First of May

Conto de Kurosaki como (Seguir)

Parte da série Midnight of Sadness

Eu estava com a faca na mão o sangue dele escorria por mim, ainda estava quente, e eu ainda o perfurava, nos olhos dele marquei com a ponta da faca desenhei, a marca, aquela marca, a sirene já apitava, eu corria e me trocava, dois quarteirões já não era mais o mesmo, pra quem não me conhece sou Matheus e vim contar minha história.

O mundo quando eu era criança era um lugar perfeito, as cores e flores, realmente era um lugar maravilhoso de viver, logo tudo acabou, fui abusado por meu primo, minha mãe se separava de meu pai, meus avós morreram, minha fiel irmã me abandonou, quando menos percebi morava só, longe demais da cidade para ir andando, visitar minha querida mãe e irmã, agora eu moro só, afundando na depressão, nas casas da região, minha tia e meus amigos, são nos únicos que se importam, a família continua e o fingimento também.

Pelas ruas eu corria, ofegante eu ia, depois de muito andar, um lugar pra se esconder, estavam me perseguindo, como sempre.

— Oi tia vou ficar aqui essa noite tá?

— Claro, ontem você ficou na casa da Júlia né?

— Foi tia, passei o dia lá, to cansado vou dormir ta?

Minha tia é muito boa, o mundo ainda não mostrou a sua face de maldade pra ela, quem dera que comigo fosse assim, sou muito azarado pra ter alguma sorte, na pia eu lavava a blusa encharcada de sangue, o mais rápido possível, sem suspeitas meus crimes são perfeitos um serial killer sem fama, mas estava perto.

• Segunda no colégio •

— Matheus – Daniel falava é um drogado como eu, mas numa posição maior e eu quero o cargo dele.

— Não quero nada hoje.

— Chegou coisa nova – Ele falava empurrando pacotes pra mim.

— Não quero nada hoje – Só repetia.

— Você paga depois.

— Não quero nada hoje já disse – Falei entrando na sala

Pode ser que quase ninguém saiba, mas o amigo que você tem vai te trair, ele só está esperando a hora certa, não ache que não por causa de pequenos e grandes favores, ele só está a espera, meu plano era simples usar um laranja–

— Matheus, vou te colocar pra fora de sala se você não prestar atenção.

— Desculpa, professor – Falei pegando o livro.

— Página 53 Matheus...

— Os vírus não são considerados como criaturas vivas já que não tem seu metabolismo próprio e...

— Felipe né seu nome?

— Eh, o que você quer?

— Diz se entra ou não, tu leva 2 mil.

— Claro, rsrs mas quero algo mais – Falou ele olhando pra mim com outro olhos.

— Certo, Certo, o plano é o seguinte você pede 10 pacotes o Daniel diz que vai pagar amanhã.

— Isso é perigoso, não tenho dinheiro

— Perigo faz parte eu te dou o dinheiro

— Sei não mano.

— Por favor – Falei fazendo bico e cara de choro.

— Beleza mas a noite eu quero – Falou ele passando a mão...

Não posso dizer que odeio ou gosto, é algo diferente sensação estranha, a tarde ele já pegava, três horas estava na minha mochila, aposto que era as últimas do Daniel, fui falar com ele mais tarde pra confirmar.

— Pode me dar metade?

— Ah manin foi mal, se tivesse pegado mais cedo agora acabou. – Sabia.

— Sabe Daniel posso entrar com você nisso?

— Talvez o cara que escolhe, quarta é o dia, fica atrás do colégio e a gente vê.

— Beleza

Quarta é, eu não parava de pensar, quando cheguei em casa expliquei pra tia que o Felipe precisava dormir aqui, motivos de tarefa, logo ela aceitou quando deu umas 11 da noite o Felipe começou.

— Matheus vem da o que você prometeu.

— Ah não tô afim.

— Promessa é promessa – Falou ele se levantando e tirando a calça, a porta tava trancada e eu tinha fechado a janela que dava pra rua, droga era preciso, ele pegou no meu cabelo e eu tirei seu zip e cueca com a boca.

— Ahhh assim vai, agora coloca a boca – Espera, deixa eu pegar uma bebida lá em baixo, já eu volto.

Ele concordou e eu estava procurando desesperadamente o remédio da tia, será que levou para o quarto, me arrastando fui lá, ao lado da cama, na sua cômoda, tinha só cinco, devia ser o suficiente, na cozinha pegava o vinho do tio, ele foi trabalhar hoje pela manhã só volta na sexta, militar, esmaguei bem os cinco comprimidos é pra insônia misturei com vinho numa taça, espero que funcione.

— Aqui.

— Olha o que minha puta trouxe.

— Vamos beber de gole que eu preciso disso.

— Mas eu não quero saborear – Ele falou Bebe logo isso po*** pensei.

