Ligados Ao Passado - Capítulo II - Part II

Conto de Lohan como (Seguir)

Parte da série Ligados ao Passado

Continuando...

Ele não falou nada por um longo tempo, então a voz continuou.

- Baby? Hi? Are you listening to me?

- Seu inglês continua péssimo como sempre, não é? – Nuno soltou um riso fraco após dizer isso, revendo em toda sua mente um filme repleto de amarguras e situações não resolvidas.

- Nuno? Oi, nossa, quanto tempo nós não nos falamos, fazem o que? Cinco? Seis anos? Como você está? E tia? Não consigo entrar em contato com ela a um longo tempo também e...

- Lyan... – Nuno a interrompeu – Deixemos isso para mais tarde, okay? Estou com uma situação de urgência para resolver.

- Ohh, sim, está bem. O que aconteceu? Parece aflito.

- Preciso que me informe o atual endereço de Ender ou o número de algum familiar.

- Ender? Porque quer saber sobre ele? – Ao ouvir Nuno usar o nome de Ender deixou-a extremamente nervosa, não era comum Nuno mencionar o nome de Ender o que dirá procurar saber de alguma coisa sobre ele.

- Ele sofreu um acidente automobilístico, não portava celular, seus documentos estavam difíceis de identificar alguma coisa, ele está há dois dias inconsciente e seu débito no hospital só aumenta.

- Nossa, co... Como isso aconteceu? Mas ele está bem? Está em coma?

Era típico esse comportamento de Lyandriam, ela sempre foi assim, essa característica de sempre fazer inúmeras perguntas ao invés de responder uma, isso irritava profundamente Nuno.

- Não se sabe como aconteceu ainda, tudo com relação a essa história está mal resolvido ou não faz sentido, é “como tentar pegar fumaça com as mãos” (NT: Menção a Harry Potter E O Prisioneiro de Azcabam, a frase original é: "É como pegar fumaça! É como pegar fumaça com as mãos!"), suspeitasse que ele perdeu o controle do carro, os legistas ainda trabalham nisso, sim ele está bem, hoje ele já demonstrou um grau leve de estar retomando a consciência, portanto, não, ele não está em coma. Agora podemos ser objetivos?! Por favor?! Só responda minhas perguntas.

- Certo, certo, me desculpe. Vou responder o que souber.

- Ótimo, primeiro, sabe o endereço atual dele?

- Não.

- Como não? Até onde me contaram certa vez, vocês estavam morando juntos no Canadá para ingressarem na Universidade de Toronto.

- Okay, vamos com calma, isso foi a dois anos atrás, de fato estávamos morando juntos aqui, mas... Oito meses atrás ele voltou ao Brasil para resolver algumas coisas com as empresas que os pais dele deixaram para ele como herança e bem... Não tive mais contato com ele nesse período de tempo. Tentei ligar várias vezes, mas a chamada nunca completava. Com relação ao seu endereço atual, estou tão no escuro quanto você. Ei, espere, onde você está?

- Arquipélago de Fernando de Noronha.

- Ohhh, isso me surpreende bastante. Se me recordo bem, você queria uma carreira internacional. Não imaginaria que se esconderia aí. Como é, morar em um Arquipélago?

- Foco Lyan, foco! – Nuno já estava com sua cabeça a pulsar e um suor frio começou a brotar de seu corpo – Espere, você disse empresas?

- Sim, os pais dele faleceram em um acidente a cerca de 1 ano e meio, no testamento eles deixaram 85% das empresas que possuíam para ele e o restante para ongs e institutos de caridade.

- Puta merda! E o irmão dele, se não me engano ele tinha um irmão, certo?

- Sim, mas se eu fosse você não contaria com a boa vontade do irmão dele, ele levou a justiça essa questão da herança e Ender foi ao Brasil, justamente para resolver essa situação, ver se estabelecia um acordo ou algo assim. Não me recordo o nome da empresa, mas sei que era algo ligado a uma linha de produtos agrícolas.

- Então o que me sugere que eu faça com ele? Que o deixe apodrecer aqui sem ninguém? Que o jogue em uma calçada qualquer? Ou que o mande em uma embalagem pelos correios até você? – Nuno já estava terrivelmente impaciente com toda a situação.

