Ligados Ao Passado - Capítulo V

Conto de Lohan como (Seguir)

Parte da série Ligados ao Passado

Ligados Ao Passado

Capitulo V

Acordando cheio de perguntas

Dormindo sem nenhuma resposta.

Após uma noite sem sonhos, Nuno foi despertado por algo úmido e quente passando pelo seu pé direito que estava incrivelmente gelado por ter deixado descoberto. Demorou alguns segundos até sua visão se acostumar. Apesar de ser de manhã, cerca de 07h00min, o dia estava nublado e sua casa tinha essa característica de não ser muito iluminada e isso confundia a distinção da hora. Quando sua visão finalmente se fixou, ele olhou o que era aquilo que continuava insistentemente lambendo seu pé.

- DOBBYYYYYYYYY! – Assim que viu ela, Nuno jogou o cobertor para o lado e a abraçou com um sorriso de orelha a orelha. Ela automaticamente balançou seu rabo de um lado para o outro, enquanto lambia o lado esquerdo de seu rosto e soltava pequenos sons, dando a impressão de estar choramingando de alegria – Ahh que saudades de você sua sapeca.

Ele ficou alisando seu pelo por um tempo, quando começou a sentir o frio que estava fazendo, ele pegou o cobertor novamente e pôs ao redor de seus ombros, como se fosse uma capa.

- Se você está aqui, é porque Yoshie já chegou. Certo? – Dobby latiu como se respondendo em afirmativa – Ei, shiiiiuuu! Temos visita em casa – Nuno apontou com o dedo em direção ao seu quarto, Dobby dirigiu seu olhar na direção que ele apontou e saiu indo na mesma direção. Nuno levantou-se, meio dolorido, os puf’s não eram tão confortáveis assim para se dormir em cima deles. Depois que se espreguiçou, seguiu Dobby.

Ela estava parada na porta do seu quarto farejando, tentando identificar o cheiro de alguém que era estranho para seu olfato.

- Primeiro. Sentada. Irei abrir a porta para você vê-lo, mas não é pra ir até lá, só veja de longe, okay? – Ela olhou para ele e sentou-se de forma obediente, esperando ele abrir a porta, mudando seu olhar de Nuno para a porta, da porta para Nuno, como se dissesse “Vamos logo com isso! Quero ver quem é!”.

Nuno abriu a porta e ela permaneceu em seu lugar, olhando a pessoa que estava deitada na cama de Nuno, ela ergueu suas orelhas e ficou atenta, passou algum momento e ficou nas quatro patas, quando ia colocar uma das patas dianteiras dentro do quarto indicando que iria entrar, Nuno produziu um som com sua garganta indicando uma advertência, ela parou e olhou para ele, “Sério? Quero ver mais de perto!”.

- Quem sabe se ele acordar durante o tempo que ficar aqui eu deixe você ir até ele. Agora. Desça, avise a Yoshie que já acordei, vou só checar uma coisa e já chego para conferir o resto da trupe. – Imediatamente, ela saiu correndo e desceu as escadas, enquanto Nuno ficava olhando ela ir, ele pensou.

“Que minhas palavras não se concretizem!”

Ele entrou no quarto e primeiro se dirigiu ao banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto, após isso, ele fez uma limpeza e desinfecção de suas mãos (NT: Hábito que adquiriu no hospital). Quando voltou para o quarto, ele foi checar o estado de Ender, tudo estava okay, contudo, quando ele pôs a mão no colchão ele percebeu que estava úmido próximo ao corpo dele. Seu primeiro pensamento foi na sonda, ele hesitou em checar se lembrando da noite anterior com o que havia imaginado ou sonhado, mas rapidamente “vestiu em si” seu lado profissional para lidar com a situação. Ele pegou uma caixa de luvas para procedimento que estavam dentro de uma das cômodas e foi checar se a sonda estava bem colocada. Após checar e ver que não era nada relacionado a isso, ele ficou pensativo, tentando encontrar uma pista do que explicasse o colchão estar levemente molhado. Retirou as luvas e as colocou no lixo, então voltou para o lado de Ender mais uma vez. Estava com uma suspeita do motivo, mas não achava que fosse muito provável, estava só se baseando em uma lembrança de infância.

