Capt.4

Parte da série "Aquele garoto com os fones de ouvido"

BielRock, prefiro passar meu face, porém pra minha segurança e pra sua, eu preciso que você envie o link do seu perfil pra esse e-mail: contado.r-g@outlook.com, dessa forma não precisamos tornar nosso perfil publico aqui no site (que convenhamos... não é muito seguro kk) espero seu e-mail

fran, sim... as coisas acontecem rápido por uma razão... que você vai entender melhor o porquê nos próximos capítulos ;)

Obrigado, Anderson P

-----------------------

Me arrepiei todo, e me afastei repentinamente, ele olhou pra mim sorrindo enquanto segurava o prato de bolo que escorregava do meu colo

- ei, calmaaa kk, só limpei... - ele disse sorrindo, gente, não nego que eu tenha adorado o arrepio que aquilo me causou, porém eu tava meio assustado

- ta tarde, preciso ir - disse levantando - obrigado Felipe, adorei o bolo, e desculpe pela sujeira no corredor - disse saindo em direção ao portão

- eeeei - ele disse correndo atrás de mim e segurando meu braço - desculpa! não queria te deixar assim, só tava brincando

- eu sei, sem problemas, mas eu tenho que ir, tchau - disse abrindo o portão

- te vejo amanhã? - ele perguntou enquanto eu me afastava

- sim, acho que sim

- que bom - ele disse abrindo um sorriso

Fui pra casa apressado, acho que tudo aquilo me deixou nervoso, era engraçado o fato de eu estar me tremendo todo kkkk, deitei na minha cama e fiquei encarando o teto, e a unica coisa que se passava na minha mente, era a sensação do arrepio e dele "limpando" minha boca, acabei dormindo e acordei com meu celular tocando, olhei pro visor e era minha melhor amiga, Beatriz

- Alô - atendi ainda acordando

- Ta morrendo?

- Não, acabei de acordar - respondi bocejando

- Então... hoje é aniversário do Alex e ele ta na cidade, vai ter uma festa la na casa dele e ele acabou de me ligar convidando a gente, vamos? - Alex era um amigo próximo a nós, e ao mesmo tempo afastado, por sempre estar viajando com os pais, e quando ele estava na cidade durante o seu aniversário, sempre dava festas, das quais eu só ouvia os comentários nos corredores da escola, porque sempre me recusei a largar minha cama por uma noite rodeado de gente bêbada.

- Não - respondi

- Okay, passo ai 21 horas, esteja pronto - ela desligou sem ao menos me deixar terminar

Decidi voltar a dormir, porque eu não iria, nem mesmo ela vindo me buscar, eram 6 horas da tarde, fechei as cortinas do quarto e voltei a dormir; acordei com cutucões nas minhas costelas

- acorda viado! - Beatriz estava na minha frente nervosa

- sua peste! quem te deixou entrar? - eu disse jogando o travesseiro nela

- a linda da sua mãe, e vamos logo, sem papo, sem molesa vamo la! levanta! - ela disse abrindo a porta do guarda-roupas e mexendo nos cabides - meu jesus cristo... não tem uma blusa descente, se eu soubesse tinha trazido roupa do meu irmão

- obrigado, mas elas são ótimas! - respondi ainda deitado

- você quis dizer, velhas! - ela dizia enquanto jogava minhas roupas no chão - levanta dai Daniieel! poxa, você nunca sai comigo, as pessoas nunca te encontram junto comigo, to sempre sozinha, sem namorado, sem meu melhor amigo, faço tudo sozinha, porque você fica ai hibernando o dia inteiro! ela disse sentando ao meu lado

- ai Bia, sem drama! você sabe que odeio festas - eu disse limpando os olhos

- odeia festas, restaurantes, praias, shoppings, pessoas, quem sabe até sua própria vida, você tem que começar a ser mais ativo garoto! - ela disse me cutucando

- hum.. legal - disse levantando e indo ao banheiro

- Daniel Alves - ela gritou

- garota para de gritar! endoidou? -

- se você não for comigo nessa festa eu desisto de você! - ela disse com os olhos merejados, a minha amizade com a Bia tem uma história muito longa e difícil que exigiu de nós muita força e compreensão, nos conhecemos através de "acontecimentos ruins" e sempre fomos o apoio um do outro, a companhia dela era tão importante, que aquela ameaça me fez repensar a possibilidade de eu ir pra tal festa

- ok, voltamos as 22:30 - disse revirando os olhos

- que seja, vai tomar um banho - ela disse voltando ao meu guarda-roupas

Quando voltei pro quarto, ela me mostrou a roupa que ela havia escolhido, eu me vesti e fomos pra festa, que era dou outro lado da cidade, quando chegamos lá, encontrei exatamente o que eu pensava, a casa escura, com luzes coloridas por todo o jardim e área da piscina, pessoas em todos os cantos possíveis, alguns bêbados, outros me observando como se vissem um bicho, outros se agarrando em meio aquele ar com o cheiro de álcool, e aquela musica alta que me irritava por eu não conseguir ouvir o que a Bia falava, até que vejo Alex se aproximando de longe todo feliz

- Oiii Bia - disse ele abraçando e a beijando no rosto - que saudade baixinha!

