Capítulo 2: Ollie, Cara Mau, Ditador e Stella

Conto de Junior_742 como (Seguir)

Parte da série Verão Em Vermont

Acho que a pior parte de ter um pai ditador, não e a falta de “liberdade”. Meu pai impõe suas regras a risca. Ele cresceu na igreja junto com o pai dele, meu avô. Eu sei que meu pai sofria muito na mão dele e isso acabou refletindo em mim e em meu irmão Jake que é oito anos mais velho do que eu.

As regras do meu pai eram simples e as punições eram sempre as mesmas. Domingo era dia sagrado. Íamos a igreja sem falta. Faça chuva, sol ou nevasca. Meu pai odiava do fundo do seu ser os negros e gays. Não sei porque, mas ele odiava de verdade. Jake e eu não podíamos namorar e nem ter amigos negros. nos relacionar com negros. Não devíamos questionar suas decisões e sempre respeitá-lo. Ele não aceitava desaforo dentro de sua casa. Era assim que ele nos dizia desde criança. Essas eram basicamente as regras. Toda vez que uma delas era quebrada nós subíamos para o quarto e meu pai nos batia com vara de bambu.

Se nós desobedecêssemos levávamos um golpe. Se tornássemos a fazer, dois golpes e se tivesse uma terceira ele dava três. Todas as vezes que acontecia isso orávamos antes e depois da surra. Ele também não gostava que chorássemos. Se fizéssemos isso ele jogava vinagre sobre as feridas.

Minha mãe Stella era uma mulher linda e assim como meu pai ela tinha as mesmas crenças, mas até hoje eu não consegui descobrir se ela tem mesmo as mesmas crenças ou se tem medo dele. Minha mãe é uma mulher submissa e é assim que meu pai gosta das mulheres. Ele dizia que as mulheres foram feitas para servir aos homens. Assim como está na bíblia.

Eu sei que pode parecer loucura ao ler tudo isso, mas a verdade é que quando você é criado com esses ensinamentos você acaba vendo tudo isso como normal. Tanto eu quanto meu irmão crescemos sabendo das regras e sabíamos das punições e respeitávamos muito o nosso pai, mas em uma certa parte de nossa vida meu irmão Jake seguiu para um lado e eu para outro. Eu comecei as me questionar sobre esses ensinamentos. Eu não concordava com nada do que ele acreditava. Todo o preconceito que ele tinha. Nas escolas de hoje em dia aprendemos sobre essas coisas. Mas não é porque eu não concordo que eu o desafiava ou o desrespeitava. Acabei crescendo tão submisso quanto minha mãe. Meu pai dizia que a família permaneceria unida até o fim. Ele disse que meu irmão e eu só sairíamos de casa quando nos cassássemos. Só fiz faculdade porque tem uma faculdade comunitária em Vermont. Do contrário eu não conseguiria.

Jake ao contrário de mim, era muito fiel ao meu pai. Ele não questionava e não tinha opinião diferente da dele. Por isso tinha medo de que ele contasse a meu pai sobre o que tinha acontecido com Amy que me beijou. Quando tinha oito anos de idade meu pai me levou ao parque para brincar com os outros garotos e quando escureceu ele me chamou para ir embora e eu disse que não. Ele não pareceu se importar no começo, mas quando chegou em casa ele pegou no meu braço e me arrastou escada a cima e me fez tirar a camisa fechar os olhos e ele bateu com o bambu nas minhas costas. Eu gritei alto e ele me golpeou outra vez. Disse que continuaria a me bater se eu continuasse a gritar ele então me golpeou outra vez e dessa vez eu não emiti nenhum som. Engoli minhas lágrimas, meu orgulho. Foi a primeira e última vez que apanhei. Foi a última vez que chorei.

Fiquei duas semanas sem ir para a escola. Minha mãe cuidou das feridas até o dia em que um policial foi até em casa saber porque eu não estava mais indo até a escola. Meu pai é um homem influente na cidade. Conhece todo mundo. Não foi difícil ludibriar a verdade.

Estávamos todos sentados a mesa de jantar. Fizemos nossa oração e minha mãe colocou o jantar em nossos pratos. Os homens não deviam se servir. Meu pai tinha olhos azuis, minha mãe tinha olhos azuis, meu irmão tinha olhos azuis e eu também. A diferença entre eu e meu irmão é que meu irmão tem os cabelos loiros, assim como minha mãe. Eu acabei puxando o mau pai. Tenho os cabelos castanhos escuros do meu pai.

- como foi na escola hoje? – perguntou meu pai começando a comer.

- foi bom – falei olhando para Jake que olhava para mim sem piscar. Torcia para que ele não abrisse a boca.

- que bom – falou minha mãe.

- Stella o aquecedor está ligado? – perguntou meu pai.

- está sim amor.

- aqui está congelando.

- vou verificar – falou ela se levantando.

Nós continuamos a refeição em silêncios. Minha mãe retornou calada e se sentou. Apenas o barulho dos talheres é que não deixavam o ambiente completamente silencioso.

- Stella – falou meu pai olhando para mim – Ollie eu conversamos e eu decidi deixar ele viajar para a África no verão.

