Beira-mar- prévia 02

Conto de Luã como (Seguir)

Parte da série Beira-mar

A melodia calma de um violino é a trilha sonora que faz meus passos florescerem. As mãos e os pés começam a se ligar pela dança, movendo meu corpo sutilmente pela sala, onde há outros colegas meus fazendo o mesmo. Mas para mim, é como se apenas eu estivesse aqui. Minha mente está vazia, meu corpo está se movendo livremente e eu apenas transmito meus sentimentos mais genuínos através dos meus movimentos hora intensos, hora sutis. Dança contemporânea é a minha paixão. É um lado curioso da minha personalidade que eu simplesmente não consigo entender. Eu não sou sentimental, ou frágil, tampouco meigo. Mas transmitir essa delicadeza nos passos de dança faz eu me encontrar de uma maneira que nada mais consegue o fazer. É só aqui que eu consigo esquecer meus problemas, preocupações, indagações e aborrecimentos. Bem, quase todos. Roger continua sendo um deles. Um grande, irresistível e delicioso problema. Não importa o quão concentrado eu esteja na minha dança, eu sempre me pego olhando pra ele, com aquela regata branca e justa, mostrando seus músculos, aquela calça de moletom deixando tudo mais à vontade em seu interior, e eu preciso parar de olhar a todo o momento. Roger sabe muito bem do poder que ele tem sobre mim. Ele sabe que ele mexe comigo. Ele sabe tão bem, que ele usa isso a seu favor, me deixando sem saída muitas vezes. A música para, fazendo todos os dançarinos pararem junto.

- pessoal, por hoje é só. Agora eu quero que vocês descansem bastante, porque amanhã a gente vai pegar pesado de verdade. A competição tá chegando e eu quero levar o primeiro lugar pra casa de novo. Vocês sabem que as chances são altas, então vamos nos esforçar ao máximo pra isso. – diz ele batendo as mãos duas vezes, em sinal de ânimo, então todos começam a pegar suas coisas, no canto da sala.

- ah Rafael, se você não se importar, eu preciso falar com você em particular. – eu ouço isso e meu estômago se revira, pois eu sei o que ele quer. E o pior é que eu anseio por isso. Sua expressão facial não deixa transparecer nada, já que a sala ainda está cheia, mas eu sei que por dentro ele quer me pegar agora mesmo e fazer o que ele quer fazer. Assim que a última pessoa passa pela porta, ele a fecha, trancando-a com chave. Seus olhos não desgrudam dos meus, enquanto ele começa a caminhar lentamente até a mim.

- Roger, se alguém ver a porta trancada, vão achar estranho...

- prefere que eu faça com a porta aberta?

Caralho, como ele consegue fazer isso? Eu simplesmente não consigo pensar em uma resposta dura o suficiente para impedi-lo, pois eu não quero impedi-lo. Quero que ele me pegue aqui nessa sala e faça o que ele quiser comigo.

- Roger, não...

- você não me obedeceu. Eu te falei pra não tomar muito sol, se não ia se queimar. Olha como você tá marcado. – ele passa a mão em meus braços, me deixando arrepiado.

- a gente não pode fazer isso aqui, Roger.

- eu não posso esperar mais. Vendo essa tua bundinha redondinha a tarde toda foi uma tortura. Agora eu quero ela só pra mim. – ele chega até meu pescoço e roça sua barba em mim, fazendo meu pênis pulsar.

- você é um puto de um gostoso, sabia Rafael? – sentir sua respiração próxima do meu ouvido me faz fechar os olhos e, em milésimos de segundos, eu estou pegando ele pela nuca e tomando-o pra mim. Foda-se a porta trancada, foda-se que estamos em um estúdio de dança, eu só quero transar com ele aqui e agora. Nossas línguas se encontram e parecem estar brigando. Nossas respirações estão rápidas e fora de controle. Eu chupo sua língua e sugo ela pra mim, fazendo Roger me pressionar ainda mais contra sua ereção. Então, ele morde meu lábio inferior levemente e o puxa pra frente, e quando o solta, lá estamos nós nos beijando ferozmente de novo. Roger me deixa fora de mim. Ele é o cara mais gostoso que eu já vi na vida, o único que faz eu agir feito um puto. Ele se afasta de mim e fica a um metro de distancia mais ou menos, com seus olhos castanho escuros me avisando que eu sou apenas dele, enquanto eu o admiro por completo. Seu corpo alto e forte é uma tentação. Seus cabelos castanhos curtos já estão bagunçados por causa das minhas mãos. Seu rosto é muito convidativo, com traços bem marcados, tudo muito bem encaixado e dosado na medida certa. Sem ter nada exagerado, nem tendo o que tirar nem por. Ele parece ter sido esculpido a mão. Eu vejo então ele tirando sua regada, mostrando seu corpo forte, seus ombros largos e peitoral definido, agora um pouco vermelho por causa do sol de logo cedo.