- Daniel? MEU DEUS! KKKK - ele gritou quando me viu - quem te tirou da caverna?

- essa sem caráter ai - disse apontando pra Bia enquanto ela me dava o dedo e se afastava em direção a um aglomerado de gente pulando

- saudades de você! - ele disse me abraçando

- também estava! feliz aniversário!

- vem akie, quero que você conheça uma "amiga" rsrsrsrsrs - ele disse sorrindo e me puxando em direção a uma menina ruiva que sorria e bebia junto com um grupo de pessoas - Carla, esse é o Daniel, ele precisa se soltar um pouco, faz muito tempo que não sai sabe... você pode me ajudar né? - eu só observava ele me vendendo

- claro que sim - ela disse entregando o copo de beibda pra ele, e pegando minha mão - vem aqui!- ela disse me puxando

Virei procurando o Alex e o infeliz já tinha sumido, quando me virei pra tal da Carla, recebi um beijo e logo em seguida a língua dela percorria minha boca com aquele gosto de bebida, senti meu cortezinho arder um pouquinho e logo em seguida percebi que tinha algo parecido com uma bala na minha boca, se dissolvendo rápido, era doce e logo se desfez, soltei a Carla do meu corpo e segurei ela parada

- Você é doida? kkk - disse rindo sem acreditar - o que era isso que você colocou na minha boca?

- já se dissolveu? - ela disse rindo descontroladamente

- bom.. acho que sim - eu disse rindo sem razão alguma pra rir daquilo

- ótimo, eu gosto assim... quando tudo acontece rápido kkkkkkkkkkkk - ela pulava louca enquanto me arrastava pra pista

Eu comecei a me sentir cada vez mais solto, a Carla pulava e cantava rindo igual uma louca na minha frente, e aquilo me contagiava, comecei a pular junto com ela, e era ótimo ver como todas aquelas cores giravam ao meu redor, meus olhos estavam funcionando como uma câmera desfocada e tudo o que eu ouvia era a batida da musica de forma desordenada, vi Carla me entregar um copo cheio de uma bebida azul, e no estado em que eu estava virei ele enquanto ria e me engasgava, a partir desse momento, só me lembro de flashs,de copos de bebidas, de pessoas, da musica, de algumas quedas minhas, da agua da piscina, do Alex no chão com outro garoto, e a Bia brigando com a Carla, minha mão com sangue e alguns gritos.

No outro dia de manhã -

Abri meus olhos e a primeira coisa que vi foi a luz, que me doeu nos olhos, estreitei minhas pálpebras e vi que estava deitado em um quarto, inclinei minha cabeça e senti uma dor forte na nuca

- huurn - dei uma espécie de "gemido" por causa da dor

- graças a Deus você acordou - disse alguém que não consegui reconhecer de inicio - você ta sentindo muita dor? - após a pergunta reconheci a voz do Felipe, tentei responder, mas estava fraco, acabei apagando

Acordei pela segunda vez e estava tudo escuro, tentei me encontrar no meio daquele breu, e fiquei igual um cego jogando as mãos no ar, tirei meu pé da cama e fiquei em pé, o que me deu uma pontada na nuca, o que me fez ficar apavorado

- MEEEERDA - gritei nervoso

Logo Felipe entra no quarto ascendendo a luz assustado

- Nossa, ainda bem que você acordou, já ia até sua casa contar a verdade pra sua mãe - ele disse me olhando preocupado

- mas... - na hora lembrei da noite passada - AAAAHHGGR - comecei a chorar enquanto Felipe só observava;na minha mente vinham os flashs da bebedeira, e de talvez alguma briga, e eu continuava chorando, até que sinto a dor mais uma vez e me sento

- deixa eu ver - disse Felipe sentando ao meu lado e olhando pra minha nuca - ainda ta um pouco vermelha!

- cara... o que aconteceu naquele inferno? - perguntei

- olha... descansa e eu juro te contar tudo quando você estiver mais calmo, falei com sua mãe hoje cedo, ela sabe que você "veio dormir aqui em casa ontem a noite e vai dormir hoje de novo a convite da minha mãe" - ele disse fazendo aspas com os dedos - agora deita e descansa - ele disse me cobrindo, levantando da cama, apagando a luz e saindo do quarto

------------------------