Capitulo I

Conto de LexMuller como (Seguir)

Parte da série Meias verdades

Passa dia, passa mês, passa ano e Carlos nunca conseguia sair com outros homens. Sempre pensava que não era atraente suficiente para que os outros se interessasse por ele. Sentia-se feio, gordo, estranho, entre todos os garotos gays que ele conhecia pensava que era o único que não era desejado por alguém. Todos a sua volta estavam sempre felizes com seus namorados, ficantes, paqueras, menos ele. Todas as vezes que batia aquela carência ele ficava muito mal, eram muitos os sentimentos de rejeição dele por ele mesmo.

Carlos, apesar de ter esses sentimentos negativos de si mesmo nunca deixou de sorrir e tratar as pessoas à sua volta bem. O sorriso estava sempre presente em seu rosto e quando algum amigo precisava de um colo lá estava ele, sempre pronto, sempre disponível para consolar a quem ele gostava. Foi sempre verdadeiro com as pessoas, isso que fazia dele alguém único. Geralmente, nem todos, mas vários homossexuais são mesquinhos, metidos, individualistas, agem como cobras, mas Carlos mesmo não tendo assumido publicamente sua homossexualidade não se deixava contaminar com isso. São muitas as qualidades que diferencia ele dos outros rapazes.

Estava com 23 anos, suas experiencias sexuais eram poucas. Vivia pulando de emprego em emprego. Cursou três cursos diferentes: Administração, Direito e Pedagogia, porém não concluiu nenhum. Ja conseguiram perceber o quão perdido Carlos estava, não é mesmo?. Era necessário uma intervenção na vida dele, a qualquer momento ele poderia surtar e acabar com sua vida.

Chovia muito naquela noite, o vento balançava fortemente os galhos das arvores, o clarão dos raios era a única luz que se via naquela imensidão negra do céu. Carlos corria rapidamente pelas ruas desertas da cidade, não havia uma alma se quer naquele lugar, todos estavam fechados em suas casas com medo daquela tempestade torrencial. Seu rosto estava assustado, era nítida a expressão de medo e espanto, olhava para todos os lados e tropeçava nos sacos de lixos que a enxurrada levava ladeira abaixo. A luz havia acabado, estava muito escuro, era quase impossível passar de carro por aquele lugar, imagina caminhando. Sua expressão de pavor se transformou em pânico quando viu aquele grupo de rapazes correndo atrás dele. Eles o havia encontrado. Carlos com um pico de adrenalina se levantou da queda e mancando saiu correndo o mais rápido que podia. Os garotos também eram rápidos e o perseguia freneticamente pelas vielas.

- SO SO SOCORRO; SO SO SOCORRO. - Gritava ele com toda a força que tinha

- VAMOS TE MATAR SEU BOIOLA, VIADINHO DE MERDA – Retrucou alguns rapazes entre os gritos de socorro de Carlos.

Algumas horas antes num aplicativo de relacionamento gay:

“Nova Mensagem de Bruno”

- Olá gatinho, podemos conversar?

Carlos ficou surpreso com a mensagem, geralmente os caras não o chamava para conversar e quando alguns o respondia era para o esculachar, tirar sarro dele. Mas resolveu responder, afinal o tal de Bruno era bonito, ao menos era o que a foto mostrava

- Olá, podemos sim.

Alguns minutos depois Bruno respondeu:

- Que bom, você é de qual cidade?

Carlos foi dando as respostas às perguntas que o rapaz fazia, também fez algumas. A conversa estava tão boa que nem viram a hora passar. Como estavam a pouca distancia um do outro resolveram se encontrar. No horizonte já podia ver a chegada das densas nuvens de chuva, mas não era empecilho para deixarem de se conhecer. Hora e local marcados.

