Capítulo IV - O segredo de Vincent

Conto de Lopesmoc como (Seguir)

Parte da série O Anjo & O Ateu

Ficamos ali, parados... Um de frente para o outro, ele me olhava de uma maneira penetrante, eu retribuía; fiquei meio sem reação, nem mesmo consegui vestir a toalha, talvez nem quisesse. O Andrew estava incrivelmente sexy, seu corpo definido era perfeito, seus cabelos pareciam louros e arrepiados e lhe davam um ar de moleque, de anjo; seus olhos pareciam mudar de cor a cada momento que o via, eu estava com uma imensa vontade de agarrá-lo ali mesmo e puxá-lo para dentro do quarto. Mas sempre acontece algo pra quebrar o clima, naquele momento meu celular toca, e automaticamente respondo:

- o banheiro é logo ali, segunda porta à esquerda.

- obri-ga-do! E me desculpa pelo...

- Tudo bem! Eu que me esqueci de fechar porta- o interrompi.

-OK, então - disse ele, saindo com um sorriso mais meigo, com dentes incrivelmente brancos.

Voltei a atenção para o celular e vi que era a Pâmela. Que menina chata e grudenta! Já faz quase um mês desde o nosso término e ela continua me ligando. Não retornei a ligação. Uma coisa era certa, desde o primeiro momento que vi o Andrew, nos corredores da Universidade, tive uma estranha sensação de apego, como se o conhecesse; um inexplicável desejo, não parava de pensar nele, e quando o vi aqui em casa, fui até um pouco rude, mas foi porque eu estava meio confuso e com medo do que estava sentindo. Medo porque se meu pai, Victor Thomaz, pelo menos sonhar que seu único filho anda suspirando por homens, feito um "viadinho", não consigo nem imaginar o que poderia fazer comigo.

Desde meus 13 anos de idade sempre lutei contra esse desejo por homens. Lembro-me da primeira vez em que me senti atraído por um garoto, foi pelo meu primo Rodrigo. Na época, ele tinha lá seus 17 anos, estávamos no sítio de meus avós, quando o vi entrar na piscina, de sunga branca, quase que transparente, deixando à mostra um imenso volume; foi minha primeira ereção. Mas eu sempre fui discreto, meus curtos relacionamentos sempre foram com mulheres, fazia questão que meus amigos e colegas me vissem agarrando e beijando mulheres nas festas e na faculdade, tinha a maior fama de "Pegador", mas a sensação de vazio e desconforto era evidente nos meus relacionamentos.

Eu nunca tive coragem de ter algum relacionamento afetivo com qualquer homem que seja, mas já tive lá meus casinhos, um deles foi com o meu melhor amigo, Carlos. A gente voltava do show de Paralamas do Sucesso, um mais bêbado que o outro, combinamos de dormir na minha casa mesmo, meus pais e minha irmã estavam viajando, resolvemos assistir um filme antes de dormir, nos sentamos no sofá da sala e aí procurei um filme para assistirmos, depois de olhar alguns, resolvemos ver um pornô heterossexual. No efeito da bebida, me deixei levar e toquei o seu pau sobre a calça, Carlos se assustou a primeiro momento, mas depois se entregou àquele desejo e abaixou o zíper da calça, tirando aquele pau enorme, devia ter uns 19 cm. Eu o chupei com muita vontade, percebi que ele foi ao delírio, na hora nem sei como sabia o que fazer, apenas quis sentir prazer e dar prazer ao Carlos, minha boca sugava todo aquele volume, ao descer e subir eu ouvia os gemidos de prazer, em certo momento, o Carlos empurrou minha cabeça contra seu pau e ele se encaixou perfeitamente na minha boca, pude sentir seus jatos de porra na minha boca, foi o momento mais gostoso que eu tinha vivido até aquele dia, não houve penetração, nem houve beijo. Depois que ele gozou, se afastou, ficou um clima tenso entre nós, ninguém dizia nada; então, nós fomos dormir, eu no meu quarto e ele na sala. Desde então, nunca mais comentamos sobre esse gostoso episódio, também nunca mais repetimos.

Dias depois, Carlos resolveu morar com a tia em São Paulo, perdemos o contato, a última vez que o vi foi no velório de minha mãe, há quase um ano.

Continua ...

Comentários

Há 1 comentários.

Por Flôôr em 2015-03-12 19:14:03
Ahh contando assim ele ñ parece ser um playboysinho ñ, axei até legal