- Tem certeza David? – falou minha mãe olhando para meu pai que não respondeu.

A comunicação com meu pai era a mínima possível. Ele conseguir dizer com um olhar o que não dizia com mil palavras.

- já me decidi – falou ele colocando uma garfada na boca e mastigando – a comida está deliciosa – falou ele para minha mãe. Era verdade. Minha mãe era uma cozinheira de mão cheia.

- como foi no trabalho Jake? Conseguiu fazer a charanga do Sr. Johnson funcionar?

- ainda não pai. Ele vai precisar comprar um novo motor. Aquele não tem salvação.

- e o senhor pai? Como foi no trabalho? – perguntei.

- bem – falou ele olhando para mim – você já pensou naquela proposta que eu fiz? Em vir trabalhar comigo?

- eu penso pai, mas eu ainda acho melhor trabalhar na escola. O senhor sabe que matemática é minha paixão é eu posso conseguir orientação com um ótimo professor.

- como é o nome do professor ao qual vem tentando orientação?

- Sr. Abraham Williams

- Sr. Williams. Eu o conheço – falou meu pai terminando seu prato.

- ele é muito inteligente. Pode me ensinar muitas coisas.

- eu também sou inteligente. Posso te ensinar muito também. Basta me dar uma chance – falou meu pai sorrindo. Era estranho vê-lo sorrir em meio a uma conversa extrovertida.

- eu prometo que vou pensar mais uma vez pai.

- gostei de ouvir isso – falou ele se levantando – venham meninos, deixem sua mãe organizar a comida. Eu nem tinha terminado ainda, mas me levantei mesmo assim.

Antes que eu pudesse empurrar minha cadeira Jake chamou meu pai.

- Ollie, quem é aquela que beijou você na boca hoje? – falou Jake com um sorriso. Os pelos de sua barba arrepiaram ao dizer aquilo. Parece que ele estava gostando.

- que garota? – perguntou meu pai olhando e parando no meio do caminho.

- ninguém.

- eu não vou perguntar outra vez.

- é uma garota chamada Juliana.

- mentira – falou Jake – é aquela africana.

- Amy?

- essa mesma – falou Jake botando mais lenha na fogueira.

Senti um arrepio percorrer minha espinha. Ne acredito que Jake tinha aberto a boca.

- Amy beijou sua boca? É melhor não mentir.

- sim senhor.

- porque?

- não sei pai.

- vocês estão namorando por acaso?

- não senhor

- você gosta dela? Está atraído por ela?

- não senhor

- Ollie… o que eu te falei sobre praticar zoofilia?

Eu não respondi nada. Sabia que era errado o que ele dizia. Não era atoa que ele tinha pagado uma nota preta para um artista pintar Delphine LaLaurie. O quadro estava pendurado na sala. Todas as visitas olhavam o quadro tentando imaginar quem era aquela mulher, mas nunca se atreviam a perguntar. Todos conheciam o sangue frio do meu pai.

- suba agora para o seu quarto.

- por favor pai – falei olhando para ele tentando não demonstrar desrespeito.

Ele não disse nada e apenas respirou fundo e mordeu o lábio. Ele estava ficando sem paciência.

Subi as escadas parecendo uma rocha por fora, mas a verdade é que por dentro estava com medo. Entrei no meu quarto e esperei por ele.

Meu pai abriu a porta e a fechou em um estrondo.

- se vira – falou ele ordenando.

Eu me virei e tirei minha camisa. Meu pai estava com uma pedaço de bambu na mão. Tinha por volta de um metro. Eu me virei esperando que ele desse o golpe, nas costas, mas ele não deu.

- abaixa as calças.

- por favor pai eu não…

- abaixa as calças – falou ele dando uma golpeada nas costas. Doeu muito, mas eu não gemi e não chorei. Como sempre. Me lembrei de quando tinha treze anos.

Abaixei minha calça, minha cueca e me curvei sobre a cama. Ouvi quando ele levantou o braço. O vento passando através do bambu zumbiu. Ele então desceu um golpe nas minhas nádegas foi uma dor insuportável.

Eu tentei me transportar para outro lugar. Porque será que Jake contou? Talvez por ter apanhado mais do que eu. Jake foi muito desobediente na adolescência. Suas surras eram quase que diariamente. Era difícil que houvesse um dia em que ele não apanhasse do meu pai.

Senti o segundo golpe. Senti minha carne queimando. Minhas costas escorreu algo. Acho que era sangue. Não muito.

Respirei fundo e aguentei o terceiro golpe. Fiquei aliviado porque finalmente tinha acabado.

- nunca mais minta para mim – falou ele deferindo outro golpe – você não vai viajar para lugar nenhum – falou ele me dando outro golpe – você vai se demitir daquela escola – falou ele me batendo outra vez. Agora ele já não se preocupava com o lugar. Batia em minhas costas e nas minhas nádegas. Segurei o choro, mas acabei deixando uma lágrima escorrer por meus olhos.

Eu passei a mão e jurei a mim mesmo que não deixaria mais acontecer.

