Capitulo XIV - Hoje eu quero você
Parte da série O Anjo & O Ateu
Depois de falar com o Andrew, corri para tomar um banho. Comecei a me lembrar do episódio com a Lexi, a maneira como reagiu e me tratou quando descobriu sobre meu namoro com seu amigo. Não estava preocupado com a Lexi me expor, mas com sua reação, parecia que eu estava tirando o Andrew dela. Não entendia o porquê daquilo, afinal eles eram apenas amigos, precisava tirar isso a limpo. Me enrolei na toalha, e assustei-me quando me deparei com meu pai sentado na minha cama.
- Pai!
- Vai sair Vincent?
- Sim, pai. Vou comer uma pizza com uns amigos.
- Com o Andrew? – Perguntou. Fiquei paralisado na hora.
-Bem, eu... não. – Por que a pergunta?
- Porque ele está de carro em frente a nossa casa, e parece estar esperando alguém.
- Esqueci de avisar, Vincent, eu chamei o Andrew pra sair com a gente, Tudo bem?- interrompeu a Rebecca, chegando de repente.
- Cla-ro que não tem problema. Disse.
- Pai, será que você pode recepcioná-lo, enquanto eu me arrumo? - Perguntou Rebecca
- Tudo bem. Não demora, pois estou aguardando seu avô, ele vai passar uns dias aqui com a gente.
-E a antipática da Lara, vai vir também? Perguntou Rebecca.
- Com certeza, e tenta tratá-la bem dessa vez Rebecca. - Disse meu pai saindo.
-Ufa! Me salvou de novo Becca.
- Vince, você tem que ser mais firme com nosso pai, pensei que você ia chorar.
- Eu sei, eu entrei em pânico, ele estava aqui no quarto me esperando. Acha que ele está desconfiado?
- Acho que não, se soubesse ele não estaria calmo dessa forma. Mas tome cuidado, nosso pai é esperto, ele pega as coisas pelo cheiro. E você cheira a Andrew. Falou rindo.
- Engraçadinha.
- Vou me arrumar. Eu iria de táxi, mas como fui forçada, vou aproveitar e pegar uma carona com vocês, vou pro shopping.
Fiquei no meu quarto alguns minutos esperando Rebecca se arrumar. Meia hora depois, ela aparece toda arrumada na porta do meu quarto. Descemos as escadas, o Andrew estava sentado no sofá conversando com meu pai.
Os dois pareciam bem a vontade, meu pai olhava fixamente o Andrew, aquelas atitudes dele já estavam me deixando com uma pulga atrás da orelha. Andrew estava todo sorridente, como é lindo esse meu namorado. Pensei
- Vamos? - Falou Rebecca me cutucando
- Vamos! - Quase gritei
- Juízo hein. Juízo viu Vincent - Disse meu pai, me encarando com seus olhos.
- Vamos só comer uma pizza pai, voltamos logo.
- Não estou marcando horário, você não é mais um adolescente. Até amanhã, Andrew! - Disse meu pai.
- Até mais Victor -
O que meu pai quis dizer com "até amanhã", pensei comigo. Saímos de casa, demos de frente com o carro de Andrew.
- Nossa! uma S-10 novinha? Disse Rebecca
- Presente de meu pai - Contou Andrew
- Presentão hein! Eita sogro bom. Brinquei
- E... Espera para ver o presente da minha mãe.
Entramos no carro, cheirava a novo, parecia que acabara de sair da concessionária. Deixamos a Rebecca no Shopping, depois seguimos caminho. O Andrew estava misterioso, não falava onde estava me levando. Odeio surpresas, pensei.
- Drew? Onde estamos indo, não tem nada de interessante por esse lado da cidade. - Disse
- Agora tem!
- O que...? - Perguntei
Antes de Andrew responder, adentrou dentro de um prédio, me assustei na hora. O porteiro o recebeu e ainda o cumprimentou como se o conhecesse . Estacionou o carro na garagem, parecia que estava reservada pra ele.
- Vamos subir? – Disse Andrew
- O que viemos fazer aqui, Drew?
- Lembra que te falei do presente da minha mãe?
- Como assim?
- Minha mãe me deu um apartamento.
Nossa! Um apartamento e um carro novinho? Pensei comigo.
- É... Parece que não sou mais o único playboy da faculdade - Disse rindo
Entramos no elevador e o Andrew escolheu um dos vários andares, me pareceu ser o terceiro. Pareceu porque nem deu tempo de reparar, pois, antes que eu falasse qualquer coisa, o Andrew me agarrou e começou a me beijar, pressionou minhas costas sobre a parede do elevador e seu corpo sobre o meu. Sua língua invadia minha boca, circulando por cada pedaço dela. Andrew começou a deslizar sua língua sobre meu pescoço, quando ouvimos o alerta de que tínhamos chegado ao andar solicitado. Pouco antes de o elevador abrir, ele parou de me lamber, me deixando um pouco desconcertado. Não havia ninguém no andar. Ele segurou minha mão, me acompanhando até seu apartamento. Dentro do apartamento, pulou no sofá dizendo:
- E aí amor, o que achou?
- De que? Do nosso ninho de amor? Simplesmente perfeito, só que temos que inaugurar em grande estilo.
Andrew pareceu entender o que tinha insinuado e voltou a me beijar. Seus beijos eram provocantes e despertavam em mim sensações únicas, ficamos tão próximos que podia sentir seu membro crescendo enquanto me agarrava. Ele retirou minha camisa e pegou a minha mão me levando para o quarto. Dessa vez eu queria estar no controle da situação, o agarrei por trás, pela cintura e sussurrei em seu ouvido:
- Drew, hoje quero experimentar algo novo com você, quero te dar um prazer diferente - disse apertando sua bunda com as mãos.
Continua...