Carlos, assim como Bruno, estava relativamente bem arrumado. Na verdade ele até que era bonito, só faltava se amar, não existe ninguém feio, existe a falta de amor próprio. Ele, bem nervoso. Bruno aparentava muita calma, seus olhos negros fitavam Carlos, eles se desejavam. Foram para um local mais reservado para ficarem mais relaxados e para não causar tanto espanto nas pessoas. Era um galpão abandonado, usado pelos usuários de drogas e pelos gays que queriam dar umas escapadinhas. Bruno o agarrou por de trás e foi beijando a sua nuca, passando a mão pelos ombros e braços, deixando Carlos bem relaxado e entregue aos seus desejos. A chuva chegou firmemente, anunciava que a noite seria longa, barulhenta e tenebrosa. Realmente a noite seria tenebrosa. Por estar chovendo eles resolveram sentar abraçados, encostados na parede ao lado da entrada do galpão para esperar que amenizasse um pouco e pudessem ir embora. Sabiam que não estavam sozinhos naquele lugar, mais ao longe podiam ouvir risadas de um grupo de rapazes e viram um casal também se escondendo da chuva ali por perto.

Passaram a conversar sobre vários assuntos, estavam bem distraidos até que ouviram os rapazes se aproximando.

- Nossa cara, viu só a cara dele? Bocó né.

- Nossa, ele gemia de dor.

- Verdade, até parecia que tava gostando do cabo de vassoura na bunda.

- Esses viadinhos merecem morrer mesmo. Vamos acabar com todos eles.

O coração de Carlos disparou, Bruno também ficou nervoso, suas pernas tremiam feito vara verde. Era um grupo de homofóbicos que estava ali. O que iriam fazer, para onde iriam?

Carlos levantou-se e saiu correndo puxando Bruno pela mão.

- Vamos sair rápido daqui, eles não podem nos ver. Vão bater em nós. Disse Carlos, fazendo sinal de silêncio para Bruno.

- Entre ali, parece que é seguro e eles não irão nos ver. Respondeu Bruno

O que eles não esperavam é dar de cara com os rapazes que perceberam que eles queriam fugir.

- Ora ora ora, parece que o casal de pombinhos estão com medo de nós!

- É mesmo galera, olha a cara de espanto deles. E dirigindo-se a Carlos um deles gritou e desferiu um soco na cara de Carlos. - SEU VIADO FILHO DA PUTA, É ISSO QUE VOCÊ MERECE.

Ele caiu ao chão com seu rosto ardendo com o soco que acabou de levar. Em seguida um dos rapazes pegou Bruno pelo pescoço e o prensou na parede, abaixou a calça dele abrindo as pernas e deixando exposto toda a sua intimidade. Pegaram o cabo de vassoura e sem dó nem piedade enfiaram aquele cabo no ânus de Bruno. Ele gritava muito, era uma dor terrível que ele sentia. Era como que se uma faca estivesse senti fincada no seu "cú". Carlos assistia a tudo aquilo e chorava muito.

- ISSO É PARA VOCÊ APRENDER QUE O SEU CU É PRA PAGAR SEU FILHO DA PUTA.

Enquanto fincava ainda mais o cabo de vassoura em Bruno dois rapazes pegaram Carlos e começaram a surra-lo. Eram chutes, pedradas na cabeça, socos na cara. Ambos os garotos não esperavam passar por tudo aquilo. Carlos caiu quase desfalecido ao chão, sua cabeça esta atordoada, ficou meio sem rumo, zonzo. Olhou para o lado e viu o Bruno sangrando desmaiado ao chão. Assim que os caras bobearam, Carlos saiu correndo em meio aquela tempestade.

- SO SO SOCORRO; SO SO SOCORRO. - Gritava ele com toda a força que tinha.

- VAMOS TE MATAR SEU BOIOLA, VIADINHO DE MERDA – Retrucou alguns rapazes entre os gritos de socorro de Carlos.

CONTINUA...

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Olá Galera, tudo bem com vocês? Bom, espero que gostem dessa nova série que estou escrevendo. Deixem seus comentários pois é importante para mim! Obrigado queridos, abraços!!!!

Comentários

Há 1 comentários.

Por edward em 2015-10-21 17:43:48
Simplesmente incrível,amando... Esses rapazes são uns idiotas .esperando o próximo capitulo