- chega David! – gritou minha mãe do lado de fora do quarto.

Eu levei um susto porque minha mãe não alterava a voz nunca. Especialmente com meu pai.

Meu pai se virou e abriu a porta.

- pelo amor de deus – falou ela chorando e avançando em cima dele.

Meu pai levantou a mão para bater nela e eu me levantei mesmo dolorido.

- não pai. Não pai – falei segurando o braço dele. Estava desesperado com a bunda sangrando e as costas ardendo. Eu mal conseguia me mexer, mas criei força e coragem para segurar o braço dele. Essa era uma desvantagem em se morar em Vermont. Nosso vizinho mais próximo morava a quase quarenta metros de distância não havia como pedir ajuda. Meu pai podia me bater o quanto quisesse, mas não aceitaria ele bater em minha mãe,

Meu pai olhou para mim ainda com a mão levantada. Sua feição era assustadora.

Olhei para a porta e Jake assistia tudo calado e sem se mexer. Ele não sentia nada e não tinha coragem de desafiá-lo como minha mãe fez, como eu acabei de fazer.

Meu pai largou o bambu e tirou o cinto.

- bate em mim – falei sentindo a dor dos cortes nas costas pioras.

- não Ollie – falou minha mãe.

- bate em mim – falei me virando – não encosta nela. Foi eu que desafiei o senhor – falei fechando os olhos.

Meu pai não falou nada e segurou o cinto pelo meio. Ele começou a bater em minhas pernas com a fivela. A cada toque do gelado metal era mais um hematoma, mais um rasgo em mim. Mais uma montanha roxa em minha pele. O frio lá fora fazia com que doesse muito mais.

Meu pai me bateu com o cinto mais algumas vezes antes de finalmente parar.

- reze por seus pecados – falou ele respirando fundo, colocando o cinto e siando do quarto. Minha mãe ficou parada me vendo todo machucado e assim como Jake não fez nada.

Eu me virei para ver Jake e ele continuava parado na porta. Como ele podia ver o nosso pai bater em nossa mãe e não mover um músculo? Como ele pôde deixar que tudo isso acontecesse?

Eu me mexi em passos pequenos até a porta e Jake foi para eu quarto. Eu fechei a minha e respirei fundo. Sim. Essa era minha vida e não tinha nada que eu podia fazer. O dano já estava feito. O pior dano não podia ser visto.

Comentários

Há 5 comentários.

Por AnônimoFf_FFf em 2014-11-07 00:16:07
Porcaria. Sinceramente não sei porque você ainda insiste em continuar. Ninguém gostava de paixão secreta, um personagem que tranza com vários homens é sempre odiado. Em paixão secreta todo era gay. sua cavbeça é de gente doente e precisa de tratamento. Esse conto de verão em vermont tá tão chato. o personagem se faz de vitima o tempo todo. quer meu conselho? pare de escrever. chega dessa bosta, chega dessas histórias flopadas e ruins. Não sou só eu. Todo mundo aqui do site ta comentando que ta ruim e TODO MUNDO DO SEU GRUPO também. Isso mesmo, eu estou no grupo do whatsapp. Estou lá de olho em tudo. Sinceramente, pare de passar vergonha, pare de escrever e publicar assim todo mundo fica mais feliz. exclui logo esse grupo no whats que tá uma tristeza só. você é patético Porcaria. Sinceramente não sei porque você ainda insiste em continuar. Ninguém gostava de paixão secreta, um personagem que tranza com vários homens é sempre odiado. Em paixão secreta todo era gay. sua cavbeça é de gente doente e precisa de tratamento. Esse conto de verão em vermont tá tão chato. o personagem se faz de vitima o tempo todo. quer meu conselho? pare de escrever. chega dessa bosta, chega dessas histórias flopadas e ruins. Não sou só eu. Todo mundo aqui do site ta comentando que ta ruim e TODO MUNDO DO SEU GRUPO também. Isso mesmo, eu estou no grupo do whatsapp. Estou lá de olho em tudo. Sinceramente, pare de passar vergonha, pare de escrever e publicar assim todo mundo fica mais feliz. exclui logo esse grupo no whats que tá uma tristeza só. você é patético
Por dfc em 2014-10-18 13:40:50
Nossa coitado do Ollie :(
Por Ryan Benson em 2014-10-18 12:42:53
Cara... Que homem horrível meu Deus!! Vei esse cara devia MORRER esquartejado e queimado. Como se não bastasse ser homofobico, ainda é racista! Autor faz um favor: mata esse cara '-'. E o Ollie apanhando, cara, doeu até em mim! Essa série é interessante, vou continuar acompanhando. Espero pelo proximo capitulo!
Por Love angel em 2014-10-18 01:50:12
Choqueeiiii , vou acompanhar , poste rapido ein.
Por fran em 2014-10-17 22:31:34
ouwwww... chocante. cara nem quero ver quando ele descobrir que Ollie é gay. vai mata-lo. cinseramente essa historia não é muito diferente da realidade a algum tempo e anda hoje em determinadas localidades. continue logo. esse Jake me lembra meus irmão o que me deixa com odio.