“Quando éramos crianças, se me lembro bem, Lyan, ele e eu fomos a um rio que ficava em uma das propriedades dos pais de Ender, estava terrivelmente frio e meio que chuviscando. Lyan e eu entramos na água, mas quando saímos de lá, não paramos de tremer mesmo depois de voltar pra casa, tomar um banho morno e se enrolar com um cobertor, já ele, saiu de lá sem camisa e foi todo o caminho de volta brincando, dizendo que éramos fracos e que sentíamos frio muito fácil. Não é possível que essa umidade seja calor por causa do lençol que coloquei sobre ele”.

Quando pôs a mão sobre a testa de Ender, suas suspeitas foram confirmadas, ele estava suando. Não era devido à febre, Nuno conseguia distinguir bem o calor natural que o corpo produzia e um calor provocado por febre, logo, ele abaixou o lençol até a cintura de Ender, deixando a maior parte de seu corpo exposta. Por fim, ele checou quanto tempo havia decorrido desde a última vez que havia ministrado a nutrição parenteral¹ (NT: Pulei a descrição desse procedimento nos capítulos anteriores falando somente soro, soro e soro. Deu a entender que Ender estava sendo mantido somente com isso 24horas por dia. Sendo que não era bem isso. Desculpem-me por não ter colocado nos capítulos anteriores a real descrição do procedimento, achei desnecessário ficar colocando detalhamento dos procedimentos, mas vejo que tem um peso importante para a compreensão de certos detalhes ^-^). Leví havia ministrado a nutrição parenteral quando era quase 21horas28min, ainda faltava mais umas 2 horas para que a solução acabasse. Ele então pegou seu celular e marcou o despertador para avisá-lo quando esse tempo passasse. Após isso ele saiu do quarto e se dirigiu para a cozinha.

A cada passo que dava, o cheiro de várias comidas vinham de encontro ao seu nariz, e isso fazia seu estômago apertar de ansiedade e sua boca salivar. Apressou seu passo e quando chegou à cozinha viu que Amaya e Yoshie estavam preparando um grande café da manhã com todas as comidas preferidas de Nuno.

- Se vou ser mimado dessa forma toda vez que vir passar uns dias em casa, vou começar a vir mais vezes. – Ele sorriu, Amaya sorriu de volta, já Yoshie...

- Se depender de mim você morre de fome – Yoshie não era em nada parecida com Amaya, enquanto Amaya era doce, gentil e atenciosa, Yoshie era grossa, mal humorada e fria (NT: Mas somente por fora, no fundo era um poço de ternura), além disso, ela tinha mais características ocidentais, herdadas de seu falecido pai. – Dessa vez, quando voltar pra cidade me faça o favor de levar esses demônios com você – Yoshie apontou com a colher de pau para Dobby que estava sentada com as orelhas voltadas para os sons das panelas e demonstrava nenhum interesse no que Yoshie falava. Em seguida para Severo², um gato totalmente preto e com olhos verdes que estava preguiçosamente deitado na mesa, ignorando a existência de todos e por fim, Nagini³, uma coruja de cerca de 20 cm de comprimento, com asas negras, penas da face e barriga em tom amarelo e olhos de um tom amarelo-avermelhado, que dormia empoeirada em uma das vigas da cozinha.

- Ahh! Não me diga que não gostou de passar esse tempo com eles? São ótimas companhias. – Nuno riu e debochou, pois sabia que eles não eram fáceis de lidar.

- Ótimas companhias? – Yoshie estava incrédula – Essa cachorra a todo canto que eu ia nessa casa, me seguia, ficava olhando com esses olhos. Julgando-me! Latia incontrolavelmente toda vez que pegava em algo seu para limpar, quando não ficava rosnando quando pegava nos seus livros. Já esse gato, quase morre de desnutrição até o dia que acertei como fazer a comida dele, se estivesse quente, fria, salgada ou doce demais ele erguia esse focinho esnobe e ficava miando até eu tentar novamente, e pra completar, à noite essa coruja, ou melhor, esse filhote do diabo, não me deixava dormir com os seus piados e bicadas nas janelas da casa, tentei deixar aberta para que voasse e fizesse o que quisesse, mas essa cachorra ficava uivando até eu fechar a janela, e esse gato por mais que o colocasse fora do quarto, toda vez que eu ia dormir ele estava deitado no meu travesseiro. Foram os piores meses da minha vida. – Yoshie falou tudo isso sem nem ao menos tirar uma pausa para respirar, suas veias estavam salientes e sua pele branca estava vermelha igual uma pimenta de tão revoltada que estava.

- Certo, talvez não sejam animais muito convencionais e sejam cheios de vontades próprias, mas...