- você gosta?

Não consigo me conter e acabo pegando em meu pênis por cima da calça, fazendo-o sorrir. Então, ele se vira e vai em direção ao mini system do outro lado da sala e coloca uma música qualquer. Quando ele está na minha frente novamente, eu sinto que não há mais escapatória.

- não quero que ninguém ouça a gente. – ele diz no meu ouvido, dando pequenas mordiscadas logo em seguida.

Sua mão grossa começa a me tocar, me deixando louco. Quando sinto ela em minhas calças, meu pênis pulsa dentro da cueca, fazendo-o aperta-lo ainda mais. Então, ele me vira bruscamente e me deixa pressionado contra o espelho da sala, com meu rosto de lado e minhas mãos encostadas, para cima. É aí que eu escuto sua calça sendo tirada e em poucos segundos a vejo caindo no canto da parede, perto de mim. Roger me enche de beijos molhados no pescoço, respirando forte e falando besteiras na minha orelha.

- sabia que você é muito gostoso, Rafael?

E eu não consigo responder. Eu estou em transe, inebriado por seu toque. Tudo o que eu consigo fazer é soldar pequenos gemidos, atiçando-o mais ainda.

- você sabe como eu fico quando você começa a gemer assim.

- assim? – gemo um pouco mais alto, sentindo sua mão encher minha bunda. Ele então me vira novamente de frente pra ele e eu vejo seus olhos ardendo em brasa. Eu tiro minha camiseta e o assisto se deliciando com o que vê. Sua mão começa a passear por meu abdômen, e é quando vejo seu pênis pulsar sentir da sua cueca bóxer preta.

- olha o que você faz comigo. – ele olha para baixo, para sua cueca, começando a tirá-la lentamente. Quando ele se livra por completo dela, seu mastro pula pra fora, fazendo eu sorrir de felicidade. É um mastro e tanto. Automaticamente eu começo a salivar, e não contendo minhas mãos, pego-o com vontade e começo a me divertir com meu brinquedo. Com o toque da minha mão, ele inala forte e joga a cabeça pra trás, sentindo o prazer que eu estava dando pra ele. Mentalmente eu me xingo, por ser tão idiota a ponto de não conseguir me controlar, pois Roger não presta. Ele não presta e eu sei disso. Mas eu também sei que eu não me importo, eu só quero ter ele pra mim. Quero sentir ele, tocar ele, saber que mesmo que por poucos minutos, ele é meu. Só agora, já que eu sei que ele não costuma usar coleiras. Nunca usou. E eu também não. Então, estamos quites. Somos apenas dois homens buscando diversão momentânea.

Comentários

Há 5 comentários.

Por Juju em 2015-11-20 12:20:17
Asiosa para o começo!!!! Muito bom!!!
Por Fortes_ em 2015-11-19 12:00:29
O que falar dessa série que nem conheço e já considero pacas! Bem que podia lançar logo...kk
Por diegocampos em 2015-11-14 00:34:39
Estou gostando muito das prévias e a cada prévia estou ficando mas ansioso para o primeiro capítulo parece ser uma série ótima
Por Disturbia em 2015-11-12 02:16:54
RRASO migo, nossa de Eduardo para Rafael foi uma mudança brusca ein, hahahaha adorei, achei que não ia gostar mt de contos assim, mas vc lacrou pqp ansioso pro próximo , bjs de Luz ;*
Por Niss em 2015-11-11 18:40:39
Nossa!!! Que intenso Luã!! Roger safadinho hahaha. Essa série vai lacrar hahaha. Espero pelo próximo. Kisses, Niss.