- Bem... Poderia se acalmar um pouco primeiro? Argh, você não mudou nem um pouco seu temperamento, sempre estressado, por isso ficou careca tão cedo – Lyandriam sabia o terreno perigoso em que estava andando, Nuno era extremamente vaidoso e diminuir sua beleza era a forma mais fácil de ferir seu orgulho. Sem dar espaço para que ele retrucasse, ela continuou – Estarei indo ao Brasil daqui a quatro dias, ao chegar, entro em contato com você e pessoalmente irei buscar Ender e cuidar dele, okay?

- Até lá eu faço o que? O deixo aqui no hospital? Em dois ou três dias no máximo é bem capaz que o desloquem para Deus sabe-se lá onde.

- Tenho uma sugestão quanto a isso também. Leve-o para sua casa, estarei depositando na sua conta a quantia que o hospital cobrou.

Nuno somente piscou algumas vezes, sem ainda acreditar no que estava ouvindo. Depois de um longo tempo ele falou – É o que? Acho que não te ouvi direito.

- Leve-o pra sua casa, fique com ele durante esses dias, somente enquanto eu chego. Não será o fim do mundo. Creio que você possa se ausentar cinco dias do hospital, certamente, ninguém o questionará. Se ainda tiver todo o profissionalismo que demonstrava ter, isso não será problema algum.

Nuno suspirou e finalmente após um tempo em silencio ele concordou – Está bem, mais tarde informo minha conta a você, vou resolver algumas coisas para leva-lo para minha casa. Realmente espero que essa não seja mais uma das suas brincadeiras e que não demore mais do que cinco dias para chegar até aqui Lyandriam.

Após dizer isso ele desligou a chamada e se apoiou na janela suspirando.

“Parece que os três se reuniram novamente depois de tanto tempo... Só quero ver quais cicatrizes serão abertas dessa vez”.

Após pensar isso, Nuno se espreguiçou para aliviar a tensão acumulada em seu corpo, olhou uma vez para o rosto de Ender que dormia profundamente, seu rosto tinha traços leves e suaves quando estava dormindo, diferentes de quando estava acordado, que tinha traços sempre severos. Após olhar por cerca de 30 segundos, Nuno alinhou seus ombros e caminhou para a recepção a fim de resolver logo essa situação e chegar em casa o quanto antes para poder tomar um longo banho quente.

Alguns minutos antes. Em outro lugar, uma mulher com cabelos longos e incrivelmente pretos, pernas grossas, bunda extremamente empinada, cintura fina e barriga sem nenhuma gordurinha indesejada, seios médios, naturais, incrivelmente firmes e com aureolas rosadas, lábios finos, sedutores e sempre vermelhos devido ao frio que sempre sentia, nariz levemente arrebitado, olhos de uma cor verde-escuro e rosto que demonstrava pertencer a uma mulher extremamente sensual, independente e poderosa. Tomava uma taça de vinho em uma banheira que exalava um cheiro de rosas. Sua pele era branca, mas estava com uma coloração vermelha, não devido ao frio que fazia, nem devido ao calor da banheira, mas devido à excitação que sentia. Após tomar um gole de seu vinho, um dos seus celulares começou a tocar. Uma musica (NT: A música era Você Sempre Será de Marjorie Estiano) de fundo trouxe a ela lembranças de uma infância há muito tempo deixada para trás, aos poucos ela foi retornando a si. De repente arregalou seus olhos e se movimentou bruscamente para se levantar da banheira, batendo seu joelho em algo pontudo.

- Auuuu! – Ela exclamou quando se levantou e começou a passar a mão no local que bateu e viu que um leve corte estava presente na sua pele.

- Você bate com o joelho na minha boca e ainda diz “Auuuu!” – Um homem falou enquanto passava a mão nos cabelos e no rosto para retirar um pouco da água e enxergar melhor, ele sentia que seu lábio estava sangrando, mas não ligou para isso, só passou a língua em cima e disse – Eu sei que estava gostando, que tal continuarmos um pouco mais? – Enquanto ele falava foi se aproximando lentamente e colocou suas mãos nas duas nádegas de Lyandriam enquanto ela estava em pé e buscava alcançar o roupão de dentro da banheira, quando alcançou aqueles dois pedaços suculentos e sedutores ele apertou e fez um pouco de força para que ela voltasse para ele.

- Me celular está tocando, quando eu voltar, nós continuamos – Ela falou e deu umas tapas nas mãos daquele homem, até que ele retirou suas mãos.

