Lugares estranhos

Conto de Jonhy Dellano como (Seguir)

Parte da série Segredos Profundos

Após toda aquela exaltação, todos nós nos calamos, apenas olhando a paisagem, que anoitecia enquanto minha mãe dirigia. Meus pensamentos voavam longe, o chão tinha se aberto e me engolido para um inferno particular, onde toda minha vida desmoronava.

Enquanto ficamos em silencio, minha mãe dirigiu para o lado leste da cidade, o lado oposto de nossa casa, que fica a oeste. Chegamos em um bairro bem afastado, onde tinha apenas casas no estilo holandês, porém todas bem feias, caindo aos pedaços, era um bairro pobre, é claro que o estilo da casa não combinava com as pessoas com caras tristes, de fome. Ali parecia um bairro abandonado, as casas, as pessoas, os animais, tudo. Paramos em frente a uma casa bem feia, no mesmo estilo holandês, com a pintura estava descascada, a porta arranhada, velha e enferrujada, o portão, nem sei pra que tinha, já que ficava escorado na parede, deixando a casa sempre com fácil acesso.

- Chegamos . Teddy, fique no carro, eu volto logo! Disse minha mãe rompendo o silencio.

A menina soltou o cinto de segurança, e estava quase saindo do carro quando se inclinou por trás do meu banco e cochichou no meu ouvido: “ Se eu fosse você não confiaria tanto na sua mãe” - Se não confia, por que está aqui? Questionei- a.

- Por que preciso dela e ela de mim. Disse a menina saindo do carro, sem ao menos me dar tempo de perguntar alguma coisa.

As duas passaram pelo portão quebrado, mas nem se olhavam direito, só dava para perceber que minha mãe estava bem chateada, brava, e a tal da Lana estava arredia e com um ar de dona da situação. Fiquei pensando no que ela me disse, em tudo que vi e ouvi aquele dia, não conseguia acreditar, tinha ido ao funeral do Dr. Alfred Hueber um médico alemão que morava na mansão Keppler para idosos, que ficava no centro da cidade, e que minha mãe visitava umas duas ou três vezes por semana para fazer trabalho voluntário. Minha mãe era esse tipo de pessoa, ajudava ao próximo, sempre calma, dócil, porém determinada, mas não de forma ruim, ela tinha o dom de motivar qualquer ser humano a fazer qualquer coisa, pois sempre via o melhor de cada pessoa.

As coisas aconteceram tão rápido aquele dia que quando vi, eu estava em um lugar desconhecido com minha mãe sendo acusada de ser uma assassina, tendo atitudes que nunca teve, e “protegendo” uma menina petulante que eu não fazia a menos ideia de quem fosse.

Passei um tempo pensando nas coisas, olhando em volta, ali naquele lugar moravam pessoas bem simples, bem pobres, ouvia- se o barulho de algumas crianças na rua e de televisão vindo das casas, mas parecia na verdade que não havia nada ali, nem pessoas. Pensava em como minha mãe era conhecida pelos senhores do asilo, eles a chamavam de Senhora Doçura, de tão boa e meiga, muitos ainda a comparavam com seu nome, Rosa, diziam que ela era delicada e frágil como uma rosa, mas também que era linda, um presente aos olhos deles, que já se sentiam tão abandonados.

Quando dei conta, minha mãe já estava voltando, saindo pela porta sozinha, me esforcei para ver se conseguia enxergar algo dentro da casa, mas foi em vão, já tinha escurecido e a iluminação era pouca.

Logo que minha mãe entrou no carro deu um suspiro, como se estivesse cansada, mesmo assim falou comigo, num tom, que normalmente usava, calmo.

- Filho, eu não queria que tivesse tido um dia conturbado, você ouviu muitas coisas, sei que tem muitas dúvidas, mas você saberá de tudo na hora certa... Estou exausta hoje, não quero que me faça perguntas, sei que pode parecer egoísmo meu, mas amanhã conversamos. Pode ser?

- Mãe, eu não ouvi coisas simples hoje, não vi coisas simples hoje, e tudo que você tem a me dizer é só “amanhã eu explico”? Você não viu uma estranha sendo ajudada pela sua mãe, as duas discutindo e depois essa mesma estranha, que na verdade parece beeeem intima da sua mãe, diria até que ela te conhece melhor que eu, gritando , chamando sua mãe de assassina. Ou melhor, né mãe, isso é algo natural, todo dias as pessoas ajudam um estranho na rua, que sabem da sua vida e te chamam de assassina. A senhora tem que me explicar, é um dever seu, um direito meu.