- Sem mais. Não quero ouvi-lo. Okaasan? Terminou o recheio das panquecas? – Yoshie voltou a dirigir sua atenção para as panelas, ignorando qualquer coisa que Nuno pudesse dizer.

Ele riu e balançou a cabeça, foi até o lado de Amaya e lhe deu um beijo na bochecha – Bom dia Obaasan! – Rapidamente passou o dedo no recheio doce que ela estava preparando, Amaya nem teve tempo de respondê-lo. Magicamente uma colher voadora colidiu com a testa de Nuno.

- Como um médico pode ser tão nojento? Saia, saia. Deixe-me terminar o café da manhã em paz, sem seus dedos passando dentro das panelas.

Amaya riu, sempre que esses dois se juntavam somente o caos reinava, era assim desde que eram crianças. Yoshie era seis anos mais velha que Nuno (NT: Ela tinha 33 anos), mas às vezes era mais infantil que ele, além de muitas vezes sentir ciúmes da forma que Amaya o tratava.

- Auu! Está bem, está bem. Vou pegar um copo de café e esperar terminarem. Você ainda não está muito jovem para estar tão ranzinza?

Outra colher voou em sua direção, mas dessa vez, conseguiu se esquivar. Os dois ficaram rindo, enquanto repetiam de forma igual – BAKAAAA! (NT: Idiota)

Os três sentaram a mesa para tomarem café, o que levaria certo tempo com a quantidade de coisas que Yoshie havia comprado para preparar.

- Cadê os meninos Yoshie? Já devem estar enormes – Yoshie tinha dois filhos, um com oito anos e outro com seis anos. Eram o xodó de Yoshie e seu ponto fraco, por mais dura que fosse com as pessoas, com eles, ela era uma manteiga.

- Ahh! Estão sim! Pela hora, já devem estar na escola, o pai deles os levou hoje, já que eu tinha que trazer os “seus filhos”. A propósito, leve Dobby para acasalar logo, para depois ter filhotes, somente assim, eles pararam de chorar e me pedir para ela continuar lá.

- Impossível! Nenhum cachorro imundo irá por as patas sobre ela, fora de cogitação. Certo Dobby? – Ela latiu em resposta – Viu? Compre um brinquedo ou algo do tipo para eles.

- Tem certeza que ela é um cão mesmo? Às vezes ela tem um comportamento muito estranho – Yoshie falava estreitando seus olhos e diminuindo sua voz para um sussurro, para parecer que estava falando de algo realmente muito assustador enquanto encarava Dobby brincando no canto da cozinha com um bichinho de pelúcia.

- Não sei, sempre conversei com todos eles como se fossem meus amigos, acho que acabaram pegando a habilidade de entender o que os humanos falam.

- Vindo de você, não me espanta que isso possa ser verdade.

Amaya somente tomava seu café em silencio olhando de um para o outro e sorrindo com a conversa daqueles dois, logo ela terminou seu café e saiu para a varanda para fumar em seu velho cachimbo, sentada em um dos bancos de madeira.

- Então, agora que minha mãe saiu. Diga-me, esse rapaz que está aqui, não é “aquele” rapaz? Que era amigo seu e da Lyan, e que depois acabou te dando um belo pé na bunda quando soube “daquelas coisas”. E que estava morando com ela lá no Canadá. É?

Nuno tomou um gole de seu café e após desviar seu olhar, assentiu.

- Por essa eu não esperava! Como se encontraram novamente? Achei que você havia cortado todos os laços com seus amigos e parentes do passado. Apesar de Lyandriam ainda me ligar às vezes perguntando por você – Ela parecia confusa e surpresa.

- Eu também não esperava por isso. Ele simplesmente apareceu na emergência do hospital que trabalho, em estado grave, aparentemente, foi um acidente automobilístico.

- Como assim? Aparentemente?

- Não sei okay? As informações sobre tudo isso estão confusas ou incompletas, não foi possível encontrar endereço ou parentes, o carro que estava era alugado e ainda está sendo analisado, como não sou legista e nem perita, estou no escuro quanto ao andamento, mas pelo que sei até agora, nada conclusivo foi descoberto.

- Mas isso é motivo para trazê-lo? Depois do que ele te fez, era bem provável que você nem o socorresse.