- E daí que está tocando? Você tem quatro celulares. O que importa se um deles começa a tocar? – Ele falou sem esconder sua frustração.

- Esse é especial, esse tem os meus contatos familiares e amigos extremamente próximos. Devo atender – Ela vestiu o roupão, se voltou para ele e segurou a cabeça dele com as duas mãos e deu um leve beijo nos lábios dele – Já volto, cuide para que ele não perca sua potencia enquanto estou longe – Ela falou dirigindo seu olhar para o pau do homem que ela beijara, ela sorriu maliciosamente e antes que ele falasse algo obsceno para retrucar, ela se afastou.

Quando viu o número, ela não o reconheceu, somente após ouvir a voz do outro lado que ela soube de quem se tratava. Durante toda a conversa seu coração dava saltos e mais saltos, um misto de alegrias, tristezas, saudades e culpas brigavam para assumir a liderança de seus sentimentos. Após finalizar sua conversa com Nuno, ela ficou parada, sentada na poltrona do seu quarto, ainda com o celular no ouvido, tentando de alguma maneira, ordenar seus sentimentos, finalmente ela afastou o celular do ouvido, verificou se realmente Nuno havia desligado enquanto ainda conversava com ela e sorriu.

“Não leve a mau priminho, mas dessa vez, não estou indo até você para fazermos brincadeiras, dessa vez, resolveremos todas as nossas pendências, ou melhor, dessa vez, farei com que vocês dois tomem um jeito nessa porra de vida que vocês têm”.

- Lyan? – Uma voz soou de dentro do banheiro a trazendo de volta para a realidade. Quando olhou para a porta do banheiro um homem surgiu na porta com somente uma toalha em sua cintura, ele se escorou com seu ombro na porta e cruzou os braços e ficou olhando para ela, depois de um tempo, ele falou – Você demorou tanto que ele não resistiu ao frio e diminuiu.

Ao ouvir isso ela olhou para a toalha e não viu nenhum volume, então ela riu, se levantou, andou lentamente até ele, enquanto soltava seus longos cabelos e retirava o roupão, tudo isso sem desviar seus olhos dos olhos dele, quando chegou onde o homem estava, passou umas longas unhas descendo do peito dele até onde a toalha dava o nó, ela o puxou, fazendo com que a toalha caísse, desceu sua mão até que seus dedos envolverem o pênis dele e firmemente apertou – Só me resta animá-lo novamente então, tenho certeza que meu calor vai dar vida a ele novamente – Enquanto ela falava isso, aproximou-se da orelha dele e mordeu com força, o homem já estava ofegante com as provocações que ela estava fazendo, ela brincou um pouco mais com o pênis dele, então lentamente ela se afastou um pouco e empinou a bunda, se curvando para frente até sua boca ficar no mesmo nível da cintura do homem. Até colocar a cabeça do pau dele na boca, que a esta altura já latejava de desejo por ela, ela brincou com seus lábios e língua, o provocando cada vez mais. Quando ia colocar finalmente todo aquele pau quente e pulsante em sua boca, seu celular tocou novamente, fazendo com que ela hesitasse e ouvisse qual era a música que estava tocando, depois de perceber qual era o celular, ela se endireitou e disse – Tenho que atender, esse é do trabalho.

Sem mais explicações ela deu as costas ao homem e correu até sua cômoda para pegar seu outro celular. Após cerca de 30 minutos falando no celular, explicando a uma colega como realizar certo procedimento, ela percebeu o silêncio que habitava seu apartamento. Após olhar o banheiro e se dirigir até a sala a procura do homem que estava com ela, não encontrou nada, exceto um bilhete na mesa de centro.

“Tenta foder com o seu celular, ele tem mais sua atenção do que qualquer outra pessoa no mundo”.

Após ler o bilhete ela só deu uma leve risada (NT: Rindo de nervosa) com a situação pela qual estava passando, essa já era a 16ª vez que sua transa era interrompida de alguma forma. Só com esse cara era a 4ª vez.

“Ai vida filha da puta!” – Ela pensou enquanto limpava uma lágrima no canto de seu olho e continuava a rir. “Voltei à estaca zero, de novo, pelo visto, antes de viajar vou ter que comprar um vibrador novo, os outros estão com as baterias falhando”.

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