- Filho, eu tô cansada! Eu tive um dia estressante, seja compreensível. Disse isso e ligando o carro começamos a ir para casa. Resolvi não falar mais nada, estava muito triste com tudo aquilo, preferi me preservar, afinal aquele estresse mental tinha acabado comigo também.

Quando chegamos em casa e minha mãe estacionou, e antes de sair do carro, enquanto eu destravava o cinto de segurança, ela colocou a mão na minha perna e disse – Espere! Eu vou lhe contar tudo, mas só amanhã, só te peço que não conte nada ao seu pai, fale que saímos do funeral e ficamos dando voltas na cidade para espairecer, o que tenho para contar é uma longa história, mas que com certeza você vai entender.

- Tudo bem, mãe. Disse – Só quero que me fale a verdade, pois ainda estou muito confuso com tudo. Não contarei nada ao Papai, fique tranquila.

Ela me abraçou e entramos em casa, papai estava na sala assistindo desenho animado com Liza, minha irmã de 3 anos.

- MAMÃEEEEE! Berrou minha irmã, correndo para os braços da mãe.

- Olá, Princesa! Não era para a garotinha já estar dormindo?

- Papai deixou mamãe!

- Seu pai não vale nada! Disse minha mãe aos risos.

- Eu ouvi hein! Disse meu pai, que tinha indo ao encontro de minha mãe e lhe dado um beijo.

- Boa noite filho!

- Boa noite pai! Caminhei até ele e lhe dei um abraço.

- Está tudo bem? Você parece meio chateado? Como foi o velório?

- Bom, velório é sempre triste né pai?! Só sei lá, me sinto cansado.

- Eu entendo filho, sei o quanto é cansativo, além de tudo sempre tem umas pessoas que se emocionam muito, você acaba entrando no sofrimento do outro.

Quando ele disse isso, lembrei-me de Lana, a menina misteriosa, dela sendo enxotada do funeral, de minha mãe dizendo que ela era uma filha bastarda, enfim, fortes emoções.

- Pai, vou tomar banho e dormir, estou cansado do dai de hoje. Sai subindo as escadas do nosso sobrado, nem dei tchau para minha mãe, meu pai nem percebeu, falou comigo e foi brincar com minha mãe e Liza.

Fui tirando a roupa e pensando em tudo..... Naquele dia exaustivo... Eu precisava relaxar, foi então que tranquei a porta do quarto e liguei o computador....

Enquanto isso, em algum lugar qualquer na cidade, um carro Rolls Royce, para em um canto escuro e logo um jovem entra no carro.

- Boa noite! Diz o jovem

- Boa noite! Diz a pessoa ao volante, já passando a mão nas coxas do jovem branco, loiro e alto.

- Você quer não é? Diz o jovem.

- Quero tudo! Tudinho, e ao dizer isso a companhia do jovem começa a passar a mão sobre a calça do rapaz de 26 anos, bem por cima do seu pau, até que ele abre o zíper e continua passando a mão pela cueca, que é uma cueca de marca francesa.

- Vejo que esta usando o presente que te dei! Fico muito feliz com isso!

- Obrigado! Tudo para fazer você feliz!

O jovem vai ficando de pau duro, uma rola não tão grande, porém bem grossa, e aquela companhia dele começa aos poucos a passar a mão por dentro da cueca, até que tira seu membro para fora.

- Você sabe pegar na minha rola de uma forma bem gostosa!

- Eu sei o que faço! Agora vamos parar de enrolação e vamos a um lugar...

- Que lugar? Disse o jovem.

- Você vai gostar, confie em mim, meu putinho!

- Claro que confio...

Nesse momento o carro foi ligado e foi até o local já planejado pela companhia do jovem branco, que estava com o pau de fora o tempo da viagem inteira.

- Chegamos!

- Já? Nossa que casa linda!

Os dois desceram do caro, o jovem colocou o pau para dentro da cueca, e fechou a calça. Sua companhia veio logo atrás e lhe deu um apertão na bunda ao mesmo tempo em que lhe sussurrou no ouvido “Gostoso”

Ambos pararam em frente à imensa porta daquela mansão, tocaram a campainha e logo abriram a porta.

O jovem ficou parado olhando para dentro, sem reação, engoliu seco.

- Vamos nos divertir muito essa noite! Disse a sua companhia.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Tyler Langdon em 2016-12-08 15:33:53
Eeeeeeeita, misterios. Amo, parabéns eim. Acompanhado.