Capítulo VII - A Confissão de Lexi

Parte da série O Anjo & O Ateu

Minha respiração estava ofegante, eu sentia seu calor, seu cheiro, tudo aquilo me deixava muito excitado. Teve um momento em que Vincent colocou sua mão dentro da minha calça, confesso que corei na hora, meu pau tava "duraço", estava louco de desejo de pegá-lo ali mesmo, até que ouço alguém forçando para abrir a porta.

- Vince, calma ai mano! – Falei, ainda recuperando o ar.

- Desculpa, Andrew, eu me empolguei,-Disse Vincent meio envergonhado.

- Não é por isso, Vince. Tem alguém tentando entrar, a gente está num banheiro do shopping, lembra?

- Meu Deus! E agora, Andrew!? - Falou ele meio assustado.

Antes que pudéssemos fazer qualquer coisa, a porta foi forçada até que se conseguisse abri-la. Era o zelador do shopping, ele nos olhou meio desconfiado, mas antes dele falar qualquer coisa que seja, eu o interrompi.

-Obrigado senhor, achei que íamos ficar presos aqui a noite toda. A gente não tava conseguindo abrir a porta- Falei com a maior cara de pau, levando o Vincent pra fora dali.

Fomos direto para o estacionamento do shopping, chegando no carro, eu não aguentei e comecei a rir. Vincent olhou pra mim, ainda preocupado e falou:

-Não acredito que você ainda consegue rir disso tudo, Andrew.

- Desculpa, Vince,mas você tinha que ver sua cara quando o zelador abriu a porta. Para um ateu, até “Meu Deus” você chamou - Falei rindo.

Ele não aguentou e começou a rir também. Ficamos alguns minutos dentro do carro lembrando e rindo daquela situação embaraçosa. Eu parei e fiquei observando o Vincent, observando aquele lindo sorriso e aqueles lábios que tanto desejei, até que me aproximei e dei um selinho dele.

- Eee ... então, Drew, quer almoçar lá em casa amanhã, a gente curte a piscina e depois assiste alguns filmes. O que acha? - falou ele.

- Acho ótimo, mas é aniversário da Lexi amanhã, os pais dela estão chegando de Capelinha, ela fará um almoço, vou precisar ajudá-la. - falei, notando o leve desapontamento do Vincent.

- Tudo bem, então! – disse.

-Eu convidei a Rebecca e o Solano, eles estão indo, bem que você podia aparecer por lá também!? - falei

- É melhor não, eu e a Lexi somos colegas de turma, ela nunca simpatizou muito comigo- falou.

- Eu tenho certeza que com o tempo ela vai mudar de opinião. Amanhã te ligo e combinamos de sair de novo à noite pode ser? – falei.

-Aham, vou ficar esperando viu! - falou ele, me dando outro selinho.

Vincent fez questão de me deixar na porta do prédio que eu moro. Nos despedimos e trocamos nossos números. Quando cheguei em casa a Lexi já estava dormindo. Tomei banho e fui me deitar, demorei um pouco a dormir, não parava de pensar no meu encontro com o Vince. No dia seguinte, acordei, o relógio marcava 06:15, levantei, fiz minha higiene matinal, a Lexi ainda estava dormindo. Resolvi aproveitar e fazer uma surpresa de aniversário para ela, preparar minhas famosas panquecas, que ela adora. Enquanto passava o café,a Lexi aparece dizendo:

- A noite ontem foi boa neh!? Chegou agora?

- Que nada, acordei cedo especialmente para fazer essas panquecas que eu sei que você adora; e sim minha noite ontem foi ótima, e ah! Meus parabéns Leh- falei abraçando ela.

- Obrigada Drew, você é um anjo - falou ela meio triste.

- O que aconteceu, Lexi, porque você está tão desanimada assim no seu “niver”? - falei preocupado.

- É-quee... , eu e a Susan não temos mais jeito, terminamos ontem! - falou ela.

- Que pena! Vocês duas pareciam tão bem juntas. – falei.

- Eu sei, a Susan é ótima, é legal comigo, mas sabe quando falta alguma coisa, tipo, sei lá,é...

-Amor! – Interrompi, meio que assustando a Lexi.

- Talvez seja mesmo! Sabe aquela troca de olhares, aquele desejo de ficar perto, aquela vontade de cuidar, aquela sensação de conforto? Eu sinto falta, sabe. A Susan... A gente nunca teve isso como eu tive com... -Falou ela ficando em silêncio ao se lembrar do nome de alguém.

- Hum...Saquei. Você gosta de outra pessoa. Quem é? Eu conheço? – Perguntei.

- Ninguém. Deixa isso pra lá- falou ela.

-A não Lexi! Você começou falar agora termina – Disse.

- É passado, já foi, hoje somos apenas grandes amigos e sim você conhece ele - disse ela.

- Ele? Então é um cara. Quem é o sortudo, Lexi? Fala aew! Fiquei curioso agora- Falei ansioso.

- É melhor não Drew, vamos mudar de assunto? -falou ela.

- Confia em mim mais não eh!? - falei meio aborrecido.

- Claro que sim, Drew! - contou ela.

- Então fala logo quem é o cara? –

Nessa hora eu já estava com um misto de curiosidade e raiva, pois a Lexi nunca tinha escondido, ou melhor, se recusado a me contar algo. Eu queria saber quem era aquele “cara”, quem tinha conquistado daquela forma o coração da minha amiga em tão pouco tempo, pois ela só tinha passado alguns meses sozinha em Belo Horizonte e já estava tão apaixonada.

Foi então que de repente Lexi me olhou e, antes que eu tivesse qualquer reação, me beijou e por algum motivo eu retribui; não pensei em mais nada naquele momento, só me entreguei ao beijo, foi algo que mexeu comigo, eu ainda tinha algum sentimento pela Lexi?

- É você, Andrew, o “cara” que eu não consigo esquecer! - confesso Lexi

Continua ...