- Não vamos exagerar também, não é? Mas... Quando ouvi o nome dele não acreditei, corri para confirmar se era realmente ele e quando o vi no estado em que estava só pensei em salvá-lo, não tive espaço pra raiva no momento. Os motivos para trazer ele para cá são mais superficiais, o hospital é privativo, bem no estilo americano, tipo “Pague e salvamos sua vida!”, ele ficou lá por dois dias, devido a minha insistência, mas geralmente, é feito os primeiros socorros e depois, se não tiver convênio com o hospital, plano de saúde ou alguém para pagar, o paciente é encaminhado para um hospital público qualquer.

- E por que não deixou que isso acontecesse? Seria mais fácil para você, não?

- Até pensei, mas fiquei preocupado. Ele chegou em estado grave, com grandes e profundas lacerações e outras coisas, mas o que me preocupou foi que desde o acidente, ele está desacordado, mas não em um estado de coma profundo, isso me deixa confuso.

- Quanto ao endereço dele, não bastava ligar para a Lyan? E ele não tem um irmão?

- Eu liguei e acertei tudo com ela, ela pagou as despesas e está vindo para cá. Bem, esse foi o segundo motivo para trazer ele e deixa-lo sob meus cuidados domiciliares por enquanto. Ela vem busca-lo. Mas alguma coisa ainda não está certa, ela disse que fazia um tempo que ele tinha vindo ao Brasil e que após alguns meses parou de ter contato com ela e não sabia onde ele estava desde então e quando mencionei o irmão dele, ela disse que seria perca de tempo, que o irmão não ajudaria.

- O meu Deus! Não acredito que minha sobrinha favorita está vindo! – Yoshie sorria genuinamente, nem se preocupando com o que Nuno tinha falado sobre Ender, somente focando na parte “Ela está vindo”. Elas não tinham nenhuma ligação sanguínea, mas Lyan a chamava de Tia, por causa dos cuidados que Yoshie sempre teve com ela.

Nuno simplesmente revirou os olhos esbanjando seu tédio com relação a isso, enquanto pensava “Como se você tivesse muitas sobrinhas, sendo filha única”.

- Quando ela chega?

- Daqui a uns quatro ou cinco dias. Disse que era o tempo que precisava para deixar tudo resolvido.

- Estou ansiosa por isso! Faz realmente muito tempo desde a última vez que falei com ela.

- Bem, basicamente é isso... Só terei mais informações quando ele acordar... – Nuno fez uma expressão desconsolada.

- Você realmente quer que ele acorde enquanto está aqui? – Ela percebeu o olhar conflitante que ele expressou.

- Não. – Nuno deu um sorriso desanimado – Não sei. Em parte quero que ele permaneça assim, e que saia da minha vida sem que eu tenha que olhar em seus olhos, mas... Outra parte quer que ele acorde. Essa outra parte quer confrontá-lo, saber o porquê das ações dele no passado, o porquê de me machucar.

- Fazer isso não vai machucar ainda mais? – Yoshie sabia e não sabia do que Nuno estava falando, tudo com relação aqueles dois sempre foi muito confuso, nada tinha um sentido muito definido, mesmo após 10 anos passados do ocorrido, Nuno nunca contou o que de fato houve entre eles, somente dando indícios que era algo sério.

- Yoshie... – Nuno chamou seu nome com uma voz firme e a olhou com olhos mortalmente frios – Depois de tudo aquilo... Nada pode me machucar.

Yoshie sentiu um arrepio percorrer seu corpo, como se sentindo um presságio de que Nuno estava prestes a “cuspir para o alto”. (NT: Expressão que indica quando alguém diz que nunca faria algo e acaba fazendo).

- Você que sabe o que será melhor para você só... Por favor, tenha cuidado. – Ela se levantou e começou a recolher os pratos para lavar.

Nuno ainda estava sentado à mesa, quando de repente seu celular tocou no bolso de seu pijama, indicando que 2hora00min haviam passado. Ele levantou-se e seguiu para o quarto, para retirar o acesso intravenoso4 do braço de Ender. Ele mais uma vez foi primeiro no banheiro, escovar os dentes e limpar e desinfetar as mãos. Quando retornou ao quarto, se dirigiu para o lado da cama e quando começou a retirar os acessos uma voz baixa, mas com um tom rouco e grave, preencheu o silêncio que habitava o quarto.

- Você... Quem é você? Nuno?

Nuno estava petrificado, seus olhos arregalados, enquanto seu cérebro começava a pifar. Quando acalmou um pouco seus pensamentos, ele criou coragem para olhar para aqueles temíveis olhos. Mas só encontrou um rosto de um homem que havia, aparentemente, voltado a dormir profundamente.

