liga. O atendo e ouço sua voz eufórica do outro lado.

- meu pai vai ajudar Edu! Ele vai conseguir dar um pouco mais da metade do que a gente precisa!

- caramba Felipe isso é incrível!

- ele ainda tem que pedir o empréstimo no banco, mas ainda assim ele vai ajudar!

Eu nem tenho palavras pra descrever a admiração que tenho por César. Esse homem é incrível.

Com a campanha na escola ganhando força, a notícia se espalha pela cidade e as pessoas se empenham pra conseguir o restante.

O dia da festa acaba chegando rápido, e eu estou ansioso por isso. Estou de volta na casa dos meus pais, e minhas coisas ainda estão desajeitadas no meu quarto. Havia me mudado ontem. Me olho no espelho e me assusto com minha fantasia de Freddy Krueger. A campainha toca e vou correndo atender. Abro a porta e lá está o policial mais lindo que eu já vi. A roupa preta está colada em seus braços fortes, e isso me atiça.

- e aí bonitão.

- com você eu não dormiria nem se eu quisesse.

- até mesmo porque se você dorme eu te mato.

Ambos rimos de minha piada de humor negro, e então eu pego minhas coisas e a gente vai pra festa. Ao chegar, já vejo bastante movimentação. O ginásio da escola está decorado, com direito a abóboras e todos os outros objetos tradicionais de Halloween, além de jogo de luzes e um Dj. Todos estão fantasiados, o que deixa a festa ainda mais legal. Estamos dançando quando Alexandre chega, vestido de Frankstein. Ele vai até nós.

- oi.

- e aí Frankstein! Como vão as coisas?

- tudo indo.

- e seu pai?

- insistiu tanto pra eu vir que acabou me vencendo pelo cansaço.

- você fez bem em vir. Precisa se distrair um pouco.

Quando vejo, há alguém gritando o nome de Alexandre, chamando-o na multidão. Quando nos viramos, há um aluno vestido de “gorda do circo”, uma clara tentativa de fazer piada com a situação de Luiz.

- eu vou pegar esse filho da...

- se acalma. É isso que eles querem. Não rebate ódio com ódio.

Seguro o braço de Alexandre, que acaba se acalmando.

O resto da festa corre bem, e logo temos o sorteio da rifa e o desfile de melhores fantasias. Felipe e Paloma, que está vestida de mulher gato, vencem. Ao irmos embora, Alexandre me agradece mais uma vez. Vejo que ele está mudando, e está ficando esperançoso quanto a seu pai. Fico feliz de participar disso.

No outro dia, contabilizando o lucro da festa, e somando ao que já tínhamos conseguido no total, arrecadamos o que precisávamos. Ao ficar sabendo, Alexandre vem me agradecer, e pela primeira vez, vejo seu rosto iluminado de alegria e de alívio. Sinto que ele também está começando a criar um afeto comigo, deixando nossas diferenças de lado.

Estamos eu, ele e Felipe em frente à escola.

- eu não tenho nem como agradecer vocês. De verdade, muito obrigado.

- que isso, agradece a todos que se empenharam, eu só dei uma forcinha.

- você teve a iniciativa Eduardo. Isso tudo é por você. Obrigado.

Estamos caminhando pela calçada, Felipe está me levando rumo ao meu trabalho. Ele me olha de uma forma que me deixa desconcertado.

- o que foi?

- eu sinto tanto orgulho de você nesse momento.

Eu ruborizo.

- pela campanha?

- por tudo. Você se empenhou e de certa forma está ajudando a salvar uma vida Edu. Você tem noção disso?

- eu não sei por quê, mas senti que precisava fazer isso. Tudo o que estava no meu alcance eu fiz, e fico feliz que tenha dado certo.

Depois de alguns dias, Alexandre me conta que a cirurgia de Luiz fora marcada para daqui a duas semanas.

Sorrio pensando que algum tempo atrás eu e Alexandre estávamos aos socos e chutes em um jogo, e hoje estamos virando amigos. A vida tem suas reviravoltas.

Comentários

Há 6 comentários.

Por Dougglas em 2015-12-25 08:27:31
Um dos capítulos mais emocionantes até agora. Eu amei do início ao fim. eh tão bom ver a relação do Edu e do Felipe. Eu fico com invejinha aqui. Eles tem uma cumplicidade imensa, e até agora a história deles tá tão boa e nem precisou daquele velho clichê de ciumes e tal. Embora eu ainda tenho esperança de ver rsrsrs. Edu teve uma atitude realmente nobre. Ele não só compreendeu o Alexandre, como se mobilizou a ajudar, mesmo que fosse algo difícil. Achei bem bacana. Tô ansioso pelo resto da história e vou correndo ler. Abraço.
Por Luã em 2015-08-19 16:26:38
Oooi gente! Fico muito, muito, muito feliz com os comentários de vocês. Eu sei que isso é clichê, mas é isso que me dá gás pra publicar. A primeira parte tá acabando, amanhã ou no máximo sexta eu posto o último capítulo, e eu fico feliz por terminar esse projeto tão importante, e logo vou começar a segunda temporada. Vocês vão amar, eu prometo! Abraços <3
Por Alvinho em 2015-08-18 23:57:33
Amei muito esse conto , perfeito *---* amo o filme "Hoje eu quero voltar sozinho" , assistam é o melhor . Meu caro, meus parabéns . Sou seu fã, estou ansioso pelo próximo.
Por Niss em 2015-08-18 23:57:06
Realmente como diretor disse,foi uma iniciativa muito nobre! Fiquei bastante feliz de o Edu ter dado a forcinha e tbm fico muito feliz em ver que o Alexandre está mudando. Espero pelo proximo capitulo. Kisses, Niss.
Por diegocampos em 2015-08-18 13:39:09
Amei a iniciativa dele que bom que o Alexandre tá mudado muito bom o capítulo
Por luan silva em 2015-08-18 11:21:33
me emocionei com esse capitulo a iniciativa dele foi muito legal nao tem como nao amar essa serie.