— Assim não vale, se você beber logo depois eu trago outro muito melhor, está na prateleiras há anos.

— Me convenceu – Falou ele secando a taça.

— Bom garoto.

— Vem cá puta – Ele disse é logo me empurrou para onde estávamos, tive que mamar aquele cacete por algum tempo era grande e eu me engasgava, ele grosso forçava tanto que quase cheguei vomitei, ele estava muito agitado precisava fazer ele se acalmar pra funcionar, gozar era a maneira mais rápida, mamei mamei e quando senti que tava perto tirei meus labios e ele melou minha cama toda.

— Putinha por que tirou? Eu vou encher seu– E dormiu.

— Vadio o que você fez, tu ainda me paga – Falei cuspindo, com nojo de mim desci e lavei freneticamente minha boca, odiei mesmo? Comigo pensava.

Amanheceu e eu corria na praça mais a tia como sempre, comentei com ela que ele ainda dormia e que não era pra ela nem subir pra não acordar ele, levei um prato pra ele na hora do almoço, mas ele ainda dormia será que exagerei na dose? Amarrei ele na cabeceira da cama, com forte dos braços até as mãos, a perna e a coxa, gastei fitas adesivas colando sua boca, não podia morrer agora.

— Melhor prevenir que remediar não é?

Desci e assistia o jornal mais a tia.

— Mais uma pessoa foi encontrada morta nesse final de semana, a vítima está irreconhecível é provavelmente um homem dado as vestes e de aproximadamente 20 ou 25 anos, familiares ainda não estão para o reconhecimento espera se que ele tenha a mesma marca que os outros assassinatos da semana passada, se for confirmado será a quinta vítima neste começo de mês, a polícia ainda investiga – Mariana a repórter falava.

— O mundo tá violento né Matheus.

— Ah sim tia, mas provavelmente tinha algum envolvimento.

— Tome cuidado na rua e na escola mesmo assim

— Claro – Respondi

Eu já pedia ao Daniel na entrada quantia maior que o normal, ele estranhava e era pra outro dia, as duas inventei de ir ao banheiro, na verdade ia pra casa, Daniel olhava e parecia que se ele não arranjasse a grana teria que devolver as drogas algo assim, estava preocupado e eu não correria esse risco. Em casa o outro ainda dormia, cheguei três horas minha tia trabalhava na tecelagem essa hora, tratei de desamarrar com cuidado tudo e tirar as fitas, ele ficou com umas marcas.

— Matheus? – Falou ele acordando.

— Oi?

— Que dor de cabeça pelo visto ontem foi bom né rsrsrs.

— Foi ótimo um dos melhores.

— Que tal repetirmos hoje à noite?

— Claro rsrsrs, mas antes vou preparar sua comida não sai daí.

— Espera que horas são?

— Ah a gente faltou são 2h

— Tem nada hoje mesmo né?

— Nada – Falei levando o prato pra esquentar no microondas.

— Aqui, vou ter que ir na capital volto já.

— Não fale demais com a tia, ela tem insônia.

Eu procurava um motel barato pra passar a noite ali, não queria ver minha mãe hoje, mas foi inevitável encontrei ela no terminal de ônibus, me persegue só pode.

— Oi meu filho.

— Oi mãe tava indo passar a noite lá

— Que bom, vamos juntos agora eu tava na casa da Célia.

— Mãe tem farmácia por aqui?

— Só lá no Centro, por quê?

— Acho que o remédio da tia acabou.

— Amanhã você leva

Durante a noite minha mãe teve que confirmar, a tia perturbava por remédios, jurava que ainda havia cinco, não deu em nada amanhã levava, liguei pro fixo e falei com o Felipe pedi para que ficasse em casa, íamos nos divertir na cidade e eu ia buscar ele cedo, despedi e dormi.

• Quarta atrás do colégio •

Vi um cara montado numa moto, ainda faltava cinco pra 2 e ele estava com uns bolos de dinheiro, cheguei e falei.

— Quero participar também – Ele sacou uma arma e apontou pra mim.

— Que é você moleque?

— Calma conheço o Daniel?

— Pois é, já temos ele nessa área vai vazando.

— Mas eu.

— Andando, Andando.

Jurei que ele ainda ia se arrepender amargamente disso, eu subia na rua é uma ladeira, em cima ainda dava pra ver a moto, o Daniel se aproximou, acho que o cara não tava nos melhores dias, pelo que vi Daniel não tinha dinheiro nem a droga pra devolver, o cara sacou a arma e descarregou no Daniel, acelerou a moto, me virei e continuei andando pra disfarçar, ele parou com a moto no meu lado e disse.

— Ta contratado, quarta mesmo horário, mesmo lugar.

A escola saia pra ver e eu de cima da ladeira sorria

Comentários

Há 1 comentários.

Por edward em 2016-05-12 13:28:01
Muitooo bom e tenso continua. Bjs