- Acho que finalmente estou começando a ouvir vozes. – Nuno balançou a cabeça e terminou de reirar o acesso e limpar o local para por um curativo. Ele retirou o pano que havia posto sobre a perna de Ender e começou a lentamente retirar as faixas, esparadrapos e gazes, para fazer a limpeza dos cortes. As suturas estavam incrivelmente bem cicatrizadas, não parecia que faltavam 03 dias para retirar os pontos. A recuperação do corpo de Ender, mesmo debilitado, era surpreendente.

Nuno seguiu primeiro limpando toda a área com o auxílio de gazes estéreis e soro fisiológico, depois ele começou a secar, após isso ele passou um produto que auxilia no processo de cura e secagem, acelerando a cicatrização, nesse momento, mais uma vez aquela voz chegou aos seus ouvidos.

- Auuu, isso dói um pouco, devagar aí – Dessa vez Nuno olhou rapidamente para o rosto de Ender – Eaí? Quanto tempo, hãn? – Ender deu um sorriso desanimado (NT: Como o de alguém que bebeu muito na noite anterior e fica em um estado meio morto meio vivo, que não sabe exatamente o que está falando ou fazendo).

Nuno queria gritar e sair correndo como se acabasse de ver um fantasma, mas ele ficou somente lá, olhando para aqueles olhos castanho-escuros. Depois de um tempo, cerca de 1 minuto, que mais pareceu 100 anos, ele abaixou seus olhos e voltou a limpar os ferimentos dele, enquanto respondia de forma mal humorada.

- Então a Bela Adormecida finalmente acorda de seu sono de beleza? – Nuno levantou a cabeça para mostrar seu sorriso e sua sobrancelha levantada, mostrando que estava sendo sarcástico. Na verdade era puro nervosismo. Quanto mais nervoso, mas sarcástico ele se tornava.

- O que aconteceu? Como vim parar aqui? Por que minha perna dói e minha cabeça está girando tanto? Por que minha barriga esta queimando igual um vulcão? E... Porque você está aqui?

- Você. Sempre com os seus o quês e por quês! – Nuno suspirou – Bem... Primeiro, relaxe, não tente dar uma de rapper e falar mil palavras em um segundo. Segundo, deixe-me terminar o curativo e lhe explicarei o que sei, e por terce... – Quando Nuno olhou para Ender, ele havia voltado a dormir.

Informações;

¹. Achei esse site bem explicativo sobre o que é Nutrição Parenteral (http://www.unidospelanutricaoclinica.com.br/pt-br/nutricao-enteral-x-parenteral-6)

². Severo era mais ou menos assim. VER IMAGEM (https://rlv.zcache.com.pt/gato_preto_eyed_azul_de_blub_poster-rb789f36506454c69bcdfb1e90f3b398f_zqj_8byvr_324.jpg).

³. Nagini era mais ou menos assim. VER IMAGEM (http://www.select.art.br/wp-content/uploads/sites/12/system/images/BAhbB1sHOgZmSSIvMjAxMi8xMC8yOS8xM18wMF8xM181NTZfZHVyYXRleF9jb3J1amEuanBnBjoGRVRbCDoGcDoKdGh1bWJJIg00NTB4NDUwPgY7BlQ/duratex-coruja.jpg).

4. Acesso Venoso se faz necessário para administrar fluídos de forma contínua, coleta de sangue, administração de medicamento ou manutenção de uma via de acesso venosa, através da introdução de um cateter num vaso sanguíneo venoso periférico (veias das mãos, antebraços, pés e etc.).

Comentários

Há 3 comentários.

Por Legal em 2017-05-10 06:36:05
Essas providências deixarão o texto menos cansativo e pedante.
Por Lohan em 2017-05-09 20:46:04
Olá, Legal! As NT são introduções que faço na história. Ela não me pertence, é uma história de outra pessoa, quando coloco as Notas, estou me colocando ou dando opinião. As referências são apenas para quem quiser compreender melhor do que se trata o contexto, ás vezes, um detalhe pode influenciar no entendimento de tudo, então tento deixar o mais explícito possível. Contudo, tentarei modificar isso. Deixarei as NT's e Referências somente para o blog pessoal. Agradeço a crítica construtiva :)
Por Legal em 2017-05-09 06:39:54
Para que tantas explicações e notas de rodapé? Parece que estamos lendo uma enciclopédia, um artigo científico ou algo do gênero.